Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Criatividade
RESENHA
1. Introdução
Este livro escrito no ano de 1998, ou seja, com mais de 15 anos de existência introduz o
leitor no universo das abordagens qualitativas para a investigação social. Discute os
conceitos de ciência e conhecimento procurando distinguir os conceitos de ciências
humanas e sociais das ciências naturais. Considera as ciências humanas e sociais,
portanto, de naturezas distintas das ciências naturais com repercussão na construção da
teoria e na escolha do método. É uma obra de interesse para todos aqueles que queiram
compreender mais e melhor os contornos das investigações qualitativas.
1. Sobre a autora
Nossa autora inicia sua obra nos dizendo que do ponto de vista antropológico o ser
humano “homo sapiens” sempre procurou conhecer e explicar a realidade. Da visão
mítica, passando pela religião e pela filosofia o ser humano sempre buscou explicar
lógicas do inconsciente coletivo, do comportamento humano e a ciência é apenas uma
dessas dimensões. Essa busca não é definitiva, exclusiva ou conclusiva. É uma busca
constante, a incompletude é uma das características do conhecimento.
Sobre a pesquisa social a autora levanta três questões: É possível o ser humano tratar de
uma realidade da qual faz parte? Isso não prejudica a possibilidade de objetivação? Em
segundo, será que a objetivação própria das ciências não estaria a prejudicar a
subjetividade característica das questões sociais? Terceiro qual o método poderia
estudar a diversidade humana?
Poderíamos dizer que o labor científico caminha sempre em duas direções: no primeiro
caso, elaborando suas teorias, seus métodos, seus princípios e estabelecendo resultados.
Na segunda direção, inventa ratifica seu caminho, abandona certas vias e encaminha-se
para certas direções privilegiadas. Com isso os investigadores aceitam o critério da
historicidade, de colaboração e humildade científica de reconhecer que todo
conhecimento é construído.
O objeto das ciências sociais é histórico, isto significa dizer que as sociedades humanas
existem num determinado espaço de tempo cuja a formação social é específica. Os seres
humanos vivem o presente com as referências do passado, buscando projetar o futuro,
numa dialética constante entre o que está dado e o que pode ser construído. Com isso o
objeto dos estudos das ciências sociais possui consciência histórica.
Segundo Minayo, não é apenas o investigador que dá sentido ao seu trabalho intelectual,
mas os sujeitos, os grupos e as sociedades dão significado e intencionalidades a suas
ações e construções, na média em que as estruturas sociais nada mais são que ações
objetivadas. O nível de consciência histórica das ciências sociais, está referenciado ao
nível de consciência histórica e social.
1. Pesquisa qualitativa
1. Sociologia compreensiva