Você está na página 1de 17

FACULDADE DE PSICOLOGIA

DISCIPLINA: BASES DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA

ESTRUTURAÇÃO DA AVALIAÇÃO
PSICOLÓGICA

PROFª CRISTIANE A RUSSO RANGEL


PROFª GABRYELLEN FRAGA DES ESSARTS
PONTO DE PARTIDA

 Qualquer pessoa que encaminhe para avaliação, pressupõe


que o paciente apresente problemas de explicação
psicológica.
 Se encaminhado por profissional, provavelmente
encaminhamento não foi feito a partir de uma pergunta vaga.
 Questões básicas e primeiras hipóteses são elaboradas no
primeiro e no segundo encontros.
PLANO DE AVALIAÇÃO

 Importância do contrato de trabalho (que envolve


certo grau de flexibilidade).
- Relação positiva entre avaliador e avaliando.
- Autorização para conversar com outras pessoas.
- Informar sobre os passos e tempo da AP.
 Variáveis em jogo: sintomatologia e seu estilo de
trabalho.
PLANO DE AVALIAÇÃO

 Plano é formulado quando há dados suficientes.


 Conhecer bem a demanda.
 Ficar atento à necessidade de utilização de recursos
complementares (observações de comportamento).
 Hipóteses devem ser norteadas pelo objetivo da
avaliação.
PLANO DE AVALIAÇÃO

 Deve permitir obter respostas confiáveis às perguntas


que se quer responder.
 Consideração das características demográficas do sujeito
(idade, sexo, nível sociocultural).
 Considerações aos aspectos específicos
(comprometimento temporário ou permanente de
ordem sensorial, cognitiva, etc)
 Lembrar dos fatores situacionais (hospitalização, uso de
medicamentos)
COLETA DE DADOS

 Entrevistas.
 Observações.
 Coleta de informações com outras fontes.
 Uso (ou não) de testes psicológicos.
ESCOLHA DOS INSTRUMENTOS

 Bateria de testes: expressão que designa um


conjunto de testes ou de técnicas que são incluídos
no processo para fornecer subsídios que podem
permitir, confirmar ou não, as hipóteses.
ESCOLHA DOS INSTRUMENTOS

 Nenhum teste isoladamente pode proporcionar uma


avaliação abrangente da pessoa.
 Série (bateria) de testes e outros procedimentos de
coleta podem diminuir a margem de erro e fornecer
melhor entendimento do funcionamento.
ESCOLHA DOS INSTRUMENTOS

 Dois tipos principais de bateria de testes:

- Baterias padronizadas: realizadas com base em


pesquisas com determinados tipos de paciente.
- Baterias não-padronizadas: tradicional da prática
clínica.
BATERIA NÃO PADRONIZADA

 Os testes e o número que será utilizado depende:


- Natureza;
- Tipo;
- Propriedades;
- Tempo de administração;
- Grau de dificuldade;
- Qualidade ansiogênica;
- Características individuais do paciente.
ADMINISTRAÇÃO DE TESTES E TÉCNICAS

 Importante: foco deve ser o sujeito, e não os testes.


 Familiaridade do psicólogo com o teste/técnica.
 Organização do material.
 Características do paciente (idioma, destro ou canhoto, uso
de aparelho auditivo, uso de óculos)
 Clareza dos objetivos.
ANÁLISE

 Revisão de todo o material coletado.


 Atribuir significado aos dados.
 Integrar conteúdos (testes + entrevistas +observações).
 Hipóteses como critérios para a análise e seleção dos dados.
 Entendimento das coincidências e das discordâncias.
DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO

 Diagnóstico não é obrigatório na AP – depende dos objetivos


 Há casos que não será possível ter informações suficientes
para se obter uma hipótese ou um diagnóstico
 Papel do psicólogo é identificar déficits e funções
preservadas.
 Pode assumir responsabilidade pelo diagnóstico diferencial.
 Maior parte das vezes: avaliação compreensiva para tomada
de decisão.
DEVOLUTIVA

 Deve ser prevista no contrato de trabalho.


 Logicamente é o último passo.
 Psicólogo que decide tipo, conteúdo e forma da devolutiva.
 Necessário dois tipos de comunicação – verbal e escrita.
 Questões a serem respondidas são as mesmas, mas o
conteúdo de cada devolutiva é diverso.
ETAPAS

1. Determinar motivos e queixas (Demanda)


2. Levantar dados sobre o paciente e pessoas significativas;
3. Realizar exame do estado mental;
4. Levantar hipóteses iniciais;
A avaliação deve
5. Estabelecer contrato;
6. Estabelecer plano de avaliação;
ter o objetivo de
7. Administrar técnicas e ou testes; trazer benefícios
8. Levantar dados quantitativos e qualitativos; para quem passa
9. Integrar dados de acordo com o objetivo; por ela.
10.Comunicar resultados;
11.Encerrar o processo - encaminhamento se necessário,
12. Arquivar os documentos decorrentes da avaliação.
REFERÊNCIAS

 CUNHA, J. A.. Psicodiagnóstico-V. Artmed Editora, 2009.


 SCHNEIDER, Andréia et al. Planejamento da avaliação psicológica:
implicações para a prática e para a formação. 2020.
 TAVARES, Marcelo. Considerações preliminares à condução de uma
avaliação psicológica. Avaliação Psicológica, v. 11, n. 3, p. 321-333,
2012.

Você também pode gostar