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Crescimento X Desenvolvimento
Crescimento Desenvolvimento
Origem do conhecimento
O interesse pelo desenvolvimento humano é algo que existe desde os tempos mais
remotos. No início do século XVII, a filosofia, como uma das mais antigas formas de
conhecimento, já realizava discussões sobre aspectos pertencentes ao desenvolvimento
humano. A origem do conhecimento foi uma delas, sendo discutida a partir de duas
correntes filosóficas:
❏ Racionalismo - alguns dos filósofos representantes do racionalismo acreditavam que
muitas formas de conhecimento não são possíveis de observação e demonstração
empírica.
❏ Empirismo - por outro lado, os filósofos empiristas acreditavam que o homem era
uma tabula rasa e que todo o conhecimento era construído e adquirido pela
experiência da pessoa com o ambiente.
Na Psicologia, alguns pesquisadores trouxeram contribuições para a discussão sobre o
desenvolvimento humano. A seguir, conheça alguns deles.
❏ René Descartes - “Penso, logo existo” - René Descartes é responsável pelo
desenvolvimento do racionalismo cartesiano, segundo o qual o homem não pode
alcançar a verdade pura através de seus sentidos: as verdades residem nas
abstrações e em nossa consciência, na qual habitam as ideias inatas (1622).
❏ John Locke - acreditava que o homem era uma tábula rasa e que todo o
conhecimento era construído e adquirido pela experiência da pessoa com o
ambiente tem o sentido de "folha de papel em branco“ (1658).
❏ Granville Stanley Hall (1844-1924) - este pesquisador baseava sua teoria nas ideias
da evolução humana de Darwin, acreditando que o desenvolvimento infantil era
determinado pelos aspectos inatos, biológicos e que todas as crianças percorriam as
mesmas fases e características do desenvolvimento, semelhantes ao
desenvolvimento da espécie humana.
❏ John Watson (1878-1958) - este autor foi um dos criadores do behaviorismo e
compreendia o desenvolvimento humano como algo em constante evolução e
mudança, a depender das influências sociais e ambientais a que a criança está
submetida. Portanto, as idéias de Watson não eram compatíveis a uma forma inata
de conceber o desenvolvimento humano.
❏ Para os teóricos Ambientalistas, entre eles Skinner e Watson (do movimento
behaviorista), as crianças nascem como tábulas rasas, que vão aprendendo tudo do
ambiente por processos de imitação ou reforço.
❏ Para os teóricos Inatistas, como Chomsky, as crianças já nascem com tudo que
precisam na sua estrutura biológica para se desenvolver. Nada é aprendido no
ambiente, e sim apenas disparado por este.
❏ Para os teóricos Construcionistas, tendo como ícone Piaget, o desenvolvimento é
construído a partir de uma interação entre o desenvolvimento biológico e as
aquisições da criança com o meio.
❏ Temos ainda uma abordagem Sociointeracionista, de Vygotsky, segundo a qual o
desenvolvimento humano se dá em relação nas trocas entre parceiros sociais,
através de processos de interação e mediação.
A maioria dos psicólogos acreditam que o desenvolvimento infantil é determinado pela
interação entre condições biológicas e aspectos ambientais. Portanto, o desenvolvimento
deve ser compreendido como um processo extremamente complexo, composto por
aspectos:
❏ Biológicos;
❏ Inatos;
❏ Ambientais;
❏ Sociais.
Onde:
❏ A Psicologia do Desenvolvimento Humano estuda o comportamento do ser durante
a vida nos aspectos: intelectual, social, físico, emocional, desce o nascimento até a
idade adulta.
❏ A noção de desenvolvimento está atrelada a um contínuo de evolução, em que nós
caminharíamos ao longo de todo o ciclo vital.
❏ O meio (e por meio entenda-se algo muito amplo, que envolve cultura, sociedade,
práticas e interações) é fator de máxima importância no desenvolvimento humano.
Objetivos do Estudo do Desenvolvimento:
❏ Compreender mudanças universais;
❏ Explicar diferenças individuais;
❏ Entender influências do contexto ambiental.
Os cientistas do desenvolvimento falam de modo distinto sobre domínios do
desenvolvimento, tais como:
❏ Desenvolvimento físico,
❏ Desenvolvimento cognitivo e
❏ Desenvolvimento psicossocial.
Apesar da divisão, esses domínios estão interligados, influenciando uns aos outros por
toda a vida.
Paul B. Baltes, líder no estudo da psicologia nessa abordagem, citado por Papalia, Olds
e Feldman, identifica princípios fundamentais que servem de estrutura para estudar o
Desenvolvimento Humano. Sendo eles:
❏ O desenvolvimento é vitalício - cada período do tempo de vida é influenciado pelo
que aconteceu antes e irá afetar o que está por vir. Cada período tem suas
características próprias e um valor sem igual; nenhum é mais ou menos importante
do que qualquer outro.
❏ O desenvolvimento depende de história e contexto - cada um desenvolve-se em um
conjunto específico de circunstâncias ou condições definidas por tempo e lugar. Não
apenas respondem a seus ambientes físicos e sociais, mas interagem com eles e os
modificam.
❏ O desenvolvimento é flexível ou plástico - plasticidade significa capacidade de
modificação do desempenho. Muitas capacidades, como memória, força e
persistência, podem ser significamente aperfeiçoadas com treinamento e prática,
mesmo em idade avançada.
❏ O desenvolvimento é transdisciplinar - por isso seu estudo exige uma parceria entre
estudiosos de muitas disciplinas, incluindo psicologia, psiquiatria, sociologia,
antropologia, biologia, genética, ciência da família, educação, história, filosofia e
medicina.
O desenvolvimento infantil ocorre a partir de diferentes perspectivas teóricas, a
Psicologia conta com um conjunto de explicações sobre o desenvolvimento infantil,
representadas por diversas linhas teóricas.
Perspectivas Teóricas
❏ Psicanalítica - se concentra nas emoções;
❏ Aprendizagem - enfatiza o comportamento observável;
❏ Cognitiva - que enfatiza os processos do pensamento;
❏ Etológica - focaliza os fundamentos evolutivos do comportamento;
❏ Contextual - enfatiza o impacto do contexto social e cultural.
Psicanálise
❏ Um dos principais fundamentos desta teoria é que o desenvolvimento humano é
conduzido por conteúdos inconscientes e conscientes.
❏ Sigmund Freud (1856-1939), principal representante da Psicanálise, comparou o
psiquismo humano ao iceberg, utilizando-se como metáfora para dizer que:
A menor parte parte do iceberg, fora da água, seria o nosso consciente. A maior
parte do iceberg, submerso na água, retrata nosso inconsciente.
Portanto, grande parte de nossa constituição psíquica é formada por aspectos
inconscientes que influenciam nosso modo de pensar, ser e agir.
❏ Uma das mais importantes descobertas de Freud é a de que há uma sexualidade
infantil: o psiquismo humano forma-se a partir dos conflitos que, desde o
nascimento, não confrontam os instintos sexuais (a libido) e a realidade. Podemos
dizer que, em termos psicanalíticos, nós somos o resultado da história da nossa
infância.
❏ Divisão da Mente Humana
❏ ID - responsável pelas demandas mais primitivas e perversas. É constituído
por impulsos maioritariamente de natureza sexual e agressiva. É primitiva,
amoral e não tem consciência da realidade. Funciona sob o princípio do
prazer.
❏ Ego - permanece entre ambos, alternando nossas necessidades primitivas e
nossas crenças éticas e morais. É a instância na que se inclui a consciência.
Um eu saudável proporciona a habilidade para adaptar-se à realidade e
interagir com o mundo exterior de uma maneira que seja cômodo para o id e
o superego.
❏ Superego - interiorização de proibições sociais, produz angústias,
ansiedades e castiga o ego quando este aceita impulsos vindo do ID.
Cognitiva
❏ Esta teoria centraliza sua atenção e explicação no desenvolvimento cognitivo da
criança, ressaltando a importância do ambiente como fundamental para seu pleno
crescimento psicológico.
❏ Jean Piaget (1896-1980), um dos principais representantes da teoria cognitiva,
identificou uma regularidade em relação ao pensamento das crianças, observando a
presença de uma mesma lógica cognitiva característica de cada fase do
desenvolvimento.
Histórico-Cultural
❏ Lev Vigotski (1896-1934), um dos principais representantes da Psicologia
Histórico-Cultural, que concebe o desenvolvimento humano como um processo que
acontece a partir da interação entre as bases biológicas e a mediação da cultura.
❏ Segundo Vinha e Welcman (2010), para Vigotski, é na relação da criança com a
cultura que suas funções psicológicas se desenvolvem, ou seja, superam sua
condição inata, biológica e assumem qualidades de funções psicológicas superiores.
❏ Vigotski (1997) também contribuiu para a compreensão do desenvolvimento humano
de crianças que apresentam algum tipo de deficiência cognitiva ou física. Para ele, o
ser humano, na presença de alguma deficiência, desenvolve o que ele chamou de
mecanismos de compensação (são mecanismos responsáveis por garantir um
desenvolvimento saudável à criança.)
Fases Psicossexual
❏ Fase Oral - de 0 a 1 ano aproximadamente. É pela boca que a criança entra em
contato com o mundo, é por esta razão que a criança pequena tende a levar tudo o
que pega à boca. O principal objeto de desejo nesta fase é o seio da mãe, que além
de alimentar proporciona satisfação ao bebê.
❏ Fase Anal - de 2 a 4 anos aproximadamente. Neste período a zona de erotização é
o ânus e o modo de relação do objeto é de "ativo" e "passivo", intimamente ligado ao
controle dos esfíncteres (anal e uretral). Este controle é uma nova fonte de prazer.
❏ Fase Fálica - de 4 a 6 anos aproximadamente. Nesta etapa do desenvolvimento a
atenção da criança volta-se para a região genital. Inicialmente a criança imagina que
tanto os meninos quanto as meninas possuem um pênis, por exemplo. Ao serem
defrontadas com as diferenças anatômicas entre os sexos, as crianças criam as
chamadas "teorias sexuais infantis", imaginando que as meninas não tem pênis
porque este orgão lhe foi arrancado.
❏ Latência - 6 anos até a puberdade. Está é uma fase da vida em que não há
localização física da libido. A libido está energizando atividades que vincula o corpo
e a mente da criança ao ambiente que a cerca. É quando os jogos, as brincadeiras,
os esportes e as atividades escolares passam a desempenhar papel mais relevante
na vida infantil.
❏ Fase Genital - puberdade à morte. A partir dos 11 anos. Este período tem início com
a adolescência, há uma retomada dos impulsos sexuais, o adolescente passa a
buscar em pessoas fora de seu grupo familiar um objeto de amor.
Do Nascimento à 3ª Infância
10 a 12 meses. O bebê utiliza gestos para se comunicar, imita alguns sons e reproduz
alguns gestos sociais (como mandar beijo, dar “tchau”).
12 a 14 meses. A criança já é capaz de falar suas primeiras palavras, ainda que de modo
isolado (“água”, “mamãe”, etc.).
Mortalidade Infantil
❏ Mortes por zika : Desde 2015, Brasil teve 351 mortes de fetos, bebês e crianças
associadas ao vírus,da zika, mostrou último boletim do ministério, com dados
coletados até 14 de abril de 2018.
❏ Já a taxa de mortalidade na infância - indicador que aponta a probabilidade de um
recém-nascido não completar os cinco anos de idade - também recuou. Em 2016, de
cada 1 mil nascidos vivos, 15,5 crianças não completavam cinco anos de idade. Em
2017, a taxa passou a 14,9 por mil, um declínio de 3,9% em relação ao ano anterior.
❏ Principais motivos estão: a falta de assistência e de orientação às grávidas, a
deficiência na assistência hospitalar aos recém-nascidos, a ausência de saneamento
básico (desencadeando a contaminação de alimentos e de água, resultando em
outras doenças) e desnutrição.
❏ As menores taxas de mortalidade infantil são dos países desenvolvidos – Finlândia,
Islândia, Japão, Noruega e Suécia (3 mortes a cada mil nascidos). As piores médias
são dos países pobres, especialmente das nações africanas e asiáticas. O
Afeganistão apresenta a incrível média de 154 óbitos por mil nascidos vivos.
❏ No Brasil, assim como na maioria dos outros países, essa taxa está reduzindo a
cada ano. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
a mortalidade infantil no Brasil segue em declínio. Em uma década (1998 – 2010)
passou de 33,5 crianças mortas por mil nascidas vivas para 22.
Escala de Apgar
4. Realismo - também faz parte da fase das operações concretas (7 a 11 anos), mas já
no final desta fase. Existe uma consciência maior do sexo e autocrítica pronunciada.
No espaço é descoberto o plano e a superposição. Abandona a linha de base. Na
figura humana aparece o abandono das linhas. Aparece a noção de diferenças de
gênero, desenhando roupas típicas de menino e menina. Há também, nessa fase, a
descoberta da relação entre figura e fundo, em que a criança consegue representar
um personagem principal (figura) e seu cenário (fundo).
❏ Nasceu na França, em 1879, vivendo em Paris até sua morte, em 1962 (com 83
anos). Sua vida foi marcada por uma rica e intensa produção intelectual, por meio de
uma participação e preocupação com os acontecimentos políticos e sociais de sua
época (GALVÃO, 1995).
❏ Antes de chegar à Psicologia passou pela Filosofia e Medicina, e Educação. Ao
longo de sua carreira foi cada vez mais explícita a aproximação com a Educação.
❏ Principais marcos da vida de Wallon
❏ Formação em diversas áreas - Henri Wallon inicia seus estudos acadêmicos
ainda jovem, demonstrando interesse por áreas como Filosofia, Medicina,
Psicologia e Educação. No ano de 1902, finaliza sua primeira graduação em
Filosofia, com 23 anos de idade, e, em 1908, termina sua graduação no
curso de Medicina.
❏ Envolvimento político - durante a Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945),
Wallon teve uma atuação bastante participativa, envolvendo-se intensamente
contra o movimento fascista de sua época. Wallon passou por um período de
repressão com relação às suas produções, vivendo com fortes ameaças e
imposições para interromper sua produção acadêmica e posicionamentos
políticos. Wallon assim como Vigotski, também foi influenciado pelas ideias
de Marx. Não aceitava a forma de condução do governo, o que lhe rendeu
censuras em suas publicações intelectuais.
❏ Atuação profissional - Wallon atuou como médico em uma instituição
psiquiátrica, onde cuidava, em especial, de crianças com deficiências
neurológicas e distúrbios de comportamento. Wallon também atuou como
médico do exército francês durante o período da Segunda Guerra Mundial,
cuidando dos soldados e de vítimas da guerra.
❏ Interesse pelo desenvolvimento infantil - em 1925, Wallon funda um
laboratório de estudos e pesquisas voltado a crianças com problemas de
comportamento, conhecidas na época como "anormais". Tal experiência
constitui-se como fruto de sua tese de doutorado e também de seu livro
intitulado "A criança turbulenta". Isto fez Wallon aproximar-se de duas
importantes áreas de conhecimento - a Psicologia e a Educação. Nesta
relação, Wallon produziu diversas pesquisas envolvendo formação de
professor, interação entre alunos e adaptação escolar (GALVÃO, 1995).
❏ Participação na reforma do sistema do ensino francês - engajado nos
debates em torno da educação de sua época, Wallon participou do Grupo
Francês de Educação Nova e integrou a Sociedade Francesa de Pedagogia.
A partir desses movimentos, Wallon se envolveu em discussões acerca da
reforma do sistema de ensino francês, integrando uma comissão formada
pelo Ministério da Educação Francês, encarregado pela reformulação do
sistema de ensino do país.
❏ Estudioso que se dedicou ao ENTENDIMENTO DO PSIQUISMO HUMANO,
seus mecanismos e relações mútuas, a partir de uma perspectiva genética.
❏ Apesar de NÃO TER PROPOSTO UM MÉTODO PEDAGÓGICO, participou
ativamente de debates em torno do tema Educação, contribuindo com
críticas à educação tradicional.
❏ Manteve INTERLOCUÇÃO com as teorias de PIAGET e FREUD. No entanto,
Wallon pretendia a gênese da pessoa e Piaget a gênese da inteligência.
❏ Foi um dos pioneiros a relacionar a hierarquização do sistema nervoso
central com a questão da inteligência.
Teoria de Wallon
A teoria de Wallon é conhecida pelo termo "Psicogênese da Pessoa Completa", isto
porque seus estudos voltam-se para a análise do desenvolvimento infantil, buscando
compreender quais são os elementos que contribuem para o desenvolvimento da criança,
partindo da compreensão genética dos processos psíquicos.
No processo de desenvolvimento infantil, apesar de considerar a importância das bases
biológicas, Wallon atribui um peso maior às determinações sociais. Para ele, a influência do
meio social torna-se muito mais decisiva na aquisição de condutas psicológicas. É a cultura
e a linguagem que fornecem ao pensamento os instrumentos para sua evolução (ALMEIDA;
MAHONEY, 2016).
Os recursos de que a criança dispõe para expressar suas necessidades são inicialmente
o grito, o choro e os movimento descoordenados, decorrentes de sua sensibilidade
proprioceptiva (referente aos músculos) e interoceptiva (referente às vísceras). Esta
linguagem inicial do bebê, que Wallon chama de emocional, leva o outro a responder a ela,
sendo um recurso importante de comunicação e visibilidade.
Em outras palavras, para Wallon a emoção expressa pelo movimento é o recurso do
recém-nascido para sua primeira ligação com seu contexto social (ALMEIDA; MAHONEY,
2016).
Desenvolvimento Infantil Wallon
Consciência - o recém-nascido não possui desenvolvida a consciência de ser um sujeito
independente do mundo. Há uma fusão entre o eu e o outro, onde o bebê não se vê
separado do mundo e de seus cuidadores. Para Wallon, no processo de socialização em
que o bebê interage com os outros, sua consciência enquanto um ser individual vai sendo
construída.
Constituição do sujeito - para Wallon, o meio onde a criança vive e aqueles com os quais
sonha são essenciais para a constituição do sujeito. Se o meio concreto é importante, igual
o faz o meio imaginado, representado, desejado, sonhado. Assim, note que para Wallon o
meio social não é apenas constituído por aspectos materiais, concretos da realidade, mas
também por afetos que permitem à criança imaginar situações fictícias, as quais também se
constituem como importante fonte de desenvolvimento (GALVÃO, 1995).
Relação entre meio e grupo - o meio se configura como contexto social e político em que
a criança está inserida, podendo ser compreendido como algo mais amplo. O grupo é
constituído por um conjunto de pessoas que compartilham um mesmo objetivo, havendo
uma divisão de tarefas que regula as relações entre seus membros.
Teoria Contextual Dialética Sobre o Desenvolvimento Humano
Dialética - oposição. Conflito originado pela contradição entre princípios teóricos.
Como se dá, efetivamente, o desenvolvimento?
Dois princípios fundamentais:
❏ Alternância: aprimoramento entre:
❏ Sensibilidade interoceptiva - viscerais, é o saber sobre o estado de saúde e
doença;
❏ Sensibilidade proprioceptiva ou cinestesia - estimulação dos músculos e seus
anexos, capacidade em reconhecer a localização espacial do corpo, sua
posição e orientação;
❏ Sensibilidade exteroceptiva - estimulada pelos agentes exteriores do
organismo (visão, audição, olfato, etc...) e do córtex cerebral - contato com a
estimulação.
❏ Integração Funcional: a mudança de fase, assimilando o que já foi adquirido, não
exclui o estágio precedente. Dá uma continuidade a tudo o que já foi adquirido. As
funções recentemente adquiridas têm supremacia sobre as mais antigas mas não as
fazem desaparecer, apenas exercem controle sobre eles, integrando-os.
Obs: A alternância e a integração funcional ocorrem em um jogo dialético onde a
maturação do sistema nervoso e as vivências sócio-cultural são de fundamental
importância.
Conflitos propulsores do desenvolvimento:
❏ Exógenos => desencontros entre as ações da criança e o ambiente exterior (adulto,
cultura...).
❏ Endógenos => gerados pelos efeitos da maturação nervosa.
Conjuntos funcionais
A teoria de Wallon postula que o psiquismo é uma unidade que resulta da integração do
que chamou de conjuntos ou domínios funcionais, contemplados pelos seguintes conceitos:
❏ Afetividade - refere-se à capacidade do ser humano de ser afetado pelo mundo
interno e externo, por sensações ligadas a tonalidades agradáveis e/ou
desagradáveis (TASSONI; LEITE, 2013). Wallon atribui à emoção um papel
fundamental no processo de desenvolvimento humano. Para ele, quando nasce uma
criança, todo contato estabelecido com as pessoas que cuidam dela, são feitos via
emoção. É por meio delas que o ser humano exterioriza seus desejos e suas
vontades. Em geral, são manifestações que expressam um universo importante e
perceptível, mas pouco estimulado pelos modelos tradicionais de ensino. As
transformações fisiológicas de uma criança (ou, nas palavras de Wallon, no seu
sistema neurovegetativo) revelam traços importantes de caráter e personalidade. A
emoção é altamente orgânica, altera a respiração, os batimentos cardíacos e até o
tônus muscular, tem momentos de tensão e distensão que ajudam o ser humano a
se conhecer. A raiva, a alegria, o medo, a tristeza e os sentimentos mais profundos
ganham função relevante na relação da criança com o meio. A emoção causa
impacto no outro e tende a se propagar no meio social. Neste sentido, pode-se
pensar que o sujeito é afetado a todo o momento, por exemplo, em uma situação de
ensino em que o professor solicita ao aluno uma determinada atividade como a
realização de um desenho, resultando na afetação da criança ao mesmo tempo que
também é afetado.
❏ Conjunto motor - ou movimento corporal permite ao sujeito deslocar-se no tempo e
no espaço em relação às leis da gravidade, realizar movimentos voluntários ou
intencionais do corpo ou partes dele e, favorece a possibilidade de comunicação por
meio de mímicas e expressões corporais diante de diferentes situações (ALMEIDA;
MAHONEY, 2016). As emoções dependem fundamentalmente da organização dos
espaços para se manifestarem. A motricidade, portanto, tem caráter pedagógico
tanto pela qualidade do gesto e do movimento quanto por sua representação. A
escola infelizmente insiste em imobilizar a criança numa carteira, limitando
justamente a fluidez das emoções e do pensamento, tão necessária para o
desenvolvimento completo da pessoa. A criança é constituída de corpo e emoção, e
não apenas cognição.
❏ Conjunto cognitivo - oferece as possibilidades para a aquisição, manutenção e
transformação do conhecimento, por meio de imagens, noções, ideais e
representações. É o conjunto que permite rever e reelaborar o passado, fixar e
analisar o presente e projetar o futuro. O desenvolvimento da inteligência depende
essencialmente de como cada uma faz as diferenciações com a realidade exterior. É
na solução dos confrontos que a inteligência evolui. Wallon diz que o sincretismo
(mistura de idéias num mesmo plano), é fator determinante para o desenvolvimento
intelectual.
❏ Pessoa - expressa a integração do afetivo-cognitivo-motor em suas inúmeras
possibilidades. A integração entre os conjuntos funcionais para explicar o que não
pode ser separado (ou seja a pessoa) significa que a alteração de um dos conjuntos
afeta os demais. Portanto, para Wallon uma pessoa saudável é aquela que
consegue desenvolver e manter um equilíbrio entre seus conjuntos funcionais.
Assim como Piaget, Wallon dividirá o desenvolvimento humano em estágios.
Princípios Básicos que Determinam o Desenvolvimento dos Estágios:
❏ Integração organismo-meio - o desenvolvimento da pessoa se dá a partir da
interação de suas características genéticas, típicas da espécie humana e as
influências dos fatores ambientais. O central da teoria é essa interação da criança
com o meio, o que resulta em uma síntese entre os fatores orgânicos e ambientais
no processo de desenvolvimento (ALMEIDA; MAHONEY, 2016). Portanto, apesar de
Wallon descrever o processo de desenvolvimento humano em estágios, os avanços
e as conquistas características de cada uma será determinado pelas influências
tanto do aspecto biológico quanto do meio em que a criança está inserida.
❏ Integração afetiva-cognitiva-motora - outro aspecto que se caracteriza como
integrativo na teoria de Wallon é a relação entre afeto, cognição e corpo. Estes
elementos são apresentados separadamente apenas pela necessidade de descrição
e caracterização individual, a fim de oferecer uma compreensão didática com
relação à teoria. Porém, é necessário compreender estes elementos como
indissociáveis na constituição da pessoa (ALMEIDA; MAHONEY, 2016). Há algumas
características que determinam o desenvolvimento dos conjuntos funcionais:
❏ Alternância dos Conjuntos - em cada estágio do desenvolvimento, há o
predomínio de um dos conjuntos funcionais, isto é, em cada estágio um
determinado conjunto se torna mais evidente. Isto não significa que os
demais conjuntos estejam ausentes, mas que há um em destaque.
❏ Alternância de Direções - há estágios em que a criança está mais voltada
para o conhecimento de si, conhecido como Força Centrípeta - a construção
do eu na teoria de Wallon depende essencialmente do outro. Seja para ser
referência, seja para ser negado. Principalmente a partir do instante em que
a criança começa a viver a chamada crise de oposição, em que a negação
do outro funciona como uma espécie de instrumento de descoberta de si
própria. Isso se dá aos três anos de idade, a hora de saber que "eu" sou.
Manipulação, sedução e imitação do outro são características comuns nessa
fase. Por outro lado, há estágios em que a criança está mais voltada para o
conhecimento da realidade, conhecido como Força Centrífuga.
Neste princípio de alternância de direções, pode-se dizer que quando a
direção de criança é para o conhecimento e interesse de si mesma
(centrípeta), o predomínio é do afetivo. Já quando a direção da criança é
para o conhecimento do mundo externo (centrífuga), o predomínio é do
cognitivo.
Estágios de Desenvolvimento Wallon
Em sua teoria psicogenética, Wallon (2007) descreve o desenvolvimento infantil em
estágios pelos quais a criança passa ao longo de sua vida. Para ele, cada estágio é
considerado um sistema completo em si, uma vez que contém todos os componentes que
constituem a pessoa, envolvendo a dimensão afetiva, cognitiva e motora.
Wallon (2007) divide o desenvolvimento infantil em cinco estágios: impulsivo emocional,
sensório-motor e projetivo, personalismo, categorial e, por último, a puberdade e
adolescência.
❏ 1° estágio - Impulsivo Emocional (0 a 1 ano) - neste primeiro estágio, o bebê
expressa sua afetividade por meio de movimentos descoordenados como forma de
resposta à sua sensibilidade e ao seu desconforto corporal. É bastante comum nesta
idade o bebê, frente a algum desconforto (como por exemplo, dor, sono, fome, etc.),
reagir por meio do choro e movimentos corporais, expressando irritabilidade, dor ou
qualquer outro sinal. O movimento é para dentro, para o conhecimento de si. Força
centrípeta (movimento interno que tende a se aproximar do centro), predomínio do
afetivo.
❏ 2° estágio - Sensório-motor e Projetivo (1 a 3 anos) - neste estágio, a criança
desenvolve habilidades importantes para seu processo de socialização, dispondo da
fala e da marcha como recursos para conhecer e acessar o mundo e a si mesma.
Nesta fase, a criança se volta para o mundo externo, a fim de conhecer os objetivos
realizando indagações sobre os mesmos (MAHONEY; ALMEIDA, 2005). O
movimento é para fora, para o conhecimento do mundo exterior. Força centrífuga
(sai do interno e vai para o externo), predomínio da cognição.
❏ 3° estágio - Personalismo (3 a 6 anos) - neste estágio, a principal característica é a
descoberta de si como alguém diferente das outras crianças e adultos. Nesta fase, a
criança já é capaz de identificar características singulares entre as pessoas,
expressando-as em falas como: “o meu colega da escola chora demais”, “ele briga
demais”, etc. O movimento é para dentro, para o conhecimento de si. Força
centrípeta, predomínio do afetivo.
❏ 4° estágio - Categorial (6 a 11 anos) - neste estágio, o processo de diferenciação
está mais consolidado, dando condições para a criança explorar com maior
tranquilidade o mundo externo e interno. Nesta fase, a criança já apresenta um
pensamento mais desenvolvido, o que permite realizar atividades envolvendo
agrupamento, classificação, categorização, habilidades estas que exigem a
presença de um pensamento mais abstrato. O movimento é para fora, para o
conhecimento do mundo exterior. Força centrífuga, predomínio da cognição.
❏ 5° estágio - Puberdade e Adolescência (11 anos em diante) - neste estágio, a
característica principal é a exploração de si mesmo, na busca da construção de uma
identidade, expressa em questões como: “quem sou eu? O que serei no futuro?”.
Para tanto, neste estágio há a presença de comportamentos de confronto,
autoafirmação e questionamentos com relação aos valores e normas impostas pelos
adultos. O movimento é para dentro, para o conhecimento de si. Força centrípeta,
predomínio do afetivo.
Processo de Aprendizagem
❏ 1° estágio - principal recurso de aprendizagem do bebê é a fusão com seu cuidador,
em especial com a figura materna e/ou paterna. O processo ensino-aprendizagem é
pautado por contatos corporais, uma vez que o bebê passa a maior parte do seu
tempo conectado com seu principal cuidador seja para dormir, brincar ou se
alimentar (MAHONEY; ALMEIDA, 2005).
❏ 2° estágio - acontece pela oferta de diversas experiências que possibilitam à criança
explorar espaços, texturas e situações. Além disso, é necessário a disposição do
adulto para responder aos constantes questionamentos, movimento este que revela
a busca da criança em compreender o mundo (MAHONEY; ALMEIDA, 2005).
❏ 3° estágio - o processo de aprendizagem deve acontecer pela oferta de diferentes
atividades e a possibilidade de escolha pela criança daquelas de maior atração. O
adulto será confrontado com muitas respostas envolvendo a recusa, como por
exemplo: “não, não vou, não gosto, etc.”. Isso porque, a criança está constituindo
sua identidade e já é capaz de recusar aquilo que não se identifica ou não deseja.
❏ 4° estágio - a criança é capaz de entender conceitos do processo de escolarização,
como por exemplo seres vivos, reino animal, entre outros. O processo de
aprendizagem se dá pela descoberta de diferenças e semelhanças entre objetos,
imagens e ideias, havendo o predomínio do pensamento lógico (MAHONEY;
ALMEIDA, 2005).
❏ 5° estágio - o recurso principal de aprendizagem é a oposição, uma vez que oferece
a possibilidade de identificação e diferenciação entre idéias, valores e concepções.
Neste sentido, o processo de ensino-aprendizagem deve oferecer espaço para que
haja discussões e expressões de diferentes opiniões e ideias (MAHONEY;
ALMEIDA, 2005).
O Valor da Interação Social no Desenvolvimento
Em suas observações sobre o desenvolvimento infantil, você já se deparou com
comportamentos na criança envolvendo choro, irritabilidade, entre outros que muitas vezes
são significados pelo adulto como “birra”, “manha”ou “sono”?
Estes são comportamentos bastante comuns em crianças e motivo de procura pelo
psicólogo por parte de familiares e educadores, com a queixa de não saber mais como lidar
com tais comportamentos infantis.
Henri Wallon descreveu e analisou os comportamentos de oposição na infância e seu
processo de constituição identitária.
O papel do contexto social no desenvolvimento infantil, destacando-se o papel da
linguagem e do pensamento, e a função do conflito na constituição identitária infantil.
Na teoria de Wallon, o meio ocupa um papel de extrema importância para o
desenvolvimento infantil, o qual envolve as relações humanas, os objetos físicos, os
conhecimentos, entre outros aspectos que constituem a cultura humana (GALVÃO, 1995).
O meio descrito pelo autor é diferente em cada estágio do desenvolvimento infantil, isto
porque os recursos dos quais cada criança dispõe são diferentes a depender da faixa etária.
Sendo assim, cada estágio do desenvolvimento infantil define um tipo de relação particular
da criança com seu contexto social, o que implica dizer que a cada idade é diferente o meio
da criança.
Outro elemento importante com relação à função do meio no desenvolvimento infantil, é
o fato deste se constituir como fonte de desenvolvimento não somente pelo processo de
apropriação e identificação. O meio também é fonte para a constituição da identidade na
medida em que favorece a construção de conflitos e oposições do sujeito com o seu
contexto social, fenômeno este bastante comum na criança (GALVÃO, 1995).
Função do Conflito na Construção Identitária Infantil
No cotidiano escolar ou familiar, são comuns as situações de conflito envolvendo a
relação da criança com pais, professores e alunos. Tais comportamentos da criança são
acompanhados por sentimentos como irritabilidade, raiva, desespero e medo tanto por parte
da criança quanto dos adultos com quem se relaciona.
Segundo Galvão (1995), compreender o conflito infantil como algo importante para a
constituição identitária da criança é fundamental para o trabalho de educadores e pais, já
que estão em contato com crianças na maior parte do tempo.
Para a autora, quanto maior a clareza de pais e professores com relação aos fatores que
provocam os conflitos, maiores serão suas possibilidades de controlar a manifestação de
suas reações emocionais e encontrar caminhos para solucioná-los.
O exercício de reflexão e avaliação faz, das situações de dificuldade, a compreensão dos
motivos e identifica suas próprias reações, apresentando um movimento que provoca a
redução dos impulsos emocionais.
Outra ideia bastante presente nas práticas educativas com relação ao desenvolvimento
infantil é a de que, para a criança aprender, é necessário que ela esteja contida, parada.
Essas práticas visam excluir o corpo para focalizar na cognição. Para Wallon (2008), o
corpo em movimento favorece o desenvolvimento da cognição e muitas vezes a criança
pequena não apresenta a capacidade de contenção de seus movimentos, e frente a
imposição de permanecer imóvel acaba por gastar toda sua energia focando nesta
contenção, não sobrando espaço para o desenvolvimento afetivo e cognitivo.
Portanto, nesta lógica a escola precisa repensar o espaço do corpo como uma dimensão
importante do desenvolvimento cognitivo da criança.
Neste sentido, nota-se o quanto o meio é fundamental para o desenvolvimento infantil,
uma vez que permite a construção de momentos de identificação, diferenciação,
instaurando-se conflitos e oposições que constituem a identidade da criança. Além disto, é
nestas relações que o pensamento e a linguagem irão se desenvolver.
Pensamento e Linguagem
Assim como fez Vigotski, Henri Wallon também discorreu sobre o desenvolvimento da
linguagem e do pensamento. Para Wallon (2008), entre o pensamento e a linguagem existe
uma relação bastante próxima, uma vez que a linguagem permite a expressão do
pensamento ao mesmo tempo que o constitui.
O conceito de linguagem utilizado por Wallon refere-se à utilização da linguagem verbal,
caracterizada pela expressão do pensamento via palavras e entonações.
Portanto, a utilização do termo linguagem remete ao uso de uma forma de comunicação
restrita, referente apenas à comunicação verbal.
Saber sobre o significado imposto com relação ao conceito de linguagem na obra de
Wallon é importante, uma vez que muitas vezes tal conceito é empregado de uma forma
mais ampla, envolvendo qualquer tipo de comunicação, como, por exemplo gestos,
mímicas, etc.
Linguagem - a aquisição da linguagem permite à criança desenvolver sua capacidade de
representação, que envolve a possibilidade de pensar sobre fenômenos e objetos diversos
que não estão presentes necessariamente em seu campo perceptível, mas que se
constituem como ferramenta para a organização e condução de seu pensamento e fala
(WALLON, 2008).
Pensamento - a capacidade da criança em pensar por meio de representações inaugura
uma nova relação entre si e seu mundo externo. A representação permite que a criança
estabeleça outras relações com seu contexto, podendo pensar e imaginar situações e
experiências que estão além de seu campo perceptivo imediato.
Para Wallon (2008), o desenvolvimento da linguagem e sua capacidade representacional
é o que distingue a criança de outros seres vivos. Em alguns de seus estudos, o autor
demonstra que, a partir do momento em que a criança é capaz de falar, suas condutas se
diferenciam de modo radical das do chimpanzé, por exemplo. Isto porque o chimpanzé não
possui a linguagem (caracterizada como fala em que se utiliza de palavras e expressões
como forma de comunicação), sendo incapaz de operar com elementos que não estão
presentes em sua realidade objetiva e concreta.
Wallon vai descrever a forma de inteligência dos chimpanzés para fazer uma analogia ao
pensamento da criança que ainda não possui a linguagem desenvolvida, em que há a
presença de uma inteligência prática muito parecida com a dos chimpanzés. Isto porque a
criança, até o estágio sensório-motor e projetivo, só consegue pensar sobre objetivos e
realizar operações sobre aquilo que é perceptível em seu campo visual.
Neste sentido, o desenvolvimento da linguagem tem a importante função de substituir
objetos e fatos, oferecendo ao pensamento a capacidade de operar a partir de objetos
ausentes e de relacioná-los entre si, permitindo ao pensamento operar com elementos do
passado, presente e futuro.
Modelos
John Locke Jean Jacques Rousseau
A constituição humana era influenciada pelas circunstâncias O ser humano já nasce com suas próprias tendências
sociais. de desenvolvimento, e tal processo só será
interrompido mediante uma interferência social.
Mecanicista - Este modelo refere-se à forma de compreender Organicista - No modelo organicista o ser humano é
o humano que reage a estímulos externos, sendo moldado concebido como um organismo predeterminado ao
pelas suas condições ambientais. Além disso, enfatiza o desenvolvimento. Portanto, a força preponderante
desenvolvimento humano como algo contínuo, permitindo a para o desenvolvimento advém do próprio indivíduo.
previsão de comportamentos a partir das situações externas. Neste modelo, o desenvolvimento é constituído por
Ex:“João tem dificuldade de aprendizagem porque seus pais estágios que se complexifica ao longo da idade,
são separados ou porque tem um pai alcoólatra”. Note que, sendo universal a toda criança saudável.
de fato, estes são fatores que podem influenciar o
desenvolvimento humano, no entanto não podem ser fatores
únicos e determinantes da explicação sobre os problemas e
dificuldades afetivas e comportamentais.
Formas e caminhos para a construção de uma pesquisa científica - A escolha entre esses
tipos de pesquisas deve estar relacionada à pergunta de pesquisa e aos objetivos do
estudo.
Etapas:
1. Identificação de um problema, ou seja, refere-se à identificação de uma
2. questão que precisa ser investigada;
3. Formulação de Hipóteses a serem testadas pela pesquisa;
4. Coleta de dados: processos em que as informações do estudo serão acessadas;
5. Análise e organização dos dados;
6. Formulação de conclusões provisórias; e
7. Divulgação dos resultados.
Tipos de Pesquisas:
❏ Quantitativa - a abordagem quantitativa distingue-se pelo emprego da quantificação,
avaliando constructos que podem ser medidos, como: inteligência, cognição
(processo de aquisição de conhecimento, envolve: o pensamento, a linguagem, a
percepção, a memória, o raciocínio, criatividade, etc., que fazem parte do
desenvolvimento intelectual).
❏ Qualitativa - compreender os aspectos subjetivos e específicos da constituição de
cada sujeito, como: o sentido atribuído a determinado fenômeno, a análise da
história de vida, entre outros.
❏ Mista - utiliza tanto da abordagem quantitativa quanto da qualitativa, realizando
pesquisas que avaliem seu objeto por diferentes perspectivas, apresentando uma
visão mais geral.
Dica: Em Schubert (2015), consegue-se estudar as diferenças entre os tipos de pesquisa
aplicadas ao desenvolvimento humano, enquanto se pode ler em Gadelha e Oliveira (2018)
sobre como o método vem sendo apresentado em pesquisas da psicologia contemporânea.
Escutando Crianças
❏ Na hora da refeição as notícias mais importantes são as que as crianças nos
contam;
❏ Como temos que mudar nossa forma de falar para facilitar a expressão dos
sentimentos;
❏ A chave para um bom desenvolvimento evolutivo é o que sintonizamos com as
crianças (o outro);
❏ Elogios;
Quando queremos ter cooperação:
❏ Não faça isso.
❏ Não coma com as mãos.
❏ Não brinque com a água.
❏ Faça sua tarefa.
❏ Lave suas mãos agora mesmo.
❏ Acabou a brincadeira, vá para a cama.
❏ Descrever como é o que está fazendo ou o problema que existe (Em vez de
“Quantas vezes tenho que te dizer que apague a luz do banheiro” é melhor que
digamos “A luz do banheiro está acesa”)
❏ Dar a informação específica sobre o que está acontecendo (Em vez de “Não pode
pegar as coisas do coleguinha?” é melhor que digamos “o coleguinha ficará triste se
você levar”)
❏ Pedir com poucas palavras, de maneira simples, concisa e positiva (Em vez de
“Pare de brincar e vá dormir” seria algo como “Maria, você não gostaria de colocar o
pijama”)
❏ Falar de seus sentimentos (Em vez de “Estou cansada de cuidar de você”, é melhor
dizer “Hoje estou cansada”)
Muito além do ouvido: o que é verdadeiramente escutar uma criança?
"Escutar não é fazer as vontades da criança, e sim reconhecer que ela tem necessidades
que nem sempre é possível atender".
Dar voz, considerar, perceber, observar, favorecer autonomia: todos esses verbos estão
relacionados ao que se convencionou chamar de escuta infantil. E todos eles fazem parte
de uma mesma preocupação, a de reconhecer a criança como indivíduo pleno, capaz e
dotado de subjetividades que fazem dela um legítimo ator social; ou seja, a criança é um
sujeito de direitos.
"A escuta infantil é importante pois é urgente entender que as crianças, assim como os
adultos, são atores sociais, protagonistas e autoras das suas próprias vidas".
“O que vale verdadeiramente não é a quantidade mas a qualidade de tempo que os pais
passam diariamente com seus filhos”.
“Escutar crianças se dá muito além dos ouvidos: acontece a partir da conexão do adulto
com aquela sensação que vem de dentro na relação com a criança que está à sua frente”.
“Criar espaços e tempos para novas e diferentes experiências que fogem do script ou do
planejado proporcionam, na maior parte das vezes, incríveis surpresas”.
Ouvir as crianças vai muito além do ouvido. É reconhecer que elas falam também por
gestos, atitudes, posturas e também silêncios. Birras, choro, manhas, acessos de raiva:
tudo isso demanda escuta.
Frases ditas pela antropóloga Adriana Friedmann.
Escuta Ativa
❏ Apreende e compreende conteúdos e sentimentos.
❏ Responde aos sentimentos expressos.
❏ Aceita as expressões e sentimentos.
❏ Não faz julgamentos.
❏ Percebe o dito no não-dito e o não-dito no dito.
❏ Considera a linguagem não-verbal.
Atividade Prática 1
Etapa 1: Percepções e Sentimentos de Gestantes Sobre o Pré-natal.
❏ Realize a leitura do texto: PICCININI, Cesar Augusto et al. Percepções e
sentimentos de gestantes sobre o pré-natal. Psic .: Teor. e Pesq. , Brasília, v. 28, n.
1, p. 27-33, março de 2012. Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-37722012000100004
&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 21 de maio de 2020.
❏ Discuta sobre as seguintes questões:
1. Como as gestantes vivenciam a gestação? Quais são suas percepções e
sentimentos?
Resposta - A gestação é um momento de grandes transformações, especialmente
para as mães primíparas. Ao ser mãe, muitas são as mudanças que se apresentam
à mulher em termos físicos, psicológicos, familiares e sociais. Tudo isto passa a
estar associado a inúmeros sentimentos que povoam o mundo psíquico das
gestantes. Muitos são as percepções e sentimentos das gestantes, destacando
entre eles: A importância do pré-natal quando se depara com os seguintes recursos:
❏ Ultrassonografia - que contribui para a redução das preocupações sobre a
própria saúde e a do bebê, reconhecimento da própria maternidade, e
vínculo mãe-bebê juntamente com pai-bebê.
❏ Profissionais de saúde, familiares e amigos como fontes de apoio e
informação.
❏ Muitas são as preocupações sobre a assistência pré-natal e quanto às
demandas emocionais, que não são atendidas. E por conta disso discute-se
a importância de se considerar estas demandas no pré-natal, assim como da
humanização deste atendimento.
2. Qual a importância da ultrassonografia para a gestante?
Resposta - Ainda que esse exame tenha como objetivo a avaliação de saúde física
dos bebês, gestantes enfatizam suas implicações emocionais. Assim, a
ultrassonografia é um procedimento importante para a diminuição da preocupação
com a saúde do bebê, na assimilação da gestação e na formação do vínculo com o
bebê. Esses achados são corroborados pela literatura, em que se vê que a
ultrassonografia - procedimento que ainda precisa ser universalizado nos serviços
de pré-natal - tem um grande impacto emocional para a gestante, pai e demais
familiares. Ele torna o bebê mais real e um ator ainda mais presente na relação
mãe-bebê, sem falar na sua importância ao transformá-lo também em paciente.
Assim, a ansiedade com relação à saúde do bebê pode também ser diminuída,
apesar de algumas vezes ficar exacerbada em função de este exame também pode
revelar alguma malformação fetal. Independentemente do que o exame venha a
revelar, a ultrassonografia tem importante impacto na relação pais-filho, já que esta
relação é construída desde o período pré-natal e vai ter consequências para as
relações após o nascimento.
3. Qual a importância das pessoas de referência, como profissionais de saúde,
familiares e amigos para a gestante?
Resposta - De tamanha importância, os familiares e amigos são usados como
pessoas de referência durante o pré-natal, transmitindo informações, dando
conselhos, e apoiando a gestante em momentos de instabilidade emocional, o que
também tem sido destacado na literatura. Contudo, a importância dos familiares não
está associada apenas a aspectos positivos do apoio recebido, as informações e
conselhos recebidos por vezes são bastante ansiogênicos, perturbando-as mais do
que as ajudando, gerando medo em função de cuidados exagerados e em função de
experiências negativas prévias de familiares. Nesse sentido, é importante destacar
que o apoio social precisa ser pautado na sensibilidade de quem oferece, sob pena
de ser percebido como mais negativo do que positivo pela gestante. Isto também é
verdade quando se trata da relação com os profissionais de saúde. Alguns possuem
pouca sensibilidade ao lidarem com questões de saúde da gestante ou do bebê.
Nessas circunstâncias, gera-se sofrimento, levando a um impacto emocional
negativo. É evidente a necessidade de apoio emocional durante a gravidez. Esta
necessidade fica óbvia, quando se sabe que a gravidez envolve profundas
mudanças corporais, psicológicas, familiares e sociais. Assim sendo, a presença de
um profissional de saúde mental se faz importante no pré-natal, medos e ansiedades
exacerbados poderiam ser adequadamente minimizados por estes profissionais, que
podem contribuir não só no apoio psicológico que a gestante necessita, mas
também na preparação para a maternidade e, inclusive da paternidade. Em certos
casos não está previsto no acompanhamento pré-natal o atendimento das
demandas emocionais da gestante. Portanto algumas gestantes se vê na
necessidade de recorrer à equipe médica, a familiares e amigos, ou à necessidade
de buscar apoio emocional fora do serviço de rotina dos hospitais e postos de saúde
onde eram atendidas. É importante ressaltar a relevância de se constituir um espaço
formal e sistemático junto aos locais de atendimento ao pré-natal, a fim de que se
tenha um serviço integral à gestante, que não se restrinja a questões de saúde
física.
4. Como elas compreendem a assistência e humanização no atendimento pré-natal?
Resposta - Algumas gestantes relatam preocupações quanto à assistência em
saúde que recebiam/recebem na gestação ou vão receber no parto, especialmente
quando a assistência era prestada na rede pública de saúde. Em alguns casos, a
preocupação se refere a algum procedimento durante a gestação, como a falta de
algum exame ou a insatisfação com algum exame realizado. Além disso, dentre as
gestantes que tinham preocupações com a assistência, ficou evidente esse
sentimento em relação ao parto. A assistência pré-natal se constitui em um fator
fundamental para o desenvolvimento gestacional, como amplamente demonstrado
pela literatura. Neste contexto, é importante destacar a presença dos profissionais
de saúde que se constituem em principal referência para as gestantes. O papel
destes profissionais será facilitado se pautado pela confiança da gestante em
relação a eles. Algumas gestantes deixam isso claro ao mencionarem que não
querem que outro médico as examine ou faça seus partos. Além disso, a falta de
confiança no profissional se constituiu em motivo para a troca de médico. É evidente
a importância de uma boa relação profissional-paciente e da transmissão de
informações sobre o processo da gestação e os procedimentos de parto e puerpério.
Tiedje (2004) reforça esse aspecto ao afirmar que estabelecer uma relação com a
gestante possibilita que as informações não somente sejam transmitidas, mas sejam
assimiladas e utilizadas por elas. Por fim, há uma crença de que o atendimento na
rede pública de saúde tem menor qualidade, quando comparado ao atendimento na
rede privada. Portanto é plausível supor que o pré-natal no sistema público brasileiro
ainda não seja o ideal. Isto se traduz muitas vezes por um menor número de
consultas no pré-natal, apesar da recomendação do Ministério da Saúde (2006b) de
um mínimo de seis consultas. Além disto, o parto tende a ser feito por um médico
que pode nunca ter visto a gestante anteriormente. Isto acaba por dificultar sua
humanização que tem sido enfatizada por instituições e diversos autores. Estas
características do atendimento pré-natal e do parto no SUS tendem a contribuir para
exacerbar as preocupações da gestante durante o pré-natal e possivelmente a
reduzir sua adesão ao mesmo, na medida que suas demandas, em particular as
emocionais, acabam não sendo atendidas.
Estágio Sensório-Motor:
❏ Caracteriza o desenvolvimento da criança desde seu nascimento até
aproximadamente 24 meses de idade.
❏ Fase, extremamente rica do desenvolvimento, contém a gênese (ou seja, a origem)
do desenvolvimento da inteligência na criança.
❏ Nesse estágio, apesar da linguagem ainda não estar desenvolvida, a criança
demonstra de forma bastante rica sua lógica de raciocínio e conhecimento da
realidade. Neste sentido, a teoria de Piaget chega à seguinte conclusão: o
desenvolvimento da inteligência na criança antecede o desenvolvimento da fala.
❏ Estágio caracterizado pela inteligência prática, uma vez que a criança conhece o
mundo por sua percepção (apreende o mundo pelos órgãos sensoriais) e ação
(conhece o mundo por meio de movimentos no espaço e tempo).
❏ Fase onde as conquistas das crianças são importantes, destacando-se entre elas:
❏ Permanência do objeto - quando a criança nasce ela não tem ideia de que,
no mundo, há objetos e que inclusive ela é um desses objetos. Por isso, um
dos grandes desafios nessa fase é a construção da noção de objeto. No
bebê, geralmente quando um objeto sai de seu campo de visão, ele
compreende que este objeto não existe mais. Por volta de 9 meses de idade,
o bebê já constrói a ideia de que o objeto, embora não seja visto, ele existe.
Tal raciocínio é um salto significativo no desenvolvimento da inteligência,
pois, se antes a criança acreditava que os objetos que existiam eram
somente aqueles que via, aos poucos a criança passa a perceber que o
mundo tem uma existência própria e que os objetos existem
independentemente de sua percepção. Daí a compreensão: não vejo os
objetos, mas eles existem, portanto, posso procurá-los.
❏ Noção de Causalidade - refere-se à capacidade construída nessa fase de
que os objetos do mundo interagem entre si, apresentando certa
causalidade. Um exemplo disso é a noção construída pela criança de que
toda vez que aperta a tomada, a luz se acende. Portanto, é uma noção de
causa e efeito, que permite a criança se apropriar de regras e construir
conhecimentos.
❏ Diferenciação entre meios e fins - a criança aprende que, para conseguir um
determinado objeto, é necessário realizar uma determinada ação antes. Por
exemplo, a criança aprende que precisa retirar uma almofada para pegar um
brinquedo que se encontra atrás dela.
❏ Noção de configuração espacial - compreende que o objeto tem dimensões
tridimensionais. Um exemplo disso, é o bebê que é capaz de manipular um
brinquedo, utilizando-o e analisando-o em suas diversas dimensões.
Imagem 2: Menina e desenho
Estágio Pré-Operatório:
❏ Caracteriza o desenvolvimento da criança de 2 anos a 7 anos de idade.
❏ No início desse estágio, há o desenvolvimento da linguagem, que permite, à criança,
não mais conhecer o mundo somente por suas percepções e ações (característica
da fase anterior) mas também por meio das representações (capacidade de a
criança pensar um objeto através de um outro objeto). Portanto, nessa fase, a
criança é capaz de representar um objeto por um substituto, que pode ser uma
palavra, um desenho, um gesto, etc.
❏ Criança começa a brincar de “faz de conta”, utiliza-se da imitação, elabora
desenhos, entre outras formas de brincadeiras que expressam sua nova conquista
com relação ao desenvolvimento da inteligência, relacionada à capacidade de
representar.
❏ Estágio caracterizado pela inteligência representacional.
❏ As principais características da criança nesse estágio são:
❏ Introdução à linguagem - a criança entra no mundo da linguagem, o que
permite uma socialização da inteligência, possibilitando o processo de
comunicação.
❏ Introdução à moralidade - nessa fase, a criança começa a se apropriar dos
valores, virtudes e regras que regem nossa sociedade. Aprende a noção do
que “pode ou não pode”, o que é “certo e errado”.
❏ Pensamento egocêntrico - a criança ainda não tem recursos cognitivos para
compreender o ponto de vista do outro. Um exemplo disso é a criança que
não aceita dividir um brinquedo com um amigo, uma vez que sua atenção
está em atender suas próprias necessidades.
O desenho da criança pertence ao estágio de pré-esquematismo.
Imagem 3: Amigos da escola
Com relação aos dois estágios posteriores ao pré-operatório, Piaget vai dizer que a criança
já consegue pensar por meio de operações. O conceito de operatório deriva da palavra
operação que significa uma ação interiorizada que modifica o objeto do conhecimento. Em
outras palavras, é um grupo de ações que modifica o objeto, possibilitando, ao sujeito,
novos avanços no conhecimento. Para Piaget, as estruturas operacionais constituem a base
do conhecimento.
Estágio Operatório-Concreto:
❏ Caracteriza o desenvolvimento da criança de 7 anos a 12 anos de idade.
❏ Nesse estágio, surgem as primeiras operações chamadas de concretas por Piaget,
devido ao fato de existirem em função de alguma relação concreta que a criança
estabelece.
❏ No estágio operatório-concreto, a criança faz uso das representações por meio de
objetos concretos que lhe façam pensar sobre determinado objeto, problema ou
situação abstrata. Um exemplo disso é a criança que, em uma aula de matemática,
o professor utiliza da contagem de objetos para ensinar determinada função, como:
multiplicação, subtração, divisão, etc. Portanto, é apresentado um elemento concreto
para a criança ser capaz de pensar sobre situações e conceitos abstratos.
Imagem 4: Adolescentes
Com relação aos dois estágios posteriores ao pré-operatório, Piaget vai dizer que a criança
já consegue pensar por meio de operações. O conceito de operatório deriva da palavra
operação que significa uma ação interiorizada que modifica o objeto do conhecimento. Em
outras palavras, é um grupo de ações que modifica o objeto, possibilitando, ao sujeito,
novos avanços no conhecimento. Para Piaget, as estruturas operacionais constituem a base
do conhecimento.
Estágio Operatório-Formal:
❏ Caracteriza o desenvolvimento dos 12 anos em diante.
❏ Caracterizado pelas operações formais ou hipotético-dedutivas, em que a criança já
é capaz de raciocinar com hipóteses, sem precisar de objetos concretos para
disparar a reflexão acerca de uma determinada situação ou problema (como era
característico da fase anterior).
❏ Portanto, no operatório-formal, a criança não precisa mais do material concreto para
desenvolver seu pensamento, sendo que o grau de abstração do seu pensamento é
muito maior nesse estágio. A diferença entre o estágio operatório-concreto e
operatório-formal é o grau de abstração do pensamento.
❏ Piaget finaliza a descrição dos estágios do desenvolvimento da inteligência com o
estágio operatório-formal, que se refere à forma de inteligência mais abstrata,
característica do pensamento do adolescente e do adulto.
Obs: Todo o conteúdo apresentado neste arquivo é de suma importância e está resumindo
a matéria estudada, portanto será marcado apenas os títulos para uma melhor organização
e compreensão.