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ATIVIDADE AVALIATIVA

1.) Analisar cada um dos eventos presentes entre o final da Idade Média e o início da

modernidade, eventos estes que contribuíram para o surgimento da Sociologia

como ciência social. (apostila pag. 8).

R=As grandes navegações: “a descoberta” da América (1492) por Cristóvão

Colombo; Vasco da Gama chega às Índias (1498) e Pedro Álvares Cabral chega

ao Brasil (1500), foram fatos que contribuíram para ampliar o mundo conhecido

e eliminar as ideias de que o mundo era plano, ou ainda, que houvesse

monstros nos mares, dentre outras ideias. E, além disso, enalteceu a noção de

que o homem era capaz de atravessar os mares e conquistar outros continentes,

inclusive colonizá - los: como a África e a América (Novo Mundo).

 Renascimento científico: o racionalismo e a preocupação com o entendimento

da natureza estimularam as pesquisas científicas. Pensadores como Pietro

Pomponazzi, Galileu Galilei, Copérnico e Leonardo da Vinci se fazem presentes

com novas ideias, experimentos ou inventos. Por exemplo: Pomponazzi pregou

a supremacia da razão, negou a Criação, a imortalidade da alma e os milagres.

Eram escritos avançados para a época e que questionavam a estrutura existente

e até a forma do homem compreender o mundo.

 Reforma religiosa ou Reforma Protestante: foi, grosso modo, um movimento

com características religiosas, políticas e econômicas que iniciou com Lutero,

na Alemanha, no século XVI (vale destacar que outros pensadores já estavam

criticando a Igreja anteriormente). Esta reforma provocou a separação de uma

parte da comunidade católica da Europa, dando origem ao protestantismo.

 Renascimento cultural: foi um movimento intelectual, artístico e literário

ocorrido na Europa, especialmente na Itália, nos séculos XV e XVI, o qual

teve entre as suas características: a inspiração nas obras da antiguidade greco-

romana, a exaltação da vida, o sensualismo e o gosto artístico. Este movimento

foi muito importante para a construção de uma nova mentalidade humana, pois

as artes deram impulsos para mudar a forma de ver o mundo.

2 .) Fazer um fichamento com duas ideias de Emile Durkheim e duas ideias de Pierre
Bourdieu. Explicar a sua compreensão pessoal sobre cada uma das ideias.

R=[ ]Condizente com uma visão positivista da ciência, Durkheim (1973)

defendia uma sociologia neutra e imparcial, que deveria estar distante

das lutas sociais e dos conflitos políticos. O papel da sociologia deveria

apenas analisar os fenômenos e descrever o funcionamento da

sociedade. Ela poderia até detectar as causas dos problemas sociais e,

neste caso, contribuir com a sua solução, mas não caberia envolver-se

com objetivos políticos e com a busca de uma sociedade melhor (SELL,

2006, p. 154).

Neste cenário, a Sociologia, no ponto de vista de Durkheim, deveria manter

a “saúde” do corpo social (sociedade) e incentivar transformações políticas, como

outros pensadores postulavam. Uma das suas ideias centrais era de que os fatos

sociais existem independentemente da vontade dos indivíduos e atuam sobre

estes. Os fatos sociais são independentes das escolhas ou vontades individuais,

por exemplo, a moeda e idioma de um país e as leis.

1. A sociedade é semelhante a um corpo vivo.

2. A sociedade (como corpo) é composta de várias partes.

[ ]

Em termos educacionais, podemos encontrar diversos estudos que têm

como aparato teórico as ideias de Bourdieu. Entretanto, dentre as ideias de Bourdieu

destaca-se que a função da educação pode ser um instrumento de legitimação das

desigualdades sociais e a perspectiva libertadora. A escola, sendo conservadora,

manterá a dominação dos dominantes e será como um instrumento que reforça

as desigualdades e, além disso, reproduz os aspectos culturais, segundo a origem

cultural de cada classe.

A escola pode ignorar as diferenças socioculturais existentes entre as

classes sociais e selecionar conhecimentos que estão de acordo com os valores

culturais das classes dominantes. Além disso, a escola pode reproduzir, através

de uma violência simbólica, as relações de dominação existentes na sociedade e

reproduzir a ideologia da classe dominante.

Ação pedagógica, portanto, é uma violência simbólica porque impõe,


por um poder arbitrário, um determinado arbitrário cultural. Dito

de modo simplificado, esse arbitrário cultural nada mais é do que

a concepção cultural dos grupos dominantes, que é imposta a toda a sociedade através do
sistema de ensino. Esta imposição, porém, não

aparece jamais em sua verdade inteira e a pedagogia nunca se realiza

enquanto pedagogia, pois se limita à inculcação de valores e normas.

Daí ser preciso, para que a ação pedagógica se efetive, uma autoridade

pedagógica, por parte das instituições de ensino. Ela é necessária para

que a inculcação possa ocorrer, sob a fachada dissimulada de uma

alegada pedagogia (RODRIGUES, 2007, p. 73-74).

Quanto ao processo educativo, este pode ser uma ação coercitiva, em

virtude de impor predisposições de um certo código de normas e valores que

pertencem a um certo grupo ou uma classe dominante, disprivilegiando a classe

dominada. Nos sistemas escolares, dentre as suas funções está a de perpetuar a

“ordem social” e formar hábitos.

No livro chamado Os Herdeiros, os autores (Bourdieu e colaboração

com Passeron) atacam o discurso dominante, segundo o qual a conquista

de uma “escola para todos”, de caráter igualitário, tornaria possível

a realização das potencialidades humanas. E o fazem colocando em

evidência o que a instituição escolar dissimula por trás de uma aparente

neutralidade, ou seja, justamente a reprodução das relações sociais e

de poder vigentes. Encobertos sob as aparências de critérios puramente

escolares estão os critérios sociais de triagem e de seleção dos indivíduos

para ocupar determinados postos na vida. [...]. O sistema de ensino filtra

os alunos sem que eles se deem conta e, com isso, reproduz as relações

vigentes (RODRIGUES, 2007, p. 72).

3.)Elaborar um resumo sobre a diversidade de metáforas de Gareth Morgan sobre:

a) As escolas vistas como máquinas

R=Somente em virtude da obra vasta de Morgan é que, em paralelo,

refletiremos sobre as possíveis formas de se gerir uma instituição de ensino.Ao agir


mecanicamente, o indivíduo enfatiza a rapidez (tempo) para o controle

de tarefas (produção). Sendo assim, o profissional é uma engrenagem e sua potencialidade


corporal, neste momento, fica engessada e o raciocínio semibloqueado.

b) As escolas vistas como organismos.

R=Podemos comprovar, com facilidade, que algumas qualidades

predominantes nos seres vivos jamais estarão presentes em modelos

organizacionais baseados em princípios de rigidez que negam a vida, como

a hierarquia tradicional ou os modelos mecanicistas de gestão, que moldaram

nossa civilização e nossa cultura empresarial atual.

Quando as empresas trabalham com base nos princípios do modelo de

gestão orgânico, elas metamorfoseiam e incorporam na cultura empresarial as qualidades e


características típicas de um ser vivo, passando a responder com

agilidade e flexibilidade às necessidades do mundo externo, usando a intuição

com a razão nas decisões e enfrentando as dificuldades de forma criativa.

Assim como nos demais organismos vivos, as células empresariais

(indivíduos primeiro e grupos em segundo) têm no mesmo DNA os genes que

orientam as pessoas e os grupos em direção à “chama sagrada da empresa”,

à razão da sua existência, à sua missão, mesmo que cada uma pertença a um

sistema ou processo organizacional diferente.

Isso é o que possibilita às empresas condições de sobrevivência, crescimento

e desenvolvimento em um ambiente de competitividade acelerada, à semelhança

dos seres vivos que fazem isso ao longo de todo o seu processo evolutivo.

Para as pessoas, o modelo celular ou de gestão orgânica cria condições

e oportunidades concretas para o real aprendizado existencial individual e

organizacional, revelando novos talentos, novas habilidades, agregando novas

competências à cultura organizacional.

c) As escolas vistas como cérebros.

R=Diante deste contexto, a metáfora do cérebro é uma das formas de pensar

as organizações e também as instituições de ensino, principalmente no sentido

de processar informações e ainda ser capaz de aprender. Portanto, de certa forma

pode-se auferir que as organizações são sistemas de processamento de informações,

assim como o cérebro humano. A partir dessa concepção, pensou-se na ideia de que

é possível planejar tais organizações, de forma que elas possam aprender a auto-
organizar-se, como um cérebro em completo funcionamento (MORGAN, 1996).

A ideia postulada nesta metáfora é de que a organização, tendo capacidade

de aprender, será capaz de inovar, encontrar soluções e superar os desafios vigentes

neste ambiente de constantes mudanças em que vivemos. Pelo menos assim se

espera.

Neste sentido, o cérebro tem mostrado ter capacidade para se auto-

organizar de diversas maneiras e de acordo com as necessidades postas.

Conforme Morgan (1996, p. 101), “o cérebro tem essa interessante

capacidade de organizar e reorganizar a si mesmo para lidar com as contingências

que enfrenta. [...]. Os conhecimentos levam a ver o cérebro como um sistema, no

qual este desempenha parte importante em se autoplanejar no curso da evolução”.

Enfim, para o âmbito educacional, mais do que nunca, a necessidade de

aprimorar a capacidade de aprender, inovar e encontrar soluções é primordial,

face ao contexto histórico em que vivemos. Além disso, em virtude das novas

exigências e cobranças que se têm feito presentes na educação, e o perfil das

crianças e adolescentes que fazem parte da escola (como veremos na Unidade 3),

os desafios apresentados aos gestores educacionais e professores serão inúmeros.

Por isso, a metáfora do cérebro pode apresentar algumas ideias relevantes. PENSE

SOBRE ISSO.

d) As escolas vistas como instrumento de dominação.

R=Você observou que podemos analisar as organizações sob o prisma de

várias metáforas, e para encerrarmos esta seção, estudaremos o que para muitos é

o lado nefasto das organizações. Ao observarmos o cotidiano, muitas organizações

têm impactos negativos sobre as pessoas ou na natureza, mesmo que para muitos

elas tragam o progresso, a geração de empregos e riquezas. Ou ainda, o domínio de

certos setores empresariais na esfera econômica e inclusive no aspecto político. As

organizações poderão contribuir de forma negativa na vida dos seus colaboradores.

Conforme Morgan (1996, p. 301):

O trabalho torna-se um vício e uma muleta, levando a um desequilíbrio

do desenvolvimento pessoal e criando muitos problemas para a vida

familiar. O “maníaco pelo trabalho” tende a estar constantemente


sob pressão, ter pouco tempo para a esposa e os filhos e estar,

frequentemente, em casa. [...]. O impacto negativo na vida familiar e

na incidência de divórcios é, sem dúvida, enorme. [...]. Basta lembrar os

rituais de intimidação praticados por Harold Geneen da ITT. Esperava

que os seus executivos estivessem prontos para o trabalho, mesmo

quando estavam em casa dormindo. Muitas organizações necessitam

e exigem que os seus executivos sejam homens e mulheres totalmente

devotos à organização, vivendo e sonhando com a vida organizacional.

Entretanto, podemos encontrar diversas organizações que têm a preocupação

com a responsabilidade social, o meio ambiente, a ética, a saúde e o bem-estar

dos colaboradores. Morgan (1996) menciona que esta perspectiva demonstra que

até mesmo nas organizações racionais e democráticas pode haver resultados dos

modelos de dominação.

4.) Baseado no texto: Cultural e Educação em discussão. Escrever um texto

dissertativo argumentativo (redação) com o tema: A diversidade da cultura social

nas escolas.

Nubia Cecília Penha Martins

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