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Colegio estadual são felipe

Data:24/08
Turma: C Série:1•ano Turno:M
Alunos(as):

Graziele cavalcante peixoto de araújo

Violência racial

(Nana côrtes andrade


e yuuna-wara bamberg)

A violência racial, em especial o racismo ,tem consequências psiquicas tanto para quem
é vitima da discriminação quanto para quem discrimina. A interiorização das atitudes e
os comportamentos socias desenvolvidos num contexto marcado por relações raciais
conflituosos deixam marcad invisiveis que interferem nos processos de identificação
individual r na construção da identidade coletiva do negro (pg.01)

Esses conflitos resultam em sofrimento psicológico intenso, que pode chegar a gerar
quadros clínicos. Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, há uma firme
associação entre as experiências de racismo e o maior risco de manifestação ou
agravamento de problemas mentais. Para que haja uma mudança efetiva na condição do
negro, é necessário não apenas consciência dessa condição, engajamento em relação às
lutas contra discriminação, mas também a elaboração dos sentidos do racismo inscritos
na psique, pois é necessário, para que o superemos, o enfrentamento das dimensões
subjetivas que o constituem e o sustentam(pg.01)

Autor :nelson mandela

As principais responsáveis pelo sustentamento da desigualdade social, econômica e


política são as relações racistas, marcadas pela violência tanto física quanto simbólica.
Dessa maneira, há perpetuação de um modo de desenvolvimento de herança
escravocrata que caracterizou nossa sociedade.(pg.02)

Os europeus desembarcam pela primeira vez na costa africana em meados do século


XV. É nesse período, também, que há a descoberta da América. Para que a ocupação da
América se efetivasse, havia uma demanda dos colonizadores por de mão-de-obra
barata. Apesar de possuírem organizações políticas bastante complexas, os estados
africanos tinham um desenvolvimento técnico (incluindo a tecnologia de guerra) menos
acentuado, constituindo-se, assim, para os europeus, num reservatório humano de
trabalhadores que oferecia um mínimo de gastos e risco (pg.02)

O termo raça já foi tema de muito debate e de muita contradição. Após 1945, a
UNESCO e algumas outras organizações das Nações Unidas encarregaram os biólogos
e depois os cientistas sociais da tarefa de dar um significado exato ao termo raça.(pg.04)

Os biólogos concluíram que a espécie humana provinha de uma única origem e que as
chamadas raças humanas eram apenas grupos distinguíveis estatisticamente de acordo
com determinadas características biológicas comuns, não estando as características
físicas relacionadas às psicológicas e não podendo, portanto, o tratamento desigual
justificar-se por essa via, pois o conceito de raça é irrelevante para explicar as
diferenças políticas e sociais dos grupos humanos(pg.04)

Apesar de existirem diversas formas de violência relacionada à questão racial, como a


violência física, a exclusão social, dentre outras, o preconceito e a discriminação são,
sem dúvida, os mais citadas na literatura, sendo predominante em todas as referências
bibliográficas adotadas no presente trabalho. Isso ocorre provavelmente pelo fato de
esses mecanismos serem estruturantes e servirem de base para os demais, com formas
diversas de manifestação e introjeção nos sujeitos.(pg.04)

Como vimos a violência racial tem conseqüências psíquicas tanto para quem é vítima da
discriminação quanto para quem discrimina.(pg.05)

A interiorização das atitudes e os comportamentos sociais desenvolvidos nesse contexto


deixam marcas invisíveis no imaginário e nas representações coletivas, interferindo nos
processos de identificação individual e construção da identidade coletiva do negro.
(pg.05)

no artigo “De café e de leite...”. Trata-se de uma menina de 9 anos, de ascendência


negra, que se considerava loira. Essa criança era acometida por um intenso sofrimento
psíquico, marcado por diferenças hierarquizantes e valorizadas cultural e socialmente
em relação à questão racial, em que, segundo a autora, a “loiritude” seria tida pela
criança como um “selo de qualidade”. Durante o período em que estivemos, como
alunas do curso de graduação em Psicologia, em um hospital psiquiátrico da cidade de
Salvador, pudemos observar que a maioria dos internos era negra.(pg.07)
as marcas dessa violência chegavam a aparecer como centrais na construção do delírio,
como é o caso de um paciente que possui delírios persecutórios em relação a um
homem, político da região em que o paciente morava, dizendo que este não gostava
dele(pg.07)

Referências:

ARAÚJO, Carla. As marcas da violência na constituição da identidade de jovens da


periferia. Educ. Pesq., São Paulo, v.27, n.1, Jan./Jun. 2001. Disponível em:
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Brasil. Petrópolis: Vozes, 2002.

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uma abordagem psicanalista. Lingua(gem) e identidade: elementos para uma discussão
no campo aplicado. Ed. Mercado das letras.
Alessandra da Conceição Silva

Violência da cor: juventude negra, a principal vítima

Rodnei Jericó da Silva


Suelaine Carneiro

“No Brasil a estrutura racista que nos trata como seres humanos inferiores, porque
estamos resistindo por nossa própria conta, porque queremos viver com mais
truculência para da cabo de nossa existência.(ponto continuado no caderno viu)”

Pagina:43

“Segundo o Conselho Nacional, é uma condição social, parametrizada por uma faixa-
etária, que no Brasil congrega cidadãos e cidadãs com idade compreendida entre os 15 e
os 29 anos”. O Ministério da Saúde realiza seus estudos em consonância com a
Organização.
No Brasil, a população entre 15 e 29 anos é de 50.265 milhões de pessoas, que
representam 26,4% total.”

Pagina:45

“A somatória de fatores como racismo e pobreza fazem com que os jovens negros não
tenham acesso aos bens materiais e culturais disponíveis na sociedade brasileira,
colocando-os em situação permanente de vulnerabilidade.
Segundo dados da pesquisa: “Retratos da juventude brasileira: Análises de uma
pesquisa nacional”, desenvolvida pela Fundação Perseu Abramo, os jovens negros/as
representam cerca de 16 milhões de pessoas, que estão sujeitos à ação de fatores como
violência, desemprego, péssimas condições de moradia e educação de baixa qualidade.
A vulnerabilidade da juventude negra pode ser percebida na sua participação no sistema
de ensino.”

Pagina:45

“Dados da Síntese de Indicadores Sociais (IBGE, 2008, p. 211) indicam que no ano de
2007 e entre os estudantes de 15 a 17 anos, cerca de 85,2% dos brancos estavam
estudando, sendo que 58,7% destes frequentavam o nível médio adequado a esta faixa
etária; entre os negros 79,8% frequentavam a escola, mas apenas 39,4% estavam no
nível médio. No ensino superior, o percentual de brancos entre os estudantes de 18 a 24
anos de idade era de 57,9%, e de negros era cerca de 25%.”

Pagina:45

“Comparando os rendimentos por cor ou raça dentro dos grupos com igual nível de
escolaridade, consegue-se perceber a persistência do efeito racial, com o rendimento-
hora dos brancos até 40% mais elevado que o de pretos e pardos, no grupo com 12 ou
mais anos de estudo (IBGE, 2008, p. 212).”

pagina:47

“[...] fato que tem reforçado a vulnerabilidade de amplos segmentos da população –


brancos, pobres, negros – e de diversos âmbitos geográficos – como as regiões Norte e
Nordeste, historicamente desfavorecidos. (WAISELFISZ, 2007, p.152)”

Pagina:47

“A análise dos dados disponíveis permite verificar que a cor da pele dos jovens ainda
constitui um fator de discriminação. Em todas as regiões, a renda dos negros é sempre
inferior à dos brancos. Isso é uma constante em todas as unidades federadas e todas as
regiões. Em 2006, no nível nacional, a renda familiar per capita dos jovens negros é
50,6% inferior (metade) da dos brancos (WAISELFISZ, 2007, p. 74).”

Pagina:47

“Dados de 2002 do Mapa da Violência IV - Os jovens do Brasil, a taxa de homicídio


dos jovens negros (68,4 em cem mil) é 74% superior à taxa dos jovens brancos (39,3 em
cem mil) na maioria dos Estados brasileiros (somente o Paraná apresentou maior taxa de
homicídio entre jovens brancos), sendo que no Distrito Federal, Paraíba e Pernambuco,
as chances de um jovem negro ser vítima de homicídio era, neste ano, cinco vezes maior
que a de um jovem branco. (WAISELFISZ, 2004)”

Pagina:49

“Não é de hoje que jovens negros sãos as principais vítimas da violência letal e
geralmente sua morte é classificada como resistência seguida de morte (auto de
resistência), ou confronto entre grupos de traficantes. Em 1995, a Coordenação
Nacional de Entidades Negras – CONEN - lançou a campanha “Não matem nossas
crianças” para denunciar a ação de grupos de extermínio contra meninas e meninos
negros desencadeada após a chacina da Candelária, no Rio de Janeiro”

Pagina:49
“Aquilo que se consagra como expressões mais diretas do que entendemos como
violência racial pode ser também flagrado no modo em que se orienta o padrão racista
de suspeição policial, no cumprimento da ação de busca nos bairros de periferia, nos
espancamentos e na pena de morte executado e/ou permitida pelos agentes do Estado,
na parceria da polícia com os grupos paramilitares no tratamento diferenciado para a
execução de sentenças e cumprimento de pena nos estabelecimentos prisionais baianos,
na criminalização midiática da comunidade negra, e na industrialização do crime através
da privatização das prisões e da venda de drogas e armas.”

Pagina:50

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