Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SERVIÇO SOCIAL:
AVA N Ç O S E D E S A F I O S D A
FORMAÇÃO
PROFISSIONAL
15/04/2021
QUESTÃO RACIAL – RAÇA E RACISMO
23/08/2023
ESCRAVIDÃO E RACISMO
No dizer de Silvio Almeida (2018) não podemos fazer
uma ligação direta, linear entre escravidão e racismo.
É preciso compreender que não estamos vivendo numa
escravidão, com o pós- abolição o jeito de tratar o/as
negro/as se reconfigurou em forma de racismo.
O racismo não é resquício da escravidão, pois assim
podemos crer que a solução estará em termos um choque
de modernidade.
O jeito como os negros/as foram tratados na escravidão se
reconfigura estruturalmente, no pós-abolição, sobressai o
Racismo.
ABOLIÇÃO
(...) Para a consciência nacional, resgata-se com extinção
da escravidão a dívida brasileira para com os negros, que
a partir de então, puderam se integrar à sociedade como
homens livres, com iguais direitos aos demais, sendo que
seu futuro neste país, a partir de então, dependeria
apenas do seu esforço(CONSORTE; 1991:p. 86)
• Dos 209,2 milhões de habitantes do país, 19,2 milhões se assumem como pretos,
enquanto 89,7 milhões se declaram pardos, e a junção de pretos e pardos equivale à
população negra.
• Mercado de trabalho 68,6% dos cargos gerenciais são ocupados por brancos e apenas
29,9% por negros.
• Quanto à distribuição de renda 15,4% das pessoas brancas estão abaixo da linha de
pobreza em contrapartida os negros representam 32,9%.
•23/08/2023
3,9% de brancos são analfabetos e a taxa de analfabetismo entre os negros é de 9,1%.
O RACISMO É DETERMINANTE DA POBREZA
E DA RIQUEZA
A raça funciona como fator de classificação dos seres humanos,
denotando hierarquias raciais naturalizadas e o racismo silenciado,
que perversamente afeta a vida das pessoas com violência nas
relações interpessoais e institucionais.
Fundadora em 1944 Teatro Experimental do Negro • “Se nós mulheres negras do Brasil, estamos
(TEN) no RJ mesmo preparadas para usufruir os benefícios
Assistente social, jornalista, professora e ativista da civilização e da cultura, se quisermos de
contra o “preconceito de cor”, ao menos entre 1948 fato alcançar um padrão de vida compatível
e 1950, quando, lutando contra as hierarquias de
com a dignidade da nossa condição de seres
gênero e raça conduziu a coluna “Fala a Mulher” no
Jornal Quilombo. humanos, precisamos sem mais tardança fazer
política.... Precisamos constituir um exército
“É inacreditável que numa época em que tanto se de eleitoras pesando na balança das urnas, usar
fala em justiça social possa existir milhares de o máximo as franquias democráticas que nos
trabalhadoras como as empregadas domésticas, sem asseguram o direito que é também o sagrado
horário de entrar e sair do serviço, sem amparo na dever cívico de votar e sermos votadas para
doença e na velhice, sem proteção no período de qualquer pleito eletivo nas próximas eleições
gestação e pós parto sem maternidade sem creche de 3 de outubro
para abrigar seus filhos durante as horas de trabalho
23/08/2023
O DEBATE SOBRE A QUESTÃO RACIAL E O RACISMO
15/04/2021
FALTA DE ESTUDOS SOBRE AS "QUESTÕES
RACIAIS" NO SERVIÇO SOCIAL
23/08/2023
CAMPANHA DE COMBATE AO RACISMO – CRESS 7 A.
REGIÃO RIO DE JANEIRO- OUTUBRO DE 2003 ( MAGALI
ALMEIDA, MARLISE VINAGRE E OUTRAS )
23/08/2023
AÇÕES DESENCADEADAS PELAS ENTIDADES ORGANIZATIVAS
DA CATEGORIA (CFESS/CRESS, ENESSO E ABEPSS)
Criação e o desenvolvimento do GTP “Serviço Social, Relações de Exploração/Opressão de Gênero, Raça/Etnia e
Sexualidades” da ABEPSS;
Campanha do CFESS “O Serviço Social: Mudando o rumo da história”, de 2003;
“39º Encontro Nacional do Conjunto CFESS/CRESS” que aprovou a defesa das políticas afirmativas e cotas
raciais por parte do Serviço Social;
a brochura do CFESS publicada em 2016: “Assistente Social no combate ao preconceito - Caderno 3 ‘Racismo’”;
Elaboração e mobilização em torno do documento “As cotas na pós-graduação: orientações da ABEPSS para o
avanço do debate” (2017);
Lançamento da mais recente campanha de gestão do conjunto (2018-2021): “Assistentes Sociais no combate ao
racismo” lançada pelo CFESS em 2018;
edições do “CFESS Manifesta”, em alusão ao 20 de novembro;
defesas de teses e dissertações; e,
as produções em periódicos como as revistas Libertas (2013), Temporalis (2014), Argumentum (2017), Ser Social
(2017) e Serviço Social e Sociedade (2018)
23/08/2023
PUBLICAÇÕES
23/08/2023
“SUBSÍDIO AO DEBATE DA QUESTÃO ÉTNICO-RACIAL NA
FORMAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL” DA ABEPSS
23/08/2023
SIMPÓSIO SERVIÇO SOCIAL E RELAÇÕES ÉTNICO-
RACIAIS
• Existe um histórico de demandas de espaços para o debate e a sistematização de pesquisas científicas, difusão de
conhecimento produzido, experiências sobre a temática étnico-racial e sua interface com o Serviço Social
• Passados mais de 80 anos de surgimento da profissão, muita coisa mudou, em especial com a entrada massiva de
estudantes negros/as no Ensino Superior, que insistem em conhecer uma outra história
• Chegada de docentes negros/as pesquisadores/as do assunto, aos poucos, novos estudos reforçam que o modo de
produção capitalista foi beneficiário do escravismo e amparou as bases da opressão racial, possibilitando que está
se mantenha e, num movimento circular, continue a sustentar a reprodução do capital.
• Problematizam a naturalização de uma formação acadêmica que reproduz a brancura capitalista e patriarcal como
modelo, que apaga a contribuição dos povos africanos e indígenas na construção da cultura da brasileira e de
todas as américas.
• Total de submissões no sistema 361 (entre resumos e textos finais).
• Anais serão 103 trabalhos completos (escritos por 1, 2, 3 ou 4 pessoas).
• De inscritos mais de 1500.
• 800 pessoas se inscreveram diretamente nos minicursos.
• 20 GTs - uma média de 10 trabalhos apresentados por GT
• Contamos com um dia para a oficina para a graduação.
23/08/2023
CONSIDERAÇÕES FINAIS –RECONHECIMENTO ÉTNICO ,
JUSTIÇA RACIAL E DESENVOLVIMENTO
Um desenvolvimento sustentável para a América latina só será possível
mediante um enfoque inclusivo, multidimensional e interseccional que
enfrente as desigualdades, o racismo, elitismo e sexismo. Passa pela
construção de estruturas socialmente mais justas, democráticas e
inclusivas.
• zelma.madeira@uece.br
zelma.madeira@casacivil.ce.gov.br
Professora da Graduação e do Mestrado em Serviço Social da UECE
Assessora Especial de Acolhimento aos Movimentos Sociais do Ceará
23/08/2023