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Resenhas de antropologia
Resenhas 1, 2, e 3
O que é racismo, afinal? Apenas saber que ele existe não é o suficiente,
porque ao compreender as diferentes máscaras do racismo possibilitam não se deixar
fazer de “besta”, por exemplo, quando o racismo racial assume outras formas para
fingir que se tornou luta contra o crime, como se a vítima não fosse sempre negra
marginalizada, ou luta contra a corrupção, usada para “golpear” qualquer governo
popular que trabalhe pela inclusão de negros e pobres. Nesse sentido, é perceptível
o racismo racial como a faceta visível e verdadeira causa de todo o atraso social,
econômico e político do Brasil desde a escravidão até à atualidade.
Obs.: Optei por fazer basicamente três capítulos do livro em uma resenha,
devido que a temática se complementar e por organização. Enfim, desculpe a demora
e obrigado pela atenção.
Resenha 4
O autor inicialmente, ao abordar o imbróglio do racismo como estruturador
das relações de poder por uma análise materialista, reflete as ações estatais
voltadas ao capitalismo e a temas como esta amostra na subjetividade, reprodução
ideológica, crises, perspectiva marxista, como também ao papel fundamental das
minorias no contexto da luta entre classes. Ademais, para compreender o racismo
na estrutura é preciso entender a forma social do racismo ou, em outros termos,
como o racismo se objetiva e se reproduz em relações relativamente determinadas
pela sociabilidade capitalista e observar o vínculo entre o processo de valorização
do valor e as práticas racistas é estrutural ou simplesmente circunstancial.
Resenha 5
É possível perceber que tal artigo faz uma boa abordagem da temática
escravocrata, ressaltando o antes e a perpetuação desse aspecto na sociedade atual
dos brasileiros. Ademais, esta imposta nas relações sociais uma classificação de
objetificação e marginalização contra os povos negros. Assim, buscar-se negar esse
passado histórico de exploração e massacre desta minoria para promover maior
alcance econômico.
Ao que concerne a ascensão social dos indivíduos denominados como negros
no corpo social, é perceptível na obra aquilo chamado de “imprensa mulata”. Dessa
forma, tal atuação deste grupo é uma exemplificação da máscara brantificada e
socialmente dos negros. Isto é, uma perda de identidade e cultura ao representar a
passividade que os colonizadores os impõem.
É notório as questões em que foram refletidas através do autor sobre a
“democracia racial” é um sistema que ao contrário do que prega tem uma ação
silenciadora ao tentar promover um sentimento de pertencimento que está implícito
em sua base a ideia de subjugar o negro como utilitário, inferior e limitado.
Desse modo, em uma perspectiva pessoal ao que tange o artigo, achei o
mesmo ótimo. No entanto, há algumas fugas que não impendem o raciocínio do texto.
Resenha 6
Sobre os assuntos abordados é relevante pontuar a seguir com o decorrer do
texto ao referenciar a situação do indivíduo visto como o negro na sociedade e aquilo
que denominamos de democracia racial. Ademais, ainda na questão da “democracia
racial” tal hipocrisia tenta invalidar ou abafar um passado histórico de mortes e
exploração dos negros que infelizmente persiste e influência até os dias atuais em
racismo, exclusão como também em marginalização. Dessa forma, buscam “igualar”
o negro e o branco em um aspecto imaginário ao jogar no lixo toda a carga histórica
bem como social dessa parcela populacional.
Ao que concerne as produções literárias descolonizadoras e propulsora da
resistência dos autores negros são constantemente tratados como inferiores e isto é,
desde antigamente tais autores passam por esse processo implícito de sempre tornar
tal perspectiva a visão do colonizador ou melhor explorador branco. Para exemplificar
há o celebre autor brasileiro Machado de Assis com suas composições, assim
percebe-se uma negação transmissão da cultura afro.
Outrossim, é valido ressaltar também no quesito da representativa como
contexto de resistência cultural do povo; onde música, dança, ou até mesmo a estética
do cabelo como as tranças que representam a história desse povo. A amostra desses
representantes: Nelson Mandela, Bob Marley, Zumbi Dos Palmares, Tia Ciata,
Dandara, Will Smith, Njinga, Marielle Franco, Denzel Washington, Aqualtune, Viola
Davis, Rosa Parks, Baco Exu do Blues, Rihanna, Emicida, Beyoncé, Angela Davis,
Esperança Garcia, Machado De Assis, Carolina De Jesus, Malcon X, Harriet e outros.
Resenha 7
O texto proposto é atemporal, pois envolve aspectos do passado bem como
atuais, assim faz uma referência explicita a relação entre o povo negro e a sociedade.
Ademais, é pontuado como constantemente as produções ou qualquer coisa dos
indivíduos negros são impostas como inferiores, marginalizadas e ruins. Outrossim,
há a exploração de temas pertinentes como “democracia racial”, visão eurocêntrica,
representatividade, sexualização da mulher negra e como nós os negros somos
historicamente a base do corpo social brasileiro.
Dessa forma, é interessante pensar sobre como em maioria há uma
perpetuação da visão brantificada e sínica contra a negritude. Assim, é naturalizado a
subalternação, sexualização, opressão, dominação e exploração desse povo, porém
a resistência, ou ousadia é tida como tentativa breve de militância. Para exemplificar
esta questão é perceptível as trabalhadoras domésticas que são em maioria negras e
vivenciam diariamente tais situações ressaltadas ou piores.
É valido ressaltar também como as mulheres negras são seriamente impostas
como inferiores, subalternas, limitadas, entretanto no período carnavalesco e ao
decorrer de anos há uma super sexualização da representação negra como objeto de
prazer, pedaço de carne, ou a “neguinha gostosa”. Até mesmo no dialeto existe o
racismo como mostra a frase “eu não sou tuas negas”, que permite a interpretação
para a mulher negra tudo é permitido, já para as mulheres brancas há sacralidade que
“merecem mais respeito”.
A autora Lélia Gonzales, fundamental revolucionária do movimento negro,
obteve o papel de impulsionar não apenas a problemática racial brasileira, mas
também o papel da mulher negra na sociedade. Em uma concepção pessoal, a melhor
forma de nós jovens negros homenagear tal inspiração social seria alcançar a
consciência, respeito e orgulho daquilo que somos para a superação dos incontáveis
percalços que surgem em nossa realidade.
Assim, compreendendo os acontecimentos históricos da África ao Brasil, é
visível o avanço resultante do esforço negro em diversas características para o
desenvolvimento do corpo social, isto é, filosofia, literatura, tecnologia, cultura, e na
“simpatia” que é um dos aspectos negros dos “jeitinhos brasileiros”. Portanto, através
do conhecimento atual e retomar o passado seria possível o empoderamento para a
constante luta diária desse povo em conseguir seus direitos que são negligenciados.
Resenha 8
Ao observarmos a obra é possível associar diversos aspectos do contexto
histórico de gênero e sexo com a atualidade, onde ainda há naturalização de espaços
sociais de desigualdades construídos na ideia de subalternação e inferiorização das
mulheres no corpo social.
É relevante ressaltar também um caso absurdo que expõem uma das diversas
mazelas existentes no sistema prisional onde uma jovem foi posta em cárcere na
companhia de vários homens como colegas de sela que abusaram da mesma, e
aqueles que segundo a Constituição Cidadã deveriam resguardar e proteger optaram
por comercializar os vídeos daqueles atos horrendos. Após está perspectiva é fulcral
rever como incontáveis atos como este são vistos com naturalização e comodidade
com tais atrocidades.
Dessa forma, ao retratar a questão do feminismo que se baseia em acreditar
que mulheres e homens devem ter direitos bem como oportunidades iguais, para
exemplificar, há as desigualdades no mercado de trabalho que acentuam a relevância
dessa luta. Outrossim, sobre constantes casos de feminicídio onde uma mulher é
assassinada a cada momento.
Assim, há uma perpetuação opressiva a liberdade de escolha da mulher, que
se apropria do corpo, principalmente, de sua sexualidade e direitos ao propagar tais
mecanismos preconceituosos, bem como estereotipados no âmbito social brasileiro
ou até mesmo mundial.
Resenha 9
Resenhas 10 e 11
Em ambos os textos é relevante pontuar como ainda persiste a inferiorização
do sexo feminino que ilustra o mecanismo opressor que permeia o corpo social. Assim,
é possível observar como há uma projeção machista e antiquada construída
socialmente no pensamento brantificada com um forte marco histórico bem como
atual.
Já sobre a conceitualização do mestiço é interessante ressaltar a diversidade
de raças como fator atuante da questão, e como é necessária uma consciência desses
indivíduos excluídos perante o contexto social opressor, ou seja, a resistência. Dessa
forma, a autora tenta ir além do estranhamento das características físicas quanto
culturais para alcançar entre as pessoas um sentimento utópico de certa forma até
imaginário de “pertencimento” geral para a síntese da nova mestiçagem.
Logo, em uma perspectiva pessoal os textos são enriquecedores, porém fogem
um pouco do senso em certos assuntos ao deixar a leitura até confusa para o leitor.
Mas, são abordados assuntos bastantes necessários e são muitos interessantes para
tentar compreender como chegamos até aqui.
Resenha 13 e14
Resenha 15
A autora Silvia Federici propõe uma abordagem do feminismo a partir dos
"comuns", que são bens e recursos que são compartilhados por uma comunidade e
que são gerenciados coletivamente. Em sua obra "Calibã e a bruxa" e em outros
textos, Federici argumenta que as mulheres foram historicamente excluídas do acesso
aos comuns e que o patriarcado se baseia em grande medida na privatização e
exploração desses recursos compartilhados. Ela argumenta que o feminismo precisa
se preocupar com a luta pelos comuns, a fim de combater a exploração e a opressão
de gênero.
No entanto, há algumas críticas à abordagem de Federici. Uma delas é que ela
pode negligenciar a importância da luta pela igualdade política e dos direitos formais
para mulheres. Enquanto o acesso aos comuns é importante, é também necessário
que as mulheres tenham igualdade de oportunidades e direitos em relação aos
homens, a fim de alcançar uma sociedade mais justa e igualitária. Além disso, alguns
críticos argumentam que a abordagem dos comuns pode ser excessivamente utópica
e não oferecer soluções práticas para os problemas enfrentados por mulheres
marginalizadas na atualidade.
Apesar dessas críticas, a abordagem de Federici é valiosa por oferecer uma
perspectiva diferente do feminismo que enfatiza a luta pelos recursos compartilhados.
Ela destaca a importância de reconhecer as formas pelas quais o patriarcado se
baseia na privatização e na exploração dos recursos comuns, e argumenta que a luta
pelos comuns pode ser uma forma de resistir e combater a opressão de gênero. No
entanto, para que a abordagem dos comuns seja efetiva, é necessário que os
defensores do feminismo continuem a trabalhar em conjunto com outros movimentos
sociais, a fim de alcançar mudanças políticas e sociais mais amplas.
Resenha 16