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Data:24/08
Turma: C Série:1•ano Turno:M
Alunos(as):
Violência racial
A violência racial, em especial o racismo ,tem consequências psiquicas tanto para quem
é vitima da discriminação quanto para quem discrimina. A interiorização das atitudes e
os comportamentos socias desenvolvidos num contexto marcado por relações raciais
conflituosos deixam marcad invisiveis que interferem nos processos de identificação
individual r na construção da identidade coletiva do negro (pg.01)
Esses conflitos resultam em sofrimento psicológico intenso, que pode chegar a gerar
quadros clínicos. Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, há uma firme
associação entre as experiências de racismo e o maior risco de manifestação ou
agravamento de problemas mentais. Para que haja uma mudança efetiva na condição do
negro, é necessário não apenas consciência dessa condição, engajamento em relação às
lutas contra discriminação, mas também a elaboração dos sentidos do racismo inscritos
na psique, pois é necessário, para que o superemos, o enfrentamento das dimensões
subjetivas que o constituem e o sustentam(pg.01)
O termo raça já foi tema de muito debate e de muita contradição. Após 1945, a
UNESCO e algumas outras organizações das Nações Unidas encarregaram os biólogos
e depois os cientistas sociais da tarefa de dar um significado exato ao termo raça.(pg.04)
Os biólogos concluíram que a espécie humana provinha de uma única origem e que as
chamadas raças humanas eram apenas grupos distinguíveis estatisticamente de acordo
com determinadas características biológicas comuns, não estando as características
físicas relacionadas às psicológicas e não podendo, portanto, o tratamento desigual
justificar-se por essa via, pois o conceito de raça é irrelevante para explicar as
diferenças políticas e sociais dos grupos humanos(pg.04)
Como vimos a violência racial tem conseqüências psíquicas tanto para quem é vítima da
discriminação quanto para quem discrimina.(pg.05)
Referências:
CARONE, Iray. Breve histórico de uma pesquisa psicossocial sobre a questão racial no
Brasil. Psicologia social do racismo: estudos sobre branquitude e branqueamento no
Brasil. Petrópolis: Vozes, 2002.
“No Brasil a estrutura racista que nos trata como seres humanos inferiores, porque
estamos resistindo por nossa própria conta, porque queremos viver com mais
truculência para da cabo de nossa existência.(ponto continuado no caderno viu)”
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“Segundo o Conselho Nacional, é uma condição social, parametrizada por uma faixa-
etária, que no Brasil congrega cidadãos e cidadãs com idade compreendida entre os 15 e
os 29 anos”. O Ministério da Saúde realiza seus estudos em consonância com a
Organização.
No Brasil, a população entre 15 e 29 anos é de 50.265 milhões de pessoas, que
representam 26,4% total.”
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“A somatória de fatores como racismo e pobreza fazem com que os jovens negros não
tenham acesso aos bens materiais e culturais disponíveis na sociedade brasileira,
colocando-os em situação permanente de vulnerabilidade.
Segundo dados da pesquisa: “Retratos da juventude brasileira: Análises de uma
pesquisa nacional”, desenvolvida pela Fundação Perseu Abramo, os jovens negros/as
representam cerca de 16 milhões de pessoas, que estão sujeitos à ação de fatores como
violência, desemprego, péssimas condições de moradia e educação de baixa qualidade.
A vulnerabilidade da juventude negra pode ser percebida na sua participação no sistema
de ensino.”
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“Dados da Síntese de Indicadores Sociais (IBGE, 2008, p. 211) indicam que no ano de
2007 e entre os estudantes de 15 a 17 anos, cerca de 85,2% dos brancos estavam
estudando, sendo que 58,7% destes frequentavam o nível médio adequado a esta faixa
etária; entre os negros 79,8% frequentavam a escola, mas apenas 39,4% estavam no
nível médio. No ensino superior, o percentual de brancos entre os estudantes de 18 a 24
anos de idade era de 57,9%, e de negros era cerca de 25%.”
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“Comparando os rendimentos por cor ou raça dentro dos grupos com igual nível de
escolaridade, consegue-se perceber a persistência do efeito racial, com o rendimento-
hora dos brancos até 40% mais elevado que o de pretos e pardos, no grupo com 12 ou
mais anos de estudo (IBGE, 2008, p. 212).”
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“A análise dos dados disponíveis permite verificar que a cor da pele dos jovens ainda
constitui um fator de discriminação. Em todas as regiões, a renda dos negros é sempre
inferior à dos brancos. Isso é uma constante em todas as unidades federadas e todas as
regiões. Em 2006, no nível nacional, a renda familiar per capita dos jovens negros é
50,6% inferior (metade) da dos brancos (WAISELFISZ, 2007, p. 74).”
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“Não é de hoje que jovens negros sãos as principais vítimas da violência letal e
geralmente sua morte é classificada como resistência seguida de morte (auto de
resistência), ou confronto entre grupos de traficantes. Em 1995, a Coordenação
Nacional de Entidades Negras – CONEN - lançou a campanha “Não matem nossas
crianças” para denunciar a ação de grupos de extermínio contra meninas e meninos
negros desencadeada após a chacina da Candelária, no Rio de Janeiro”
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“Aquilo que se consagra como expressões mais diretas do que entendemos como
violência racial pode ser também flagrado no modo em que se orienta o padrão racista
de suspeição policial, no cumprimento da ação de busca nos bairros de periferia, nos
espancamentos e na pena de morte executado e/ou permitida pelos agentes do Estado,
na parceria da polícia com os grupos paramilitares no tratamento diferenciado para a
execução de sentenças e cumprimento de pena nos estabelecimentos prisionais baianos,
na criminalização midiática da comunidade negra, e na industrialização do crime através
da privatização das prisões e da venda de drogas e armas.”
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