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A luta contra o racismo e a promoção da equidade e justiça social são questões centrais na

sociedade brasileira. A divisão eurocêntrica do mundo e a colonização dos continentes

africanos e americanos trouxeram um apagamento cultural e social dos povos que habitavam

esses territórios, as populações migrantes e sexualidades impondo uma normatividade

hegemônica ocidental e a estrutura branca patriarcal que cria barreiras de acesso para

populações vulnerabilizadas. As desigualdades que pesam sobre as populações negra,

LGBTQIAP+, indígena e cigana não se limitam apenas à questão de gênero, mas também a

fatores socioeconômicos e históricos que dificultam seu crescimento e as invisibilizam . Nesse

sentido, a discussão pela via da interseccionalidade tem sido essencial para o enfrentamento do

racismo e o empoderamento para alcançar a equidade e justiça social necessária para dar poder

e reconhecimento alémde exigir a incorporação na agenda de políticas públicas, buscando

garantir a promoção dos direitos humanos, a diversidade e o combate às desigualdades de

g ên ero , raça e o rien tação sex u al co m rep aração h istó rica, a fim d e co n stru ir u m a so cied ad e

mais justa e igualitária. Para oportunizar um debate reflexivo sobre a questão da equidade e

justiça social e raça, o espaço deste Coletivo Temático agregará trabalhos de novas linguagens,

relato das experiências, metodologias ativas, além de propostas que abordem a metodologia

científica e de educação popular em saúde em seus resumos. A centralidade deste Coletivo

Temático abordará a diversidade de métodos e experiências que possibilitem analisar a realidade atual sobre a

ótica equidade, justiça social, com os saberes tradicionais e populares numa dimensão

afrocentrada e etnocêntrica

Apresentação/Introdução,
De onde surge o "Nós" e o "Eles", se somos todos humanos? O etnocentrismo pode

ser visto como a tendência de sempre apontar para outro grupo a causa de algummal ocorrido.

Logo, o etnocentrismo e o preconceito, se demonstraram no cotidiano como prática cultural em

aspectos de nossa sociedade e suas formas de pensamento. A questão da diferença entre

determinados grupos fora agenciadora da gestão social ao longo da história e como estes

grupos se reuniramdesta maneira e vierama se constituir sob esta concepção.

Objetivos,

Esta pesquisa foi objeto de estudo para elaboração da minha monografia de graduação

em Psicologia, com título “Etnocentrismo e Preconceito: Pilares de sustentação das atuais

conjecturas sociais “. Busquei enfocar em como as influências que as práticas etnocêntricas

podem ter na vida dos sujeitos, em suas realidades culturais, obtendo função normatizadora

dos modos corretos de se viver emsociedade.

Metodologia,

E sta p esq u isa fo i elab o rad a co m o u m a rev isão b ib lio g ráfica e h istó rica d o co n ceito d e

E tn o cen trism o , ju n to co m u m a crítica so cial, h istó rica e p o lítica d as relaçõ es en tre g ru p o s

sociais diferentes que estabelecem relações hierárquicas e de desigualdade social .

Discuti como a herança de dominação política, e consequente imperialismo, sustentou diversas bases

de pensamento etnocêntrico e a desvalorização da sociedade nativa ameríndia e sua quase extinção.


Analisei alguns tipos de preconceitos observados na sociedade, enfatizando-se o

h istó rico p reco n ceito relig io so e racial, b em co m o , o u tro s relacio n ad o s ao g ên ero e

sexualidade.

Resultados e discussão,

A história do Brasil começa com um choque cultural, onde os colonizadores usaram a sua

sociedade como referencial para julgar os demais. Aliás, esta foi à lógica que norteou as ações

de estratégia geopolítica das nações, dentre as quais nasceu o capitalismo como modo de

produção. Esses países consideravam a adoção do modo de vida do europeu como “homem

civilizado”, fatores necessários e urgentes. Logo, caberia à função de civilizar o mundo .

L o g o , isso g era u m a im p o sição d e v alo res p erten cen tes a u m g ru p o h eg em ô n ico so b re o u tro s,

visando o favorecimento daqueles que dominam, a velha lógica da sobreposição da versão dos

vencedores sobre os derrotados, quer seja no campo ideológico, político, social ou econômico .

Os negros africanos escravizados e seus descendentes foram excluídos durante séculos.

Aqueles que não se adequaram ao modo capitalista foram excluídos, taxados como

vagabundos, bandidos, marginais, malandros e preguiçosos. E os que não seguiram a tradição

cristã foram chamados de demoníacos, devassos, imorais, sem alma e destruidores da família.

Assim, o Etnocentrismo marcou as relações sociais no Brasil .

Apesar dos indígenas serem o povo nativo desta região eram apontados pelos estrangeiros

como os errados. Assim se retrata o fato de a intolerância ser fator presente na história,

principalmente as de origem étnica e religiosa como foco de opressões e injustiças .


Sendo assim percebemos que as nuances dos preconceitos históricos permeiam diversas esferas

da vida. As diversas formas estigmatizadas de ver o sujeito têm lugar nas justificativas

apresentadas pelos envolvidos, seja em espaços individuais ou coletivos, público ou privado.

Essa justificação de aspectos ditos superados se mostra em várias linguagens, seja nas artes, na

forma de se comunicar, nas formas corporais e psicológicas de se expressar.

E stes co n teú d o s su tis, q u e fu n d am o q u e é “n atu ral”, fo rm am to d a u m a estru tu ra q u e

dita identidades, hierarquias e poderes diferenciadores, que geram entre outras coisas, lógicas

de inclusão-exclusão dentro dos grupos sociais.

Conclusões/Considerações Finais

Os grupos historicamente subjugados têm despertado para estes fatores. Porém, este despertar não foi

passivo, e simfruto de lutas históricas que vêmsendo travadas há séculos embusca da equidade e justiça

social .

O reconhecimento igual não é somente a modalidade apropriada para uma sociedade democrática

saudável . Sua recusa pode infligir danos àqueles a quem é negado. Logo ao colocar o outro

como diferente, distante, já estou lhe infligindo danos e é assim que se processa o preconceito.

Assim sendo, não há maneiras saudáveis de julgar o outro a partir de meus próprios

referenciais.

Uma das causas básicas da dificuldade humana é a perspectiva com a diferença. A

existência da diferença é deflagradora de uma clara não homogeneidade, que estará presente

em qualquer grupo que possa existir. Desta forma a diferença se mostra como riqueza de
conteúdo, aonde as diferenças entre os sujeitos demonstram um arsenal de variações de

possibilidades do ser, reafirmação da potência do ser humano.

Portanto, se abre um caminho que aborde estratégias que possam visar a reduzir o

etnocentrismo entre grupos, valorizando as diferenças em prol de uma sociedade mais forte e

coesa.

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