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CAMPUS ERECHIM
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO INTERDISCIPLINAR EM CIÊNCIAS HUMANAS
TRANSDISCIPLINARIDADE
UMA NECESSIDADE ÉTICO-POLÍTICA
• João Alcione S. Figueiredo / Simone Loureiro Brum Imperatore / Valdir
Pedde
Manoela E. P. Machado
Marcos Sardá Vieira
Suellen Radaeli
A transdisciplinaridade e seu desafio: a
contextualização
• Hierarquia valorativa e moral já está institucionalizada: família, educação, Estado e mercado, entre
outras, obedece à lógica de classificação de mundo e das pessoas.
• Não é a vontade individual e subjetiva que irá mudar esse estado de coisas, em si uma
ingenuidade presente no pensamento descontextualizado.
• O mundo está estruturado e sem a mudança das estruturas não se mudam as mentes.
• Como se contextualiza o saber? Primeiramente, é necessário NÃO ter como pressuposto que as
estruturas institucionais (as universidades, por exemplo) sejam neutras, isto é, que não estejam a
serviço do capital e sua reprodução, também em relação aos valores morais – a partir dos quais,
inclusive, as instituições “funcionam” e se articulam a partir.
UM NOVO CAMINHO:
a transdisciplinaridade contextualizada pela territorialização
do conhecimento via a prática extensionista do ensino.
• “obedecer e compreender uma regra social é, antes de tudo, uma prática aprendida e não um
conhecimento” - algo meramente cognitivo - (SOUZA, 2015, p. 175).
• Exemplo: meritocracia - o sujeito não sente culpa pela desigualdade social. Ao contrário, a culpa é
daquele que não “venceu”, pois não se esforçou.
• Caminho possível para a institucionalizar a nova visão: extensão universitária.
• Estratégia 12.7 do Plano Nacional de Educação (PNE 2014-2024): propõe a universalização da
extensão nos cursos de graduação, orientando sua integralização em programas e projetos em
áreas de grande pertinência social (BRASIL, Lei 13.005, 2014).
• Conceito: processo acadêmico definido e efetivado em função das demandas sociais, políticas,
econômicas e culturais da sociedade e da proposta pedagógica dos cursos, coerente com as
políticas públicas e indispensável à formação cidadã.
UM NOVO CAMINHO:
a transdisciplinaridade contextualizada pela territorialização
do conhecimento via a prática extensionista do ensino.
Extensão:
• Implica uma dimensão onde a universidade se espraia pela e por dentro da sociedade, a partir dos
problemas concretos relativos à realidade complexa do mundo da vida.
• Propõe a ampliação do espaço áulico para além das fronteiras disciplinares, teóricas e acadêmicas.
• Preconiza o protagonismo discente norteado por uma educação crítico-reflexiva, pela produção de
conhecimentos a partir do diálogo de saberes, científico e “vulgar” e, pelo papel social da ciência.
• Contextos reais.
UM NOVO CAMINHO:
a transdisciplinaridade contextualizada pela territorialização
do conhecimento via a prática extensionista do ensino.
• A delimitação de programas e projetos como modalidades extensionistas a serem “curricularizadas”
advém da intenção de propostas continuadas, articuladas à iniciação científica, ou seja, a
“curricularização” não é pensada como uma nova caixinha onde se irão depositar algumas
atividades.
• Ela se abre como uma perspectiva para trabalhar a partir da “junção” de disciplinas e de práticas,
não no sentido do amontoamento, mas de uma articulação entre diferentes perspectivas.
• A materialização objetiva dessa proposta se encontra na territorialização da universidade, o que
implica repensá-la atravessada pelos problemas sociais.
• A extensão assume um propósito de inclusão acadêmica e social, a partir do desenvolvimento de
programas de aprendizagem que propiciem condições aos educandos e educadores para que se
assumam seres sociais e históricos que tenham condições de pensar e repensar sua realidade.
UM NOVO CAMINHO:
a transdisciplinaridade contextualizada pela territorialização
do conhecimento via a prática extensionista do ensino.
• Para orientar a proposta pedagógica é necessário pensar sobre: