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Medidas e Avaliação em Psicologia I

Avaliação Psicológica e Psicodiagnóstico

Legislação
❏ A respeito da utilização da CID-10 em laudos psicológicos, verifica-se que, conforme
a parágrafo único do art. 1º da Resolução CFP nº 15/1996, que institui e
regulamenta a concessão de atestado Psicológico para tratamento de saúde por
problemas psicológicos, “fica facultado ao psicólogo o uso do Código Internacional
de Doenças - CID, ou outros Códigos de diagnóstico, científica e socialmente
reconhecidos, como fonte para enquadramento de diagnóstico.” Uma vez que a
CID-10 é uma Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à
Saúde é publicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), é um manual de uso
internacional e não pode ser entendida como propriedade dos médicos. Ademais,
ela foi elaborada a partir da contribuição de várias áreas do conhecimento, não só
da medicina.
CID - 10 - a Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à
Saúde (também conhecida como Classificação Internacional de Doenças – CID 10)
é publicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e visa padronizar a
codificação de doenças e outros problemas relacionados à saúde. A CID 10 fornece
códigos relativos à classificação de doenças e de uma grande variedade de sinais,
sintomas, aspectos anormais, queixas, circunstâncias sociais e causas externas
para ferimentos ou doenças. A cada estado de saúde é atribuída uma categoria
única à qual corresponde um código CID 10.
❏ Art. 13º Ao portador do diploma de Psicólogo é conferido o direito de ensinar
Psicologia nos vários cursos de que trata esta lei, observadas as exigências legais
específicas, e a exercer a profissão de Psicólogo. (Lei nº 4.119, de 27/08/1962.)
❏ § 1º - Constitui função privativa do Psicólogo a utilização de métodos e técnicas
psicológicas com os seguintes objetivos:
❏ diagnóstico psicológico;
❏ orientação e seleção profissional;
❏ orientação psicopedagógica;
❏ solução de problemas de ajustamento.
❏ § 2º - É da competência do Psicólogo a colaboração em assuntos psicológicos
ligados a outras ciências.
❏ Para saber quais são os testes validados e que podem ser aplicados pelo psicólogo:
Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos - http://satepsi.cfp.org.br/
❏ O SATEPSI foi desenvolvido pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) com o
objetivo de avaliar a qualidade técnico-científica de instrumentos psicológicos para
uso profissional, a partir da verificação objetiva de um conjunto de requisitos
técnicos e divulgar informações sobre os testes psicológicos à comunidade e
às(aos) psicólogas(os).
Avaliação Psicológica
❏ Área de estudo e prática específica do psicólogo, somente psicólogo pode realizar
uma avaliação psicológica.
❏ A avaliação psicológica permeia toda e qualquer prática da psicologia, portanto pode
ser utilizada por esses profissionais em quaisquer que seja seu espaço de atuação.
❏ Processo técnico-científico de coleta de dados, estudos e interpretação de
informações. *
❏ A respeito dos fenômenos psicológicos - resultantes da relação do com indivíduo
com a sociedade. *
❏ Utilizando-se, para tanto, de estratégias psicológicas - métodos, técnicas e
instrumentos. (*Fonte: resolução do CFP n° 007/2003)
❏ Os resultados das avaliações devem considerar e analisar os condicionantes
históricos e sociais e seus efeitos no psiquismo, com a finalidade de servirem como
instrumentos para atuar não somente sobre o indivíduo, mas na modificação desses
condicionantes que operam desde a formulação da demanda até a conclusão do
processo de avaliação psicológica.
❏ Estratégia de Avaliação:
❏ Testes psicométricos
❏ Entrevistas
❏ Testes projetivos
❏ Observação sistemática do comportamento
❏ Processo complexo/ Sistemático/ Amostras do comportamento
❏ Pode medir diferentes coisas- diferentes objetivos
❏ Entrevistas:
❏ São muito similares aos questionários, porém os investigadores obtém
relatos diretamente: face a face;
❏ Na psiquiatria: estruturadas - são estruturadas, apresentando perguntas
definidas;
❏ Psicologia: não estruturada - são abertas, onde os respondentes são livres
para dizer o que desejam;
❏ Semi Estruturada - onde há um roteiro a ser seguido, porém pode modificar
ou acrescentar coisas ao decorrer da entrevista; e
❏ Diagnóstico Clínico - ou sindrômico, é a descrição de sinais e sintomas.
❏ Os entrevistadores precisam ter habilidades sociais, gerar confiança e
transmitir empatia;

Psicodiagnóstico
❏ Forma específica de Avaliação Psicológica.
❏ Conduzida com propósitos clínicos.
❏ Visa a identificar forças e fraquezas no funcionamento psíquico.
❏ Tem como expectativa: a descrição e compreensão, o mais profunda e
completamente possível da personalidade do paciente ou do grupo familiar.
❏ Dica OCampo e Cunha - referências mais importantes quando se trata do
psicodiagnóstico.
Diferença entre Avaliação Psicológica e Psicodiagnóstico
Avaliação Psicológica Psicodiagnóstico

É mais ampla que o psicodiagnóstico É mais vinculada à clínica

O objeto de estudo pode ser: Está vinculado a temas de interesse:


❏ Um sujeito; ❏ Nosologia Psicopatológica;
❏ Um grupo; ❏ Critérios de saúde pública.
❏ Uma instituição/comunidade.

Psicodiagnóstico - Aprofundamento
❏ Psicodiagnóstico na perspectiva de OCampo - segundo OCampo e colaboradores,
os quatros momentos do processo psicodiagnóstico são:
1. Primeiro contato e entrevista inicial com o paciente e com os pais (quando for
o caso).
❏ Tem como objetivos: conhecer o paciente e sua demanda, além de
permitir a formulação de hipóteses para planejar a bateria de testes a
aplicar.
❏ As hipóteses devem ser traduzidas em forma de perguntas
norteadoras do processo subsequente.
2. Aplicação de testes e técnicas projetivas (selecionados de acordo com o
caso específico)
❏ A bateria de testes deve ser aplicada em uma sequência específica,
considerando o aspecto avaliado por cada um, seu nível de
estruturação e caráter ansiogênico.
❏ OCampo e cols. afirmam que os testes projetivos são fundamentais
na avaliação porque apresentam padronização, o que confere uma
segurança importante ao diagnóstico.
3. Encerramento do processo: entrevista devolutiva, cujo objetivo é comunicar
ao paciente (ou aos pais) o que se passa com ele e orientá-lo com relação à
conduta a ser seguida.
❏ Segundo OCampo e cols., na entrevista devolutiva a transmissão da
informação é o objetivo básico. No entanto, às vezes, adquire um
significado mais profundo, quando surgem lembranças reprimidas ou
atitudes inesperadas que podem alterar o plano de intervenção.
4. Informe escrito ou laudo, no caso de encaminhamento para outro profissional
ou devolução para a fonte solicitante só psicodiagnóstico, levando em
consideração o código de ética e de sigilo profissional.
❏ Psicodiagnóstico na perspectiva de Cunha - Cunha e colaboradores descrevem as
etapas do Processo Psicodiagnóstico de forma mais detalhada:
1. Realização da entrevista inicial - levantamento dos motivos (manifesto -
quando se fala a queixa e latente - sinais, sintomas ou comportamentos não
manifestos) da consulta.
❏ Permite ao psicólogo identificar as ansiedades, defesas e fantasias do
indivíduo, bem como favorece o acesso a informações sobre a
história pessoal e familiar dessa pessoa. Nesta etapa são elaboradas
as hipóteses iniciais que nortearão a avaliação psicológica.
2. Elaboração do plano de avaliação - etapa em que as hipóteses formuladas e
os conteúdos coletados nas entrevistas iniciais (em alguns casos o psicólogo
necessita de mais de uma entrevista para conseguir identificar e traçar esse
panorama) são analisados, tendo em vista a seleção dos instrumentos e
técnicas mais adequados às características do indivíduo e às demandas
sinalizadas.
❏ O plano de avaliação sempre deve ser planejado de acordo com o
caso em análise.
❏ Nesta etapa podem ocorrer também entrevistas vinculares, com
familiares ou outras pessoas importantes, visando coletar
informações adicionais que permitam o melhor conhecimento do
caso.
3. Execução do plano de avaliação - ocorre por meio da aplicação das técnicas
e testes selecionados a partir das necessidades específicas do sujeito em
processo de avaliação. Nesta etapa ocorre a coleta de dados qualitativos e
quantitativos.
❏ Apesar do uso de testes não ser obrigatório, sua aplicação é bastante
recomendada, devendo ser utilizados instrumentos que atendam aos
critérios de validade, fidedignidade e confiabilidade.
4. Estudo do material - nesta etapa todos os dados coletados são compilados,
analisados, correlacionados e interpretados, visando à compreensão mais
completa possível da situação motivadora do processo de avaliação.
❏ Nesta análise, deve-se considerar o contexto em que a solicitação
ocorreu, às características individuais do sujeito estudado, os
condicionantes ambientais e psíquicos associados ao momento atual
do sujeito.
5. Entrevista de devolução - este é o último momento do processo
psicodiagnóstico, quando o psicólogo retoma os motivos da avaliação
sinalizados na entrevista inicial, explicando aí avaliado a maneira como foi
conduzido o processo.
❏ Nessa etapa são apresentados os resultados encontrados,
sinalizando o final do processo de avaliação e indicando a terapêutica
a ser adotada.
❏ Recomenda-se que sejam realizadas entrevistas separadas para
apresentar os resultados ao indivíduo avaliado e a seus familiares.
❏ Quando a avaliação for de um grupo, os resultados devem ser
apresentados a todos juntos.
Enquadre - o enquadre é um contrato que o profissional estabelece com o paciente, e esse
enquadre é feito no início da avaliação. O paciente precisa ser informado sobre:
❏ Como funciona;
❏ Quantas sessões serão necessárias;
❏ Qual vai ser o valor pago;
❏ Qual é o papel do psicólogo nesse processo;
❏ O que o paciente pode esperar desse processo;
❏ Qual vai ser o fechamento - se vai ter emissão de documentos, encaminhamentos e
etc ou não;
❏ Os horários e dias das sessões;
❏ Etc.

Relatório/ Laudo - o relatório ou laudo psicológico é uma apresentação descritiva acerca de


situações e/ou condições psicológicas. Como todo documento, deve ser subsidiado em
dados colhidos e analisados, à luz de um instrumental técnico (entrevistas, dinâmicas,
testes psicológicos, observação, exame psíquico e/ou intervenção verbal), consubstanciado
em referencial técnico-filosófico e científico adotado pelo psicólogo. Resolução CFP
007/2003.

Tipos de Psicodiagnóstico
❏ Classificação Nosológica:
❏ Identificação de sintomas por meio de critérios pré-estabelecidos (CID,
DSM);
❏ Teste de hipóteses diagnósticas;
❏ No psicodiagnóstico deve ser aplicado junto com outras técnicas (testes).
❏ Descrição
❏ Ultrapassa a descrição simples, pois há a interpretação das diferenças dos
escores;
❏ Identifica forças e fraquezas;
❏ Averigua o desempenho do avaliado;
❏ Ex: aviação de déficits neurológicos.
❏ Prevenção
❏ Busca a identificação precoce de problemas;
❏ Possibilita a avaliação de riscos;
❏ Procura estimar as forças e fraquezas do ego, sua capacidade de enfrentar
novidades, situações difíceis e estressantes.
❏ Prognóstico
❏ Depende da classificação nosológica;
❏ Determina o curso provável do caso.
❏ Diagnóstico Diferencial
❏ Busca identificar inconsistências nos resultados dos testes;
❏ Identifica alternativas diagnósticas de acordo com os sintomas apresentados;
❏ Diferencia níveis de funcionamento ou natureza de patologia.
❏ Avaliação Compreensiva
❏ Compreensão global do examinado;
❏ Avaliação do nível de funcionamento da personalidade, funções do ego e
suas defesas, nível de insight;
❏ Indica conduta terapêutica a ser adotada e os limites de intervenção diante
do quadro.
❏ Entendimento dinâmico
❏ Compreensão da personalidade de maneira global.
❏ Perícia Forense
❏ Busca subsídios para resolver questões quanto a:
❏ Quadro de "insanidade" mental;
❏ Competência para o exercício de funções do cidadão;
❏ Avaliação da incapacidade ou comprometimentos psicopatológicos
que possam se relacionar com infrações da lei.

Testes Psicológicos
❏ História dos Testes
❏ Embora os testes psicológicos possam ser usados para explorar e investigar
uma ampla gama de variáveis, seu uso mais básico e típico é como
ferramenta na tomada de decisões que envolvem pessoas. Os testes
psicológicos como os conhecemos hoje surgiram no início do século XX, pois
anteriormente a isso as principais decisões sobre a vida dos indivíduos eram
tomadas em grande parte por pais, mentores, governantes e, acima de tudo,
segundo o gênero, a classe, o local e as circunstâncias nas quais as pessoas
nasciam.Mesmo assim, muito antes do século XX já existiam diversos
precursores interessantes da moderna testagem psicológica em várias
culturas e contextos.
❏ Antecedentes da testagem moderna no campo ocupacional
❏ 200 a.C. - os precursores mais antigos da testagem psicológica são
encontrados no sistema de exames competitivos (espécies de
concursos públicos de múltiplas habilidades) desenvolvido pelo antigo
império chinês para selecionar indivíduos merecedores de posições
governamentais.
❏ 1850 - serviu como inspiração para as seleções ao serviço público
desenvolvidas na Inglaterra, que estimularam a criação do Concurso
Nacional para o Serviço Público dos Estados Unidos na década de
1860.
❏ 1905 - sistema de concursos da China abolido e substituído por
seleções baseadas em estudos universitários.
❏ Antecedentes da testagem moderna no campo da educação
❏ Século XIII (1700) - o primeiro uso da testagem no campo da
educação ocorreu na Idade Média, com o surgimento das primeiras
universidades européias.
❏ O grau universitário passou a ser usado como forma de certificar a
qualificação para ensinar;
❏ Exames orais formais começaram a ser aplicados para dar aos
candidatos a oportunidade de demonstrar sua competência;
❏ Foi ampliado ao ensino médio e à medida que o papel se tornou mais
barato e disponível, provas escritas substituíram os exames orais na
maioria dos contextos educacionais.
❏ Ao final do século XIX, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos,
estas provas já estavam bem-estabelecidas como método para
determinar quem deveria receber um diploma universitário e quem
estava capacitado a exercer profissões liberais como medicina ou
direito.
❏ Antecedentes da testagem moderna na psicologia clínica
❏ Século XIX (1800) - Psicopatologia - diferenciar o “normal” do
“anormal” nas áreas intelectual, emocional e comportamental. Ao
contrário do contexto ocupacional ou educacional, em que as bases
sobre as quais as decisões são tomadas tradicionalmente foram
bastante claras, o campo da psicopatologia continuou envolto em
mistério e misticismo por um período muito mais longo
❏ Diversos antecedentes dos testes psicológicos se originaram no
campo da psiquiatria.
❏ Testes mergulhados em erros;
❏ Escassez de conhecimento e a abundância de superstições e
concepções equivocadas, erro em padronização e aplicação;
❏ Dificuldade em distinguir retardo mental e psicose.
❏ Antecedentes da testagem moderna na psicologia científica
❏ As investigações dos psicofísicos alemães Weber e Fechner em
meados do século XIX iniciaram uma série de avanços que
culminaram na criação, por Wilhelm Wundt em 1879, do primeiro
laboratório dedicado à pesquisa de natureza puramente psicológica,
em Leipzig.
❏ Os primeiros psicólogos experimentais estavam interessados em
descobrir as leis gerais que governavam as relações entre os mundos
físico e psicológico. Eles tinham pouco ou nenhum interesse nas
diferenças individuais.
❏ O laboratório de Wundt floresceu nas últimas décadas do século XIX
e treinou muitos psicólogos de todo o mundo. Por volta da mesma
época, após ler o tratado de seu primo (Charles Darwin) sobre a
origem das espécies, Francis Galton decidiu investigar a noção de
que os dons intelectuais tendem a se transmitir de uma geração à
outra. Galton não teve sucesso em seu objetivo final, que era
promover a eugenia, um campo de estudos que ele criara com o
objetivo de melhorar a raça humana por meio da reprodução seletiva
de seus espécimes mais aptos.
❏ Com este fim em mente, ele queria descobrir uma forma de avaliar a
capacidade intelectual de crianças e adolescentes através de testes,
para identificar desde cedo os indivíduos melhor dotados e
encorajá-los a gerar muitos filhos. Mesmo assim, o trabalho de Galton
foi continuado e consideravelmente ampliado nos Estados Unidos por
James McKeen Cattell, que também tentou sem sucesso ligar várias
medidas de poder discriminativo, perceptivo e associativo (que ele
denominava testes “mentais”) a estimativas independentes de nível
intelectual, como notas escolares.
❏ No processo de seus estudos Galton conseguiu fazer contribuições
significativas:
❏ Para o campo da estatística e da mensuração psicológica -
descobriu os fenômenos da regressão e da correlação.
❏ Inventou dispositivos para a mensuração da acuidade auditiva
e discriminação de peso.
❏ Foi pioneiro no uso de questionários e da associação de
palavras na pesquisa psicológica.
❏ Foi o primeiro a utilizar o método de estudo com gêmeos que,
depois de aperfeiçoado, viria a se tornar uma ferramenta de
pesquisa primária em genética comportamental.
❏ Teste de Complementação de Ebbinghaus - criado pelo psicólogo alemão
Hermann Ebbinghaus. O instrumento prenunciou o desenvolvimento dos
testes em grupo. O mais importante, no entanto, é que provou ser um
termômetro eficiente da capacidade intelectual. Como resultado disso, Alfred
Binet foi inspirado a usar a técnica do completamento e outras tarefas
mentais complexas para desenvolver a escala que se tornaria o primeiro
teste de inteligência bem-sucedido
❏ O surgimento da moderna testagem psicológica
❏ No início do século XX, todos os elementos necessários para o surgimento
dos primeiros testes psicológicos verdadeiramente modernos e
bem-sucedidos estavam presentes:
❏ Os testes laboratoriais e ferramentas geradas pelos primeiros
psicólogos experimentais na Alemanha.
❏ Os instrumentos de mensuração e técnicas estatísticas desenvolvidos
por Galton e seus alunos para coleta e análise de dados sobre
diferenças individuais.
❏ A acumulação de achados significativos nas ciências da psicologia,
psiquiatria e neurologia.
❏ Todos estes avanços proporcionaram as bases para o surgimento da
testagem moderna, mas seu ímpeto veio da necessidade prática de se tomar
decisões de cunho educacional.
❏ Nos chamados testes de capacidade encontram-se os testes de inteligência e
aptidões específicas como: raciocínio espacial, mecânico, habilidade numérica,
rapidez, atenção entre outros.
❏ Nos de personalidade são avaliadas características como atitudes, interesses,
agressividade e traços de personalidade em geral.
❏ Objetivo produzir hipóteses/diagnósticos sobre pessoas ou grupo.
❏ Tem como vantagem a objetividade e o curto tempo necessário para se chegar aos
resultados finais.
❏ Tem como limitação não mensurar todos os aspectos do comportamento.
❏ Testagem psicológica é diferente de Avaliação Psicológica.
❏ Mede um constructo. Constructo, de modo geral, é qualquer coisa criada pela mente
humana que não seja diretamente observável. Os constructos são abstrações que
podem se referir à conceitos, idéias, entidades teóricas, hipóteses ou invenções de
muitos tipos. Eles diferem em complexidade, amplitude, aplicabilidade potencial e
grau de abstração. Constructos são variáveis latentes. Ex: personalidade, estresse,
humor, destreza, inteligência, etc.
❏ Não pode ser observado diretamente. Ex: inteligência, personalidade, altruísmo, etc.
❏ Necessidade de normas. O que quer dizer um QI de 108 se não
❏ temos uma norma comparativa. Ex: Adolescente com uma média acima de QI e com
um desempenho escolar deficitário. Qual o problema então?
❏ Nos testes psicológicos são levados em consideração coisas como:
❏ Faixa etária;
❏ Sexo;
❏ Problemas de normatização- estudantes;
❏ Distribuição normal/Desvio padrão;
❏ Ponto de corte- seleção de RH/ Avaliação de depressão; e
❏ Entrevistas e Observações.
❏ “Um bom teste é o que possui um alto grau de fidedignidade ou precisão, isto é,
aquele que permite encontrar o mesmo resultado em aplicações diferentes, para um
mesmo indivíduo e, além disso, é o que possui, também, um alto grau de validade,
ou seja, é um instrumento que realmente mede o que se diz medir.”
❏ Existem muitos testes psicológicos e por isso foi criado o SATEPSI (Sistema de
Avaliação de Testes Psicológicos), para citar e avaliar os testes que estão aptos a
serem utilizados.

Diferença entre avaliação e testes psicológicos


Testes psicológicos são instrumentos utilizados para maximizar obtenção de
informações. Exemplo: um teste de inteligência permite entender um processo de
pensamento e a partir desse entendimento é concebido uma métrica, ou seja, uma
pontuação, e a partir dessa pontuação é possível estabelecer um valor, como, inteligência
média, inteligência média superior, inteligência superior à quantidade de indivíduos que
participou, etc.
O processo de avaliação psicológica é um procedimento que requer uma série de
informações desde o desenvolvimento do indivíduo, do ponto de vista histórico, as
características atuais, como história clínica e dificuldades dentro dessas habilidades dele, a
partir daí o psicólogo toma decisões, inclusive há casos que são desconsiderados valores
de instrumentos psicológicos, uma vez que se tem entendimento maior sobre aa
dificuldades do cliente ou seu potencial de habilidade.

Perguntas
1) O que é um teste psicológico?
É um instrumento que avalia construtos que não podem ser observados diretamente, ou
seja, teste para avaliar o funcionamento cognitivo e emocional de um ou mais indivíduos.
Urbina produz uma definição mais precisa de teste psicológico. Ela diz que o teste
psicológico é um “... procedimento sistemático para coletar amostras de comportamento
relevantes para o funcionamento cognitivo, afetivo ou interpessoal e para pontuar e avaliar
essas amostras de acordo com normas”.
2) Para que é importante os procedimentos de normatização?
Os manuais de testes normalmente apresentam tabelas com normas para o instrumento.
Essas normas, às vezes, são apresentadas por faixa etária e, às vezes, por sexo. O
desempenho em um teste pode se alterar de acordo com a idade, e essa variação não é
necessariamente sempre na mesma direção.
3) Quais são os métodos e técnicas de avaliação psicológica?
❏ Entrevistas
❏ Na psiquiatria: estruturadas;
❏ Psicologia: não estruturada;
❏ Semi estruturada; e
❏ Diagnóstico CLÍNICO.
❏ Testes psicométricos
❏ Testes projetivos
❏ Procurar fontes secundárias de informação
❏ Observação sistemática do comportamento
❏ Processo complexo/ Sistemático/ Amostras do comportamento
❏ Pode medir diferentes coisas- diferentes objetivos

Estatística Básica para Testagem


❏ Matemática é uma forma de descrever os fenômenos.
❏ De modo geral o progresso da ciência é acompanhado da invenção de instrumentos
de mensuração e avanços em seus procedimentos e técnicas. E na psicologia isso
não é diferente.
❏ Na psicologia os números aparecem com os testes psicológicos, onde tais testes
tentam matematizar fenômenos comportamentais.

Mensuração
❏ A mensuração envolve o uso de certos dispositivos ou regras para atribuir números
a objetos ou eventos.
❏ Ao analisarmos, categorizarmos e quantificarmos sistematicamente os fenômenos
observáveis, nós os trazemos para a arena científica.
❏ É central para a definição dos testes psicológicos o fato de que os fenômenos
consistem em amostras cuidadosamente escolhidas de comportamento às quais é
aplicado um sistema numérico ou categórico segundo alguns padrões
preestabelecidos.
❏ A testagem psicológica é amplamente co-extensiva ao campo da psicometria, ou
mensuração psicológica, e é uma das ferramentas primárias para a ciência e a
prática da psicologia.
❏ O uso de números na testagem requer que nos aprofundamos em estatística.
❏ Obs: Testes psicométricos baseados na estatística;
Testes projetivos baseados em outros meios.

Variáveis e Constantes
❏ As variáveis e os costumes são as características de interesse a ser estudada em
cada elemento de estudo, podem ser qualidades, atributos, valores, números, etc.
São todas as medidas ou dados utilizados em uma pesquisa.
❏ Variáveis são aquilo que varia. Ex:Tipo sanguíneo, cor do cabelos, etc.
❏ Constante são valores fixo. Ex: Pi = 3,14.
❏ Tipos de Variáveis:
❏ Visível: cor dos olhos, cexo, etc.
❏ Invisíveis: personalidade, QI, etc.
❏ Tipos de Constante:
❏ Discreta: Número finito de opções (número de filho). Podendo ser:
❏ Dicotômicas: 2 opções: cara ou coroa, sexo, etc.
❏ Politômicas: mais de 4 valores: estado civil, etnia, etc.
❏ Contínuas: tempo, distância e temperatura - são aproximações (na psicologia
estamos interessados por essas variáveis latentes).
❏ Tudo o que não é variável é constante.
❏ Em resumo, quando examinamos os resultados de qualquer processo de
mensuração, precisamos ter muito claro o fato de que eles são inexatas. Em
relação à testagem psicológica em particular, sempre que os escores de um
teste são relatados, o fato de eles serem estimativas deve ser explicitado.
Além disso, os limites dentro dos quais os escores podem variar, bem como
os níveis de confiança para esses limites, precisam ser divulgados,
juntamente com informações interpretativas.
❏ Os constructos psicológicos são sempre variáveis contínuas.

Tipo de Escalas
❏ Nominal
❏ São usados números ao invés de palavras ou vice-versa, ou seja,
transformar um número em um rótulo ou um rótulo em um número.
❏ Propriedades dos números - identidade ou igualdade
❏ Ex: na escala de depressão entre 1 a 10 o paciente apresenta ser 7 que
representa a depressão moderada; o seu cpf são números que representa
seu nome; etc.
❏ Ordinal
❏ São usados números para ordenar uma série hierárquica.
❏ Propriedades dos números - identidade + ordem de classificação.
❏ O intervalo entre os elementos não é o mesmo.
❏ Ex: após corrigir uma prova, foi visto que a maior nota foi 10, a segunda
maior foi 9 e a terceira maior foi 5; rankings; etc.
❏ Intervalor
❏ Intervalos iguais entre as unidades mas sem zero verdadeiro.
❏ Identidade + ordem de classificação + igualdade de unidades
❏ Ex: escalas de temperatura Fahrenheit e Celsius, calendário, etc.
❏ Racional
❏ O zero significa “nenhuma quantidade” do que é medido; todas as operações
aritméticas são possíveis e significativas.
❏ Identidade + ordem de classificação + igualdade de unidades + aditividade.
❏ Ex: medidas de comprimento; períodos de tempo, etc.

Tipos de estatísticas
❏ Uma vez que o uso de números para representar objetos e ventos é tão
generalizado na testagem psicológica, o trabalho nesta área envolve uma aplicação
substancial da estatística, um ramo da matemática dedicado a organizar,
representar, resumir, analisar e manipular de outras formas os dados numéricos.
❏ Estatística descritiva - números e gráficos usados para descrever, condensar
ou representar dados, ou seja, explica os dados que já existem.
Porcentagem é bastante utilizado. Dados brutos não são muito úteis.
Geralmente consistem em um grupo de números que não transmitem
qualquer sentido, mesmo depois de mais de um exame aprofundado, como
os 60 números listados na tabela a seguir.

Estes números são os escores de 60 universitários no primeiro teste (com 50


itens de múltipla escolha) aplicado em uma disciplina de testagem
psicológica. Um simples olhar para os números da tabela já transmite alguma
informação, como o fato de que a maioria dos escores parece ficar entre 30 e
50. Com a estatística descritiva, podemos resumir os dados de modo a
facilitar sua compreensão, sendo que uma firma de resumir os dados é
representá-los graficamente, enquanto outro é condesa-los em estatísticas
que representam numericamente a informação em um conjunto de dados.
Antes de aplicarmos qualquer fórmula estatística, sempre é uma boa ideia
organizar os dados brutos de alguma forma que permita sua inspeção.
Normalmente, isso se faz por meio de uma distribuição de frequência.

❏ Estatística inferencial - dados usados para estimar valores populacionais


baseados em valores de amostras ou para testar hipóteses, ou seja, tenta
fazer previsões do futuro com base nos dados já existentes. Um conjunto
mais amplo de procedimentos baseados na teoria das probabilidades.
❏ Gráficos - depois de organizados em uma distribuição de frequência, os
dados podem ser transpostos para qualquer um dos diversos formatos
gráficos, como gráficos “de pizza” ou barras e histogramas ou polígonos de
frequência. Os dados da segunda tabela são mostrados graficamente na
forma de um polígono de frequência.

Medidas de Tendência Central

Medidas de Variabilidade - estatísticas que descrevem quanta dispersão existe em um


conjunto de dados. Quando somadas a informações a respeito de tendências centrais, as
medidas de variabilidade nos ajudam a localizar qualquer valor dentro de uma distribuição e
a melhorar a descrição de um conjunto de dados. Embora haja muitas medidas de
variabilidade, os principais índices usados na testagem psicológica são a amplitude, a
distância semi-interquartílica, a variância e o desvio padrão. Destacando:
❏ Amplitude - distância entre dois pontos extremos - os valores mais alto e mais baixo
- de uma distribuição.
❏ Desvio padrão - é uma medida da variabilidade média de um conjunto de escorre,
expresso nas mesmas unidades que estes. É a variabilidade de dados em relação a
média.
❏ Cálculo do Desvio Padrão


(1,55−1,68)²+(1,70−1,68)²+(1,80−1,68)²
DP = 3

= √ √
(0,13)²+(0,02)²+(0,12)² 0,0317
DP 3 = 3
DP = √0, 01005 = 0,1027
❏ O Modelo da Curva Normal - ou curva de sino, é uma distribuição em alguns
aspectos semelhantes. Distribuições de probabilidade mais utilizadas para
modelar fenômenos naturais.

❏ Tem formato de sino, como indica seu "apelido".


❏ É bilateralmente simétrica, o que significa que suas duas metades
são idênticas (se dividirmos a cueca em duas partes, cada metade
contém 50% da área sob a curva).
❏ Tem caudas que se aproximam da linha de base mas nunca a tocam,
e por isso seus limites se estendem ± ao infinito (±∞), uma
propriedade que explicita a natureza teórica e matemática da curva.
❏ É unimodal, ou seja, tem um único ponto de frequência máxima ou
altura máxima.
❏ Tem média, mediana e moda que coincidem no centro da distribuição,
porque o ponto onde a curva está em equilíbrio perfeito, que é a
média, também é o ponto que divide a curva em duas metades iguais,
que é a mediana, e é o valor mais frequente, que é a moda.
❏ Além destas propriedades, a curva normal tem outras características
menos óbvias que estão ligadas à sua regra de função matemática.

Fidedignidade - o termo fidedignidade sugere confiabilidade. Quando decisões de qualquer


tipo devem ser tomadas, no todo ou em parte, com base em escores de testes, seus
usuários precisam ter certeza de que estes escores são razoavelmente confiáveis. Quando
usada no contexto dos teste e medidas, a fidedignidade se baseia na consistência e
precisão dos resultados do processo de mensuração. Para terem um certo grau de
confiança nos escores, os usuários de testes exigem evidências de que os escores obtidos
seriam consistentes, se os testes fossem repetidos com os mesmos indivíduos ou grupos, e
de que são razoavelmente precisos.
❏ Validade: se o teste mede o que ele se propõe a medir.
❏ Fidedignidade: O quanto um estudo é estável, confiável, preciso e consistente.
❏ Estabilidade: Quanto o teste é estável ao longo do tempo.
❏ Precisão: O quanto o escore realmente diferencia as pessoas.
Fonte de Erro na Testagem Psicológica
❏ Falta de fidedignidade seria inconsistência e imprecisão.
❏ Erros no escore são esperados em exatas, biológica, humanas e na área psicológica
também há erros.
❏ De modo geral os erros que influenciam os escores de testes podem ser
categorizados como oriundos de uma ou mais das seguintes três fontes:
❏ O contexto no qual a testagem ocorre - incluindo fatores relacionados ao
administrador do teste, ao avaliador e ao ambiente, bem como aos motivos
da aplicação do teste.
❏ O avaliador.
❏ O testando/avaliando.
❏ O teste em si.
❏ Alguns erros destas fontes podem ser minimizados ou eliminados desde que
práticas apropriadas de testagem sejam observadas pelas partes envolvidas no
processo de desenvolvimento, seleção, administração e pontuação dos
instrumentos. Outros como a negligência do testando ou tentativas de manipular a
impressão gerada por suas resposta, não podem ser eliminados, mas podem ser
detectados por vários mecanismos de checagem embutidos nos testes.
❏ Erros que Interferem:
❏ Erros aleatórios: fadiga, fome, sonolência, esquecimento temporário de
informações, ruídos perturbadores, conversas desnecessárias, ruídos
perturbadores, conversas desnecessária na sala de aplicação. Por outro lado
o conhecimento prévio pode aumentar o desempenho da pessoa
❏ Outros fatores: erro de digitação, instrução errada.
❏ Erro SEMPRE presente.
❏ 3 de 10 - diferentes interpretações. Mais itens, melhor?
❏ Mais itens maior sua fidedignidade.
❏ Escore Verdadeiro - escores livres de erros, que é algo irrealista. Escore Verdadeiro
= Escore Observado – Erro.
❏ Escore Observado - escores já observados e levado em consideração as margens
de erros, ou seja, seria os escores finais, o resultado final.
❏ A repetição levaria a média que seria mais próxima do escore verdadeiro - irrealista.
❏ Os constructos mudam conforme o tempo, por isso a necessidade de tempo em
tempo existir a revalidação.
❏ Alguns constructos mudam menos com o tempo: Ex: traços de personalidade mais
estáveis, estados mais variável; Habilidades verbais ou mecânicas mais estáveis
que cordialidade e empatia.
Como Testar a Fidedignidade
❏ 1° Forma - Técnica: Teste e Reteste, este é uma maneira de testar a estabilidade do
teste. Aplica-se o mesmo teste duas vezes aos mesmos sujeitos. Assim, obtém-se
dois escores para cada indivíduo testado. Se a correlação entre os resultados das
duas aplicações é fortemente positiva o instrumento pode ser considerado confiável.
O período de tempo entre as medições é um fato a considerar, pois períodos longos
são suscetíveis às mudanças que favorecem a aquisição de novas aprendizagens.
Se o período é curto, os resultados podem ser contaminados pelo efeito memória.
No caso desta técnica o coeficiente de confiabilidade é também denominado
coeficiente de estabilidade.
❏ Desvantagem: Aprendizagem, alguns autores sugerem fazer o teste e reteste em 30
dias.
❏ QI= em 3 meses não muda.
❏ Estado depressivo: muda.
❏ O constructo conta muito nisto.
❏ 2° Forma - Formas alternadas ou formas paralelas - equivalência nos tipos de
perguntas, conteúdo - avaliação da correlação. Diferentes formas de se perguntar
uma mesma coisa.
❏ 3° Forma - Duas metade - dividir na metade o teste, as metades precisam ser
simétricas.
❏ 4° Forma - Confiabilidade entre juízes. - Escala de autismo. Os dois avaliam e eu
verifico se as avaliações batem.
❏ 5° Forma (o mais usado) - Coeficiente de Alfa de Cronbach, acima de 0,7.0,9 é
ótimo. Único de um aspecto. Consistência entre os itens. – Consistência Interna.
❏ É importante em um teste psicológico o uso do Rapport - palavra de origem francesa
(rapporter), que significa “criar uma relação”. A técnica objetiva gerar confiança no
processo de comunicação, para que a pessoa fique mais aberta e receptiva durante
a terapia. Isso faz com que ela interaja, troque e receba informações com mais
facilidade.
Como determinar a fidedignidade:
❏ Determinar quais possíveis fontes de erros que podem interferir nos escores.
❏ Estimar a magnitude desses erros.
❏ Obs 1: Fidedignidade = Características dos testes + aplicador.
❏ Obs 2: Sem variabilidade não faria sentido os testes.
Heterogeneidade do Conteúdo
A heterogeneidade de conteúdo resulta da inclusão de itens, ou conjuntos de itens, que
exploram o conhecimento de conteúdos ou funções psicológicas que diferem daquelas
exploradas por outros itens no mesmo teste. Este fator está em grande parte sob o controle
dos criadores de testes, que devem determinar o grau de heterogeneidade do conteúdo do
teste com base em seus objetivos e no tipo de população para o qual ele se destina. Se um
teste é delineado com a finalidade de obter amostras de conteúdo heterogêneo, esta
heterogeneidade não pode ser considerada uma fonte de erro. A heterogeneidade no
conteúdo ou nas funções cognitivas exploradas pelos diferentes itens e fonte de erro
somente quando o teste pretende ser homogêneo em um ou mais aspectos ao longo de
todos os seus itens.
Inconsistência X Conteúdo - a inconsistência entre itens se refere a erros nos escores
que resultam de flutuações nos itens ao longo do teste, em oposição ao erro de
amostragem de conteúdo que emana da configuração particular dos itens incluídos no teste
como um todo.
Exemplos de conjuntos de itens do conteúdo mais heterogéneo ao menos heterogêneo:
Conjunto (A)
Item 1: Qual é o próximo número na seguinte série?
3 6 12 24 _______
Item 2: Qual dos cinco itens listados difere mais dos outros quatro?
Porco Vaca Galinha Atum Vitela
Item 3: Um trem percorre 12m em meio segundo. Nesta mesma velocidade, que
distância vai percorrer em quatro segundo?
Conjunto (B)
Item 1: 4+10 = ________
Item 2: Se uma dúzia de ovos custo $ 1,03, quanto vão custar três dúzias?
Item 3: O preço de um item é reduzido em 60% durante uma liquidação. Em que
percentagem ele deve ser aumentado para voltar ao preço original?
60% 80% 100% 120% 150%
Conjunto (C)
Item 1: 4 x 5 = ______
Item 2: 7 x 11 = ______
Item 3: 15 x 15 = ______
❏ O conjunto A é o mais heterogêneo: Os itens diferem em termos de domínios de
conteúdo, formatos e habilidades exigidas.
❏ O conjunto B vem a seguir: Itens são do mesmo domínio de conteúdo (matemático),
mas diferem em formato e habilidades exigidos (isto é, adição, multiplicação e
frações em matemática mais habilidades básicas de leitura).
❏ O conjunto é o mais homogêneo: Seus itens têm em comum o domínio de conteúdo,
o formato e as habilidades exigidas (compreensão de operação de multiplicação a
seus símbolos).

Perguntas
1) O que o fidedignidade?
É a confiabilidade, consistência e precisão dos scores de um teste.
2) Quais são as principais fontes de erros que influenciam a fidedignidade?
Avaliador, avaliando e contexto.
3) Mariana precisa aplicar o teste de Rorschach e mudou os procedimentos de aplicação do
teste. É possível dizer que Mariana infringiu algum artigo do código de ética do psicólogo?
Qual artigo?
Sim. Artigo 2, alínea h - ao psicólogo é vedado: Interferir na validade e fidedignidade de
instrumentos e técnicas psicológicas, adulterar seus resultados ou fazer declarações falsas.
4) Qual o papel do teste e reteste na avaliação psicológica?
Confirmar se um teste é fidedigno.

Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp


Stress é uma reação do organismo com componentes psicológicos, físicos, mentais e
hormonais que ocorre quando surge a necessidade de uma adaptação grande a um evento
ou situação de importância. Este eventos pode ter um sentido negativo ou positivo. Há
também os:
❏ Estressores Universais - coisas que estressa todo mundo.
❏ Estressores que depende do Contexto e da Subjetividade do indivíduo.
❏ Estresse Laboral - conjunto de perturbações que desequilibram o físico e o psíquico
no ambiente de trabalho. Trata-se de uma das mais proeminentes patologias da
ocupação. Esse tipo de estresse é provocado por diversos estímulos, como as
respostas pouco adequadas decorrentes das exigências do ambiente de trabalho:
❏ Desacordos na informação;
❏ Falta de prioridade nas tarefas;
❏ Objetivos irrealistas;
❏ Mudança nos prazos de entrega;
❏ Liderança confusa e/ou perdida;
❏ Tarefas pouco claras;
❏ Distorção de funções;
❏ Ambiente pouco colaborativo;
❏ Falta de motivação entre a equipe;
❏ Incerteza do papel no projeto.
Portanto, sua base se encontra na relação entre trabalhador e empresa. O fato é
que, em alguns casos, o estresse laboral não tratado pode gerar outros problemas,
como a síndrome de Burnout. Essa síndrome é caracterizada pelo esgotamento
físico e psíquico em decorrência do trabalho.
São utilizadas estratégias contra o estresse tendo:
❏ Passiva - menos eficaz, indivíduo não se manifesta sobre aquilo que o estressa,
apenas aceita ou evita o estressor.
❏ Ativa - mais eficaz, indivíduo se manifesta sobre aquilo que o estressa.
O stress gera estímulos aversivos que são coisas que causa desprazer, algo que cause
um incômodo, como dor física, constrangimento, dor emocional, etc.
A autora Marilda Novaes Lipp utiliza o termo em inglês stress.
Tipos de Estresse
❏ Stress Positivo (eustress) - é o stress em sua fase inicial, a do alerta. O organismo
produz adrenalina que dá ânimo, vigor e energia fazendo a pessoa produzir mais e
ser mais criativa. Ela pode passar por períodos em que dormir e descansar passa a
não ter tanta importância. É a fase da produtividade. Ninguém consegue ficar em
alerta por muito tempo pois o stress se transforma em excessivo quando dura
demais.
❏ Stress Ideal - quando a pessoa aprende o manejo do stress e gerencia a fase de
alerta de modo eficiente, alternando entre, estar em alerta e sair de alerta. Para
quem aprende a fazer isto o "céu é o limite". O organismo precisa entrar em
homeostase após uma permanência em alerta para que se recupere. Após a
recuperação não há dano em entrar de novo em alerta. Se não há um período de
recuperação, então, doenças começam a ocorrer pois o organismo se exaure e o
stress fica excessivo.
❏ Stress Negativo (distress) - é o stress em excesso. Ocorre quando a pessoa
ultrapassa seus limites e esgota sua capacidade de adaptação. O organismo fica
destituído de nutrientes e reduzida a energia mental. Produtividade e capacidade de
trabalho ficam prejudicadas. A qualidade de vida sofre danos. Posteriormente a
pessoa pode vir a adoecer. O stress pode ser excessivo porque o evento estressor é
forte demais ou porque se prolonga em excesso.
O Stress Emocional: Seu Percurso
O modelo teórico do stress a ser quadrifásico com a adição da fase de quase exaustão
recém descoberta.
❏ Fase do Alerta - É a fase positiva do stress, quando o ser humano automaticamente
se prepara para a ação. É caracterizada pela produção e ação da adrenalina que
torna a pessoa mais atenta, mais forte e mais motivada.
❏ Fase da Resistência - Se a fase de alerta é mantida por períodos muito prolongados
ou se novos estressores se acumulam o organismo entra em ação para impedir o
desgaste total de energia entrando na fase de resistência, quando resiste aos
estressores e se tenta, inconscientemente, restabelecer o equilíbrio interior
(chamado de homeostase) que foi quebrado na fase de Alerta. A produtividade cai
dramaticamente. Caracteriza-se pela produção de cortisol. A vulnerabilidade da
pessoa a vírus e a bactéria se acentua.
❏ Fase de Quase Exaustão - Quando a tensão excede o limite do gerenciável, a
resistência física e emocional começa a se quebrar, ainda há momentos em que a
pessoa consegue pensar lucidamente, tomar decisões, rir de piadas e trabalhar,
porém tudo isto é feito com esforço e estes momentos de funcionamento normal se
intercalam com momentos de total desconforto. Há muita ansiedade nesta fase. A
pessoa experimenta uma gangorra emocional. O cortisol é produzido em maior
quantidade e começa a ter o efeito negativo de destruir as defesas imunológicas.
Doenças começam a surgir.
❏ Fase de Exaustão - É a fase mais negativa do stress, a patológica. É o momento em
que um desequilíbrio interior muito grande ocorre. A pessoa entra em depressão,
não consegue concentrar ou trabalhar. Suas decisões muitas vezes são
impensadas. Doenças graves podem ocorrer, como úlceras, pressão alta, psoríase e
vitiligo.
I - Aplicação ISSL
O ISSL de fácil aplicação e fornece uma medida objetiva da sintomatologia do stress em
jovens acima de 15 anos e adultos. Não é necessário ser alfabetizado, pois os itens podem
ser lidos para a pessoa. Sua aplicação leva aproximadamente dez minutos e pode ser
realizada em grupos de até 20 pessoas ou individualmente. Na aplicação em grupo, o
examinador lê item por item vagarosamente e a própria pessoa escreve a resposta: F1 e P1
no quadro 1, F2 e P2 no quadro 2 e F3 e P3 no quadro 3. É importante frisar bem o período
de tempo a que cada quadro do teste se refere (24 horas para o quadro 1, uma semana
para o quadro 2 e um mês para o quadro 3). Sempre que possível a aplicação individual é
preferível, pois fornece a oportunidade de uma observação mais próxima do respondente.
Como a aplicação do ISSL é prática, fácil e rápida, ela pode ser executada por indivíduos
que não tenham um treinamento em Psicologia, porém sua correção e interpretação devem
sempre ser realizadas por um psicólogo de acordo com as diretrizes do Conselho Federal
de Psicologia quanto ao uso de testes. O fato de sua aplicação ser fácil e prática não se
deve pensar que sua interpretação seja igualmente acessível: só o profissional de saúde
familiarizado com os conceitos de stress e suas implicações para a saúde mental e física
deve interpretar os resultados do teste, principalmente no que se refere a manifestações
psicossomáticas e a doenças.
A avaliação de pessoas com nível educacional baixo - quando pessoas de nível
educacional mais limitado são avaliadas os seguintes termos devem substituir os regulares
do ISSL:
Item Regular Item Simplificado

❏ Aumento de sudorese ❏ Muito suor/suadeira


❏ Insônia ❏ Dificuldade de dormir
❏ Taquicardia ❏ Batedeira no peito
❏ Hiperventilação ❏ Respirar ofegante, rápido
❏ Hipertensão arterial ❏ Pressão alta
❏ Aparecimento de problemas ❏ Problemas de pele
dermatológicos ❏ Estar muito nervoso
❏ Sensibilidade emotiva excessiva ❏ Sem vontade de sexo
❏ Diminuição da libido
II - Correção e Avaliação
Quadro 1 - Método para diagnosticar o Stress
Passo a passo como corrigir e diagnosticar se o respondente tem Stress.
Passo 1: Some todos os sintomas assinalados no Quadro 1a (F1) com os assinalados no
Quadro 1b (P1).
Passo 2: Some todos os sintomas assinalados no Quadro 2a (F2) com os assinalados no
Quadro 2b (P2)
Passo 3: Some todos os sintomas assinalados no Quadro 3a (F3) com os assinalados no
Quadro 3b (P3).
Até aqui você terá 3 escores, 1 por quadro. Anote os escores um em cada linha, como se
segue.
Quadro Escore bruto por quadro

Quadro 1 Escreva aqui o escore de 1a + 1b (F1+P1)


Quadro 2 Escreva aqui o escore de 2a + 2b (F2+P2)
Quadro 3 Escreva aqui o escore de 3a + 3b (F3+P3)
Passo 4. Verifique se o escore bruto do quadro 1 é maior do que 6. Se for menor,
desconsidere este dado. Se for maior, isto indica que a pessoa tem stress,
Passo 5. Verifique se o escore bruto do quadro 2 é maior do que 3. Se for menor,
desconsidere este dado. Se for maior, isto indica que a pessoa tem stress.
Passo 6. Verifique se o escore bruto do quadro 3 é maior do que 8. Se for menor,
desconsidere este dado. Se for maior, isto indica que a pessoa tem stress.
Passo 7. O diagnóstico de stress pode ser feito se qualquer dos escores brutos atingirem
os limites determinados (maior que 6 no Quadro 1, ou maior que 3 no Quadro 2 ou ainda
maior que 8 no Quadro 3). Em qualquer destes cursos o diagnóstico é positivo para stress.
Quadro 2 - Método para diagnosticar a fase do Stress
(os passos são numerados em sequência com o quadro 1)
Passo 8: Procure nas Tabela de Correção 1 intitulada "FASES DO STRESS" (verso da
folha de Avaliação) os valores brutos por quadro que você anotou no Passo 3. Verifique a
porcentagem correspondente a cada um. Você terá 3 porcentagem, como se segue:
Quadro Escore bruto Porcentagem

Quadro 1 (1a + 1b) Escreva aqui a %


Quadro 2 (2a + 2b) Escreva aqui a %
Quadro 3 (3a + 3b) Escreva aqui a %
Passo 9: Veja das 3 qual é a porcentagem mais elevada. A maior porcentagem obtida
indicará a fase do stress em que a pessoa se encontra. O QUADRO 1 corresponde à Fase
de Alerta, o QUADRO 3 corresponde a Fase de Exaustão,
O QUADRO 2 é dividido em 2 partes mostrando a divisão entre as fases de resistência e
de quase-exaustão. Os escores entre 4 e 9 (e suas respectivas porcentagens) indicam a
Fase de Resistência. Os escores de 10 até 15 (com porcentagens acima de 50) indicam a
Fase de Quase Exaustão.
NOTA1: Caso haja empate, e a pessoa apresente porcentagens iguais em mais de uma
fase, o diagnóstico deve ser feito da fase mais avançada.
NOTA 2: Quando a pessoa apresenta escores brutos acima dos limites em mais que um
quadro (acima de 6 no quadro 1, de 3 no quadro 2 e acima de 8 no quadro 3) isto significa
que o stress está em processo de agravamento e que em breve, se nenhuma intervenção
for realizada, ela provavelmente estará na fase mais adiantada do stress.
Quadro 3 - Método para diagnosticar a tendência do respondente de ter mais sintomas
psicológicos ou físicos
(os passos são numerados em sequência com o quadro 1)
Passo 10. A fim de saber se o respondente apresenta uma prevalência de sintomas na
área psicológica ou na física, considere somente a fase de stress na qual ele se encontra.
Este dado foi obtido no Passo 9. Anote o total bruto dos sintomas psicológicos e,
separadamente, o total bruto dos sintomas físicos, do quadro onde o stress foi
diagnosticado no Passo 9, como se segue:
Quadro Escore bruto Escore bruto

Onde o stress foi Físico Psicológico


diagnosticado Quadro 1,2
ou 3 (indique qual)
Passo 11. Verifique na Tabela de Correção 2, a porcentagem correspondente a escore
bruto dos sintomas físicos (notas F) somente da fase em que a pessoa se encontra. Anote a
porcentagem para ser comparada no Passo 12 com a porcentagem referente aos sintomas
psicológicos.
Passo 12. Verifique na Tabela de Correção 3, a porcentagem correspondente ao escore
bruto dos sintomas psicológicos (notas P) somente da fase em que a pessoa se encontra.
Anote a porcentagem como se segue.
Quadro Sintomas Físicos % Sintomas Psicológicos %

_________ __________________ ____ ____________________ ____


A porcentagem maior revela onde o stress estå mais manifestado, ou seja a área de
maior vulnerabilidade da pessoa. É possível que as porcentagens sejam iguais, em cujo
caso a pessoa tem a tendência para ter sintomas tanto em uma área como na outra.
NOTA 3: As questões abaixo devem ser respondidas após a correção do teste:
1. A pessoa apresenta sintomas significativos de stress?
2. Em que fase do stress a pessoa se encontra?
3. Qual a sintomatologia mais presente: somática ou psicológica?
III - Interpretação dos Resultados
A interpretação dos escores obtidos é sugerida em termos da prática de 15 anos de
trabalhos ininterrupto na área do stress, tanto por meio de pesquisas como por meio de
atendimentos clínicos regulares.
É natural, e até esperado, que o ser humano experiencie algum desconforto ocasional
que se encontre dentro do elenco de sintomas regulares de stress. Isto, isoladamente, não
significa, nem deve ser interpretado, como tendo significado clínico para o diagnóstico do
stress emocional. O que dá base para tal diagnóstico é a presença de um quadro
sintomatológico composto por vários itens que se prolongam por um período de tempo. Por
isso é que em cada quadro do ISSL existe a possibilidade de o respondente marcar alguns
item e mesmo assim o stress não ser diagnosticado. Só se faz o diagnóstico de stress se a
pessoa mostrar um número de sintomas acima do escore crítico para cada fase. Esses
escores foram determinados por protocolos acumulados ao longo de 15 anos de
experiência clínica com milhares de pessoas sofrendo de stress ou não.
O que fazer se o Resultado Bruto de mais de uma fase for superior ao limite crítico do
quadro? Quando isto acontece, significa que a pessoa está em processo de piora do quadro
de stress e que, embora tenha sintomas ainda da fase anterior, se algo não for feito, ela,
muito em breve, entrará completamente na fase seguinte, mais adiantada, do stress. Está
em transição.
O que fazer quando os percentis são iguais para mais de uma fase? Neste caso, deve
interpretar-se os resultados como indicando o diagnóstico de fase mais avançada entre as
duas em que houve empate de percentis.
O caso especial da pessoa que tem sintomas significativos de stress da fase de alerta
também da fase de exaustão. Nessa situação, a nota deve ser interpretada como um
diagnóstico de quase-exaustão. Isto porque muitos dos sintomas típicos da fase de alerta
reaparecem em exaustão com maior intensidade. Se ainda estão na intensidade típica da
fase de alerta é sinal que o organismo está quase perdendo a batalha para o stress, mas
ainda está conseguindo reagir. Se nada for feito para reduzir o stress dessa pessoa,
provavelmente ela entrará na fase mais adiantada e perigosa, a de exaustão.
Como interpretar os resultados quando a pessoa tem vários sintomas de stress mas o
escore não chega ao nível crítico em nenhum quadro? Considera-se absolutamente viável
que a pessoa possa em certo momento de sua vida ter um ou outro sintoma característico
de stress sem realmente tê-lo. Isto porque o sintoma do momento pode estar ligado a outra
patologia ou pode ser devido a algo momentâneo, como uma refeição pesada que gere
azia. No entanto, se o respondente alegar que tem tido vários sintomas por um período
prolongado ou se o número de sintomas for muito grande, mesmo que inferior aos limites,
deve levantar-se a hipótese de que fatores estressantes de grande porte talvez estejam
incidindo sobre ele. Um trabalho preventivo deve ser recomendado, a fim de minimizar os
estressores presentes ou aumentar a resistência da pessoa ao que está ocorrendo.
Por que é importante saber se a sintomatologia presente é mais psicológica ou física?
Uma maior incidência de stress em determinada área significa que a pessoa é mais
vulnerável nessa área. Há pessoas que quando estressadas desenvolvem sempre
ansiedade ou depressão e outras que passam a ter gastrite ou outro sintoma físico.
Sabendo qual a vulnerabilidade do respondente, ajuda a formular tratamentos ou ações
preventivas que levem em consideração a maior predisposição de ter sintomas de uma
natureza ou outra. O tratamento do stress deve sempre levar em consideração três
aspectos: (1) o que estressa a pessoa e como eliminar/reduzir os estressores, (2) como
aumentar a resistência pessoal aos estressores e (3) como aliviar os sintomas do momento,
a fim de que se possa concentrar nos outros dois itens.
O que fazer quando há o diagnóstico de stress? Os resultados devem ser comunicados
ao respondente de modo simples, sem agravar seu quadro de estresse mediante
observações amedrontadoras. Deve sempre enfatizar que o stress é quase sempre
reversível e que existem tratamentos especializados que ajudam a pessoa a aprender a
lidar com ele de modo eficaz. Ao mesmo tempo que não se deve criar um clima estressante
na entrega dos resultados, também não se deve minimizar os perigos do stress excessivo
prolongado e não tratado. Deve sempre mencionar-se que o stress é um estado de tensão
exagerada que pode dar chance de doenças ocorrerem devido a uma baixa no sistema
imunológico. Até a fase da quase-exaustão, a pessoa pode aprender a lidar com suas
tensões e eliminar seus sintomas. Quando a fase de exaustão está presente, necessário se
torna que uma ação conjunta de um médico (para tratar o órgão-alvo já afetado) e de
psicólogo (para tratar a causa do stress) seja empreendida. Nessa fase, nem o médico nem
psicólogo devem trabalhar sozinhos, pois a ação necessária é interdisciplinar.
O que fazer quando há o diagnóstico duplo de stress e outra patologia grave? É
naturalmente possível detectar-se stress em pessoas psicóticas, depressivas, suicidas,
enfermas, ete. Devido ao fato de o stress ter o potencial de agravar outras patologias, toda
vez que ele se encontrar presente, este deve ser tratado concomitantemente às outras
dificuldades. Não é adequado se tratar primeiro o outro problema, pois, muitas vezes, sem
que o stress seja eliminado, a probabilidade de o quadro subjacente melhorar toma-se
menor.
É possível fazer uma avaliação clínica dos resultados? Recomenda-se, sempre que
possível, que os sintomas sejam analisados qualitativamente em conjunto aos resultados
quantitativos. Se isto não for possível, ou desejável, a análise quantitativa torna-se
suficiente para o diagnóstico.
IV - Desenvolvimento do ISSL e Descrição da Amostra
O ISS foi validado em 1994 por Lipp e Guevara e os resultados foram publicados
anteriormente. No presente, foi realizada uma padronização e validação de constructo do
ISSL para adultos. Para esse estudo a amostra contou com 1.849 adultos. Em seis casos,
as respostas não puderam ser totalmente consideradas por não se ter alguns dados
imprescindíveis dos respondentes. Desse modo, as análises estatísticas foram realizadas
levando-se em consideração 1.843 respondentes.

Sintomas Físicos (F) e Psicológicos (P) - Sintomas do Teste do ISSL


Itens

Q1F1 Mãos e pés frios


Q1F2 Boca seca

Q1F3 Nó (pressão) no estômago

Q1F4 Aumento de sudorese

Q1F5 Tensão muscular

Q1F6 Aperto da mandíbula/Ranger os dentes

Q1F7 Diarréia passageira

Q1F8 Insônia

Q1F9 Taquicardia

Q1F10 Hiperventilação

Q1F11 Hipertensão arterial súbita e passageira

Q1F12 Mudança de apetite

Q1P13 Aumento súbito de motivação

Q1P14 Entusiasmo súbito

Q1P15 Vontade súbita de iniciar novos projetos

Q2F1 Problemas com a memória

Q2F2 Mal-estar generalizado, sem causa específica

Q2F3 Formigamento das extremidades

Q2F4 Sensação de desgaste físico constante

Q2F5 Mudança de apetite

Q2F6 Aparecimento de problemas dermatológicos

Q2F7 Hipertensão arterial

Q2F8 Cansaço constante

Q2F9 Aparecimento de úlcera

Q2F10 Tontura/Sensação de estar flutuando

Q2P11 Sensibilidade emotiva excessiva

Q2P12 Dúvida quanto a si próprio

Q2P13 Pensar constantemente em um só assunto

Q2P14 Irritabilidade excessiva


Q2P15 Diminuição da libido

Q3F1 Diarréia frequente

Q3F2 Dificuldades sexuais

Q3F3 Insônia

A3F4 Náusea

Q3F5 Tiques

Q3F6 Hipertensão arterial continuada

Q3F7 Problemas dermatológicos prolongados

Q3F8 Mudança extrema de apetite

Q3F9 Excesso de gases

Q3F10 Tontura frequente

Q3F11 Úlcera

Q3F12 Enfarte

Q3P13 Impossibilidade de trabalhar

Q3P14 Pesadelos

Q3P15 Sensação de incompetência em todas as áreas

Q3P16 Vontade de fugir de tudo

Q3P17 Apatia, depressão ou raiva prolongada

Q3P18 Cansaço excessivo

Q3P19 Pensar/Falar constantemente em um só assunto

Q3P20 Irritabilidade sem causa aparente

Q3P21 Angústia/Ansiedade diária

Q3P22 Hipersensibilidade emotiva

Q3P23 Perda do senso de humor


Tabela de Correção 1. Fases do Stress
Quadro 1 Quadro 2 Quadro 3

Fase 1 Alerta Parte I Fase 4 Exaustão


I) Fase 2 Resistência

Resultado Bruto Porcentagem Resultado Bruto Porcentagem Resultado Bruto Porcentagem

7 11 4 8 9 7

8 22 5 17 10 13

9 33 6 25 11 20

10 44 7 33 12 27

11 56 8 42 13 33

12 67 9 50 14 40

13 78 Parte II II) Fase 3 15 47


Quase-Exaustão

14 89 10 58 16 53

15 100 11 67 17 60

12 75 18 67

13 83 19 73

14 92 20 80

15 100 21 87

22 93

23 100
Tabela de Correção 2. Tipo de Sintomatologia - Sintomas Físicos
Fase de Alerta Fase da Resistência/ Fase de Exaustão
Quase-exaustão

Resultado Bruto Porcentagem Resultado Bruto Porcentagem Resultado Bruto Porcentagem

1 8 1 10 1 8

2 16 2 20 2 16
3 25 3 30 3 25

4 33 4 40 4 33

5 41 5 50 5 41

6 50 6 60 6 50

7 58 7 70 7 58

8 66 8 80 8 66

9 75 9 90 9 75

10 83 10 100 10 83

11 91 11 91

12 100 12 100
Tabela de Correção 3. Tipo de Sintomatologia - Sintomas Psicológicos
Fase de Alerta Fase da Resistência/ Fase de Exaustão
Quase-exaustão

Resultado Bruto Porcentagem Resultado Bruto Porcentagem Resultado Bruto Porcentagem

1 33 1 20 1 9

2 66 2 40 2 18

3 100 3 60 3 27

4 80 4 36

5 100 5 45

6 54

7 63

8 72

9 81

10 90

11 100

Teste de Estresse​ - Yslaine (eu)


Quadro 1a
a) Marque com um F1 os sintomas que tem experimentado nas últimas 24 horas.
( )1. Mãos e pés frios
(F1)2. Boca seca
( )3. Nó (pressão) no estômago
( )4. Aumento de sudorese (muito suor, suadeira)
(F1)5. Tensão muscular
(F1)6. Aperto da mandíbula/Ranger os dentes
(F1)7. Diarréia passageira
( )8. Insônia (dificuldade para dormir)
( )9. Taquicardia (batedeira no peito)
( )10. Hiperventilação (respiração ofegante, rápido)
( )11. Hipertensão arterial súbita e passageira (pressão alta)
(F1)12. Mudança de apetite
Quadro 1b
b) Marque com um P1 os sintomas que tem experimentado nas últimas 24 horas.
(P1)13. Aumento súbito de motivação
( )14. Entusiasmo súbito
( )15. Vontade súbita de iniciar novos projetos

Quadro 2a
a) Marque com um F2 os sintomas que tem experimentado na última semana.
(F2)1. Problemas com a memória
( )2. Mal-estar generalizado, sem causa específica
(F2)3. Formigamento das extremidades
( )4. Sensação de desgaste físico constante
(F2)5. Mudança de apetite
( )6. Aparecimento de problemas dermatológicos (problemas de pele)
( )7. Hipertensão arterial (pressão alta)
( )8. Cansaço constante
( )9. Aparecimento de úlcera
( )10. Tontura/Sensação de estar flutuando
Quadro 2b
b) Marque com um P2 os sintomas que tem experimentado na última semana.
(P2)11. Sensibilidade emotiva excessiva (estar muito nervoso, choroso, etc)
(P2)12. Dúvida quanto a si próprio
( )13. Pensar constantemente em um só assunto
( )14. Irritabilidade excessiva
( )15. Diminuição da libido (sem vontade de sexo)

Quadro 3a
a) Marque com um F3 os sintomas que tem experimentado no último mês.
(F3)1. Diarréia frequente
( )2. Dificuldades sexuais
( )3. Insônia (dificuldade para dormir)
( )4. Náusea
( )5. Tiques
( )6. Hipertensão arterial continuada (pressão alta)
( )7. Problemas dermatológicos prolongados (problemas de pele)
( )8. Mudança extrema de apetite
( )9. Excesso de gases
( )10. Tontura frequente
( )11. Úlcera
( )12. Enfarte
Quadro 2b
b) Marque com um P3 os sintomas que tem experimentado no último mês.
( )13. Impossibilidade de trabalhar
(P2)14. Pesadelos
( )15. Sensação de incompetência em todas as áreas
( )16. Vontade de fugir de tudo
( )17. Apatia, depressão ou raiva prolongada
( )18. Cansaço excessivo
( )19. Pensar/Falar constantemente em um só assunto
( )20. Irritabilidade sem causa aparente
( )21. Angústia/Ansiedade diária
( )22. Hipersensibilidade emotiva
( )23. Perda do senso de humor

Como avaliar os scores​ - usando o score da Yslaine (meus scores)


❏ Fase de Alerta: F1+P1 = 6 - score maior que 6 = positivo para estresse (tem
estresse significativo). Menor ou igual a 6 = negativo para estresse (não tem
estresse significativo).
❏ Fase de Resistência + Quase Exaustão: F2+P2 = 5 - score maior que 3 = positivo
para estresse (tem estresse significativo). Menor ou igual a 3 = negativo para
estresse (não tem estresse significativo).
❏ Fase da Exaustão: F3+P3 = 2 - score maior que 8 = positivo para estresse (tem
estresse significativo). Menor ou igual a 8 = negativo para estresse (não tem
estresse significativo).
1) A pessoa tem estresse significativo?
SIM/NÃO. Yslaine - SIM.
2) Caso a pessoa responda que sim. Qual a fase do stress que ela se encontra e qual
a porcentagem?
❏ Tabela de Correção 1. Fases do Stress 1 - referencial para a avaliação dos
scores.
❏ A fase do estresse que o indivíduo testado se encontra é definida pela fase
de maior porcentagem, segundo seus scores.
❏ Caso haja empate em fases, considera-se a fase mais avançada.
Yslaine - Fase da Resistência com 27%.

Atividades de fixação
1. 2 (F1) + 2 (P1) - 4 sendo que o L6 - ultrapassou o limite? Não
4 (F2) + 4 (P2) - 8 - L3 - Sim
8 (F3) + 5 (P3) - 13 - L8 - Sim
Resultado: Positivo para stress significativo. Fase de Resistência com 42%
2. 0 (F1) + 3 (P1) - 3 - L6 - Não
4 (F2) + 5 (P2) - 9 - L3 - Sim
3 (F3) + 7 (P3) - 10 - L8 - Sim
Resultado: Positivo para stress significativo. Fase de Resistência com 50%
3. 0 (F1) + 0 (P1) - 0 - L6 - Não
6 (F2) + 5 (P2) - 11 - L3 - Sim
9 (F3) + 9 (P3) - 18 - L8 - Sim
Resultado: Positivo para stress significativo. Empate entre fases considera-se a mais
avançada, sendo assim, está na Fase de Exaustão com 67%
4. 3 (F1) + 3 (P1) - 6 - L6 - Não
1 (F2) + 2 (P2) - 3 - L3 - Não
4 (F3) + 4 (P3) - 8 - L8 - Não
Resultado: Negativo para estresse significativo.

Exercícios
A pessoa tem stress significativo?
Qual fase do estresse ela se encontra?
Qual a preponderância dos sintomas? Físico ou Psíquico? (resultado e observação de
acordo com a fase)
1. 6 (F1) + 3 (P1) - 9 - L6 - Sim
4 (F2) + 4 (P2) - 8 - L3 - Sim
10 (F3) + 10 (P3) - 20 - L8 - Sim
Resultado: Positivo para stress significativo. Fase de Exaustão com 80% da
sintomatologia. Preponderância de sintomas psíquicos em 90%.
2. 0 (F1) + 3 (P1) - 3 - L6 - Não
1 (F2) + 1 (P2) - 2 - L3 - Não
3 (F3) + 3 (P3) - 6 - L8 - Não
Resultado: Negativo para stress significativo.
3. 12 (F1) + 3 (P1) - 15 - L6 - Sim
5 (F2) + 5 (P2) - 10 - L3 - Sim
5 (F3) + 1 (P3) - 6 - L8 - Não
Resultado: Positivo para stress significativo. Fase de Alerta com 100% da sintomatologia.
Não há preponderância, indivíduo com 100 de sintomas físicos e psíquicos (quando houver
100% da fase, temos 100% dos sintomas físicos e psíquicos).
4. 2 (F1) + 3 (P1) - 5 - L6 - Não
9 (F2) + 5 (P2) - 14 - L3 - Sim
3 (F3) + 3 (P3) - 6 - L8 - Não
Resultado: Positivo para stress significativo. Fase de Quase-Exaustão com 92% da
sintomatologia. Preponderância de sintomas psíquicos em 100%.
5. 7 (F1) + 0 (P1) - 7 - L6 - Sim
9 (F2) + 0 (P2) - 9 - L3 - Sim
10 (F3) + 5 (P3) - 15 - L8 - Sim
Resultado: Positivo para stress significativo. Fase de Resistência com 50% da
sintomatologia. Preponderância de sintomas físicos em 90%.
6. 2 (F1) + 3 (P1) - 5 - L6 - Não
2 (F2) + 2 (P2) - 4 - L3 - Sim
3 (F3) + 4 (P3) - 7 - L8 - Não
Resultado: Positivo para stress significativo. Fase Resistência com 8% da sintomatologia.
Preponderância de sintomas psíquicos em 40%.
7. 10 (F1) + 2 (P1) - 12 - L6 - Sim
9 (F2) + 2 (P2) - 11 - L3 - Sim
10 (F3) + 8 (P3) - 18 - L8 - Sim
Resultado: Positivo para stress. Fase de Exaustão com 67% da sintomatologia.
Preponderância de sintomas físicos em 83%.
8. 4 (F1) + 3 (P1) - 7 - L6 - Sim
6(F2) + 5 (P2) - 11 - L3 - Sim
5 (F3) + 10 (P3) -15 - L8 - Sim
Resultado: Positivo para stress. Fase de Quase-Exaustão com 67% da sintomatologia.
Preponderância de sintomas psíquicos em 100%.
9. 12 (F1) + 2 (P1) - 14 - L6 - Sim
10 (F2) + 5 (P2) - 15 - L3 - Sim
12 (F3) + 11(P3) - 23 - L8 - Sim
Resultado: Positivo para stress significativo. Fase de Exaustão com 100% da
sintomatologia. Não há preponderância, indivíduo com 100 de sintomas físicos e psíquicos.
10. 0 (F1) + 0 (P1) - 0
0 (F2) + 0 (P2) - 0
0 (F3) + 0 (P3) - 0
Resultado: Não possui estresse significativo.

Como Controlar o Stress


Stress é uma reação, com componentes físicos e emocionais, que o organismo tem
frente a qualquer situação que represente um desafio maior.
O Stress pode ser benéfico em dose moderadas, pois em momentos de tensão
produzimos uma substância chamada adrenalina (ou dopamina) que nos dá ânimo, vigor,
entusiasmo e energia. Quando produzimos adrenalina ficamos em “alerta” prontos para lutar
ou fugir das situações mais difíceis. Nesta fase do stress além de força e vigor,
frequentemente sentimos taquicardia, tensão muscular, boca seca, nó (pressão) no
estômago e ficamos com as mãos frias e suadas.
Se o stress é continuado, o organismo se cansa em excesso e a pessoa começa a se
desgastar demais. Os sintomas desta fase que é chamada de “resistência” são sensação de
desgaste generalizado e dificuldades com a memória.
Se o que nos causa stress desaparece, ou se conseguimos lidar com ele
adequadamente, os sintomas desaparecem. Porém quando o estressor continua presente,
ai nossas dificuldades começam a aparecer de fato. As consequências do stress excessivo
podem ser:
➢ Gastrite (mais tarde úlcera);
➢ Problemas de pele (como herpes, dermatites, urticária, psoríase e vitiligo); e
➢ Hipertensão arterial dentre outros.
O stress excessivo também pode acarretar o envelhecimento precoce, depressão e
ansiedade. Dificuldades sexuais são frequentes na pessoa mais estressada.
Estes sintomas são reversíveis e a pessoa pode ficar inteiramente boa se não chegar na
última fase do stress, conhecida como exaustão. Quando se chega nesta fase, que só
ocorre depois de muito stress, a pessoa já não tem mais energia, fica incapacitada de
concentrar, de trabalhar e não tem vontade de fazer nada. Doenças sérias podem ocorrer e
em casos raros, também pode ocorrer a morte súbita.
Para se proteger do stress excessivo aqui vão algumas recomendações:
➢ Alimentação - é importante repor as energias, vitaminas e nutrientes podem ser
utilizados nos momentos de maior stress, para tanto, comer bastante verduras, de
preferência cruas ou só feitas no vapor, tais como: brócolis, chicória, acelga, alface,
e outras verduras ricas em vitaminas do complexo B, vitamina C, magnésio e
manganês. Em caso de insônia (comum em momentos de stress) não deixe de
tomar um copo de leite antes de dormir ou de comer um pouco de gergelim, que é
rico em cálcio e ajuda o sono.
➢ Relaxamento - quando estamos tendo precisamos de alguns momentos de
descanso, a fim de nos recuperarmos do stress do dia. Este relaxamento pode ser
em forma de exercícios de respiração profunda, yoga, relaxamento muscular,
música, filmes, bate papo ou leitura. O relaxamento ajuda a se eliminar o excesso de
adrenalina produzida e restabelece a homeostase interna do organismo.
➢ Exercício Físico - quando exercitamos por 30 minutos ou mais, nosso corpo produz
uma substância chamada "beta endorfina" que produz uma sensação de
tranquilidade e de bem estar. Quando se está atravessando momentos difíceis o
exercício físico seja ele ginástica, pular corda, caminhar, dançar, etc., nós ajuda a
atingir uma sensação de bem estar e calma.
➢ Estabilidade Emocional - é importante manter uma atitude positiva perante a vida,
procurando sempre ver o lado bom das coisas. Deve-se levar alguns momentos para
refletir nas nossas prioridades, naquilo que queremos alcançar de fato na vida.
Muitas vezes nos perdemos em detalhes sem importância deixando de lado coisas
realmente relevantes. Controlar a pressa, a corrida contra o relógio também é
importante, além disso se recomenda que a pessoa passe a curtir o processo do
"ser", do "existir" em si, em vez de só se preocupar com o "fazer". É bom lembrar
que não se pode ser amado e admirado por todos. Seguindo estas dicas você pode
garantir uma boa qualidade de vida e um controle do stress satisfatório.
➢ Qualidade de Vida - qualidade de vida significa muito mais do que apenas viver, pois
muitas pessoas, mesmo as ricas e bem sucedidas no trabalho, às vezes tem uma
qualidade de vida péssima. Pesquisas realizadas no Brasil mostram que grande
número de executivos, por exemplo, embora muito bem financeiramente, não
usufruem de uma boa qualidade de vida. Por qualidade de vida entendemos o viver
que é bom e compensador em pelo menos quatro áreas: social, afetiva, profissional
e a que se refere à saúde.
Para que a pessoa possa ser considerada como tendo uma boa qualidade de vida,
torna se necessário que ela tenha sucesso em todos esses quadrantes. Não adianta
você ter muito sucesso só na carreira, ou só na área social e não ter nas outras. O
viver bem refere-se a ter uma vida bem equilibrada em todas as áreas. Uma das
maneiras de se conseguir uma boa qualidade de vida é através do controle
adequado do stress emocional.

Tratamento
Cognitivo - o modelo cognitivo apresenta que as emoções e comportamentos das
pessoas são influenciados pela percepção desenvolvida dos eventos. Dessa forma, são
estabelecidos três estilos de cognições negativas, chamada de tríade cognitiva: visão
negativa de si, visão negativa dos outros/do mundo e visão negativa do futuro.
❏ Visão negativa de si - o sujeito acredita que é inadequado, ineficiente, fraco,
despreparado, etc, levando a desenvolver uma forte autocrítica, contribuindo para
uma baixa autoestima e baixa autoconfiança.
❏ Visão negativa sobre os outros ou sobre o mundo - o sujeito tende a ver suas
situações com os outros como negativas, não conseguindo enxergar a situação de
maneira racional, mas sim por meio de pensamentos automáticos disfuncionais que
geram interpretações distorcidas da realidade.
❏ Visão negativa do futuro - ocorre quando o sujeito antecipa seu sofrimento, fazendo
previsões negativas a longo prazo, acreditando que passará por dificuldades,
privações e frustrações, podendo desencadear desânimo e desesperança.
A tríade cognitiva é ativada por erros cognitivos, que surgem na forma de crenças e
pensamentos automáticos, sobre as diversas situações que vivemos. Os erros cognitivos,
são erros sistemáticos do pensamento, interpretações que realizamos assim que nos
deparamos com algum acontecimento, que na maioria das vezes surgem sem nem
percebemos.
Essas interpretações produzirão emoções e comportamentos, muitas vezes
disfuncionais.
A partir disso Beck listou alguns erros cognitivos/distorções cognitivas mais comuns:
❏ Personalização
Definição - atribuição responsabilidade pessoal para eventos sobre os quais a
pessoa não tem controle. Acredita ser responsável por eventos que não dão certo,
mesmo tendo outros fatores como responsáveis.
Exemplos: “Sou responsável por meu time ter perdido”; “O trabalho não ficou bom,
por culpa minha”; “Eu devo ter feito algo para ele ter terminado comigo”; “Eu nunca
ganho um sorteio, eu tenho azar”.
Correção - procurar avaliar a situação e os prováveis fatores que contribuem para as
más experiências. Buscar determinar de forma racional, qual sua responsabilidade
nesta experiência negativa.
❏ Pensamento Dicotômico
Definição - classificar as coisas em duas categorias, tudo ou nada, certo ou errado,
oito ou oitenta, excluindo todas as possibilidades existentes entre os dois pólos.
Exemplos: “Deu tudo errado nessa apresentação”; “Ninguém gosta de mim, sempre
fico sozinho”; “Se não der certo, minha tentativa não valerá a pena”; “Se meu
professor não acredita em mim, eu devo ser horrível mesmo.
Correção - buscar compreender que os eventos podem ser avaliados de outra
forma, cometer um erro não faz com que tudo seja desacreditado.
❏ Leitura Mental
Definição - acreditar que é possível saber o que os outros estão pensando,
deixando-se influenciar por meio de conclusões sem evidências.
Exemplos: “Ele deve estar pensando que eu não sei nada”; “Eu não devo estar
agradando”; “Eles devem estar escondendo algo de mim, se não, não olhariam para
mim com aquela cara”.
Correção - examinar se há alguma evidência plausível, contrária e a favor, para que
a outra pessoa chegue a esta conclusão.
❏ Filtro mental
Definição - consiste em focarmo-nos nos aspectos negativos e ignorar o resto da
informação. O negativo é filtrado e absorvido, enquanto o positivo é esquecido.
Exemplo: A Maria preparou um prato para um jantar e convidou nove amigas. Quase
todas adoram a refeição da Maria, à excepção da Cristina, que disse que o prato
estava um pouco salgado. Maria sente-se mal por isso e passa a achar que cozinha
terrivelmente mal - Ela só absorveu o negativo, ignorando totalmente os aspectos
positivos.
Esta distorção também está presente quando acreditamos que se algo aconteceu
uma vez, acontecerá em todas as outras vezes. Por exemplo: O João terminou com
a Sónia depois de dois anos e meio de relação. A Sónia pensa “ninguém vai gostar
de mim”,“nunca mais encontrarei alguém que queira ficar comigo”.
Assertividade - para Alberti e Emmons (2008) o treino assertivo tem como principal objectivo
mudar a forma como o indivíduo se vê a si próprio, aumentar a sua capacidade de
afirmação, permitir que este expresse de forma adequada os seus sentimentos e
pensamentos e, posteriormente, estabelecer a autoconfiança. Mais detalhados, Hargie e
Dickson (2004) elencaram várias funções do treino, entre as quais destacamos:
1. Ajudar o indivíduo a assegurar que os seus direitos não serão violados;
2. Reconhecer os direitos dos outros;
3. Comunicar a sua opinião de forma confiante;
4. Recusar pedidos irrazoáveis;
5. Fazer pedidos razoáveis;
6. Lidar eficazmente com recusas irrazoáveis;
7. Evitar conflitos agressivos desnecessários; e
8. Desenvolver e manter um sentido pessoal de eficácia.
Para a compreensão do conceito de assertividade, é necessário distinguir este estilo de
resposta de outros estilos, nomeadamente as respostas passivas e as respostas
agressivas. Estes três estilos de respostas tem sido conceptualizados como pontos de um
contínuo, diferindo, portanto, mais em termos de intensidade do que de tipo (Hargie &
Dickson, 2004). A resposta assertiva forma o ponto médio desse contínuo e é,
habitualmente, a resposta mais apropriada.

Respostas Passivas O estilo de resposta passivo caracteriza-se pela expressão de


pensamentos, sentimentos e preferências de forma indireta ou implícita, ou mesmo pela
ausência da expressão dos mesmos (Galassi & Galassi, 1977). Ao não conseguir expressar
de forma directa e honesta as suas necessidades, a pessoa falha na defesa dos seus
direitos, permitindo que estes sejam facilmente ignorados pelo seu interlocutor (Back &
Back, 2005).
As respostas passivas podem incluir: hesitações, evitamento de determinados assuntos
e demonstração de ansiedade (Hargie & Dickson, 2004), frases longas e desconexas,
justificações repetidas, muitos pedidos de desculpa, expressões de auto-depreciação (e.g.,
“Eu nunca devia ter...”) e expressões que anulam as suas necessidades (e.g., “Eu podia ter
feito...”).
O objectivo destas respostas parece ser agradar aos outros e evitar conflitos a qualquer
custo (Hargie & Dickson, 2004). Na origem das respostas passivas encontram-se diversos
factores, tais como: medo das consequências negativas da expressão directa da sua
opinião, percepção de ameaça da situação ou do outro, dificuldade em aceitar os seus
direitos, dificuldade em pensar de forma racional sobre si próprio, confundir assertividade
com agressividade ou associar as respostas passivas a boa educação e prestabilidade
(Back & Back, 2005).
As crenças irracionais relacionadas com desvalorização pessoal (e.g., “A minha opinião
não conta.”) e o poder dos outros (e.g., “Em situações de conflito é mais seguro não me
manifestar.”) podem igualmente contribuir para este tipo de resposta.
Imediatamente após uma resposta passiva, a reacção habitual é a diminuição da
ansiedade, uma vez que o indivíduo evitou um conflito potencial. Contudo, este pode
também sentir-se culpado ou revoltado pelo resultado da situação (Back & Back, 2005;
Galassi & Galassi, 1977) ou ainda sentir autocomiseração ao perceber que permitiu que o
interlocutor retirasse vantagem da situação (Back & Back, 2005).
No que se refere aos efeitos a longo prazo, frequentemente, a dificuldade de expressão
em várias situações e com várias pessoas conduz a sentimentos de baixa auto-estima
(Back & Back, 2005; Galassi & Galassi, 1977), depressão e ansiedade excessiva em
situações interpessoais (Galassi & Galassi, 1977). Normalmente, os indivíduos que utilizam
respostas passivas tendem a ser encarados pelos outros como vulneráveis e facilmente
manipuláveis.
Precisamente por serem alvos por parte dos outros, é comum estes indivíduos
expressarem insatisfação com as suas vidas, assim como com as suas falhas em lidar com
os outros (Hargie & Dickson, 2004). Para além disto, apresentam queixas somáticas de
vária ordem, sendo as mais comuns as cefaleias e queixas do foro gastrointestinal (Galassi
& Galassi, 1977).
Inicialmente, os interlocutores que são alvo de respostas não assertivas, podem sentir
algum pesar pelo facto da pessoa não conseguir expressar-se de forma directa em
situações que considera difíceis. Todavia, a continuação deste estilo de comunicação
desencadeia sentimentos de frustração, ou mesmo revolta, por parte dos primeiros, uma
vez que estes têm que inferir as opiniões do indivíduo (Back & Back, 2005; Galassi &
Galassi, 1977). Aliás, a necessidade de tomar decisões difíceis, sem conseguir perceber a
opinião do outro, chega mesmo a desencadear faltas de respeito em relação à pessoa que
se comportou de forma passiva
Respostas Agressivas - a resposta agressiva caracteriza-se pela centração nos
objectivos do próprio numa dada situação e, consequentemente, pela ignorância ou
desvalorização dos interesses ou direitos do outro (Anderson & Martin, 1995; Back & Back,
2005; Galassi & Galassi, 1977). O indivíduo expressa as suas necessidades, opiniões e
desejos de forma reivindicativa, ameaçadora, insultuosa e hostil (Galassi & Galassi, 1977).
Estas respostas incluem: falar alto, interrupções e perguntas antes que o outro acabe de
responder, excessiva utilização do eu (e.g., “O meu ponto de vista é...”), expressões de
vanglória (e.g., “Nunca tive problemas com...”), expressão de opiniões como se fossem
factos (e.g., “Isto funciona do seguinte modo ....”), pedidos em forma de instrução,
sarcasmos (Back & Back, 2005), acusações e culpabilização do outro (Back & Back, 2005;
Hargie & Dickson, 2004). Fundamental é, assim, dominar e ganhar em relação à outra
pessoa (Fachada, 2000; Hargie & Dickson, 2004). Para a elaboração de respostas
agressivas, contribuem crenças de superioridade (e.g., “Eu sou melhor, eu sei como
fazer...”), mas também de insegurança e medo (e.g., “Não se pode confiar em ninguém...”).
Imediatamente após responder de forma agressiva, o indivíduo pode experienciar
alguma redução de tensão acumulada pela situação que despoletou aquela resposta. Se a
resposta agressiva permitiu que a pessoa conseguisse o que desejava, os sentimentos
positivos são dominantes e contribuem para a manutenção deste estilo de resposta (Back &
Back, 2005).
As pessoas que, habitualmente, utilizam um estilo de comunicação agressivo não
assumem as consequências das suas acções (Galassi & Galassi, 1977). Desta forma, a
longo prazo, tendem a culpar os outros pela situação que despoletou a resposta agressiva e
desenvolvem mecanismos de alerta, esperando, constantemente, possíveis ataques por
parte dos outros. Os sentimentos de auto-culpabilização e vergonha são mais comuns nas
pessoas que, habitualmente, não utilizam este estilo de resposta
Estes indivíduos tendem a ser percepcionados pelos outros como intransigentes,
coercivos e com falta de auto-controlo (Hargie & Dickson, 2004). Inicialmente, podem
conseguir o que querem, potenciando o medo nos outros, mas, a médio ou longo prazo,
tendem a ser evitados (Galassi & Galassi, 1977; Hargie & Dickson, 2004) e até
desrespeitados pelos outros. O desrespeito manifesta-se de várias formas, entre as quais
se encontra: a omissão de informação, a elaboração de comentários sarcásticos na
ausência da pessoa, ou ainda por mostrar anuência com a pessoa para posteriormente
realizar algo no sentido oposto (Back & Back, 2005).
Em alternativa, a resposta agressiva pode provocar uma resposta semelhante por parte
do interlocutor, com o risco evidente de escalada. Como referimos, há pequenos reforços
que, apesar dos efeitos indesejáveis a longo prazo, potenciam as respostas agressivas. A
par destes, existem diversos factores que contribuem para a verbalização de respostas
agressivas (Back & Back, 2005): percepção ameaçadora das situações ou dos outros,
crença de que a agressão é a melhor forma de confronto, utilização anterior de estilo
passivo com maus resultados, dificuldade em pensar racionalmente sobre si próprio e
dificuldade em desenvolver competências comunicacionais de assertividade.
Em contraste com o comportamento não assertivo, passivo ou agressivo, a resposta
assertiva envolve a defesa das opiniões do próprio, sem deixar de ter consideração pelo
outro. O indivíduo expressa, assim, as suas necessidades, desejos, opiniões, sentimentos e
crenças de forma direta e apropriada. Recentemente, Alberti e Emmons definiram
assertividade como “a acção directa, firme, positiva – e, quando necessário, persistente –
que promove a equidade nas relações pessoais. A assertividade permite agir tendo em vista
os melhores interesses do próprio, defender-se sem ansiedade excessiva, exercer os
direitos pessoais sem negar os direitos dos outros, e expressar honesta e confortavelmente
os próprios sentimentos.”
As respostas assertivas incluem: expressão directa de pensamentos e sentimentos,
escuta do outro (Hargie & Dickson, 2004), elaboração de questões abertas que visam
conhecer as opiniões e desejos do outro (e.g., “O que pensas sobre...”) (Back & Back, 2005;
Hargie & Dickson, 2004), frases curtas e directas, expressões iniciadas por eu, distinção
entre factos e opiniões (e.g., “A minha opinião ...”) e sugestões e críticas construtivas que se
centram na acção do outro e não na culpa excessiva). Este estilo de resposta envolve não
apenas o conhecimento dos direitos e responsabilidades do próprio e do outro, exigindo
também que a pessoa esteja consciente das consequências resultantes da expressão da
sua opinião naquela situação. É neste sentido que Slater (1990) considera a assertividade,
simultaneamente, uma qualidade e um comportamento que exige competências
interpessoais específicas, i.e., capacidade para expressar direitos, pensamentos e
sentimentos sem interferir com os direitos dos outros.
Existe uma correlação positiva entre o estilo assertivo e a auto-estima. Dito de outra
forma, as pessoas que utilizam mais respostas assertivas possuem uma auto-estima mais
elevada (Watson, Morris & Miller, 1998). Algumas crenças centradas no controlo e na
responsabilização (e.g., “Posso escolher como me comportar.”, “Posso aprender com os
meus erros.”) (Back & Back, 2005) são determinantes para a formulação de resposta
assertivas e, consequentemente, para a construção de uma auto-estima satisfatória.
A par da auto-estima, os indivíduos que, habitualmente, utilizam o estilo assertivo tendem
a sentir mais controlo sobre as suas vidas, possuem maior satisfação com os seus
relacionamentos e conseguem alcançar os seus objectivos com mais frequência. Ao ser
assertiva, o indivíduo assume mais responsabilidade sobre o seu próprio comportamento
(Back & Back, 2005; Galassi & Galassi, 1977) e consegue ser mais respeitada pelos outros.
Importa realçar que, o comportamento assertivo é um comportamento aprendido e
situacionalmente específico (Galassi & Galassi, 1977). Daqui decorre que a pessoa aprende
diferentes tipos de comportamento para diferentes situações. Poucos indivíduos são
assertivos em todas as situações. A maioria considera mais fácil ser assertivo numas
situações (e.g., com amigos) do que noutras (e.g., figuras de autoridade).

DIREITOS DE AFIRMAÇÃO PESSOAL

1. Autopromover a dignidade pessoal


2. Expressar sentimentos
3. Dizer não sem se sentir culpado
4. Fazer erros se decidido a corrigi-los
5. Pedir informação antes de responder
6. Criticar sem se sentir culpado
7. Ser respeitado
8. Não funcionar sempre no máximo
9. Fazer pedidos
10. Ter tempo de refletir antes de decidir
11. Mudar de opinião

PASSIVO AGRESSIVO ASSERTIVO

Características Não expressa desejos, Expressa desejos ideias e Expressa desejos ideias e
do ideias e sentimentos ou sentimentos a custa dos sentimentos de forma direta e
comportamento expressa 05 de forma auto outros. apropriada.
depreciativa.
Objetivo: dominar ou Objectivo: comunicar.
Objectivo: agradar. humilhar.

Sentimentos do Ansioso, desapontado Convencido da sua Confiante, sentimentos positivos


próprio consigo próprio. superioridade. acerca de si próprio quer no
Frequentemente revoltado e Por vezes, envergonhado momento, quer depois do
amargurado depois do depois do comportamento comportamento ocorrer.
comportamento ocorrer. ocorrer.

Sentimentos do Irritação, pena, Revolta, desejo de Habitualmente, respeito.


Interlocutor desagrado. vingança.

Efeito Não alcança objetivos Alcança os objetivos Frequentemente alcança os


desejados. desejados magoando os objetivos desejados.
Aumento de revolta. outros.
Os outros encontram
justificação para se "vingar”.

Resultado final Evitamento de situações Descarga da revolta, Sentimentos positivos, respeito


desagradáveis, evitamento sentimentos de dos outros. Aumento de
de conflitos, tensão e superioridade. auto-confiança.
confronto. Promoção dos relacionamentos.

Categoria Temática Descrição Exemplo de crenças irracionais

Dar e receber As pessoas têm o direito de fornecer "Não devia ter que elogiar os
elogios. feedback positivo aos outros sobre aspectos outros. Eles já sabem o que eu
específicos do seu comportamento, sinto!"
aparência, etc.

Elaborar Todos os indivíduos têm o direito de fazer "Se peço um favor, estou a
Pedidos. pedidos, mas também a responsabilidade de impor-me à outra pessoa."
respeitar uma eventual recusa do outro.

Expressão de Expressar A expressão de agrado, amor ou afecto é "É muito lamechas expressar
sentimentos afecto. habitualmente recebida de forma muito esses sentimentos. Não me
positivos positiva pelas outras pessoas e constitui uma sinto bem."
forma de aprofundamento da relação
interpessoal.

Iniciar e As pessoas têm o direito de iniciar e manter "Não sei o que dizer. Se não
manter uma conversas com os outros. digo algo brilhante, outra
conversa. pessoa vai achar que sou um
idiota.”

Defender Existe uma grande variedade de situações "Não quero parecer irrazoável
direitos no dia-a-dia em que os direitos da pessoa com este assunto. É melhor
legítimos. são ignorados ou mesmo violados (e.g., não fazer nenhuma
serviço ineficaz num restaurante). A resposta reclamação."
assertiva permite a defesa desses direitos.
Auto-afirmação Recusar As pessoas têm o direito de recusar pedidos "Eu sou mesmo amigo dele,
pedidos. irrazoáveis ou pedidos que, sendo razoáveis, tenho que fazer-lhe este favor."
a pessoa não está disposta a fazer.

Expressar A pessoa tem o direito a expressar opiniões "Se a outra pessoa não está de
opiniões pessoais de forma assertiva, mas não a acordo com a minha opinião vai
pessoais. forçar os outros a aceitá-las. deixar de gostar de mim."

Expressar Existem várias situações em que a pessoa "Se sou mesmo amigo dele,
aborrecimento pode sentir desagrado pelo comportamento não devia ficar aborrecido com
e desagrado do outro (e.g., pessoa que chega sempre esta situação. Os amigos não
justificado. atrasada). se aborrecem com assuntos
destes."
Expressão de
sentimentos
negativos

Expressar Nas circunstâncias em que a pessoa se "Se eu expresso a minha


revolta sente revoltada, é benéfico expressar este revolta, os outros vão achar que
justificada. sentimento, sem deixar de respeitar o outro. sou irracional."

DIREITOS DE AFIRMAÇÃO PESSOAL PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE


(Cabe & Timmins, 2003)

1. Tenho o direito de expressar os meus sentimentos e opiniões.


2. Tenho direito de determinar as minhas necessidades e estabelecer as minhas
prioridades como pessoa, independentemente dos papéis que possa assumir na vida.
3. Tenho o direito de ser tratado com respeito, como um ser humano inteligente, capaz e
igualitário.
4. Tenho direito de dizer "não" e "sim" por mim próprio.
5. Tenho o direito de cometer erros e ser responsável por esses erros.
6. Tenho o direito de mudar de ideias.
7. Tenho o direito de dizer "Eu não compreendo" e pedir mais informações.
8. Tenho o direito de pedir que desejo.
9. Tenho o direito de declinar responsabilidade pelos problemas das outras pessoas.
10. Tenho o direito de lidar com outras pessoas sem estar dependente da aprovação
destas.

Obs: Todo o conteúdo apresentado neste arquivo é de suma importância e está resumindo
a matéria estudada, portanto será marcado apenas os títulos para uma melhor organização
e compreensão.

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