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Vamos
explorar alguns conceitos relacionados:
Testes Psicológicos
Um teste psicológico é um instrumento desenhado para medir construtos não
observáveis, conhecidos também como variáveis latentes. Os testes psicológicos são
tipicamente (embora não necessariamente) uma série de tarefas ou problemas que o
indivíduo que responde tem que resolver. Os testes psicológicos podem-se assemelhar
fortemente a questionários, que também são desenhados para medir construtos não
observáveis, mas que diferem na medida em que um teste psicológico pede ao
indivíduo o seu desempenho máximo enquanto um questionário pede ao indivíduo um
desempenho típico.[1] Um teste psicológico útil tem que ser ao mesmo tempo válido
(ex. existem evidências para apoiar a interpretação especificada dos resultados do
teste[2]) e fidedigno (ex. consistente internamente ou que apresenta resultados
consistentes ao longo do tempo, em diferentes avaliadores etc.).
É importante que as pessoas que são iguais no construto medido apresentem também
probabilidades iguais de responder aos itens do teste correctamente.[3] Por
exemplo, um item de um teste de matemática poderia ser "Numa partida de futebol
dois jogadores levam cartão vermelho; quantos jogadores restam no final?"; contudo,
este item também requer também conhecimento de futebol para ser respondido
correctamente, e não apenas capacidades matemáticas. A pertença a um grupo também
pode influenciar a probabilidade de responder correctamente aos itens
(funcionamento diferencial dos itens). Muitas vezes os testes são construídos para
uma população específica e isso deve ser tido em conta quando se administram os
testes. Se um teste é invariante para alguma diferença grupal (ex. género) numa
dada população (ex. Inglaterra), isso não significa automaticamente que seja
invariante noutra população (ex. Japão).
Avaliação psicológica
A avaliação psicológica é semelhante à testagem psicológica, mas implica geralmente
uma avaliação mais abrangente do indivíduo. A avaliação psicológica é um processo
que implica a integração de informações de várias fontes, tais como testes de
personalidade normal e anormal, testes de aptidão ou inteligência, testes de
interesses e atitudes, bem como informações a partir de entrevistas pessoais.
Também são recolhidas informações colaterais sobre a história pessoal, profissional
ou médica, como de registros ou a partir de entrevistas com os pais, cônjuges,
professores ou terapeutas anteriores ou médicos. Um teste psicológico é uma das
fontes de dados utilizada no processo de avaliação; geralmente mais do que um
ensaio é utilizado. Muitos psicólogos fazer algum nível de avaliação na prestação
de serviços a clientes ou pacientes, e podem usar, por exemplo, listas de
verificação simples para avaliar algumas características ou sintomas, mas a
avaliação psicológica é um processo mais complexo, detalhado e em profundidade. Os
tipos habituais de enfoque para a avaliação psicológica são fornecer um diagnóstico
para as condições de tratamento, avaliar uma determinada área de funcionamento ou
deficiência muitas vezes para ambientes escolares, para ajudar a seleccionar um
tipo de tratamento ou para avaliar os resultados do tratamento, para ajudar os
tribunais a decidir questões como a custódia de crianças ou a competência para
comparecer a julgamento, ou para ajudar a avaliar os candidatos a um emprego ou
empregados e fornecer aconselhamento de desenvolvimento de carreira ou treino.[4]
Testes de atitude
Os testes de atitude avaliam os sentimentos do indivíduo acerca de um
acontecimento, pessoa ou objecto. As escalas de atitude são usadas geralmente em
marketing para determinar a preferência do indivíduo (ou do grupo) por marcas ou
itens. Os testes de atitudes usam geralmente ou uma Escala de Thurston ou uma
Escala de Likert para medir os itens específicos.
Testes neuropsicológicos
Estes testes consistem em tarefas desenhadas especificamente para medir a função
psicológica que se sabe estar ligada a um determinado circuito ou estrutura
cerebral. Os testes neuropsicológicos podem ser usados em contexto clínico para
avaliar o dano causado por uma lesão cerebral ou uma doença que se sabe afectar o
funcionamento neurocognitivo. Quando usado em pesquisa, estes testes podem ser
usados para contrastar capacidades neuropsicológicos entre diferentes grupos
experimentais.
Os testes comuns para este grupo de idades são divididos em categorias: Capacidades
da criança, Inteligência Pré-escolar, e Facilidade Escolar. Alguns testes comuns de
capacidades da criança incluem: as Gesell Developmental Schedules (GDS) que mede o
progresso no desenvolvimento das crianças, a Neonatal Behavioral Assessment Scale
(NBAS) que testa o comportamento neo-natal, os reflexos e as respostas, as Ordinal
Scales of Psychological Development (OSPD) que avaliam as capacidades intelectuais
das crianças, e a Bayley-III que testa as capacidades mentais e as habilidades
motoras.
Testes de personalidade
As medidas psicológicas da personalidade podem ser descritas como testes objectivos
ou projectivos. Os termos "teste objectivo" e "teste projectivo" têm sido alvo de
críticas recentemente no Journal of Personality Assessment. São sugeridos os termos
mais descritivos "Escala de avaliação de medidas auto-relato" e "medidas de
resposta livre" em vez dos termos "testes objectivos" e "testes projectivos",
respectivamente.
Outro teste de personalidade baseado no modelo dos cinco factores é o Five Factor
Personality Inventory – Children (FFPI-C.).[9]
Testes projectivos (Medidas de resposta livre)
Ver artigo principal: Teste projetivo
Os testes projectivos permitem um tipo de resposta mais livre. Um exemplo disto
seria o Teste de Rorschach, no qual uma pessoa refere o que cada uma das dez
manchas de tinta pode ser.
Testes de sexologia
O número de testes direccionados especificamente para o campo da sexologia é muito
limitado. O campo da sexologia fornece diferentes dispositivos de avaliação
psicológica de forma a examinar os vários aspectos do desconforto, problema ou
disfunção, independentemente se estes são individuais ou relacionais.
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Teste psicológico
Problemas dos testes psicológicos
A avaliação psicológica é uma atividade bastante questionada no âmbito profissional
da psicologia desde seu início, sendo muito criticada pelos seus métodos de exames
e pela baixa precisão científica dos resultados. O questionamento acerca de tal
assunto se mostra necessário não só para que ocorra modificações e inovações na
área, mas também para a geração de estudos e pesquisas, sendo os estudos
necessários para o reconhecimento da importância e para a valorização do campo. Não
é possível haver uma concordância entre a comunidade profissional quanto aos
métodos e técnicas utilizadas para os ditos exames psicológicos, dado que a
Psicologia é uma ciência de grande variedade de contextos e atuações, o que exige
um amplo conjunto de posturas com diferentes contribuições para o assunto, gerando
desenvolvimento.
Ainda dando atenção a esta questão da relação entre formação profissional e uso de
instrumentos, deve-se saber que a formação de um psicólogo (ou qualquer outro
profissional de seja qual for a área de atuação) em alguns anos de universidade não
é suficiente para aprimorá-lo em todas as áreas de conhecimento. No estudo
realizado por Hays e Wellard (1998) a respeito da formação em avaliação
psicológica, fica evidente a necessidade de que o recém-formado continue os estudos
na área após a graduação.
Alguns problemas frequentes poderiam ser evitados se os testes não fossem aplicados
de forma indevida, indiscriminada e mecanicamente; por pessoal não qualificado, sem
critérios; com instruções erradas; se não houvesse erro de avaliação;
supervalorização do quantitativo; interpretação generalizada e o uso de um único
instrumento como resultado definitivo.
Tendo em vista estas colocações, vale lembrar que “(...) cabe exclusivamente ao
psicólogo a responsabilidade pela qualidade da aplicação dos testes psicológicos,
sendo esta condição essencial para a obtenção de um resultado fidedigno”, “(...) o
psicólogo deverá respeitar rigorosamente as instruções, os exemplos, o tempo e
outras orientações que se encontram no manual ou no próprio caderno de teste,
evitando quaisquer improvisações que possam comprometer todo o processo de validade
do instrumento” (Wechsler, 1999, p. 137).
Para Oakland (1996), os testes são fortes em países que valorizam a tecnologia e as
diferenças individuais, que tem o sistema educacional bem desenvolvido e que
possuem recursos comerciais e tecnológicos para produzi-los. Ele argumenta que
países sem essas qualidades, geralmente desenvolvem e usam poucos testes e que, ao
contrário, a presença das características causa um forte impacto nos testes. Por
sua vez, os testes psicológicos de alguma forma representam uma categoria
profissional, por serem instrumentos exclusivos dos psicólogos, e é possível que
maus instrumentos, aqueles que causam um impacto negativo na comunidade científica
e na sociedade, desabonem a profissão.
Referências
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psicólogos e profissionais relacionados podem sofrer um dano irreparável na sua
validade se os seus items, chaves de cotação ou protocolos, e outros materiais
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