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1.

Um discurso sobre as ciencias de boaventura de sousa de santos


Um Discurso sobre as Ciências é uma obra do sociólogo Boaventura de Sousa Santos,
publicada em 1995 pela editora Afrontamento. Nesse livro, o autor apresenta uma reflexão
crítica sobre o papel das ciências na sociedade e questiona suas limitações e perspectivas.
A obra é uma versão ampliada da Oração de Sapiência proferida por Boaventura de Sousa
Santos na abertura solene das aulas na Universidade de Coimbra, no ano letivo de 1985/86.
Nesse discurso, o autor aborda temas como a epistemologia, a política científica e a relação
entre ciência e poder.
Santos argumenta que as ciências não são neutras e objetivas, mas sim influenciadas por
contextos sociais, políticos e culturais. Ele defende a necessidade de uma ciência
comprometida com a transformação social, capaz de enfrentar desigualdades e promover a
justiça.
Em outras palavras, Um Discurso sobre as Ciências, escrito por Boaventura de Sousa Santos
e publicado em 1995 pela editora Afrontamento, é uma obra que nos convida a refletir sobre
o papel das ciências na sociedade. Existem alguns principais pontos que devem ser destacados,
que são:
 Contexto e Origem: A obra é uma versão ampliada da Oração de Sapiência proferida
por Boaventura de Sousa Santos na abertura solene das aulas na Universidade de
Coimbra, no ano letivo de 1985/86.
 Crítica à Neutralidade Científica: Santos argumenta que as ciências não são neutras
e objetivas, mas sim influenciadas por contextos sociais, políticos e culturais. Ele
questiona a ideia de que a ciência é imparcial e destaca como ela muitas vezes serve
aos interesses do poder dominante.
Neste ponto, segundo (Santos, 1995) Santos questiona a ideia tradicional de que a ciência é
neutra e objetiva. Ele argumenta que as ciências não existem em um vácuo, mas são
profundamente influenciadas por contextos sociais, políticos e culturais. Alguns aspectos
importantes dessa crítica:
 Posição social dos cientistas: Santos destaca que os cientistas não são seres isolados,
mas fazem parte de uma sociedade com suas próprias hierarquias e estruturas de poder.
Suas posições sociais, crenças e interesses pessoais afetam suas pesquisas e
interpretações (Santos, 1995)
 Viés Cultural e Histórico: A produção do conhecimento científico não ocorre em um
vácuo cultural. As teorias, métodos e abordagens científicas são moldadas por fatores
históricos, culturais e geográficos. Por exemplo, a forma como diferentes culturas veem
a natureza, a saúde ou a justiça influencia as perguntas que os cientistas fazem e como
eles as respondem (Santos, 1995).
 Interesses do Poder Dominante: Santos argumenta que a ciência muitas vezes serve
aos interesses das elites e do poder dominante. Por exemplo, pesquisas financiadas por
grandes corporações podem ser direcionadas para atender a seus objetivos comerciais,
em vez de buscar o bem-estar geral da sociedade (Santos, 1995).
 Epistemologias Alternativas: Santos propõe a valorização de epistemologias
alternativas, que reconheçam diferentes formas de conhecimento além do científico.
Isso inclui saberes indígenas, conhecimentos tradicionais e experiências vividas por
grupos marginalizados. (Santos, 1995).
Aqui, Santos nos convida a questionar a suposta neutralidade da ciência e a considerar como
ela pode ser usada para perpetuar desigualdades ou para promover mudanças sociais positivas.
Sua crítica nos lembra que a ciência não é uma entidade separada da sociedade, mas está
profundamente entrelaçada com ela.
 Epistemologia e Política Científica: O autor explora questões epistemológicas, como
os critérios de validade do conhecimento científico. Ele também discute a política
científica, abordando como as escolhas feitas na pesquisa e financiamento afetam a
produção do conhecimento.
Neste ponto, Sousa Santos mergulha na relação entre epistemologia (a teoria do conhecimento)
e a política científica. Essas são os principais aspectos desse tópico:
 Crítica ao Positivismo: O autor inicia questionando o positivismo, uma abordagem
que considera a ciência como neutra e objetiva. Ele propõe que a teoria do
conhecimento seja desvinculada desse pensamento positivista. O positivismo,
idealizado por Auguste Comte no século XIX, afasta-se radicalmente da teologia e da
metafísica, considerando inválido qualquer conhecimento advindo do senso comum.
Santos critica essa visão restrita da ciência moderna (Santos, 1995).
 Visão Epistemológica Antipositivista: Boaventura de Sousa Santos defende uma
visão antipositivista. Ele argumenta que a ciência não deve ser reduzida a uma fórmula
mecânica e imparcial. Em vez disso, ele propõe uma abordagem que reconheça a
complexidade das relações sociais, culturais e políticas que moldam o conhecimento
científico (Santos, 1995).
 Ciência como Prática Social: Santos enfatiza que a ciência não existe em um vácuo.
Ela é uma prática social atravessada por interesses nem sempre explícitos. Os cientistas
não são seres isolados, mas participam ativamente das lutas e posições sociais. Portanto,
a ciência não pode ser considerada neutra; ela está enraizada em contextos sociais e
políticos (Santos, 1995)
 Emergência de um Novo Paradigma: Ao longo da obra, Sousa Santos também discute
a crise do paradigma dominante e a emergência de um novo paradigma científico. Ele
explora como as mudanças sociais e históricas impactaram a forma como a ciência é
praticada e percebida (Santos, 1995).
Então vimos que, a obra “Um Discurso sobre as Ciências” nos convida a repensar a ciência
como uma prática social complexa, influenciada por múltiplos fatores e a considerar novas
abordagens epistemológicas que vão além do positivismo
 Ciência Comprometida: Santos defende a necessidade de uma ciência comprometida
com a transformação social. Ele acredita que a ciência deve enfrentar desigualdades e
promover a justiça, em vez de apenas servir aos interesses das elites.
O ponto “Ciência Comprometida” abordado por Boaventura de Sousa Santos em sua obra “Um
Discurso sobre as Ciências” é fundamental para compreendermos a visão crítica do autor sobre
o papel das ciências na sociedade:
 Contexto: Santos argumenta que a ciência não é neutra nem objetiva. Ela é influenciada
por contextos sociais, políticos e culturais. A ciência não existe em um vácuo; ela é
moldada pelas relações de poder e pelas estruturas sociais.
 Compromisso Social: O autor defende a necessidade de uma ciência comprometida
com a transformação social. Essa ciência deve estar alinhada com os interesses das
comunidades marginalizadas e ser capaz de enfrentar desigualdades e injustiças.
 Desafio à Neutralidade: Santos questiona a ideia de que a ciência é neutra e imparcial.
Ele argumenta que as escolhas metodológicas, os temas de pesquisa e as prioridades
científicas são influenciados por valores e interesses.
 Construção de Conhecimento Alternativo: A ciência comprometida deve buscar
conhecimentos alternativos e epistemologias plurais. Isso envolve reconhecer outras
formas de saber, como o conhecimento indígena, popular e local.
 Diálogo e Participação: Santos propõe um diálogo entre diferentes saberes e atores
sociais. A ciência comprometida deve envolver comunidades, movimentos sociais e
grupos marginalizados na produção do conhecimento.
Em resumo, Ciência Comprometida é uma abordagem que busca superar a visão tradicional da
ciência como algo distante da realidade social e promover uma ciência mais inclusiva, justa e
transformadora.
2. O que enterndes por: técnica de pesquisa científica, metódos de investigação
científica e metodologia. Importancia de cada uma delas.
Técnica de pesquisa científica
A pesquisa científica é a aplicação prática de um conjunto de processos metódicos de
investigação utilizados por um pesquisador para o desenvolvimento de um estudo. Ela
caracteriza-se por ser uma investigação extremamente disciplinada, que segue as regras
formais dos procedimentos para adquirir as informações necessárias e levantar as hipóteses
que dão suporte para a análise feita pelo pesquisador (cientista) (Menegat, 2023). Através
deste conjunto de procedimentos, a pesquisa científica tem como objetivo encontrar
respostas para determinadas questões propostas para o desenvolvimento de um
experimento ou estudo, de maneira a produzir novos conhecimentos que visem o benefício
da ciência. Este tipo de pesquisa se dedica em realizar estudos com uma abordagem
inovadora, onde o pesquisador avalia se a temática apresentada é de interesse para a
comunidade científica e se os resultados do estudo serão socialmente relevantes. A pesquisa
científica também pode fazer uma abordagem de algum estudo já existente, como forma de
refutar, ou contribuir com, os resultados produzidos nesta pesquisa. Neste sentido, a
pesquisa científica é o elo entre o pesquisador e a comunidade científica, o que torna a
publicação e divulgação desses estudos de extrema importância para a produção do
conhecimento científico (Tally Tafla, 2022)
Quanto aos tipos de pesquisa científica, eles podem ser classificados de acordo com a
abordagem do problema e dos seus objetivos:
 Pesquisa Quantitativa: Utiliza diferentes técnicas estatísticas para quantificar
opiniões e informações.
 Pesquisa Qualitativa: É um método descritivo que explora os detalhes da pesquisa
e a vivência do próprio entrevistado ou pesquisador.
Em relação aos objetivos pretendidos, a pesquisa se classifica em:
 Pesquisa Exploratória: Possui maior proximidade com o universo relacionado ao
objeto da pesquisa. Exemplos incluem Estudos de Caso e Pesquisas Bibliográficas.
 Pesquisa Descritiva: Realiza um levantamento de dados através de técnicas
padronizadas de coleta, como questionários ou formulários.
 Pesquisa Explicativa: Pretende explicar os fatores que motivam a realização do
objeto ou do fenômeno estudado. Nas ciências naturais, é usado o método
experimental, enquanto nas ciências sociais recorre-se ao método observacional
(Menegat, 2023)
Em termos metodológicos, para que a pesquisa científica tenha o seu melhor
aproveitamento, é necessário a utilização do método científico, um conjunto de elementos
considerados básicos para a realização do estudo. Para produzir uma pesquisa científica, o
pesquisador deve seguir alguns dos elementos básicos do método científico, como definir
claramente o problema da pesquisa e seguir rigorosamente os procedimentos adequados
(Tally Tafla, 2022)

Métodos de Investigação Científica e metodologica


Métodos de Investigação Científica:
Os métodos de investigação científica referem-se às técnicas específicas ou procedimentos
utilizados para responder perguntas de pesquisa ou coletar dados. São ferramentas práticas que
auxiliam na execução de atividades dentro de um projeto de pesquisa.
Exemplos de métodos incluem entrevistas, experimentos de laboratório, questionários,
observações, entre outros. Um método é aplicado em contextos específicos e pontuais durante
a pesquisa (Dias, 2020).
Metodologia:
A metodologia é mais abrangente e planeja todo o processo de pesquisa. Ela envolve o
raciocínio por trás da escolha dos métodos a serem utilizados.
A metodologia define a estratégia geral para conduzir o estudo, desde a coleta de dados até a
análise e conclusões. É uma abordagem global que guia a gestão completa do projeto de
pesquisa.
Em resumo, enquanto os métodos são ferramentas específicas para a execução de tarefas, a
metodologia é o plano geral que direciona toda a pesquisa. Ambos são cruciais para a produção
científica de qualidade (Dias, 2020).
3. Caracterizacao das metodologias de pesquisas qualitativas e quantitativa como
aplica-las
Pesquisa quantitativa
A pesquisa quantitativa usa números para testar hipóteses e fazer previsões usando quantidades
medidas e, em última análise, descrever um evento usando números. Ao usar números, o
pesquisador tem a oportunidade de usar testes estatísticos avançados e poderosos para garantir
que os resultados tenham uma relação estatística e não apenas uma observação casual.

Ao usar pesquisa quantitativa, o pesquisador deve definir o que está medindo. A ideia aqui é
olhar para um atributo ou variável específica. Isso é conhecido como uma definição operacional
. Ao operacionalizar o que você procura, você está apenas medindo uma coisa particular e
relevante, o que restringe sua visão ao que é relevante. Por exemplo, se você está apenas
observando atos de agressão pelo toque físico de alguém, não conte quando alguém grita com
outra pessoa (Rodrigo, 2020)
Um ponto forte dos métodos quantitativos é que, ao examinar os números, um certo nível de
viés é removido. É difícil argumentar que chutar uma bola, por exemplo, não é chutar uma
bola. Quando um pesquisador estuda uma variável específica que é definida operacionalmente,
os resultados podem ser aplicados a populações maiores, tornando os achados generalizáveis .
Aqui está um exemplo: você foi chamado para realizar pesquisas sobre violência no ensino
fundamental. Você passa pelo processo de seleção da escola e decide que vai observar os jovens
durante o recreio. Antes de suas observações, você decide que definirá operacionalmente a
violência como uma criança empurrando, empurrando ou batendo em outra criança durante o
recreio. Você os monitora por uma semana e encontra 50 atos de violência, com uma média de
10 por dia e um desvio padrão de dois (Dias, 2020).
Usando pesquisas quantitativas, você foi capaz de determinar com que frequência os atos
violentos ocorrem em uma escola. Isso pode então ser generalizado para outras escolas na área
em condições semelhantes ou funcionar como uma comparação com outras escolas em áreas
diferentes.
Aplicações:
 Estudos de campo: Investigação em profundidade sobre comportamentos, crenças e
valores.
 Pesquisas sociais e culturais: Compreensão de dinâmicas sociais, culturais e
psicológicas.
 Estudos exploratórios: Exploração inicial de um tema antes de aplicar métodos
quantitativos.
Pesquisa qualitativa
A pesquisa qualitativa descreve o tipo e a qualidade de um assunto, enquanto interpreta e tenta
compreender um evento. Ao usar descrições narrativas, o objetivo da pesquisa qualitativa é dar
a alguém uma imagem mental do que o pesquisador está vendo. Devido à natureza da pesquisa
qualitativa, é difícil usar procedimentos estatísticos para medir tipos e qualidades, e essa
pesquisa geralmente se concentra em alguns indivíduos ou apenas em uma única pessoa.
A pesquisa qualitativa depende da visão pessoal do pesquisador e da descrição de uma situação.
Isso leva a um certo nível de preconceito e subjetividade na descrição. Por exemplo, na situação
anterior do pátio da escola, o que você pode ver como agressivo, posso ver como brincalhão.
Está tudo nos olhos de quem vê. As descrições, entretanto, assumem um relato dinâmico e
pessoal do que está ocorrendo. Eles não são apenas registros de algo que ocorreu, mas uma
história do indivíduo ou grupo. Acompanhar essa ideia de história, porém, é a questão da falta
de generalização. A história é uma descrição única que revela a interação dinâmica de um
indivíduo ou grupo; limita sua capacidade de ser sobre outras pessoas (Santos, 1995).
A pesquisa qualitativa é freqüentemente usada ao pesquisar um novo campo ou área, uma
interação única entre pessoas ou condições raras ou únicas. Um novo campo, como estudar a
interação entre genética e psicologia, primeiro precisa ser descrito para que outros
pesquisadores possam acompanhar. As interações únicas entre as pessoas são estudadas, por
exemplo, quando um grupo de soldados voltando da guerra faz parte de um grupo de apoio. E,
por último, condições raras ou únicas, como um novo diagnóstico, devem ser descritas para
que outras pessoas possam ver o que você vê. Em todos esses casos, o pesquisador está
procurando padrões, recursos e temas (Santos, 1995).
Aplicações:
 Estudos de prevalência: Avaliação de frequência de eventos em uma população.
 Pesquisas de opinião: Medição de atitudes, comportamentos e preferências.
 Avaliação de intervenções: Verificação da eficácia de tratamentos ou políticas.

4. Caracterizacao De Metodos Hipotetico-Dedutivo Dialeticos, Indutivo, Dedutivo


o Método Hipotético-Dedutivo:
Definição: O método hipotético-dedutivo é amplamente utilizado em pesquisas científicas. Ele
envolve a formulação de hipóteses que são testadas por meio de experimentos ou observações
(Coelho, 2021).
 Processo:
Identificação do Problema: Começa com a percepção de uma lacuna no conhecimento.
Formulação de Hipóteses: Propõe soluções hipotéticas para o problema.
Teste e Falseamento: As hipóteses são testadas e podem ser falseadas (tornadas falsas) com
base em evidências empíricas.
 Objetivo: Busca corrigir erros e se aproximar de conclusões científicas verdadeiras.
Exemplo: Imagine que você está estudando o crescimento de plantas e formula a hipótese de
que a quantidade de luz afeta o crescimento. Você conduz experimentos para testar essa
hipótese.
o Método Indutivo:
Definição: O método indutivo parte de observações específicas para chegar a uma conclusão
geral.
Processo:
Observação: Coleta de dados específicos.
Padrões: Identificação de padrões ou tendências nos dados.
Generalização: Inferência de uma conclusão geral com base nos padrões observados.
Exemplo: Observar várias maçãs maduras e concluir que todas as maçãs maduras são
vermelhas.
o Método Dedutivo:
Definição: O método dedutivo começa com uma premissa geral e chega a conclusões
específicas.
Processo:
Premissa Maior: Estabelece uma regra geral.
Premissa Menor: Aplica a regra geral a um caso específico.
Conclusão: Derivação lógica da premissa maior e menor.
Exemplo: Se “todos os seres humanos são mortais” (premissa maior) e “Sócrates é um ser
humano” (premissa menor), então “Sócrates é mortal” (conclusão).
o Método Dialético:
Definição: O método dialético é um método de abordagem que tem como características
centrais o uso da discussão, argumentação e provocação.
Aplicação: É amplamente utilizado em pesquisas sociais, com o objetivo de interpretar, de
forma qualitativa, alguns fenômenos sociais por meio de seus princípios, leis e categorias de
análise.
Processo:
Contradição: Parte da suposição hegeliana de que para cada tese, existe uma antítese.
Síntese: O objetivo é chegar a uma síntese, conciliando as perspectivas contraditórias.
Exemplo: Imagine que você está estudando as relações de poder em uma comunidade e utiliza
o método dialético para analisar as tensões entre diferentes grupos (Coelho, 2021).
o Método Etnográfico:
Definição: O método etnográfico é amplamente utilizado em pesquisas sociais e
antropológicas. Ele envolve o estudo sistemático da cultura de grupos humanos, com base na
observação participante e entrevistas pessoais.
Características:
Caráter Fenomenológico ou Émico: O pesquisador busca entender a vida social do grupo
estudado a partir do ponto de vista dos próprios participantes.
Caráter Indutivo: Baseia-se na experiência direta e na exploração de um cenário social.
Permanência Relativamente Persistente: Envolve uma investigação profunda de uma
unidade individual (pessoa, grupo, instituição, evento cultural etc.).
Exemplo: Um etnógrafo pode estudar uma comunidade específica, observando aspectos como
linguagem, relações sociais, crenças religiosas e comportamento1.
o Método Experimental:
Definição: O método experimental é usado principalmente nas ciências exatas. Consiste em
testar hipóteses por meio de experimentação controlada.
Características:
Manipulação de Variáveis: O pesquisador manipula variáveis de forma preestabelecida para
observar seus efeitos.
Controle e Medição: Todas as variáveis são controladas, exceto aquela que se pretende medir.
Busca de Causalidade: Visa provar relações de causa e efeito.
Exemplo: Um cientista testa a eficácia de um novo medicamento em um grupo de pacientes,
controlando cuidadosamente as variáveis envolvidas (Tally Tafla, 2022).
o Método Monográfico (Estudo de Caso):
Definição: O método monográfico envolve o estudo detalhado de indivíduos, profissões,
instituições ou grupos com o objetivo de obter generalizações.
Características:
Estudo Longitudinal: Descreve um evento ou caso ao longo do tempo.
Investigação Radical de um Caso: Analisa todos os fatores que influenciam o caso.
Representatividade: Aprofunda-se em casos específicos para obter insights gerais.
Exemplo: Um pesquisador estuda profundamente uma instituição educacional para entender
suas práticas e extrair lições aplicáveis a outras instituições (Coelho, 2021).
o Método Histórico-Funcional:
Definição: O método histórico-funcional é frequentemente utilizado em pesquisas nas áreas de
história, sociologia e antropologia. Ele combina elementos da análise histórica com uma
abordagem funcionalista.
Características:
Análise Contextual: Examina eventos, instituições ou práticas em seu contexto histórico.
Foco na Função: Busca entender o propósito ou função desses eventos ou práticas.
Relação entre Passado e Presente: Explora como o passado influencia o presente.
Exemplo: Ao estudar a evolução de sistemas políticos, o método histórico-funcional analisaria
como diferentes estruturas governamentais atendem às necessidades sociais.
o Método Estatístico:
Definição: O método estatístico é amplamente utilizado em pesquisas quantitativas. Ele
envolve a coleta, organização, análise e interpretação de dados numéricos (Dias, 2020).
Características:
Variabilidade e Probabilidade: Explora a variabilidade dos dados e as leis da probabilidade.
Amostragem e Inferência: Utiliza técnicas de amostragem para tirar conclusões sobre uma
população maior.
Análise Descritiva e Inferencial: Descreve padrões e testa hipóteses.
Exemplo: Um estudo que analisa a relação entre o uso de mídias sociais e o bem-estar mental
usando dados estatísticos (Rodrigo, 2020).
5. Tecnicas De Pesquisas Social (Entrevistas Estruturadas E Semiestruturadas,
Observação Directa E Parcticipante, Questionário, Sondagem De Opinião)
o Entrevistas Estruturadas e Semiestruturadas:
Entrevistas Estruturadas: Nesse método, o pesquisador segue um roteiro fixo de perguntas. As
questões são padronizadas e aplicadas da mesma maneira a todos os entrevistados. Isso permite
comparações diretas entre as respostas (Coelho, 2021).
Entrevistas Semiestruturadas: Essas entrevistas combinam perguntas predefinidas com espaço
para exploração adicional. O pesquisador tem flexibilidade para adaptar as perguntas com base
nas respostas do entrevistado. Isso permite uma compreensão mais profunda dos temas
abordados12.
o Observação Direta e Participante:
Observação Direta: O pesquisador observa o comportamento dos participantes em seu
ambiente natural. Isso pode ser feito de forma não participante (apenas observando) ou
participante (interagindo com os participantes).
Observação Participante: O pesquisador se envolve ativamente no grupo ou contexto que
está estudando. Isso permite uma compreensão mais profunda das dinâmicas sociais, mas
também pode afetar a objetividade do pesquisador.
o Questionários:
Os questionários são formulários padronizados com perguntas específicas. Eles podem ser
administrados pessoalmente, por telefone, por correio ou online. Os participantes respondem
às perguntas de maneira estruturada.
Essa técnica é eficaz para coletar dados quantitativos e obter informações sobre atitudes,
opiniões e comportamentos de um grande número de pessoas.
o Sondagem de Opinião:
As sondagens de opinião são usadas para medir as opiniões e atitudes de um grupo específico
de pessoas em relação a um tópico específico.
Elas geralmente envolvem perguntas fechadas (sim/não, escala de concordância etc.) e são
usadas para entender a opinião pública sobre questões políticas, sociais ou outras (Dias, 2020).
6. Os tipos de conhecimentos, e sua importancia (senso comum, conhecimento
religioso, e cientificos, corrente do inaltismo, empiritismo, e raciocínio)
Senso Comum:
O senso comum é o conhecimento adquirido no dia a dia, transmitido de geração para
geração. Ele é subjetivo, baseado em crenças, hábitos e tradições.
Características:
Valorativo: Reflete opiniões pessoais.
Inverificável: Não passa por verificação científica.
Não-questionamento: Não questiona, apenas aceita.
Exemplo: A crença de que sexta-feira 13 traz azar1.
Conhecimento Religioso:
Também chamado de conhecimento teológico, é baseado em doutrinas sagradas e na fé
religiosa.
Características:
Valorativo: Fundamentado na crença.
Infalível: Baseado em verdades absolutas.
Inspiracional: Revelado sobrenaturalmente.
Exemplo: No cristianismo, Jesus Cristo é o filho de Deus e veio para ensinar o amor ao
próximo.
Conhecimento Científico:
É baseado em observações, experimentações e comprovações.
Características:
Sistematização: Organizado em teorias.
Verificabilidade: Comprovado cientificamente.
Falível: Pode ser substituído por novas descobertas.
Exemplo: As leis da física ou as teorias da evolução3.
Corrente do Inatismo:
Defende que o conhecimento é inato, presente desde o nascimento.
Inatismo Platônico: A alma já possui conhecimento adormecido, que deve ser trabalhado
ao longo da vida.
Empirismo:
Contrapõe o inatismo. Acredita que o conhecimento é adquirido por experiências vividas.
A mente nasce como uma “folha em branco” e registra impressões individuais ao longo da
vida4.
Raciocínio:
É a capacidade de pensar logicamente, analisar informações e chegar a conclusões.
Importância: Fundamenta a tomada de decisões e a resolução de problemas.

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