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CENTRO DE ENSINO MÉDIO 02

DISCIPLINA: LEITURA, INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO DE TEXTO

PROFESSOR(A): ROSANE ROCHA

RESPEITO NÃO TEM COR, TEM CONSCIÊNCIA!

ALUNO(A): MARJORIE LUIZA MORAIS

SÉRIE: 1° ANO DO ENSINO MÉDIO

TURMA: N

BRASÍLIA-DF
NOVEMBRO/2021

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 3
RACISMO ESTRUTURAL4
CONCLUSÃO 8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 9

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INTRODUÇÃO

O trabalho “Respeito não tem cor, tem consciência!” aborda o tema


racismo estrutural. O termo é usado para o conjunto de práticas discriminatórias,
institucionais, históricas, culturais dentro da sociedade que privilegia a raça branca
em razão dos negros e indígenas, em resumo o racismo estrutural significa que a
sociedade é estruturada com base no racismo.

Esse é um assunto que está crescendo a cada dia e o objetivo desse


trabalho é justamente conscientizar sobre isso, o racismo é algo que, infelizmente,
está enraizado na nossa sociedade brasileira e, de forma consciente ou não, já
usamos ou nos deparamos com frases e expressões contendo cunho racial.

Para combater o racismo é importante que o estado e o governa cumpra


com a lei e crie campanhas e movimentos contra o racismo para que a população
participe e se engaje mais nessas ações. Outro ponto que podemos ressaltar são os
brancos reconhecerem seus privilégios e dar espaço para que os negros ocupem
seus espaços na sociedade.

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RACISMO ESTRUTURAL

Racismo estrutural é um termo utilizado para reforçar que existem


sociedades estruturadas com base na discriminação, que acaba privilegiando
algumas raças em detrimento das outras, desfavorecendo negros e indígenas e
beneficiando brancos. De maneira mais branda e por muito tempo imperceptível,
essa forma de racismo tende a ser ainda mais perigosa por ser de difícil percepção.
Trata-se de um conjunto de práticas, hábitos, situações e falas embutido em nossos
costumes e que promove, direta ou indiretamente, a segregação ou o preconceito
racial. Falar de racismo estrutural, é lembrar de questões centrais que mantém esse
processo longo de desigualdade entre brancos e negros que se desdobram no
genocídio de pessoas negras, no encarceramento em massa, na pobreza e na
violência contra as mulheres.

O Brasil foi o último país do continente americano a abolir a escravidão


em 1888, nesse processo milhões de negros foram “largados” na sociedade
brasileira sem nenhum apoio para sua própria sobrevivência. Devido a herança
histórica de mais de trezentos anos de escravidão, é onde nasce o racismo
estrutural.

Em meados do século XVI e XVII houve a colonização do continente


americano, os europeus consideravam os povos de origem europeia mais
inteligentes e capazes de prosperar, enquanto os negros e indígenas eram julgados
como uma “raça inferior” e tratados como animais. Em 1888, houve o fim da
escravidão, porém ainda permanecia na sociedade e nos lugares o pensamento
escravocrata. Não foram criadas leis para combater esse abismo social.

Sem emprego, sem moradia digna e sem condições básicas de


sobrevivência, a população negra foi morar nos morros, local onde ninguém queria
residir, e foi aí que se formou as favelas, eles se encontravam sem oportunidades de
trabalho ou até mesmo sem a chance de recomeçar, iniciou-se então o estigma que
os negros são preguiçosos e que não gostam de trabalhar. Atualmente, ainda
podemos destacar a dificuldade da população negros de acender economicamente e
na falta de oportunidades de trabalho, por exemplo. Nessas situações fica explícito o

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nível de desigualdade social. Segundo o IBGE, a taxa de analfabetismo entre os
autodeclarados negros ou pardos é mais que o dobro entre as brancas, mostrando
falhas na educação que devia ser um direito de todos. O desemprego e o baixo valor
salarial são outros pontos que mostra a diferença entre as camadas da sociedade.

Essas desigualdades podem ser resolvidas com a adoção de políticas


públicas que visam reparar aqueles que foram sistematicamente marginalizados e
excluídos da sociedade, um exemplo disso são as cotas raciais que tem o objetivo
de inserir a comunidade negra nas universidades, porém existe um debate sobre as
cotas, algumas pessoas afirmam que à medida que fazem uma distinção entre
brancos e negros ou indígenas no acesso a determinados direitos pode haver uma
discriminação. Mas a iniciativa é chamada de “discriminação positiva”, isso porque a
distinção visa a compensação do erro histórico que, por mais de séculos, concedeu
o privilégio aos brancos e tirou acesso de outras raças às mesmas condições de
desenvolvimento em diferentes esferas da vida.

Segundo a lei Caó 7.716, de 1989. O racismo se tornou crime inafiançável


e imprescritível com pena de reclusão de até cinco anos. Isso significa, por exemplo,
que alguém que impede uma pessoa de entrar no elevador ou xinga uma
apresentadora de televisão por ela ser negra deve ser punido.

Para combater o racismo e todas as formas em que ele se divide, como o


estrutural por exemplo, devemos reconhecer que ele está enraizado nas estruturas
da nossa sociedade. Primeiro passo é o reconhecimento dos privilégios dos brancos
e como eles possuem mais oportunidades. Uma outra atitude é deixar de usar
palavras e termos que tiveram origem na discriminação entre brancos e negros,
como “mulato”, “dia de branco”, “a coisa está preta”, entre outras. Por mais que,
conscientemente, elas sejam usadas sem uma intenção racista, o fato de ainda
estarem em uso mostra o quanto o problema está arraigado em nossos costumes.
Outro ponto importante é dar mais visibilidade a personalidades negras, que por
sinal são a minoria, mas há médicos, advogados, escritores, físicos, engenheiros,
artistas e intelectuais negros. Eles precisam ser lembrados e consultados como
especialistas para abordar diferentes temas da sociedade e serem a inspiração de
muitos jovens que se identificam e sonham ocupar o mesmo espaço.

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O importante é sempre nos conscientizarmos, por isso livros, filmes,
documentários, entre outros, são produzidos, aqui esta uns exemplos:

 LIVROS

 Racismo estrutural: O conceito “racismo institucional” foi apresentado e


discutido pela primeira vez na década de 1970 no livro Black Power, escrito
por Kwame Turu e Charles Hamilton, que discutem como o racismo está
infiltrado nas instituições e na cultura da sociedade. A partir deste conceito, o
escritor, advogado, filósofo e professor Sílvio de Almeida traz a obra Racismo
Estrutural, na qual apresenta dados estatísticos e aborda como o racismo
perpetua no âmbito social, político e econômico da sociedade brasileira.

 Pequeno Manual Antirracista: A obra Pequeno Manual Antirracista traz, em


seus onze capítulos, discussões sobre racismo, negritude, branquitude,
violência racial, cultura, desejos e afetos. O livro é vencedor na categoria
Ciência Humanas do Prêmio Jabuti 2020, tradicional honraria literária
brasileira concedida pela Câmara Brasileira do Livro. Djamila Ribeiro, autora
do livro, busca refletir com seus leitores sobre discriminações racistas
estruturais enraizadas no campo social e a responsabilidade pela
transformação do estado das coisas, que deve partir do reconhecimento de
suas raízes e seus impactos na sociedade.

 Mulheres, raça e classe: Compondo uma das mais importantes obras


literárias, Mulheres, Raça e Classe traz, pela escrita da professora e filósofa
estadunidense Angela Davis, reflexões sobre as raízes das opressões, com
destaque para discussões sobre a escravidão e seus impactos, a
desumanização da mulher negra, o abolicionismo e outras questões raciais
que afetam a sociedade.

 FILMES/DOCUMENTÁRIOS

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 A 13° emenda: A 13ª emenda da Constituição americana aboliu oficialmente a
escravidão no país e até hoje garante a proibição da prática, assim como
trabalhos forçados, exceto como punição para um crime. Em outras palavras,
todos estão livres desse tipo de prática, menos os condenados, possibilitando
que essa população perca seus direitos básicos. Essa brecha na lei permitiu
que diversas atrocidades fossem cometidas. O documentário, repleto de
informações e dados relevantes para se entender o contexto que levou à
prisão em massa e à associação dos negros a criminosos, é respaldado por
diversas pesquisas apuradas durante dois anos. As entrevistas com figuras
de vários lados da história apresentam perspectivas jurídicas, dados
históricos, relatos pessoais e opiniões de forma enriquecedora.

 Você faz a diferença: O documentário coloca em pauta o racismo e o


preconceito presentes no Brasil. A direção é de Miriam Chnaiderman.
Baseada na relevância e nos impactos de se discutir essas questões, a obra
apresenta depoimentos de alunos, professores e outras pessoas, com
diferentes pontos de vistas, que já sofreram com humilhações ou foram
coagidas de alguma forma por causa de suas etnias ou condições
socioeconômicas.

 Cara gente branca: Com bom humor é umas boas cutucadas de realidade,
esta série da Netflix se passa em um colégio particular, com maioria branca
entre os estudantes. No entanto, um grupo de alunos negros se empenha
em denunciar várias situações corriqueiras que envolvem racismo – e que os
jovens brancos geralmente não se dão conta.
 Olhos que condenam: Em 1989, uma corredora foi atacada e estuprada no
Central Park em Nova York e cinco jovens negros foram incriminados pelo
ocorrido. O quinteto ficou conhecido como “os cinco do Central Park”, e, além
de defender sua inocência, precisaram passar anos tentando provar isso.
Esta minissérie biográfica cobre um período de mais de 20 anos, desde que
os jovens foram interrogados até sua absolvição em 2002 e, finalmente, ao

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acordo com a cidade de Nova York em 2014. A produção de quatro episódios
está disponível na Netflix.

CONCLUSÃO

Esse trabalhou abordou o tema racismo estrutural, o que é, como


influência na sociedade e o contexto histórico, já que é algo que está
enraizado na história do Brasil. Por ser um assunto necessário e que está
sendo bastante discutido atualmente, consta com diversas obras que já foram
produzidas sobre esse assunto, por essa razão a algumas sugestões de
livros, filmes e documentários para assistir.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

FORTE, Barbara. O QUE É RACISMO ESTRUTURAL?. ECOA Uol, 2019.


Disponível em: https://www.uol.com.br/ecoa/listas/o-que-e-racismo-
estrutural.htm. Acesso em: 14/11/2021.

PINTO, Walber. SAIBA O QUE É RACISMO ESTRUTURAL E COMO ELE SE


ORGANIZA NO BRASIL. CUT, 2020. Disponível em:
https://www.cut.org.br/noticias/saiba-o-que-e-racismo-estrutural-e-como-ele-
se-organiza-no-brasil-0a7d. Acesso em: 14/11/2021.

ALMEIDA, Silvio. O QUE É RACISMO ESTRUTURAL?. Tv Boitempo.


Disponível em: https://youtu.be/PD4Ew5DIGrU. Acesso em: 14/11/2021.

PORFíRIO, Francisco. RACISMO. Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/racismo.htm. Acesso em
14/11/2021.

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