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Sábado
Teste psicológico X Instrumentos
Diagnósticos em Neuropsicologia (Manhã)
Desafios e Atualidades
• Testes Psicológicos
• São procedimentos sistemáticos de observação e registro de amostras de
comportamentos e respostas de indivíduos com o objetivo de descrever e/ou
mensurar características e processos psicológicos, compreendidos tradicionalmente
nas áreas emoção/afeto, cognição/inteligência, motivação, personalidade,
psicomotricidade, atenção, memória, percepção, dentre outras, nas suas mais
diversas formas de expressão, segundo padrões definidos pela construção dos
instrumentos (Urbina, 2007)
• Um teste psicológico tem por objetivo identificar, descrever, qualificar e mensurar
características psicológicas, por meio de procedimentos sistemáticos de observação
e descrição do comportamento humano, nas suas diversas formas de expressão,
acordados pela comunidade científica (Resolução 09/2018)
Psicometria e AP
(Bertola, 2019)
Testes ≠ Tarefas
(Bertola, 2019)
Testes ≠ Tarefas
ERRADO
Crescimento exponencial de
Publicações Brasileiras
Isso é EXCELENTE, pois nos dá mais
segurança para na mensuração das
habilidades
Podemos utilizar a maneira quali
quanti para avaliar nosso paciente
Há outras opções para testar as
hipóteses diagnósticas
(Bertola, 2019)
Psicometria e Neuropsicologia
Testólogo ≠ AVALIADOR
(Bertola, 2019)
Mensuração e Constructo
Mensuração e Constructo
Nominais = mais do que duas categorias (escolaridade, sexo, estado civil, etc) utilizando
números como rótulos
Ordinais = ordem hierárquica, chamadas de Likert (escalas Beck – BAI, BDI), ranqueamento
Intervalar = utiliza números para classificar objetivos ou eventos de modo que a distância
entre os números sejam iguais (FDT teste de tempo)
Razão = oferece o mais alto nível de mensuração, existe um ponto de nulidade (zero absoluto).
Verifica o quando a faceta avaliada estão distantes entre si em relação a determinadas
características (Escore Z)
Estatística Descritiva
3, 4, 2, 4, 5 (primeiro organizar)
2, 3, 4, 4, 5 (Mediana = 4)
Validação e Fidedignidade
Validação
informações externas
Fidedignidade
Erro é tudo aquilo que também está sendo avaliado, mas não deveria (variação não
relacionada ao construto...erro é aleatório e imprevisível)
Como proceder:
Métodos Erro Avaliado Análises
Por avaliadores Subjetividade dos avaliadores Correlação; Kappa
Estabilidade dos resultados em mais de Correlação (Pearson ou
Teste-reteste uma aplicação (tempo) Spearman)
Correlação (Pearson ou
Formas alternadas Conteúdo dos itens
Spearman)
Homogeneidade do grupo de itens Coeficiente α (de Cronbach);
Consistência interna
Odds Ratio; Curva ROC (AUC)
Correlação (Pearson ou
Metades (split half) Conteúdo dos itens
Spearman)
Fidedignidade
“IBOPE”
Maneira de informar o profissional que o escore obtido na realização do teste pode não ser
exatamente aquele diante dos erros de mensuração
Esse intervalo objetiva garantir com base no erro-padrão de mensuração o quanto o escore obtido
pode ser, na verdade, outro valor dentro de um intervalo numérico específico (90% ou 95%)
Por ex. a WISC-IV com QI= 100, terá IC de 90% (96-104) e 95% (95-105), significa que corre um risco
da criança não ter exato QI= 100, mas o teste garante 95% de certeza matemática que o valor estará
entre 95 e 105.
Alpha de Cronbach
Correlação
corretamente avaliado
Utilizamos a Mediana ou o
Percentil
Escore T e Escore Z
distanciou da média
Torre de Londres
1º pergunta – é um teste de
tempo ou armazenamento?
Torre de Londres
Escore do teste = 26
Z escore = 26 – 31,53
Torre de Londres
3,281 Artigo
Escore do teste = 26
Z escore = - 5,53
Paciente, Homem, 68 anos
3,281
Z escore = - 1,68
Percentil = 5
Classificação Limítrofe
Exemplo de interpretação
Com esse resultado permite-se inferir que o paciente poderá ter dificuldades em
realizar tarefas do dia a dia que envolvam habilidades de funções executivas
(planejamento e organização).
Exemplo 2 de correção com Z escore
Torre de Londres
Escore do teste = 32
Z escore = 32 – 30,73
Torre de Londres
3,125 Artigo
Escore do teste = 32
Z escore = 1,27
Paciente, Mulher, 72 anos
3,125
Com esse resultado pode-se interpretar que a paciente possui condições satisfatória
para realizar atividades que envolvem planejamento e organização de elementos
em seu dia a dia.
Exercício
2. Qual o Percentil e
Classificação?
B. Adriano apresenta Z escore = 1,83, o que corresponde a um Percentil = 96, obtendo classificação
superior. Pode-se inferir que o paciente apresenta preservação em linguagem e compreensão de
tarefas complexas
C. Adriano apresenta Z escore = -2,83, o que corresponde a um Percentil <1, obtendo classificação
deficitária. Pode-se inferir que o paciente apresenta prejuízo em linguagem e compreensão de
tarefas complexas
D. Adriano apresenta Z escore = -0,66, o que corresponde a um Percentil = 25, obtendo classificação
média. Pode-se inferir que o paciente apresenta preservação em linguagem e compreensão de tarefas
complexas
E. Adriano apresenta Z escore = 0,65, o que corresponde a um Percentil = 74, obtendo classificação
média. Pode-se inferir que o paciente apresenta prejuízo em linguagem e compreensão de tarefas
complexas
Exercício 3
Renata, 50 anos, sexo feminino, casa e com 2 filhas, é levada para avaliação neuropsicológica
por familiares que se queixam de desânimo e tristeza. Paciente apresenta esquecimentos
marcantes para fatos recentes, com dificuldade de compreensão de situações rotineiras
persistentes. A paciente sempre foi muito ativa e decidida em suas opiniões e hoje está
apática. Há relatos recentes de alucinações visuais. Há alguns meses, foi internada em
instituição para tratamento psiquiátrico. Ao ter alta da clínica, recebeu o diagnóstico da CID F
33.2.
Ao ser submetida ao teste Torre de Londres, o qual avalia planejamento e organização, obteve
um escore de 25 pontos. A média esperada para a idade é de 28 pontos, sendo o desvio
padrão igual a 2,46.
Assinale a alternativa que expressa a interpretação do caso.
A. Renata apresenta um Z escore = -1,21, o que corresponde a um Percentil = 11, obtendo classificação média
inferior. Pode-se inferir que o quadro depressivo pode ter exercido influência no desempenho das funções
cognitivas
B. Renata apresenta um Z escore = 1,21, o que corresponde a um Percentil = 88, obtendo classificação média
superior. Pode-se inferir que o quadro depressivo não afetou o desempenho das funções cognitivas
D. Renata apresenta um Z escore = 2,20, o que corresponde a um Percentil = 98, obtendo classificação muito
superior. Pode-se inferir que o quadro depressivo não afetou o desempenho das funções cognitivas
E. Renata apresenta um Z escore = -0,66, o que corresponde a um Percentil = 25, obtendo classificação média.
Pode-se inferir que o quadro depressivo pode ter exercido influência no desempenho das funções cognitivas
Exercício 4
B. Sr Mario apresenta Z escore = -1,81, o que corresponde a um Percentil = 3, obtendo classificação limítrofe.
Pode-se inferir que o paciente apresenta prejuízo em linguagem e compreensão, sendo afetado pelo trauma
C. Sr Mario apresenta Z escore = 0,69, o que corresponde a um Percentil = 75, obtendo classificação média
superior. Pode-se inferir que o paciente apresenta prejuízo em linguagem e compreensão, sendo afetado pelo
trauma
D. Sr Mario apresenta Z escore = -0,66, o que corresponde a um Percentil = 25, obtendo classificação média.
Pode-se inferir que o paciente apresenta linguagem e compreensão preservado, não sendo afetado pelo
trauma
E. Sr Mario apresenta Z escore = 0,65, o que corresponde a um Percentil = 74, obtendo classificação média.
Pode-se inferir que o paciente apresenta prejuízo em linguagem e compreensão de tarefas complexas
Referências e Bibliografia complementar
• Carvalho, L. F., & Ambiel, R. A. M. (2017). Critérios para escolha de testes psicológicos. Em M. R. C. Lins & J.
C. Borsa (Orgs.), Avaliação Psicológica: aspectos teóricos e práticos (pp. 101-113). Petrópolis: Vozes.
• Conselho Federal de Psicologia (2018). Resolução 009/2018. Retirado em 21/07/2018, no World Wide Web:
http://satepsi.cfp.org.br/docs/Resolu%C3%A7%C3%A3o-CFP-n%C2%BA-09-2018-com-anexo.pdf
• Fuentes D, Malloy-Diniz LF, Camargo CHP, Cosenza RM. Neuropsicologia: teoria e prática. 2ª edição.
Capítulo “Fundamento da Psicometria”. 2014, Cap. 5, pág. 67.
• Nakano, T. C. (2013). Problemas apresentados pelos instrumentos com parecer desfavorável no SATEPSI.
Avaliação Psicológica, 12(2), 121-130.
• Noronha, A. P. P., & Reppold, C. T. (2010). Considerações sobre a avaliação Psicológica no Brasil. Psicologia:
ciência e profissão, 30(núm. esp.), 192-201.
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