PROFª GABRYELLEN FRAGA DES ESSARTS PONTO DE PARTIDA
Qualquer pessoa que encaminhe para avaliação, pressupõe
que o paciente apresente problemas de explicação psicológica. Se encaminhado por profissional, provavelmente encaminhamento não foi feito a partir de uma pergunta vaga. Questões básicas e primeiras hipóteses são elaboradas no primeiro e no segundo encontros. PLANO DE AVALIAÇÃO
Importância do contrato de trabalho (que envolve
certo grau de flexibilidade). - Relação positiva entre avaliador e avaliando. - Autorização para conversar com outras pessoas. - Informar sobre os passos e tempo da AP. Variáveis em jogo: sintomatologia e seu estilo de trabalho. PLANO DE AVALIAÇÃO
Plano é formulado quando há dados suficientes.
Conhecer bem a demanda. Ficar atento à necessidade de utilização de recursos complementares (observações de comportamento). Hipóteses devem ser norteadas pelo objetivo da avaliação. PLANO DE AVALIAÇÃO
Deve permitir obter respostas confiáveis às perguntas
que se quer responder. Consideração das características demográficas do sujeito (idade, sexo, nível sociocultural). Considerações aos aspectos específicos (comprometimento temporário ou permanente de ordem sensorial, cognitiva, etc) Lembrar dos fatores situacionais (hospitalização, uso de medicamentos) COLETA DE DADOS
Entrevistas. Observações. Coleta de informações com outras fontes. Uso (ou não) de testes psicológicos. ESCOLHA DOS INSTRUMENTOS
Bateria de testes: expressão que designa um
conjunto de testes ou de técnicas que são incluídos no processo para fornecer subsídios que podem permitir, confirmar ou não, as hipóteses. ESCOLHA DOS INSTRUMENTOS
Nenhum teste isoladamente pode proporcionar uma
avaliação abrangente da pessoa. Série (bateria) de testes e outros procedimentos de coleta podem diminuir a margem de erro e fornecer melhor entendimento do funcionamento. ESCOLHA DOS INSTRUMENTOS
Dois tipos principais de bateria de testes:
- Baterias padronizadas: realizadas com base em
pesquisas com determinados tipos de paciente. - Baterias não-padronizadas: tradicional da prática clínica. BATERIA NÃO PADRONIZADA
Os testes e o número que será utilizado depende:
- Natureza; - Tipo; - Propriedades; - Tempo de administração; - Grau de dificuldade; - Qualidade ansiogênica; - Características individuais do paciente. ADMINISTRAÇÃO DE TESTES E TÉCNICAS
Importante: foco deve ser o sujeito, e não os testes.
Familiaridade do psicólogo com o teste/técnica. Organização do material. Características do paciente (idioma, destro ou canhoto, uso de aparelho auditivo, uso de óculos) Clareza dos objetivos. ANÁLISE
Revisão de todo o material coletado.
Atribuir significado aos dados. Integrar conteúdos (testes + entrevistas +observações). Hipóteses como critérios para a análise e seleção dos dados. Entendimento das coincidências e das discordâncias. DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO
Diagnóstico não é obrigatório na AP – depende dos objetivos
Há casos que não será possível ter informações suficientes para se obter uma hipótese ou um diagnóstico Papel do psicólogo é identificar déficits e funções preservadas. Pode assumir responsabilidade pelo diagnóstico diferencial. Maior parte das vezes: avaliação compreensiva para tomada de decisão. DEVOLUTIVA
Deve ser prevista no contrato de trabalho.
Logicamente é o último passo. Psicólogo que decide tipo, conteúdo e forma da devolutiva. Necessário dois tipos de comunicação – verbal e escrita. Questões a serem respondidas são as mesmas, mas o conteúdo de cada devolutiva é diverso. ETAPAS
1. Determinar motivos e queixas (Demanda)
2. Levantar dados sobre o paciente e pessoas significativas; 3. Realizar exame do estado mental; 4. Levantar hipóteses iniciais; A avaliação deve 5. Estabelecer contrato; 6. Estabelecer plano de avaliação; ter o objetivo de 7. Administrar técnicas e ou testes; trazer benefícios 8. Levantar dados quantitativos e qualitativos; para quem passa 9. Integrar dados de acordo com o objetivo; por ela. 10.Comunicar resultados; 11.Encerrar o processo - encaminhamento se necessário, 12. Arquivar os documentos decorrentes da avaliação. REFERÊNCIAS
CUNHA, J. A.. Psicodiagnóstico-V. Artmed Editora, 2009.
SCHNEIDER, Andréia et al. Planejamento da avaliação psicológica: implicações para a prática e para a formação. 2020. TAVARES, Marcelo. Considerações preliminares à condução de uma avaliação psicológica. Avaliação Psicológica, v. 11, n. 3, p. 321-333, 2012.