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VALENTIM, Daniela.

O Lugar do Branco nas Relações


Raciais: apontamentos para a formação de professores. In:
CANDAU, Vera Maria (Org.). Cotidiano, Educação e
Culturas: realizações, tensões e novas perspectivas. Rio de
Janeiro: 2023, pp. 251-261. ISBN   978-65-00-68225-0

O LUGAR DO BRANCO NAS RELAÇÕES RACIAIS:


APONTAMENTOS PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Daniela Valentim

A temática que envolve a branquitude tem sido ampliada a partir dos protagonismos dos
movimentos negros e seus aliados, especialmente após os governos do presidente Fernando
Henrique Cardoso, visando a luta por direitos e pela criação e cumprimento de políticas públicas
de ações afirmativas. Tais políticas têm potencialidades no enfrentamento do racismo cultural
brasileiro, mas também respondem à dimensão redistributiva de aumento de renda e mobilidade social
ascendente dos sujeitos não brancos (Valentim, 2016).

Nesse contexto de crescente esfacelamento do “mito da democracia racial” e de adensamento da


visibilidade das relações de poder que envolvem privilégios e subalternidades raciais, nosso texto
pretende contribuir com o letramento racial1 dos professores, sujeitos fundamentais à formação das
novas gerações e que estão o tempo todo chamados nos seus cotidianos a contribuir na luta contra
toda discriminação.

De acordo com Lia Schucman (2001), o letramento racial envolve reconhecer, refletir e
desconstruir formas de pensar e agir que foram naturalizadas, e que fazem parte de uma questão
estrutural e institucional. Envolve entender como o racismo foi construído, assumir e
reconhecer como ele ganha novas formas hoje.

Todavia, penso que ainda há pouca produção voltada para os professores que discutam seus
pertencimentos raciais e de seus alunos pensados a partir do lugar do branco, do privilégio branco que
vamos trabalhar adiante2.

1
A pesquisadora afro-americana France Winddance Twine (TWINE, 2004 apud TWINE;
STEINBUGLER, 2006) cunhou o nome Racial Literacy para se referir a um conjunto de práticas que
permite que pessoas racializadas, tanto como brancas, quanto como não brancas passem a perceber a
racialização e suas consequências na sociedade. No Brasil, o tema chega com a psicóloga Maria
Aparecida Bento.
2
Em contraste, há uma grande produção acerca da aplicação da Lei 10.639/2003 e literatura infanto-
juvenil focadas no empoderamento pessoal dos sujeitos negros e representatividade da cultura africana
e afro-brasileira.
Entendo que nós, professores brancos, somos especialmente chamados a entender o racismo que
estrutura a sociedade de classes brasileira e a desempenhar estratégias de combate a ele como
defendido pelos Estudos Críticos da Branquitude, cuja lógica é fazer um deslocamento de estudo
dos “outros” racializados para o ponto central da construção da ideia de raça, ou seja, para os
brancos.

Os Estudos Críticos fazem crítica à produção e construção da branquitude tendo em vista a luta
antirracista, colocando em destaque o branco nas relações raciais, racializando também esse
branco, tirando dele a referência daquele que representa a humanidade. O humano.

As nomenclaturas e categorias que empregamos na discussão racial, tais como raça, branco,
negro, não negro, são todas relacionais e provisórias produzidas politicamente e as utilizo como
forma de reconfigurar o espaço público, como defende Silvio Almeida, visando a possibilidade
de construção de um outro mundo. Por outro lado, são polissêmicas e seus sentidos variam de
acordo com a teoria, isto é, o lugar epistemológico/político do qual se fala.

Raça aqui não é um construto genético, mas sociológico gerador de efeitos concretos, reais.

Eu me alinho aqui ao lado daqueles que têm a esperança de construir subjetividades guerreiras
contra todas as formas de violência que o racismo produz. Discutir sobre raça e racismo sendo
branca é se colocar, por vontade própria, numa disputa discursiva de proporções globais em
terreno movediço. Eu falo especialmente para os professores brancos como eu, me nomeio e
situo como uma experimentação pessoal e política no diálogo sincero e fraterno com meus
colegas professores.

Situando a discussão

Raça não é um marcador biológico, mas uma forma, um modo de dar significado às relações
de poder geradoras de privilégios e subalternidades. Raça é construção histórica, é fenômeno
social, e não há nada fixo, essencial, evidente ou real nela, o que não significa questionar a
potência da raça como organizador nas relações de opressão e exploração (Frankenberg, 2004).
Raça não é apenas um marcador identitário, mas um marcador produtor de desigualdade.

O projeto colonial da Europa ocidental conferiu ao branco o poder de nomear o não branco e
de se apropriar de suas riquezas. Ele não se nomeou, posto que se definiu como um ser humano
universal, como humanidade. O homem, o humano não se nomeia - ele é hierarquicamente
superior. Os demais, são grupos racializados e inferiorizados. Sendo assim, o branco é o
detentor de um privilégio discursivo gerador de muitas consequências.

Devido às relações de poder, um grupo se torna o modelo universal de humanidade, o padrão


pelo qual todos são medidos e avaliados (epistemológica, moral, intelectual e esteticamente).
Dito de outro modo, poder, prestígio, conhecimento, competência, beleza, riqueza são coisas
de branco.

Assim, tudo que o branco produz é a norma. Desde os conhecimentos, a religião, a forma de
sentir, até as vestimentas. Trago um exemplo da professora Lia Schucmam. Ela diz: imagine
uma roupa formal de trabalho masculina? Terno e gravata; Pensando a contrapelo, terno e
gravata também não seriam “roupas étnicas”, roupas de um grupo particular que se
universalizou? Sim, mas devido as relações de poder, o branco não tem “roupas étnicas” e eu
acrescento, só os não brancos como indianos, indígenas, judeus ortodoxos, ciganos têm e são
particularidades exóticas e folclóricas.

Nesse sentido, todas esferas sociais se estruturam e se moldam para atender ao branco como o
“modelo”. Pense na meia calça cor de pele ou batom cor de boca. Pele e boca de quem? Das
mulheres brancas, por certo!

E nós brancos com isso?

A branquitude é o estudo dos brancos nas relações raciais. Para Frankenberg (1999) “é uma
posição de poder, um lugar confortável do qual se pode atribuir ao outro aquilo que não se
atribui a si mesmo: a raça”. Para Lia Schucman (2004, p. 4),

A branquitude é entendida como uma posição em que sujeitos que ocupam esta
posição foram sistematicamente privilegiados no que diz respeito ao acesso a
recursos materiais e simbólicos, gerados inicialmente pelo colonialismo e pelo
imperialismo, e que se mantêm e são preservados na contemporaneidade. Portanto,
para se entender a branquitude é importante entender de que forma se constroem as
estruturas de poder fundamentais, concretas e subjetivas em que as desigualdades
raciais se ancoram.

Note-se que os estudos críticos da branquidade não são sinônimos de estudos que reforcem a
branquidade como local de privilégio. Os estudos críticos da branquitude nomeiam o grupo
racial branco, o tirando da invisibilidade, da normatividade, apontando para o seu legado
histórico opressor e é isso que estamos fazendo aqui.

Se o branco é o padrão e, portanto, o exemplo a ser seguido esse fato é gerador de violência
simbólica até genocida.

Reparem que, no Brasil, sociedade multicultural, temos a chamada política de branqueamento


ou ideologia do branqueamento como foi, por exemplo, a imigração europeia pós abolição cuja
ideia de miscigenação foi a tentativa de tornar o brasileiro branco, de se promover, de se
identificar como branco afim de se tornar humano. Teríamos enfim uma pátria de gente
civilizada (branca). De acordo com a elite intelectual eugenista do início do século XX, o Brasil
precisava de “melhoria racial” só possível com um amplo projeto que favorecesse o predomínio
da raça branca no país.

Antes e hoje, temos vivenciado inúmeras situações em que fica óbvio o entendimento dos não
brancos como não plenamente humanos: vide a política antidrogas, o encarceramento
desproporcional da população negra, o extermínio das comunidades indígenas e quilombolas,
a violência contra a mulher negra, o assassinato dos jovens negros e periféricos pelas polícias,
o impacto mortal do Covid, dentre outras.

Faça o teste do pescoço proposto por Luh Souza (2015), espiche o seu pescoço e verifique onde
estão ou não estão os negros e brancos. Não conheço quem não tenha aprendido com esse teste.
A Luh propõe: “aplique o Teste do Pescoço no seu dia a dia, em todos os lugares e tire suas
próprias conclusões. Questione-se: somos de fato um país pluricultural, uma ‘Democracia
Racial’ tratados iguais e com as mesmas chances?” 3

Nas relações raciais, brancos não ocupam espaço de neutralidade

A pessoa branca não ocupa um lugar de neutralidade racial, ao contrário, ela foi e é beneficiada
por um complexo de relações de poder que a colocam no lugar de privilégio para o qual se olha
e se lê a sociedade e, é pertinente dizer: tal pessoa usufrui dessa condição racial por toda sua
vida.

Mais do que isso, pessoas brancas atuam na manutenção do racismo quando se isentam de olhar
para seus lugares sociais sem questionar suas responsabilidades pelas desigualdades existentes
entre os grupos raciais.
Vivemos o privilégio branco e essa condição está em antagonismo com a ideia de meritocracia
na ocupação dos espaços sociais. Eu, por exemplo, professora da UERJ, por certo que estou
nesse local porque fui beneficiada, inúmeras vezes, pela branquitude que interditou aos negros
a concorrência equânime a essa vaga e as demais que eu concorri (ao longo da minha trajetória
acadêmica e profissional), através da discriminação sistêmica por eles sofrida.

A meritocracia é a justificativa em favor da branquitude, do privilégio branco que torna


invisível, por um lado, o pacto narcísico da branquitude que faz com que os brancos realizem
alianças inconscientes com outros brancos (Bento, 2014) e, por outro lado, as estruturas
desiguais, ambos funcionando de modo articulado em detrimento dos negros em todos os
campos da vida, na moradia, escolaridade, renda, emprego, tudo de acordo com as pesquisas
macro/quantitativas do IBGE, do IPEA.

Desse modo, a branquitude funciona com base nas estruturas que operam independentemente
de cada um de nós, mas também se apoiam nas alianças que nós brancos fazemos entre nós,
alianças inconscientes que acabam de um modo ou de outro interditando os não brancos como
nos ensina Aparecida Bento (2002) que chama esses mecanismos de interdição de “pactos
narcísicos”.

Tais pactos se estruturam no silêncio, na ambiguidade, na negação da desigualdade que os


grupos raciais vivenciam socialmente, “pelo permanente esforço de exclusão moral, afetiva,
econômica e política do negro, no universo social” (Bento, obra citada).

Bento já nos chamava a atenção quando denuncia: “a falta de reflexão sobre o papel do branco
nas desigualdades raciais é uma forma de reiterar persistentemente que as desigualdades raciais
no Brasil constituem um problema exclusivamente do negro, pois só ele é estudado, dissecado,
problematizado”.

A questão como eu cheguei aqui nesse espaço social (no trabalho, no condomínio, na família,
dentre outros) é um questionamento que os brancos devem realizar a fim de se dar conta do
privilégio racial do qual sempre usufruirmos. A partir daí, fazemos um movimento de tomada
de posição antirracista na condição de sujeitos brancos.

3
Ressalto que há outras condições sociais que respondem por desigualdades para além da racial, dentre
elas a classe, a origem, a região, o gênero etc.
Nessa lógica social, é impossível aos brancos não vivenciarem o privilégio branco. Ainda que
eu ou você não pretendamos ter esse privilégio de sermos norma, nós o temos, e nós o
introjetamos. A branquitude é um automático porque a branquitude é hegemônica, ela se mostra
e atua como uma superioridade em relação aos não brancos.

E nós professores?

Toda essa discussão gera tensão, desconforto e muitos de nós professores vivemos a questão
“enfrentar ou silenciar?”

Defendo na condição de professora branca e militante antirracista que devemos desconstruir,


desnaturalizar e denunciar a “neutralidade” racial branca por meio da assunção da branquitude
como um lugar social de vantagens na sociedade brasileira, aprendendo processualmente a lidar
com os desconfortos da tensão racial.

Parece que os professores negros estariam mais à vontade? Penso que não. Afinal, temos em
conta que são os negros os impactados por estereótipos e estruturas racistas que são
reproduzidas por séculos e que matam.

Tendo como horizonte uma práxis docente emancipadora e não colonial, só resta a luta diária
de enfrentamento ao racismo e eu (muito pessoalmente) penso que nenhuma saída do racismo
que passe por dentro do capitalismo, do colonialismo e do patriarcado seja efetiva. Entretanto,
é óbvio que nos dispomos a trabalhar nas brechas como nos ensinou Catherine Walsh (2014a e
b, 2017) para quem a pedagogia vai além dos processos de ensino-aprendizagem, assumindo-a
como um modo de luta coletiva, crítica e dialógica.

A luta antirracista se empreende a partir dos lugares sociais onde se dá a experiência de vida de
cada pessoa. Na condição de formadora de formadores eu lembro Boaventura Santos que nos
convoca a sermos intelectuais de retaguarda, intelectuais capazes de contribuir com seu saber
para o reforço das lutas sociais contra a dominação e a opressão.

A sociologia, a história, os campos científicos brasileiros, que tiveram a questão racial em mira
como tema de seus estudos, sempre pautaram os não brancos, deixando os brancos de fora.
Brancos até hoje são os ocupantes majoritários dos lugares acadêmicos que estudam as relações
raciais, nesse caso “a questão do negro” ou o “problema do negro”. Por que? Uma hipótese:
quem tem raça é o negro ou o não branco na sociedade estruturada no racismo, colonial. O
branco é o humano.

Daí a importância, de acordo com os Estudos Críticos da Branquitude, de colocar “a questão


do branco” nas relações raciais.

Cada grupo social tem limites de ver a vida. Nós brancos temos limites epistemológicos, embora
tenhamos um ímpeto ou um privilégio universalista.

Por outro lado, o acesso à produção científica ainda é muito desigual, daí “o negro” como objeto
de estudo de brancos, vide minha tese de doutorado, entretanto, esse quadro vem se alterando,
na medida em que pessoas negras ou não brancas vão alcançando o espaço de produtores de
conhecimentos científicos e vão acessando espaços antes interditados com suas perguntas,
teorias e análises.
Guerreiro Ramos, um pioneiro do pensamento acerca do lugar do branco nas relações raciais
brasileiras atesta:

Dir-se-ia que na cultura brasileira o branco é o ideal, a norma, o valor, por


excelência. E, de fato, a cultura brasileira tem conotação clara, este aspecto só é
insignificante aparentemente. Na verdade, merece apreço especial para o
entendimento do que tem sido chamado, pelos sociólogos, de “problema do negro”
(Ramos, 1957, p. 150).

Vozes negras têm sido mais ouvidas, têm tensionado o campo das relações raciais exigindo um
rearranjo. Há, no momento, uma disputa por um “mercado epistêmico”, prestígio, convites para
palestras, empregos, referências bibliográficas, mídia e dinheiro e isso é muito bom.

Concluindo com uma sugestão

E nesse contexto, lembrando que educar para as relações raciais é uma obrigação legal, mas
antes disso, um compromisso ético de todos os professores, faço a seguinte sugestão para a
docência independente da disciplina lecionada, posto que não há disciplina apartada pela sua
natureza intrínseca da questão racial ou de um momento específico do curso: traga a discussão
racial para o centro das suas intervenções pedagógicas.

Para tanto, algumas ideias para reflexão 4:

 Racialize a si mesmo e aos seus alunos. Caso seja branco, abra mão conscientemente de
um lugar social pretensamente neutro. Entenda que há uma estrutura racial que quando
não confrontada funciona a favor dos brancos.

 Utilize imagens desestabilizadoras (Santos, 1996), figuras, fotos e narrativas de pessoas


negras em posição de destaque para fazer perguntas incômodas que possam confrontar
os lugares comuns aos grupos sociais.

 Estimule os alunos a falar sobre seus lugares raciais, suas vivências e experiências.
Confronte, compare as falas de seus alunos brancos e negros.

 Escolha literatura e bibliografia produzida por autores negros.

 Exija e viabilize políticas de promoção da igualdade racial nas faculdades e


universidades e políticas de ação afirmativa no acesso às graduações, pós-graduações e
concursos/seleções para os docentes (dos substitutos aos titulares).

 Ofereça bolsas, chame para monitoria, treinamentos, extensão, contribua para o


empoderamento, para o destaque dos alunos negros.

 Faça alianças com outros professores, verifique se há coletivos de docentes negros na


instituição, proponha com eles trabalhar com projetos pedagógicos.

4
As ideias apresentadas não são necessariamente minhas ou originais, são as que tenho defendido, posto
que experimentadas no percurso da minha docência com efetividade.
 Eleja, contribua para a ascensão institucional dos colegas negros para os diferentes
espaços de decisão e de poder, sindicatos, departamentos, direções e conselhos.

 Por fim, para aprofundamento, leia os seguintes autores sobre o tema 5: Denise Carreira,
Edith Piza, Cesár Rossato e Verônica Gesser, Maria Aparecida da Silva Bento, Liv
Sovik, Lúcio Otávio Alves Oliveira, Lourenço Cardoso, Lia Vainer Schucman e Ana
Helena Passos, dentre outros.

Referências Bibliográficas

BENTO, Cida. Pactos narcísicos no racismo: branquitude e poder nas organizações


empresariais e no poder público. Tese de Doutorado, Instituto de Psicologia, Universidade
de São Paulo, São Paulo.2002.

___________. Branqueamento e branquitude no Brasil. Disponível em:


<https://crianca.mppr.mp.br/arquivos/File/publi/racismo/racismo_institucional__caderno_do_
evento_bh_2014.pdf#page=5> Acesso em 2020.

___________. O pacto da branquitude. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.

FRANKENBERG, Ruth. White women, race masters: the social construction of whiteness.
USA: University of Minnesota, 2009.

___________. A miragem de uma branquidade não-marcada. In: WARE, Vron (Org.).


Branquidade: identidade branca e multiculturalismo. Rio de Janeiro: Garamond, 2004, pp.
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PIZA, Edith. Porta de vidro: entrada para a branquitude. In: CARONE, I.; BENTO, M. A. S.
(Org.). Psicologia Social do Racismo: estudos sobre branquitude e branqueamento no
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SANTOS, Boaventura: Para uma pedagogia do conflito. In: SILVA, L. H. et. al.: Novos mapas
culturais, novas perspectivas educacionais. Porto Alegre: Sulina, 1996.

SCHUCMAN, Lia. Entre o “branco”, o “encardido” e o “branquíssimo”: raça, hierarquia


e poder na construção da branquitude paulistana. 2012. 160 f. Tese (Doutorado em
Psicologia Social) - Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social. Universidade de São
Paulo, São Paulo, 2012.

___________. Sim, nós somos racistas: estudo psicossocial da branquitude paulistana. Psicologia &
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___________. Professora Lia Vainer Schucman explica a relação entre racismo e o conceito de
branquitude. 2021. Programa SC no ar. Disponível em:
< https://www.youtube.com/watch?v=XBuls2RyFxM&ab_channel=ProgramaSCnoAr>
Acesso em 2022.

5
Foi Denise Carreira (2018) que elencou os autores sobre branquitude no Brasil que aqui apresento.
SOUZA, Luh. Quer saber se ainda o Racismo existe no Brasil? Faça o Teste do Pescoço –
parte II. Disponível em: https://www.geledes.org.br/quer-saber-se-ainda-o-racismo-existe-no-
brasil-faca-o-teste-pescoco-parte-ii/ Acesso em: 2020.

TWINE, F. W.; STEINBUGLER, A. The gap between whites and whiteness: interracial
intimacy and racial literacy. Du Bois Review: Social Science Research on Race, New York, v.
2, n. 3, p. 341-363, ago. 2006. Disponível em:
<https://www.researchgate.net/publication/231775543_The_gap_between_whites_and_white
ness_Inte> Acesso em 2020.

VALENTIM, Daniela. Educação intercultural crítica e ação afirmativa: avanços e desafios. In:
Interculturalizar, descolonizar, democratizar: uma educação “outras”? (Org.) CANDAU, V.
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WALSH, Catherine. Notas Pedagógicas desde las Grietas Decoloniales. Universidad Andina
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___________. “Pedagogías Decoloniales. Caminando y Preguntando. Notas a Paulo Freire


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RAMOS, A. G. A introdução crítica à sociologia brasileira. Rio de Janeiro: Andes. 1957.

VALENTIM, Daniela. O Lugar do Branco nas Relações


Raciais: apontamentos para a formação de professores. In:
CANDAU, Vera Maria (Org.). Cotidiano, Educação e Culturas:
realizações, tensões e novas perspectivas. Rio de Janeiro:
2023, pp. 251-261. ISBN  978-65-00-68225-0 

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