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Psicologia, Ciência e Profissão

O que é a Psicologia?
❏ 𝚿 - Letra Grega “Psi”, símbolo da psicologia.
❏ Psicologia termo do grego Psique = “Alma”, Logos “Estudo”
❏ É a ciência que estuda os processos mentais (sentimentos, pensamentos, razão) e o
comportamento humano e animal (para fins de pesquisa e correlação, na área da
psicologia comparada)
❏ O corpo e a mente NÃO são separados, quando se fala que o estudo de dá pelo viés
da mente e/ou pelo viés do corpo.
❏ O indivíduo é uma totalidade e como tal reage. A divisão entre os sistemas
fisiológicos e psicológicos é feita por conveniência de estudo.
❏ Cabe à psicologia estudar questões ligadas à:
❏ Personalidade;
❏ Aprendizagem;
❏ Motivação;
❏ Memória;
❏ Inteligência;
❏ Funcionamento do sistema nervoso;
❏ Comunicação Interpessoal;
❏ Desenvolvimento;
❏ Comportamento sexual;
❏ Agressividade;
❏ Comportamento em grupo;
❏ Processos Psicoterapêuticos;
❏ Sono e ao Sonho;
❏ Prazer e à dor;
❏ Além de todos os outros processos psíquicos e comportamentais não
citados.
❏ Psicólogos realizam pesquisas que fazem o uso de muitos métodos, tais como:
❏ Observação;
❏ Experimentação;
❏ Descrição; e
❏ Simulação Computacional para responder diversas perguntas sobre como o
ser humano funciona
❏ Psicólogo Comportamentalista - comportamento humano
❏ Psicólogo Psicanalista - o inconsciente
❏ Outros: consciência humana, humana, personalidade etc.
Tais pesquisas podem ter aplicação nas mais diversas áreas de interesse humano, como
na saúde, educação e políticas públicas.
A psicologia se divide em sub áreas que possui um foco de atenção, sendo algumas
delas:
❏ Psicologia Cognitiva;
❏ Social;
❏ Clínica;
❏ Evolucionista;
❏ Organizacional;
❏ Escolar;
❏ Neurociência;
❏ Neuropsicologia;
❏ Personalidade;
❏ Percepção;
❏ Avaliação Psicológica;
❏ Desenvolvimento;
❏ Saúde;
❏ Forense.
Elas produzem conhecimento que pode ser útil para outros campos de estudo, assim
cada sub área pode ajudar a construir o quadro maior de conhecimento que possui sobre o
ser humano e aplicar esse conhecimento em problemas específicos.
A psicologia além de uma área da ciência, também é uma profissão, na qual psicólogos
atuam como psicoterapeutas, consultores e avaliadores psicológicos. Psicólogos podem
fazer milhares de coisas e veremos isso mais a frente.
A psicologia diferente da física ou química é uma ciência muito juvenil e ainda vive a sua
infância, apesar disso, nesses cerca de 100 anos de existência foi descoberto vários
conhecimentos sobre nós mesmo e alguns desses conhecimentos já estão sendo usados
na prática para ajudar milhares de pessoas a viverem vidas mais dignas e alcançarem suas
metas.
Além disso a psicologia cada vez mais é uma ciência interdisciplinar, trabalhando com
estatísticos, matemáticos e cientistas da computação para tentar abarcar toda a
complexidade dos antecedentes do comportamento humano.

O que um Psicólogo faz?


Um psicólogo pode trabalhar em vários lugares e fazer várias coisas bem diferentes,
embora tal profissão seja associada somente ao serviço de psicoterapia (clínica). Há 11
áreas de atuação, segundo o anexo II da Resolução CFP 03/2007 do Conselho Federal de
Psicologia (CFP).
Psicologia Clínica - atua na área da saúde, com atendimentos individuais, em pequenos
ou grandes grupos. O objetivo das intervenções do Psicólogo Clínico é amenizar o
sofrimento psíquico do homem. Ele pode atuar em clínicas particulares ou institucionais
(privadas ou do governo).
O Psicólogo Clínico pode desempenhar diversas modalidades terapêuticas, dentre elas
psicoterapia individual, de casal, familiar ou em grupo, psicoterapia lúdica, terapia
psicomotora, arteterapia, orientação de pais, etc. Os psicólogos são amparados pela ciência
com técnicas e abordagens, tais como Behaviorismo, Psicanálise, Existencial-Humanista, e
outras.
Psicologia do Esporte - atua especificamente na área esportiva. Podendo ele atuar na
área de pesquisa e na prática, diretamente com atletas, técnicos e comissão técnica
esportiva. O objetivo é trabalhar com a saúde mental, comportamento cognitivo e motor dos
envolvidos com esportes de alto rendimento.
O Psicólogo do Esporte poderá ter diversas atribuições, segundo o CFP, realiza
atendimentos individuais ou em grupo, empregando técnicas psicoterápicas adequadas à
situação, com o intuito de preparar o desempenho da atividade do ponto de vista
psicológico; desenvolve ações para a melhoria planejada e sistemática das capacidades
psíquicas individuais voltadas para otimizar o rendimento de atletas de alto rendimento bem
como de comissões técnicas e dirigentes, entre outros.
Psicologia do Trânsito - atua na parte de estudos, ações educativas, engenharia e
operação do tráfego, no que compete às áreas de processos psicológicos, psicossociais e
psicofísicos. Dentre as atividades possíveis dessa especialização está a aplicação de testes
psicológicos e elaboração de pareceres e laudos de candidatos à obterem a Carteira
Nacional de Habilitação (CNH).
Psicologia Escolar/Educacional - atua no sistema educacional formal, realizando
pesquisas, diagnóstico de alunos e instituições e aqueles que participam do processo
ensino-aprendizagem, também realiza intervenção preventiva ou corretiva em grupo e
individualmente. O Psicólogo Escolar/Educacional na escola tem como parte de sua missão
contribuir no desenvolvimento de melhores práticas e novos procedimentos educacionais.
Psicologia Hospitalar - atua em instituições de atenção à saúde, realizando atendimentos
a pacientes, familiares de pacientes, pessoas que passarão por procedimento cirúrgico.
Atua sempre para garantir conforto psicológico dos envolvidos com situações decorrentes
do adoecimento. Ou seja, atua com médicos e outros profissionais do setor de saúde para
fortalecer familiares e pacientes física e mentalmente.
O Psicólogo Hospitalar pode atuar com atendimentos individuais, a grupos específicos,
ministrando palestras a equipes multiprofissionais, consultoria, e em diversas outras
atividades em que o objetivo seja o apoio e segurança ao paciente e família.
Psicologia Jurídica - o objetivo dessa área é auxiliar em questões relativas à saúde
mental dos envolvidos em um processo. Psicologia Jurídica é o campo da psicologia que
agrega os profissionais que se dedicam à interação entre a psicologia e o direito. Atua junto
à Justiça em processos de análise e atenção a pessoas conectadas a processos jurídicos,
privados de liberdade ou não.
Algumas, de tantas, atribuições possíveis do Psicólogo Jurídico, segundo o CFP, são:
atua como perito judicial nas varas cíveis, criminais, Justiça do Trabalho, da família, da
criança e do adolescente, elaborando laudos, pareceres e perícias, para serem anexados
aos processos, a fim de realizar atendimento e orientação a crianças, adolescentes,
detentos e seus familiares; orienta a administração e os colegiados do sistema penitenciário
sob o ponto de vista psicológico, usando métodos e técnicas adequados, para estabelecer
tarefas educativas e profissionais que os internos possam exercer nos estabelecimentos
penais; realiza atendimento psicológico a indivíduos que buscam a Vara de Família,
fazendo diagnósticos e usando terapêuticas próprias, para organizar e resolver questões
levantadas.
Psicologia Organizacional e do Trabalho - é atuante no que compete à relação do
homem com as organizações de trabalho. É uma figura forte dentro da área de Recursos
Humanos, podendo atuar com a seleção, treinamento e desenvolvimento dos funcionários e
também com enfoque na saúde do trabalhador.
Existem muitas atividades possíveis ao Psicólogo Organizacional e do Trabalho, listei
algumas das muitas que constam no decreto oficial do CFP, planeja e desenvolve ações
destinadas a equacionar as relações de trabalho, o sentido de maior produtividade e da
realização pessoal dos indivíduos e grupos inseridos nas organizações, estimulando a
criatividade, para buscar melhor qualidade de vida no trabalho. Participa do processo de
desligamento de funcionários de organizações, em processos de demissões e na
preparação para aposentadorias, a fim de colaborar com os indivíduos na elaboração de
novos projetos de vida. Elabora, executa e avalia, em equipe multiprofissional, programas
de desenvolvimento de recursos humanos. Participa dos serviços técnicos da empresa,
colaborando em projetos de construção e adaptação dos instrumentos e equipamentos de
trabalho ao homem, bem como de outras iniciativas relacionadas a ergonomia.
Comportamento do consumidor - nesse contexto, o trabalho do psicólogo visa orientar o
marketing e agências de publicidade a criar campanhas que causem impacto no
público-alvo das empresas.
Psicologia Social - atua em diferentes espaços, podendo se eles institucionais
(penitenciárias, asilos e centros de atendimento a crianças e adolescentes) e comunitários,
com enfoque na saúde, educação, trabalho, lazer, meio ambiente, comunicação social,
justiça, segurança e assistência social, em prol do coletivo. Essa área cuida de pessoas em
situação de vulnerabilidade, como idosos, e também trabalha em prol da recuperação de
detentos. Além disso, ele é responsável por elaborar programas e pesquisas sobre a saúde
mental da população em geral.
O Psicólogo Social pode se dedicar ao estudo social (pesquisa e pesquisa-ação) para
compreender a influência da sociedade em comportamentos individuais e também na
proposição de políticas públicas.
Psicomotricidade - é uma ciência que tem o homem como objeto de estudo e, através do
seu corpo em movimento, trabalha a relação do homem com seus movimentos em relação
ao seu mundo exterior e interior. Atua principalmente no desenvolvimento infantil. Está
presente nas áreas de educação, reeducação e terapia psicomotora, com enfoque na
motricidade (motricidade pode-se compreender por conjunto de funções nervosas e
musculares que permite os movimentos voluntários ou automáticos do corpo).
Atribuições possíveis do Psicólogo Psicomotricista: atua junto à crianças em fase de
desenvolvimento: bebês de alto risco, crianças com dificuldades/atrasos no
desenvolvimento global; crianças portadoras de necessidades especiais (deficiências
sensoriais, perceptivas, motoras, mentais e relacionais) em conseqüência de lesões. Atua
no atendimento à 3º idade. Atua junto a escolas e empresas, no diagnóstico das
situações-problema vivenciadas na organização, objetivando a conscientização da
importância do relacionamento humano, através de técnicas psicomotoras que buscam o
respeito do limite, da autonomia e do ritmo de cada indivíduo.
Psicopedagogia - estuda os processos de aprendizagem de crianças, adolescentes e
adultos. Ele identifica as dificuldades e os transtornos que interferem na assimilação do
conteúdo, fazendo uso de conhecimentos da psicologia e da antropologia para analisar o
comportamento do aluno. Visando sempre compreender os processos de aprendizagem
para que possa atuar também na intervenção buscando melhorias para educadores e
alunos e todos envolvidos no processo escolar.
O Psicopedagogo tem diversas atribuições, duas delas citadas pelo decreto do CFP são:
buscar a compreensão dos processos cognitivos, emocionais e motivacionais, integrados e
contextualizados na dimensão social e cultural onde ocorrem. Trabalhar para articular o
significado dos conteúdos veiculados no processo de ensino, com o sujeito que aprende na
sua singularidade e na sua inserção no mundo cultural e social concreto.
Neuropsicologia - embasado pela neurociência atua com diagnóstico, acompanhamento,
tratamento e pesquisa da cognição, das emoções e do comportamento do ser humano. O
enfoque do trabalho desse profissional é o funcionamento do cérebro. Ele busca entender
como o comportamento do ser humano é influenciado pelas funções cerebrais.
Algumas atividades do Neuropsicólogo são, segundo o CFP: utilizar instrumentos
especificamente padronizados para avaliação das funções neuropsicológicas envolvendo
principalmente habilidades de atenção, percepção, linguagem, raciocínio, abstração,
memória, aprendizagem, habilidades acadêmicas, processamento da informação,
visuoconstrução, afeto, funções motoras e executivas. Estabelecer parâmetros para
emissão de laudos com fins clínicos, jurídicos ou de perícia; complementa o diagnóstico na
área do desenvolvimento e aprendizagem.

Qual é a diferença entre Psicólogo, Psiquiatra e Psicanalista?


Psiquiatria - é uma especialidade na medicina focada no diagnóstico e tratamento de
transtornos mentais. Um psiquiatra é formado em medicina e faz residência por alguns anos
na área de psiquiatria. Os psiquiatras tendem a se focar em aspectos mais biológicos e
sintomas que ajudem a entender as dificuldades que a pessoa está vivendo, tais como,
desregulações neuroquímicas ou histórico familiar. Depois que o psiquiatra chega a uma
conclusão sobre a condição atual da pessoa, ele pode sugerir tratamentos baseados
principalmente em medicamentos ou psicoterapias.
Psicologia - área da ciência focada no estudo da mente e do comportamento humano.
Os psicólogos usam teorias, instrumentos e técnicas desenvolvidas na ciência psicológica
para ajudar as pessoas a lidar com suas dificuldades. O foco de um psicólogo vai depender
de sua abordagem, mas ele costuma analisar principalmente aspectos mais psicológicos e
comportamentais do que biológicos. E diferente dos psiquiatras, psicólogos não costumam
possuir treinamento ou autorização para receitar medicações. Enquanto psiquiatras não
costumam receber treinamento ao longo da sua formação para realizar psicoterapia.
Psicanálise - é uma linha de pensamento e tratamento desenvolvida pelo médico
Sigmund Freud no século XIX. Ela se baseia principalmente nas suas experiências com
pacientes e na de Josef Breuer. A psicanálise é um campo separado e independente da
psicologia e psiquiatria que capacita profissionais para atuarem como terapeutas a partir da
abordagem psicanalítica. Nem precisa ser formado em psicologia ou medicina para fazer
uma especialização em psicanálise e atuar como terapeuta, já que ela não tem como base
a ciência psicológica ou a medicina e sim a proposta de Freud.

A Evolução da Ciência Psicológica

A Psicologia na Antiguidade
❏ Pré-socráticos - compreensão da natureza e do Universo (cosmologia). Buscava um
elemento fundamental que formaria todas as coisas ( arché).
❏ Tales - considerado o primeiro filósofo da História Ocidental. Entendia a água
como origem da vida.
❏ Pitágoras - via os números como harmonia.
❏ Heráclito - tinha o fogo como mudança. "Em rio não se pode entrar duas
vezes no mesmo".
❏ Parménides - achava que a identidade sempre permanecia. O Ser é eterno,
perfeito e imutável.
❏ Anaxágoras - não buscava por um elemento único responsável pela origem
das coisas, acreditava que havia uma diversidade de elementos que se
combinaram, originando as coisas. Eram como sementes do Cosmo. Dizia
que tudo tinha sido semeado com sementes chamas homeomerias.
❏ Democrático - afirmava que tudo era feito de átomos. A filosofia de Demócrito
deixou a herança para o futuro de três doutrinas importantes: reducionismo,
mecanicismo e determinismo.
❏ Sócrates (469-399 a.C.) - se destaca pelo diálogo e pela forma como questiona as
pessoas, deixando-as com muitas dúvidas sobre o que elas mesmas estavam
falando. Sua intenção era desconstruir as afirmações da pessoa, mostrando que
aquilo não era uma verdade, assim como não era um pensamento próprio. Fazendo
essas perguntas "ignorantes" Sócrates usava de ironia. Em seguida, suas perguntas
Faziam o interlocutor pensar e desenvolver suas reflexões. A isso chamava de
maiêutica, que significa "parto"; no caso, "parto da verdade".
❏ Platão (427-347a.C.) - consegue conciliar ideias opostas de dois filósofos
pré-socráticos: Heráclito e Parmênides Define o mundo sensível como o que traz as
características de Heráclito, ou seja, aquele em que tudo muda, e o suprassensível
como o de Parmênides: eterno perfeito e imutável, ou seja, ideal (por isso também é
chamado de mundo das ideias). Platão também entra para a História com um
sistema filosófico altamente complexo e do qual partilhamos ainda hoje ao ver a
realidade dividida entre coisas concretas e coisas que não podemos ver.
❏ Aristóteles (384-322 a.C) - desafia o seu mestre e cria uma teoria totalmente própria.
Uma filosofia na qual considera o papel dos sentidos na observação da Natureza e,
entre seus principais conceitos, está a ideia de potência e ato, ou seja, temos coisas
em potencial e que podem virar realidade (ato), mas nem sempre a potência se
realiza em ato.
A Psicologia no Império Romano e na Idade Média
❏ Uma das principais características desse período é o aparecimento e
desenvolvimento do cristianismo, juntamente com o Teocentrismo.
❏ Falar de Psicologia nesse período é relacioná-la ao conhecimento religioso, já que,
ao lado do poder econômico e político, a Igreja Católica também monopolizava o
saber e, conseqüentemente, o estudo do psiquismo.
❏ Dois grandes filósofos representam esse período:
❏ Santo Agostinho (354-430), Santo Ambrósio e São Jerônimo - Escola
Patrística
❏ Neoplatonismo: platonismo adaptado ao cristianismo: duas
realidades: sensível (terra) e mundo das idéias (céu)
❏ Construção de doutrinas e argumentos com a finalidade de promover
diálogos e debates com o paganismo, convertendo seus membros ao
cristianismo.
❏ O Tempo: Agostinho consegue trazer ao seu leitor a complexidade
que é pensar sobre o tempo. Demonstra a possibilidade de
consideração do tempo como uma experiência subjetiva. Isso quer
dizer que, diferente do tempo do relógio, a experiência vivida do
tempo é diferente de uma pessoa para outra.
❏ São Tomás de Aquino (1225-1274) - Escolástica
❏ Filosofia cristã medieval que buscava conciliar fé e razão, tentando
minimizar ou eliminar o conflito entre elas.
❏ Usava a influência das filosofias de Aristóteles, combinando-as à
teologia católica: potências da alma → psiquê.
Genética vs comportamento (ex: inteligência).
❏ Ideias que tem relação direta com a educação.
❏ Memória pela repetição (rotina).
A Psicologia no Renascimento
“Grandes acontecimentos, descoberta de novas terras, transformações ocorrem em
todos os setores da produção humana e avanço na ciência.”
❏ Igreja Católica perde poder;
❏ Queda da nobreza;
❏ Nova classe burguesa;
❏ Retorno a valores greco-romanos - antropocentrismo = homem no centro de tudo;
❏ Renascimento.
❏ Riqueza cultural, intelectual, artística, religiosa e de muitos outros avanços
para a humanidade.
❏ Liberdade de criação.
❏ Valorização do pensamento racional e habilidades manuais.
René Descartes (1596-1650)
❏ Filósofo e Matemático que contribuiu para o avanço da ciência;
❏ Descartes possuía muitas dúvidas e um dia se perguntou “o que é que me prova que
isso que percebo do mundo é real?”. Após muitos pensamentos determinou sua
única certeza, a dúvida, e a partir da mesma determinou que ao duvidar, estava
pensando, raciocinando ao buscar respostas para suas dúvidas. Sendo assim o
pensar torna-se a primeira certeza da filosofia cartesiana. “Penso, logo existo”
“Cogito, ergo sum”.
❏ Discurso do Método - René Descartes - esta obra, em que está a frase mais famosa
de Descartes: “penso, logo existo”, traz o seguinte questionamento:
“Considerando que todos os seres humanos pensantes são dotados de
racionalidade, por que a humanidade, ao longo de toda a sua história, cometeu
tantos erros?”
Ele responde a esta pergunta afirmando que o uso da razão é o que impede que se
cometa os mesmo erros.
❏ Possibilita o avanço da Anatomia e da Fisiologia, que iria contribuir em muito para o
progresso da própria Psicologia.
❏ René Descartes trouxe contribuições para a ciência até os dias de hoje. Além de
filósofo, foi também matemático e físico. É considerado o personagem central na
Revolução Científica por ser o criador do que é conhecido hoje como o método
científico.
❏ Para Descartes, a razão é anterior a qualquer outra coisa. Ela existe, antes de tudo,
como fundadora da existência humana. As principais consequências dessa
conclusão foi o:
Racionalismo;
Dualismo Cartesiano - postula a separação entre mente (res cogitans) e corpo (res
extensa). Esse dualismo mente-corpo torna possível o estudo do corpo humano morto, o
que era impensável nos séculos anteriores (o corpo era considerado sagrado pela Igreja,
por ser a sede da alma). O res extensa era apenas um mecanismo que recebia ordens da
res cogitans. Visão do corpo como mecânico;
Mecanicismo - doutrina filosófica que compreende as coisas como um grande
mecanismo;
Reducionismo - procedimento de dividir o todo em partes menores;
Determinismo - princípio segundo o qual uma coisa define o movimento da outra coisa
em uma relação de causa e efeito;
Obs: Esses três conceitos se complementam. Se há uma compreensão mecanicista, é
possível reduzir a atenção do mecanismo como um todo a apenas uma peça
(reducionismo). Ao observar uma peça em funcionamento mecânico, percebe-se que o
movimento dela define o movimento de outra.
Empirismo - filósofo inglês John Locke foi um dos principais representantes do empirismo
britânico. Filosofia que apenas reconhece o conhecimento quando ele vem da observação e
da experiência. Oposto de Descartes, se Descartes confia apenas na sua razão e desconfia
do mundo externo, os empiristas confiam apenas no mundo externo e desconfiam da razão
introspectiva;
Materialismo - tendência de acreditar apenas naquilo que é material, ou seja, concreto,
físico. Oposto de idealismo - filosofia que só dá credibilidade às coisas que não têm
concretude, pois considera a verdade espiritual, mental ou subjetiva superior;
Positivismo - doutrina materialista representada principalmente por Auguste Comte
(1798-1857), que reconhecia apenas os fenômenos observáveis. Combatia o idealismo e
considerava válidas apenas as informações quantitativas. A ideia do positivismo era
conseguir criar explicações e intervenções em todo o Universo, visto que o entendiam como
mecânico. Se há um mecanismo, é possível conhecê-lo e dominá-lo. “Saber para prever,
prever para prover”. O sonho positivista era, um dia, conseguir controlar todas as forças da
natureza. Era um movimento tão pretensioso que propunha, inclusive, uma religião
positivista, toda baseada em conhecimentos lógicos e objetivos;
Associacionismo - se baseia na associação de ideias, ou seja, entende que é possível
unir ideias simples e, assim, compor ideias complexas. É uma espécie de “atomismo
psicológico”. As ideias simples seriam as mais básicas, ligadas a sensações físicas e que,
unindo-se, constroem as complexas. Quanto mais se repete uma associação, mais rápida
ela se torna. As leis da associação surgem com John Locke (1632-1704), mas são mais
tarde formuladas com mais exatidão por David Hume (1711-1776), sendo ele o expoente
máximo desta teoria. Tal teoria também passou por John Stuart Mill (1806-1873), onde o
mesmo criou um conceito denominado, síntese criativa. Mill, diferentemente da
característica dos empiristas, reconhece uma possibilidade de subjetividade, pois afirma
que não ocorre apenas a união dos elementos, mas alguma combinação a mais que cria
algo novo, indo além da simples união associativa. “Algo” acontece dentro do sujeito e o
que sai é uma coisa nova.
John Locke (1632-1704)
❏ Acreditava que o seres humanos nascem sem conhecimento e, por tal razão, devem
buscá-lo por meio da observação empírica. (Tábua rasa)
❏ Principal expoente da vertente empiristas - o empirismo é uma corrente filosófica
que defende, em linhas gerais, que o conhecimento adquirido é uma função direta
das experiências pessoais de cada indivíduo. O aprendizado, nesses termos, ocorre
por meio do processo fundamentado na observação empírica, ou seja, derivada de
experiências.
❏ Contrapõe o racionalismo cartesiano ao afirmar que a ciência não prescinde da
razão, mas a verdade e o conhecimento dependem da comprovação da experiência
sensível - Locke estabelece uma oposição à possibilidade de que o conhecimento
possa ser construído com base em princípios estritamente racionais e, nesse
sentido, é um contraponto ao racionalismo cartesiano.
❏ Afirma que todas as ideias derivam da sensação ou da reflexão - no Livro II do
Ensaio acerca do entendimento humano, aborda como se formam as ideias, como
as ideias advêm das sensações, da reflexão, como a percepção daquilo que é
conhecido é retido pela mente (retenção).
Immanuel Kant (1724-1804)
❏ Afirmava que tanto o racionalismo quanto o empirismo têm seu lugar, devendo
trabalhar juntos na busca da verdade.
❏ Dicotomia entre racionalismo e empirismo - Kant estudou a dicotomia entre o
racionalismo, que aborda a possibilidade do conhecimento efetivo e absoluto, e a
negação deste pelo empirismo, que trata da importância dos sentidos para a
sistematização do conhecimento.
❏ Idealismo transcendental - na perspectiva kantiana, a estrutura da razão é inata e
universal, enquanto os conteúdos são empíricos, obtidos pela experiência. A partir
do que chamou de "idealismo transcendental" reconhece tanto a razão (defendida
pelos racionalistas) quanto a experiência (defendida pelos empiristas) como
necessárias para a compreensão do mundo.

A Psicofísica e as Influências da Filosofia


Os primeiros investigadores científicos da Psicologia eram médicos fisiologistas que
perceberam os limites do campo da Medicina e afirmaram que a Psicologia seria a ciência
para ir além, atingindo outro campo de conhecimento e atuação
Filosofia da Mente - área da Filosofia que, a partir da discussão do problema
mente-corpo, considera a existência e estuda as características da mente como substância
pensante, imaterial e independente, mas que depende de um corpo para mantê-la. Os
estudos da Filosofia da Mente abordam estudos de inteligência artificial, ciências cognitivas
e redes neurais (ABBAGNANO, 2014).
Hermann Von Helmholtz (1821-1894)
❏ Médico cientista alemão, foi um cientista múltiplo;
❏ Guiava-se pelos princípios do mecanicismo, reducionismo e determinismo;
❏ Os órgãos dos sentidos funcionam da mesma forma que uma máquina;
❏ Um dos fenômenos que intrigam a Fisiologia da época era a transmissão de
impulsos nervosos elétricos pelo organismo;
❏ Helmholtz era a favor de que os cientistas não apenas estudassem, mas
produzissem aparelhos e máquinas que pudessem controlar as variáveis de uma
pesquisa ou interferisse diretamente no fenômeno pesquisado. Para ele a ciência
tinha de ser prática;
❏ Com essa filosofia, Helmholtz criou uma forma de medir o tempo de reação de um
músculo ao estímulo de um neurônio. Foi a primeira medição empírica da
transmissão neuronal.
Ernst Weber (1795-1978)
❏ Relação entre estímulos e respostas humanas;
❏ Estudo quantitativo da percepção humana;
❏ Elaborou uma teoria que chamou de Diferença Mínima Perceptível ou Diferença
Mínima Significativa. Com essa teoria, criou um cálculo para saber o quanto é
necessário de estímulos para que a pessoa perceba que houve realmente um
alteração. Se aplica aos cinco sentidos e também à nossa percepção temporal.
Weber também calculou o quanto de estímulo é necessário para que a pessoa tenha
uma sensação chamada de Sensação Mínima Perceptível (limiar).
Lei de Weber: ∆S = kS
“Se alguém está carregando 10 kg, quanto é preciso colocar de peso a mais para que
essa pessoa perceba essa diferença?”
❏ Levantar um peso de 2 kg
Diferença mínima perceptível = 0.2 kg
❏ Levantar um peso de 5 kg
Diferença mínima perceptível = 0.5 kg
Gustav Theodor Fechner (1801-1887)
❏ Assim como Helmholtz foi um pensador múltiplo e atuou em diversas áreas durante
anos;
❏ Durante 12 anos, ficou inativo e foi considerado inválido pela possibilidade de ficar
cego devido à fotofobia (intolerância a luz). Foi justamente após esse período de
suposta invalidez que Fechner procurou estudar as sensações e a Psicologia;
❏ Fundador da psicofísica: “estudo científico das relações entre os processos mental
e físico”. Deu continuidade aos estudos de Weber, buscando calcular o ponto exato
de união entre o físico e o psíquico, por isso, o nome dado a essa tendência da
época foi Psicofísica.
❏ Diversos experimentos foram realizados por Fechner, que ampliava ou reduzia o
mesmo estímulo para chegar a números cada vez mais confiáveis para essa
relação. Com isso, gerou métodos de pesquisa e experimentação em Psicofísica
que depois vão se tornar referência para a psicologia psicométrica, ou seja, o uso de
testes quantitativos para medir características psicológicas.
❏ Os estudos de Fechner geraram fórmulas matemáticas que tinham grande precisão
no cálculo dos estímulos e das sensações. Ele definiu com mais precisão o que
Weber havia começado, chamando de limiar absoluto o ponto em que a pessoa
começa a sentir o estímulo e de limiar diferencial o ponto em que ela sente uma
diferença no estímulo, seja para menos ou para mais.
❏ Talvez a principal observação de Fechner tenha sido a de que físico (corpo) e
psíquico (mente) sejam apenas dois modos diferentes de se olhar para a mesma
realidade. Ou seja, o mesmo fenômeno pode ser visto como físico ou psíquico. Esse
conceito foi chamado de paralelismo psicofísico, que é a noção de que o que
acontece no corpo acontece paralelamente na mente também e o que acontece na
mente, acontece paralelamente no corpo também.
❏ Paralelismo psicofísico: noção de que há um paralelo entre corpo e mente quando
ocorre um determinado fenômeno. Físico e psíquico seriam diferentes pontos de
vista sobre a mesma coisa
Senso Comum x Ciência

O que é Senso Comum?


❏ É um saber que nasce da experiência quotidiana, da vida que os homens levam em
sociedade;
❏ É um saber acerca dos elementos da realidade em que vivemos;
❏ Um saber sobre os hábitos, os costumes, as práticas, as tradições, as regras de
conduta. Passada de geração em geração e variando conforme a cultura.
❏ É um saber informal, que se adquire de uma forma natural (espontâneo), através do
nosso contato com os outros, com as situações e com os objetos que nos rodeiam;
❏ É um saber muito simples e superficial, que não exige grandes esforços
❏ Exemplos: atravessar a rua, tomar chá de boldo quando tá com dor de barriga por
que nossa avó disse que ia melhorar, saber que a garrafa térmica mantém a
temperatura,etc. Ou seja, não necessariamente precisamos de um estudo para
saber essas coisas.
Psicologia do Senso Comum
❏ Quando falamos do poder de persuasão do vendedor, dizemos que ele usa de
"psicologia" para vender seu produto;
❏ Quando nos referimos à jovem estudante que usa seu poder de sedução para atrair
o rapaz, falamos que ela usa de "psicologia";
❏ Quando procuramos aquele amigo, que está sempre disposto a ouvir nossos
problemas, dizemos que ele tem "psicologia" para entender as pessoas.
❏ Não necessariamente é uma psicologia científica mas é um conhecimento que
adquiriu no dia a dia e que ele utiliza.
❏ As pessoas, normalmente, têm um domínio, mesmo que pequeno e superficial, do
conhecimento acumulado pela Psicologia Científica, o que lhes permite explicar ou
compreender seus problemas cotidianos de um ponto de vista psicológico.
O que é Ciência?
❏ Compõe-se de um conjunto de conhecimentos sobre fatos ou aspectos da realidade,
expresso por meio de uma linguagem precisa e rigorosa;
❏ Esses conhecimentos devem ser obtidos de maneira programada, sistemática e
controlada, para que se pergunta a verificação de sua validade;
❏ Suas conclusões devem ser passíveis de verificação e isentas de emoções, para
assim, tornarem-se válidas para todos.
❏ Faz da ciência uma forma de conhecimento que supera em muito o conhecimento
espontâneo do senso comum:
❏ Objeto específico,
❏ Linguagem rigorosa,
❏ Métodos e técnicas específicas,
❏ Processo cumulativo do conhecimento,
❏ Objetividade.
❏ Não é inata ao indivíduo, ou seja, a gente não nasce sabendo ciência, a gente
aprende a fazer ciência;
❏ Ele a constrói aos poucos, apropriando-se do material do mundo social e cultura, e
faz isso ao mesmo tempo em que atua sobre este mundo, ou seja, é ativo na sua
construção.
Psicologia Científica
❏ A Origem da Psicologia Científica:
❏ O conhecimento tornou-se independente da fé.
❏ Os dogmas da Igreja foram questionados.
❏ O mundo se moveu.
❏ A racionalidade do homem aparece, então, como a grande possibilidade de
construção do conhecimento.
❏ É no século XIX que os problemas e temas da Psicologia, até então
estudados exclusivamente pelos filósofos, passam a ser investigados pela
Filosofia e pela Neurofisiologia.
❏ Avanços nessa área levaram à formulação de teorias sobre o sistema
nervoso central (pensamento, percepções e sentimentos humanos são
produtos desse sistema).
❏ O berço da psicologia moderna foi a Alemanha no final do séc. XIX.
❏ Wundt, Weber e Fechner trabalharam juntos na Universidade de Leipzig.
❏ Seguram para aquele país muitos estudiosos dessa nova ciência, como o inglês
Edward B. Titchener e o americano William James.
❏ Status de ciência é obtido à medida que se “liberta” da Filosofia.
❏ Novos estudiosos e pesquisadores, sob os novos padrões de produção de
conhecimento, passam a:
❏ Definir seu objeto de estudo (o comportamento, a vida psíquica, a
consciência);
❏ Delimitar seu campo de estudo, diferenciando-o de outras áreas de
conhecimento, como a Filosofia e a Fisiologia;
❏ Formular métodos de estudo desse objeto;
❏ Formular teorias enquanto um corpo consistente de conhecimentos na área.
❏ Embora tenha nascido na Alemanha, é nos Estados Unidos que encontra campo
para um rápido crescimento;
❏ É nos EUA que surgem as primeiras abordagens ou escolas em Psicologia, as quais
deram origem às inúmeras teorias que existem atualmente.

Estruturalismo e Funcionalismo
Quando a psicologia foi estabelecida pela primeira vez como uma ciência separada da
biologia e filosofia, o debate sobre a forma de descrever e explicar a mente humana e
comportamento começou. As primeiras duas grandes escolas de psicologia a surgir durante
este tempo eram conhecidas como estruturalismo e funcionalismo.
Estruturalismo, de Edward Titchner (1867-1927)
❏ Está preocupado com a compreensão da consciência.
❏ Irá estudá-la em seus aspectos estruturais, isto é, os estados elementares da
consciência como estruturas do sistema nervoso central.
❏ Dizer-se que uma pessoa é constituída pelos seus sentimentos e sensações, que
organizados constituem a sua consciência.
❏ Os conhecimentos psicológicos produzidos são eminentemente experimentais, isto
é, produzidos a partir do laboratório.
❏ Apesar do estruturalismo ser subjetivo, ter feito o uso da introspecção o que levou a
uma falta de confiabilidade nos resultados e se preocupar muito com o
comportamento interno, que não é diretamente observável e não pode ser medido
com precisão, o mesmo é importante pois é a primeira grande escola de
pensamento em psicologia e influenciou o desenvolvimento da psicologia
experimental. Porém o estruturalismo não durou muito além da morte de Titchener.
Funcionalismo, de William James (1842-1910)
❏ Formado como uma reação ao estruturalismo, importa-se em responder “o que
fazem os homens” e “por que o fazem”.
❏ Elege a consciência como o centro de suas preocupações e busca a compreensão
de seu funcionamento, na medida em que o homem a usa para adaptar-se ao meio.
❏ O homem realizava as suas ações, com base na função que desempenhava na
sociedade.
❏ O funcionalismo teve uma influência importante sobre a psicologia. Ele influenciou o
desenvolvimento do behaviorismo e da psicologia aplicada. O funcionalismo também
influenciou o sistema educacional, especialmente com relação à crença de John
Dewey que as crianças devem aprender no nível para o qual são preparadas para o
desenvolvimento.
O estruturalismo e o funcionalismo se difamavam constantemente, embora ambas são
principalmente preocupadas com a autoconsciência, James escreveu que o estruturalismo
teve “muita escola, mas nenhum pensamento”, enquanto Wundt viu o funcionalismo como
“literatura” em vez de ciência.
Associacionismo, de Edward L. Thorndike (1874-1949).
❏ É resultante de um processo de associação de idéias— das mais simples às mais
complexas.
❏ Para aprender um conteúdo complexo, a pessoa precisaria primeiro aprender as
idéias mais simples, que estariam associadas àquele conteúdo.

No Século 20 a Psicologia Científica foi Substituída por Novas Teorias


Behaviorismo
Muitos aspectos do comportamento humano só começaram a ser explicados de maneira
científica a partir dos trabalhos realizados pelos psicólogos behavioristas.
O que é o Behaviorismo? Behaviorismo é uma palavra que deriva do termo “behavior”,
que em inglês quer dizer “comportamento”. Somado ao sufixo “ismo”, que no latim, entre
suas inúmeras definições, significa “fenômeno”, podemos deduzir que behaviorismo é uma
ciência que estuda a conduta dos seres vivos.
O principal objetivo dessa corrente é analisar os comportamentos objetivos, aqueles que
podem ser observados, fugindo de qualquer questão mais transcendental (a não ser que
estejamos falando do behaviorismo filosófico).
Origem do Behaviorismo - O behaviorismo nasceu no início do século 20, como uma
alternativa ao funcionalismo e ao estruturalismo. Ele busca estudar a previsão e o controle
do comportamento. Para muitos, o pai do behaviorismo é o norte-americano John B.
Watson que, em 1913, lançou o manifesto “A psicologia como um behaviorista a vê” e, um
ano depois, o livro “Behavior”. Para Watson, entender o meio no qual o indivíduo está
inserido ajuda a antecipar e a administrar o seu comportamento. Depois, vieram outras
vertentes do behaviorismo, que passaram a analisar a conduta em áreas como a filosofia e
a educação, por exemplo.
Tipos de Behaviorismo
❏ Behaviorismo clássico - também chamado de watsoniano, é o que tem em John B.
Watson a sua figura central. O objetivo teórico dessa corrente era abandonar, ao
menos em um primeiro momento, as preocupações com os processos mentais.
Sentimentos e emoções seriam relegados a um segundo plano e o foco principal
deveria estar no comportamento em si. Para Watson, os estudos sobre a mente
humana eram pouco efetivos, uma vez que seus resultados eram difíceis de ser
comprovados. A conduta, por sua vez, é considerada como algo mais palpável, que
pode ser observado mais claramente. Por conduta, ele entendia qualquer alteração
percebida perante um estímulo anterior. Os estímulos muitas vezes eram reflexos
musculares, como bater no joelho e a perna em repouso levantar, por exemplo. Até
por isso, o behaviorismo clássico também é chamado por alguns de ciência da
contração muscular.
❏ Behaviorismo metodológico - o behaviorismo metodológico é idêntico ao clássico.
Para alguns autores, inclusive, são sinônimos. Um dos grandes marcos desta
corrente é a chamada Lei de Pavlov, também conhecida como reflexo condicionado.
O experimento realizado pelo russo Ivan Pavlov consistia em comprovar que os
seres vivos são capazes de reagir de forma previsível perante um estímulo. Para tal,
Pavlov pegou um pedaço de carne e a mostrou para um cachorro, que logo
começou a salivar. Depois, junto com o alimento, ele também emitiu um efeito
sonoro e o animal continuava salivando. Por fim, depois de tanto repetir esse
procedimento, o russo parou de mostrar a carne e passou a somente soar o alarme.
O que aconteceu? O cão continuava a salivar mesmo sem ver o delicioso medalhão
suculento. Ou seja, o animal começou a associar o som da buzina com a comida,
por conta da repetição e da criação de um hábito. Ponto para Pavlov, que conseguiu
comprovar a sua teoria. Mas vale dizer que ela não se aplica exclusivamente aos
animais. Nós, humanos, também temos o reflexo condicionado. Quando pingamos
colírio em nossos olhos, por exemplo, as pupilas dilatam. Ou quando há uma
incidência de uma luz muito forte, elas se contraem.
❏ Behaviorismo filosófico - também chamado de analítico ou lógico, o behaviorismo
filosófico tem como principais pensadores o britânico Gilbert Ryle e o austríaco
Ludwig Wittgenstein. A corrente defende que o pensar e o agir estão intimamente
relacionados. Vamos dizer que, ao afirmarmos que alguém está sentido calor,
estamos tentando intuir o que passa na cabeça dessa pessoa. Afinal, não temos
como ter certeza, pois não controlamos sua mente. No entanto, alguns
comportamentos podem fazer com que tenhamos mais clareza antes de afirmar.
Quem está com calor normalmente apresenta suor e tenta se refrescar de alguma
forma, seja abanando ou bebendo algo gelado. Ou seja, quando atribuímos estados
mentais a uma pessoa – no nosso exemplo, supondo que ela está com calor -,
estamos também analisando o seu comportamento atual – suar, abanar, querer se
refrescar. De certa forma, é uma retomada à investigação do que se passa em
nossa mente, algo deixado de lado por behavioristas clássicos e metodológicos.
❏ Behaviorismo radical de Skinner - behaviorismo radical do filósofo Burrhus Frederic
Skinner, que retomou a cultura anti-mentalista, ainda que nunca tenha negado a
existência dos processos mentais. Para ele, as emoções não dão origem à nossa
conduta, pois elas também são partes integrantes do nosso modo de agir. A grande
contribuição de Skinner para o movimento foi a criação do condicionamento
operante, um método de aprendizado baseado na promoção de recompensas e
punições por comportamento. Ou seja, para atingir uma conduta desejável, a melhor
forma seria incentivar, oferecendo um prêmio positivo caso o indivíduo esteja indo
pelo caminho certo e, se algo estiver dando errado, seria preciso achar uma maneira
de repreensão. Ele comprovou a sua teoria através de um experimento no qual
alimentava um rato quando o animal pressionava o botão certo e dava um choque
quando a escolha fosse errada. Aos poucos, o roedor passou a seguir somente o
comportamento desejado. Assim, o pesquisador descartava pensamentos, emoções
e até a nossa liberdade de escolha. Para ele, na verdade, nossa personalidade e
nossa conduta têm ligação apenas com fatores externos. Você pode até pensar que
é do jeito que é porque quer, mas, segundo Skinner, você é assim porque foi
recompensado para ser dessa forma.
❏ Behaviorismo na educação - o behaviorismo via na educação uma ótima maneira de
analisar e modificar o comportamento humano. Segundo Watson, ao alterar
determinadas variáveis do ensino – maneira de transmitir o conteúdo ou diferentes
formas de estudar, por exemplo -, seria possível haver incrementos na
aprendizagem das crianças. Ele defendia, aliás, que, com os estímulos certos,
qualquer aluno poderia ter o seu comportamento moldado para, no futuro, exercer a
profissão de seu interesse. Mas foi com Skinner que o behaviorismo se aprofundou
mais em questões ligadas à educação. O conceito de condicionamento operante,
visto há pouco, é algo que, na opinião do pesquisador, poderia ser aplicado tanto
pelos pais no ensino pré-escolar, quanto, posteriormente, pelos professores nas
salas de aula. Desde que nascemos, somos incentivados a aprender. Primeiro,
recebemos reforços positivos para dar os primeiros passos sem cair, depois para
expressar as primeiras palavras – e por aí vai. No entanto, Skinner debruçava suas
principais críticas ao ambiente acadêmico. De acordo com ele, a forma como o
reforço era praticado nas escolas não era o ideal. Ao invés de punir aquele aluno
que eventualmente se portava de maneira inapropriada, o certo seria elogiar e
incentivar seus colegas mais comportados. Para ele, a expressão oral não é a única
forma de reforço positivo ou negativo para ser usado em classe. As próprias notas
são ferramentas avaliativas muito interessantes nesse sentido. Os reforços
negativos são os que merecem mais atenção. Professores não devem abusar da
autoridade para estabelecer castigos desmedidos. A consequência de punições
mais severas pode extrapolar a fronteira das salas de aulas e interferir no
comportamento do jovem, inclusive gerando traumas.
Gestalt
❏ Psicologia da Gestalt é uma perspectiva psicológica que enfatiza que a mente tende
a perceber o todo e padrões unificados em vez de pedaços que compõem essas
totalidades e padrões.
❏ A escola Gestalt da psicologia é talvez mais conhecida pelo desenvolvimento de
princípios de percepção visual que descrevem como nós organizamos partes visuais
em um todo, por exemplo, como nós mentalmente separamos o primeiro plano e o
fundo de uma imagem.
❏ Ao tentar entender o mundo que nos rodeia, a psicologia da Gestalt sugere que não
nos concentramos simplesmente em cada componente pequeno. Em vez disso,
nossas mentes tendem a perceber objetos como parte de um todo maior e como
elementos de sistemas mais complexos. Esta escola de psicologia desempenhou
um papel importante no desenvolvimento moderno do estudo da sensação e
percepção humana.
❏ Originária da obra de Max Wertheimer, a psicologia da Gestalt foi formada em parte
como resposta ao estruturalismo de Edward Titchener.
❏ Enquanto Wundt estava interessado em dividir as questões psicológicas em sua
menor parte possível, os psicólogos da Gestalt estavam interessados ​em olhar para
a mente e o comportamento como grandes sistemas. O princípio norteador do
movimento da Gestalt era que o todo é maior do que a soma de suas partes.
❏ O desenvolvimento desta área da psicologia foi influenciado por um número de
pensadores, incluindo Immanuel Kant, Ernst Mach, e Johann Wolfgang von Goethe.
❏ Leis da organização perceptiva Gestalt - a fim de entender melhor como funciona a
percepção humana, psicólogos da Gestalt propuseram uma série de leis de
organização perceptual, incluindo:
❏ A Lei da Semelhança
❏ A Lei da Pregnância
❏ A Lei da Proximidade
❏ A Lei da Continuidade
❏ A Lei de Fechamento
Psicanálise
A psicanálise foi fundada por Sigmund Freud (1856-1939). Freud acreditava que as
pessoas poderiam ser curadas, fazendo conscientes seus pensamentos e motivações
inconscientes. O objetivo da terapia da psicanálise é liberar emoções e experiências
reprimidas, ou seja, trazer o inconsciente ao consciente.
Pressupostos da Psicanálise:
❏ Psicólogos psicanalíticos veem problemas psicológicos como enraizados na mente
inconsciente.
❏ Sintomas manifestados são causados por distúrbios latentes (ocultos).
❏ As causas típicas incluem questões não resolvidas durante o desenvolvimento ou
trauma reprimido.
❏ O tratamento através da psicanálise se concentra em trazer o conflito reprimido à
consciência, onde o cliente pode lidar com isso.

Perspectivas atuais
Psicologia Positiva
❏ Novo movimento científico que surgiu defendendo a importância de valorizar as
potencialidades e virtudes humanas, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida
do indivíduo e prevenir as patologias.
❏ Seligman: “Precisamos olhar para o que dá certo com as pessoas”.
A essência da Psicologia Positiva é focar no que funciona.
❏ Tradicionalmente:
❏ Qual a sua queixa?
❏ Qual problema o trouxe aqui?
❏ O que está errado?
❏ Psicologia Positiva:
❏ O que está funcionando em sua vida hoje?
❏ Quais são as suas qualidades?
❏ O que você reconhece fazer bem?
Ao mudar as perguntas mudamos o foco e mudamos a realidade.
A Psicologia Positiva defende três importantes conceitos:
Teoria Geral Sistêmica
❏ O Sistema é um conjunto de partes interagentes e interdependentes que,
conjuntamente, formam um todo unitário com determinado objetivo e efetuam
determinada função.
❏ O universo é uma teia de relações e o homem é parte desta teia e está em
constante mudança.
❏ Ex: Uma vez que o homem é parte de uma teia de relações que muda
constantemente, quando um membro de determinada família adoece, todos os
outros membros têm suas vidas modificadas, de alguma forma e em alguma medida,
pelas mudanças que esse fato provocou.
Psicologia Social
❏ Importante área da psicologia que estuda a dimensão subjetiva dos fenômenos
sociais.
❏ Essa área da psicologia trabalha essencialmente com grupos, comunidades e
instituições.
❏ O psicólogo social não trabalha como psicoterapeuta.
❏ Seu papel é compreender a dimensão subjetiva dos fenômenos sociais e, a partir
disso, auxiliar os indivíduos de uma coletividade a entender a extensão dessa
experiência em suas vidas, além de ajudar na identificação de possíveis formas de
enfrentamento.

A subjetividade como objeto da Psicologia


O que é subjetividade?
❏ É a síntese singular e individual que cada um de nós vai constituindo conforme
vamos nos desenvolvendo e vivenciando as experiências da vida social e cultural,
ou seja, cada um vai ter sua subjetividade e essa subjetividade vai ser construída
com o decorrer da vida, com as vivências e experiências do dia a dia.
❏ É a maneira de sentir, pensar, fantasiar, sonhar, amar e fazer de cada um;
❏ É o que constitui o nosso modo de ser, ou seja, cada qual é o que é na sua
singularidade.

A Psicologia e o Misticismo
Práticas adivinhatórias e/ou místicas não são práticas da Psicologia:
❏ Não são construídas no campo da Ciência, a partir do método e dos princípios
científicos;
❏ Estão em oposição aos princípios da Psicologia, que vê não só o homem como ser
autônomo, que se desenvolve e se constitui a partir da sua relação com o mundo
social e cultural;
❏ As práticas místicas têm pressupostos opostos, pois nelas há a concepção de
destino, de existência de forças que não estão no campo do humano e do mundo
material.
❏ Exemplos de práticas místicas: tarô, quiromancia (leitura das mãos), astrologia.
Jogo do Mito ou Verdade
01 Mito ou Verdade?
“O psicólogo que perceber que seu paciente está exageradamente medicado, poderá
propor redução de dosagem, pois estudou Psicofarmacologia.”
Mito - O psicólogo por mais que estude a disciplina de Psicofarmacologia, não está
habilitado para prescrever medicamentos ou alterar o que o psiquiatra prescreveu para tal
paciente.
02 Mito ou Verdade?
“Quando fazemos um curso de Psicologia, passamos a nos conhecer melhor.”
Mito - O profissional da área de psicologia por mais que compreenda e ajude outras
pessoas não consegue fazer o mesmo por si, pois ver o nosso próprio eu e conseguir
avaliar de forma neutra nossos comportamentos psíquicos é quase que impossível, por isso
um psicólogo precisa de outro psicólogo para avaliar ele.
03 Mito ou Verdade?
“A ajuda prestada por um psicólogo é baseada em conselhos para orientar sua vida.”
Mito - A relação entre paciente e psicólogo tem que ter como base o diálogo e a confiança,
pois o paciente vai ao consultório atrás de alguém neutro e livre de julgamentos para contar
suas emoções, sentimentos e dificuldades, e o psicólogo tem a função de avaliar e ajudar o
paciente a identificar seus problemas para assim, com um trabalho em conjunto, conseguir
alcançar os resultados esperados.
04 Mito ou Verdade?
“Em caso de calamidade pública o psicólogo poderá oferecer seus serviços de escuta
psicológica por um preço promocional.”
Mito - Apesar da obrigação em prestar serviços em caso de calamidades públicas, a oferta
desse serviço mesmo querendo colaborar e ser solidário com as instâncias públicas e
promotoras de saúde, não pode sair do fiel seguimento ético do profissional.
05 Mito ou Verdade?
“Os psicólogos precisam conhecer tópicos biológicos, como por exemplo, a forma de
armazenamento da memória, por ser um campo específico dos neurologistas.”
Verdade - Para conhecer e avaliar o ser humano é necessário ter o conhecimento
principalmente da mente humana e os seus tópicos biológicos.
06 Mito ou Verdade?
“Assim como o médico trata da saúde física, a psicoterapia é indicada apenas para pessoas
com alguma sofrimento mental.”
Mito - Na psicologia tem áreas que tratam da saúde física, como a psicologia do esporte.
07 Mito ou Verdade?
“Psicoterapia é livre para todos, mas tratamento psicológico é indicado principalmente para
pessoas com alto poder aquisitivo.”
Mito - A psicologia é indicada para todas as pessoas, independente de suas idades ou
poderes aquisitivos, porém a mesma é mais frequentada por pessoas com maiores
condições financeiras.
08 Mito ou Verdade?
“Os tratamentos psicológicos levam anos para acabar pois o tratamento é feito através de
escuta terapêutica, que precisa de tempo para fazer efeito.”
Mito - A vários métodos de tratamentos psicológicos, então o tempo de duração varia
dependendo do método e do paciente.
09 Mito ou Verdade?
“Crianças só podem ir ao psicólogo depois que aprendem a falar.”
Mito - Há uma área na psicologia especializada no desenvolvimento infantil, chamada
psicomotricidade, que tem como objetivo o homem e seus movimentos em relação ao
mundo exterior e interior, e essa área tem foco nas crianças que ainda não sabem falar,
compreendendo elas por meio de avaliações relacionadas aos seus movimentos.
10 Mito ou Verdade?
“O divã é um instrumento de trabalho próprio do psicólogo, que pode ser utilizado ou não.”
Mito - O divã é indispensável no caso de atuação na clínica psicanalítica, porém as demais
linhas teóricas e técnicas não tem como obrigatoriedade o uso do divã, isso depende da
visão de cada profissional sobre a necessidade de utilizá-lo.
11 Mito ou Verdade?
“A letra grega Psi (Ψ) é uma homenagem ao tridente de Netuno, Deus da mitologia,
considerado pai da Psicologia.”
Mito - Há várias teorias relacionadas ao tridente, porém o mesmo tem esse formato por
conta da vigésima terceira letra do alfabeto grego “psi”.
12 Mito ou Verdade?
“Os psicólogos devem usar o bom senso para guiar sua prática profissional.”
Mito - Os psicólogos devem usar fatos científicos para guiar sua prática profissional.
13 Mito ou Verdade?
“O trabalho do psiquiatra é idêntico ao do psicólogo.”
Mito - O psiquiatra é formado em medicina, tende a se focar em aspectos mais biológicos e
atua no diagnóstico e tratamento de transtornos mentais, tem permissão para receitar
medicamentos e durante sua formação não recebe treinamento para realizar psicoterapia.
Já o psicólogo é formado em psicologia, o foco vai depender de sua abordagem, mas ele
costuma analisar principalmente aspectos psicológicos e comportamentais e diferentemente
do psiquiatra não tem permissão para receitar medicamentos e estuda psicoterapia.
14 Mito ou Verdade?
“Ser Psicólogo e ser Psicanalista é a mesma coisa.”
Mito - O psicanalista não precisa de formação em psicologia ou medicina, apenas
especialização em psicanálise já que ela não tem como base a ciência da psicologia ou
medicina, e sim a proposta de Freud. O mesmo atua como terapeuta.
15 Mito ou Verdade?
“O Psicólogo tem a capacidade de adivinhar o que os outros pensam, pois estudou para
isso.”
Mito - O psicólogo não adivinha o que os outros pensam ou pelo o que estão passando, ele
faz uma análise com base no comportamento e no diálogo.

Métodos e Técnicas de Pesquisa

Tradição Científica da Psicologia


❏ É por meio da leitura de literaturas (advindas das artes, filosofia e religião) que
aprendemos algo sobre como e por que as pessoas pensam e comportam-se de
uma determinada maneira.
❏ Os psicólogos defendem os meios da ciência como a melhor maneira de obter um
corpo bem organizado de informações acuradas.
❏ O método científico é tão fundamental à psicologia que ela é denominada como
ciência comportamental e os psicólogos como cientistas comportamentais.
❏ A Psi busca, na medida do possível, usar procedimentos objetivos na coleta de
dados, o que permitirá conclusões válidas sobre o comportamento.
Princípios-guia da Pesquisa
❏ Precisão:
❏ Não se baseiam em impressões pessoais;
❏ Planejam uma pesquisa que produza resultados em forma de números;
❏ Fazem medições de questões aparentemente imensuráveis como amor,
tristeza, ansiedade.
❏ Objetividade:
❏ Buscam ser objetivos;
❏ Tomam medidas para impedir que seus pontos de vistas influenciem seus
estudos.
Etapas da Pesquisa
1. Escolher o tema da investigação;
2. Delimitar o problema que quer investigar (Ex: “Na escola, o trabalho em grupo
resulta numa aprendizagem mais rápida do que o trabalho individual?”);
3. Formular uma hipótese a respeito do problema (a hipótese pode ser entendida como
uma explicação sugerida para o problema levantado);
4. Identificar as variáveis.
Variáveis
❏ As variáveis de uma pesquisa são as características de interesse a ser estudada em
cada elemento de estudo, podem ser qualidades, atributos, valores, números, etc.
São todas as medidas ou dados utilizados em uma pesquisa.
❏ Existem 4 tipos de variáveis em pesquisa, sendo:
❏ Variável Qualitativa - classificação por tipo/atributo, não são associados a
valores numéricos
❏ Nominal - características/atributos que não podem ser ordenados. Ex:
tipo sanguíneo - é uma característica que não há ordem pois posso
nascer com qualquer tipo sanguíneo
❏ Ordinal - características/atributos que podem ser ordenados. Ex:
escolaridade - podemos classificar os indivíduo como analfabeto,
1°grau, 2°grau e etc.
❏ Variável Quantitativa - escala de mensuração numérica
❏ Contínua - entre dois pontos de escala existem infinitos valores, ou
seja, em um intervalo de dois ponto se tem infinitas possibilidades
(colocar com post-it "são valores que podem ser quebrados"). Ex:
peso e altura
❏ Discreta - entre dois pontos de escala existe número finito de valores,
ou seja em um intervalo de dois pontos não se tem infinitas
possibilidades (colocar com post-it "são valores inteiros"). Ex:
quantidades de irmão, se alguém me perguntar quantos irmão eu
tenho, eu respondo que tenho 1, 2, 3 etc irmão, eu não posso ter 1
irmão e meio.
❏ Variável independente: ou variável de agrupamento, representa uma
grandeza que está sendo manipulada em um experimento. Condição
causadora ou influenciadora do comportamento.
❏ Variável dependente: ou variável de resposta, é o dado mensurado no
trabalho, representa uma grandeza cujo valor depende de como a variável
independente é manipulada. É o comportamento que está sendo estudado e
afetado pelas variáveis independentes.
Exemplo 1: “Na escola, o trabalho em grupo resulta numa aprendizagem
mais rápida do que o trabalho individual?”
Variável independente: tipo de trabalho individual ou grupo;
Variável dependente: rapidez na aprendizagem;
Exemplo 2: As crianças que foram bloqueadas em suas ações mostram-se
mais agressivas do que aquelas que não o foram.
Variável independente: ter ou não ter o bloqueio;
Variável dependente: grau de agressividade;
Metodologia - a metodologia é o estudo dos métodos. Isto é, o estudo dos caminhos para se
chegar a um determinado fim. Com o objetivo de analisar as características dos vários
métodos indispensáveis tais como: avaliar capacidades, limitações e criticar os
pressupostos quanto sua utilização.
Métodos básicos:
❏ Experimentação:
❏ Se caracteriza pelo controle das variáveis;
❏ “Experimentar é provocar o fenômeno que se quer estudar, sob condições
controladas, isto é, manter sob controle todas as condições relevantes que
possivelmente estejam relacionadas ao evento.”
❏ É o método que oferece o mais alto grau de certeza na conclusão, dadas as
condições de controle.
❏ Controlar significa tanto eliminar a possibilidade de uma condição influenciar
o evento, quanto manter essa influência constante, ou promover uma
variação sistemática da condição.
❏ A possibilidade de repetição do estudo é uma importante vantagem da
experimentação;
❏ Limitações:
❏ Dificuldade em generalizar a conclusão já que o comportamento
dificilmente será natural em situação controlada e artificial;
❏ Difícil reproduzir, sob condição controlada, influências nas situações
reais.
❏ Observação:
❏ Podem ser subdivididos em dois tipos;
❏ Observação naturalista:
❏ Observar e registrar o comportamento de organismos em seu
ambiente natural;
❏ Deve-se unicamente observar, sem interferir no comportamento que
está observando
❏ Envolve o estudo do comportamento natural, espontâneo, ocorrendo
no ambiente real da vida cotidiana;
❏ Indicado para o estudo de certas condutas como a infantil, a social, os
costumes de pessoas de culturas diferentes;
❏ Ex: choro bebê
❏ É o método básico de praticamente todas as ciências;
❏ Possibilita conclusões com um elevado grau de generalização, já que
estuda comportamentos espontâneos em situações reais;
❏ Costuma requerer muito tempo;
❏ Tem como dificuldade o risco de subjetividade. Para evitar
costuma-se:
❏ Treinar os observadores;
❏ Atuação mútua dos observadores;
❏ Observar um único comportamento por vez;
❏ Amostragem de tempo;
❏ Registro completo e analítico;
❏ Utilizar aparelhos auxiliares.
❏ Observação controlada:
❏ Limita a influência das variáveis extrínsecas sobre o comportamento;
❏ O pesquisador esconde-se atrás de um espelho unidirecional e
minimiza as possíveis influências de sua presença sobre o
comportamento do observado;
❏ Sua principal vantagem é o comportamento espontâneo;
❏ Permite conclusões mais fidedignas a respeito da influência de certos
fatores sobre o comportamento observado;
❏ O ambiente ser estranho ao sujeito pode promover comportamentos
atípicos.
❏ Levantamento:
❏ Método denominado de “estudo exploratório”;
❏ Psicólogos interessados em estudar (precisam levar em consideração):
❏ Variações nos costumes de uma cultura para outra;
❏ Preferências de um público consumidor;
❏ Determinadas atitudes de uma população.
❏ Fazem entrevistas ou aplicam questionário;
❏ As questões dos instrumentos utilizados deverão ser muito bem elaboradas
para evitar ambiguidade ou induzir respostas.
❏ Testes:
❏ Nos chamados testes de capacidade encontram-se os testes de inteligência
e aptidões específicas como: raciocínio espacial, mecânico, habilidade
numérica, rapidez, atenção entre outros.
❏ Nos de personalidade são avaliadas características como atitudes,
interesses, agressividade e traços de personalidade em geral.
❏ Tem como vantagem a objetividade e o curto tempo necessário para se
chegar aos resultados finais.
❏ Tem como limitação não mensurar todos os aspectos do comportamento.
“Um bom teste é o que possui um alto grau de fidedignidade ou precisão, isto é, aquele
que permite encontrar o mesmo resultado em aplicações diferentes, para um mesmo
indivíduo e, além disso, é o que possui, também, um alto grau de validade, ou seja, é um
instrumento que realmente mede o que se diz medir.”
Obs: Existem muitos testes e para saber quais são os testes validados e que podem ser
aplicados pelo psicólogo: Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos -
http://satepsi.cfp.org.br/. O SATEPSI foi desenvolvido pelo Conselho Federal de Psicologia
(CFP) com o objetivo de avaliar a qualidade técnico-científica de instrumentos psicológicos
para uso profissional, a partir da verificação objetiva de um conjunto de requisitos técnicos e
divulgar informações sobre os testes psicológicos à comunidade e às(aos) psicólogas(os).
❏ Questionários:
❏ Coletam informações sobre pensamento e o comportamento de um número
suficiente de indivíduos de forma rápida e pouco dispendiosa;
❏ O sucesso do questionário depende de:
❏ A redação da pergunta precisa ser simples e específica para que os
significados fiquem claros;
❏ As opções para cada pergunta devem refletir adequadamente a gama
de respostas possíveis;
❏ As perguntas não devem ser pró ou contra determinadas opções de
resposta.
❏ Mesmo quando as perguntas são cuidadosamente formuladas são difíceis de
interpretar porque as respostas podem ser imprecisas;
❏ Podem ser respondidos de forma aleatória, sem pensar.
❏ Entrevistas:
❏ São muito similares aos questionários, porém os investigadores obtém
relatos diretamente: face a face;
❏ Algumas são estruturadas, apresentando perguntas definidas. Na psiquiatria:
estruturadas;
❏ Outras são abertas onde os respondentes são livres para dizer o que
desejam. Psicologia: não estruturada;
❏ Tendo também as Semi Estruturada; e o Diagnóstico Clínico.
❏ Os entrevistadores precisam ter habilidades sociais, gerar confiança e
transmitir empatia;
❏ Estudo de Caso:
❏ Um dos métodos de pesquisa mais antigo;
❏ Os psicólogos estudam um ou mais sujeitos com maior profundidade, na
esperança de revelar verdades sobre todos nós;
❏ Tem como objetivo ajudar pessoas com algum tipo de problema;
❏ O psicólogo coleta informações sobre o paciente por meio de entrevistas,
testes e observações;
❏ Todos os dados, incluindo a história passada do indivíduo, seus exames
físicos e ficha clínica, informações familiares, etc., constituirão a base para o
diagnóstico;
❏ Foi com utilização deste método que Freud chegou às importantes
generalizações sobre o comportamento humano que fundamentaram a
psicanálise;
❏ Não é rigorosamente científico visto que lida com comportamento não
repetíveis, não se tendo controle e nem quantificação;
❏ Tem se mostrado útil e continuará sendo utilizado, mas seria indicado que se
introduzisse outras técnicas de estudo.

A estatística em psicologia
❏ Tem duas finalidades principais: a descrição e a interpretação dos dados coletados
pela pesquisa;
❏ A estatística descritiva auxilia a organizar os dados em tabela, graficamente, a
calcular as medidas de tendência central, etc.
❏ A estatística inferencial permite interpretar os dados e a chegar a conclusões.

A questão ética
❏ Quando estão envolvidos seres humanos como sujeitos numa pesquisa, surgem
naturalmente considerações de ordem ética.
❏ Será válido submeter pessoas à observação sem que ela saiba e tenha permitido?
❏ O psicólogo tem o direito de sujeitar pessoas a experimentos?
❏ Alguns testes não podem causar danos ao indivíduo?

Métodos de pesquisa em psicologia - Exercício


Philip, que é professor de primeiro grau, acha que os programas educativos da televisão,
como Vila Sésamo, promovem a capacidade de leitura nas crianças. Anuncia sua opinião
para os alunos e relata sua ideia aos pais, durante uma reunião de pais. Alguns pais
reagem com entusiasmo quando ele pede voluntários para participarem de um experimento
de 3 meses, a fim de testar sua hipótese. Dez voluntários são destacados para o grupo
experimental e instruídos a permitir que seus filhos assistam ao programa Sésamo, de uma
hora de duração, todos os dias depois das aulas. Os pais de dez outros alunos, escolhidos
ao acaso entre os membros restantes da turma, recebem a mesma instrução, só que o
programa a ser assistido é de desenhos animados não educativos, também com uma hora
de duração. Depois do período de três meses, Philip realiza um teste de leitura padronizado
com os dois grupos. Fica exultante ao descobrir que o resultado médio dos alunos no grupo
experimental é consideravelmente mais alto que o resultado médio dos alunos no grupo de
comparação.
1. Qual é o comportamento focal do estudo?
Habilidade de ler.
2. Qual é a hipótese de Philip?
Crianças que assistam ao programa Sésamo durante uma hora, todos os dias depois das
aulas tende a ter a leitura consideravelmente mais alta que crianças que assistem desenhos
sem utilidade educativa, durantes as mesmas uma hora, todos os dias depois das aulas.
3. Qual a variável independente?
O tipo de programa de televisão.
4. Qual é a variável dependente?
Pontuação de teste de leitura.
Ética em Pesquisa

O que é Ética?
É o estudo da moralidade, faz a distinção entre o bem e o mal, certo e errado, podendo
ser usada para qualquer valor moral.

Moral X Ética
Moral - “significa valores consagrados pelos usos e costumes em uma determinada
sociedade ou momento histórico”.
Ética - “significa juízo, reflexão crítica sobre valores: um julgamento onde os valores
morais podem entrar em jogo”.
“Quando estão envolvidos seres humanos como sujeitos numa pesquisa, surgem
naturalmente considerações de ordem ética.”
❏ Será válido submeter pessoas à observação sem que elas saibam disto e tenham
permitido?
❏ O psicólogo tem o direito de sujeitar pessoas a experimentos?
❏ Alguns testes podem causar danos, de algum tipo, aos indivíduos?

Ética e Pesquisa com Humanos


❏ Investigadores que trabalham com pessoas são responsáveis pela avaliação da
aceitabilidade ética de seus próprios projetos;
❏ Espera-se que respeitem uma série de padrões, dentre eles:
1. Informar os participantes sobre os aspectos da pesquisa;
2. Obter o consentimento;
3. Respeitar a liberdade de alguém que se recusa a participar e interromper a
participação a qualquer momento;
4. Proteger os participantes contra perigos físicos e mentais, prejuízos ou
desconforto;
5. Uma vez coletados os dados, esclarecer a natureza do estudo e quaisquer
concepções errôneas;
6. Manter sigilo das informações sobre os participantes.
Pesquisa de Campo
❏ Muitos cientistas que estudam o comportamento em ambientes naturais acham que
é impossível pedir consentimento previamente;
❏ O simples fato do indivíduo saber que está sendo observado altera seu
comportamento;
❏ Muitos participantes de pesquisa de campo provavelmente se recusariam a ser
observados se lhes fosse pedido antes;
❏ As pessoas têm o direito básico de não participar de um experimento ou
observação, se assim o desejarem.
Participantes que Não Podem dar Consentimento
❏ Crianças, prisioneiros, pacientes de hospitais de doenças mentais...;
❏ É justo estudar essas pessoas ?
❏ É suficiente pedir simplesmente permissão aos pais ou a outros parentes?
Por Que Os Psicólogos Estudam Animais?
❏ Para aprender sobre as pessoas, realizando experimentos que só são permissíveis
com animais;
❏ A fisiologia humana parece com a de muitos animais;
❏ Experimentos com animais levaram a tratamentos para doenças humanas.
Participantes Não-Humanos
❏ A ética de usar participantes não-humanos é desconcertante;
❏ Os animais que participam de pesquisas necessitam de cuidados veterinários
adequados;
❏ Precisam de alimentação adequada;
❏ Precisam ser postos em locais limpos e higiênicos;
❏ Devem ser preservados de dor excessiva;
❏ Buscar ponto de equilíbrio entre o bem-estar animal e o avanço do conhecimento e
bem-estar humano;
❏ Atualmente, diversos grupos de psicólogos estão trabalhando para reduzir o número
de animais em pesquisas, especialmente em estudos que não são tão importantes.
Padrão de Custos X Benefícios
❏ Muitas questões éticas são sutis e controversas;
❏ “Os benefícios justificam os custos?”
❏ “Os potenciais ganhos para os seres humanos justificam o prejuízo aos animais?”
Será ético realizar experimentos com animais?
❏ Alguns macacos devem ser expostos a um vírus parecido com o HIV na pesquisa
para o desenvolvimento de uma vacina contra a AIDS?
❏ Será que gostaríamos de nos privar dos experimentos com animais que levaram a
métodos mais eficazes do controle da obesidade, alcoolismo e estresse relacionado
à dor e à doença?
❏ Quantos de nós condenaríamos os experimentos de Pasteur com a raiva, que
fizeram alguns cães sofrerem, mas levaram a uma vacina que poupou milhões de
pessoas e também cães de uma morte angustiantes?
❏ Ironicamente, os próprios animais têm se beneficiado das pesquisas com animais;
❏ Estudos vêm ajudando a melhorar os cuidados em laboratórios, jardins zoológicos e
hábitats naturais;
❏ Uma psicologia que se preocupa com os humanos e é sensível aos animais pode
servir ao bem-estar de ambos.

A Ética na Produção do Conhecimento em Psicologia - Estudo Dirigido


1. Como surgiu no Brasil e no mundo as primeiras normas éticas de pesquisa com os
humanos?
Durante a segunda guerra mundial, na alemanha nazista, eram utilizadas pessoas
presas nos campos de concentração para a realização de pesquisas biomédicas, na qual
segundo os médicos da época os mesmos eram utilizados em prol da ciência. Os
experimentos científicos iam desde o grau máximo e mínimo de temperatura que um ser
humano pode suportar, até o tempo de vida de uma mulher cigana que bebia apenas água
salgada. Há relatos de experimentos feitos pelo Dr. Josef Mengele – Especialista em
Ciência Eugênica Instituto de Herança Biológica e Higiene Racial, Universidade de
Frankfurt, também conhecido como o “anjo da morte”, realizava experimentos
principalmente com irmãos gêmeos, anões e portadores de deficiências físicas, onde o Dr.
escalpelavam anões vivos com o propósito de provar serem fruto da excessiva
miscigenação de raças. Com essas e outras atrocidades cometidas que vieram a ser
divulgadas, os médicos que realizavam essas pesquisas - que segundo Kottow (2008) era
“tortura disfarçada de pesquisa” - foram julgados, como criminosos de guerra, no Tribunal
de Nuremberg em 1947 e condenou à morte vários médicos participantes de tal tortura.
Anteriormente a esse ocorrido durante a segunda guerra mundial, já eram utilizados
seres humanos em experimentos científicos, a própria Alemanha em 1930 promulgou um
“código de ética” que coibia certos abusos nas pesquisas com seres humanos, entretanto
esse código foi ignorado durante a época de Hitler.
As atrocidades cometidas se destacaram como um divisor de águas, na qual após esses
torturamentos disfarçados de pesquisas, foi criado diretrizes internacionais sobre ética na
pesquisa com seres humanos.
2. Quais os dois instrumentos nacionais que lidam com questões éticas na pesquisa?
O conselho federal da psicologia e a resolução 196/1996 do conselho de saúde.
3. Qual a crítica citada sobre o Código de Ética de Psicologia sobre a pesquisa?
O presente trabalho discute problemas éticos na pesquisa psicológica no Brasil, com
ênfase nas questões referentes aos princípios básicos de beneficência, justiça e respeito na
produção do conhecimento. Discute-se também a problemática causada pela ausência de
regras claramente estabelecidas e pela inexistência de um código de ética que lide com as
dificuldades e dilemas enfrentados por psicólogos no seu trabalho de pesquisa,
especialmente com grupos em situação de risco.
4. Quais os três princípios morais que servem de base para a conduta ética na pesquisa?
Cite os três e dê o significado de cada.
Respeito, Beneficência e Justiça
Respeito: é reconhecer uma pessoa como um indivíduo livre, único e autônomo. É
acreditar que cada pessoa tem o direito e a capacidade de tomar suas próprias decisões.
Beneficência: é a obrigação ética de exaltar o benefício e diminuir o prejuízo.
Justiça: é um princípio moral geralmente interpretado através da visão da justiça
distributiva, que diz respeito à forma como as pessoas avaliam as distribuições de bens
positivos.
5. Comente os principais tópicos que o autor cita sobre:
a. Beneficência - maximização de benefícios, minimização de danos, implica na ética moral
ao submeter um indivíduo a um estudo científico ponderando entres o risco mínimo e os
benefícios individuais e coletivos.
b. Respeito - consiste em proteção dos direitos, autonomia ao participante, consentimento
do sujeito, informações ao sujeito em linguagem compreensível, sobre a justificativa,
objetivos e procedimentos da pesquisa, sigilo e privacidade.
c. Justiça - refere-se a distribuição justa de benefícios e custos sociais ao indivíduo
independentemente do status social, raça, sexo, nacionalidade ou idade.
6. Qual a importância da publicação dos resultados obtidos na pesquisa?
A publicação dos resultados de pesquisa possibilitam um impacto científico e social,
atuam na criação de conhecimento, construção de teorias, teste e aplicações sociais.
7. Para que serve a comissão de ética?
Tem como foco ajudar na efetividade e sustentabilidade das atuações de promoção da
ética, devendo apurar diante uma denúncia, condutas em desacordo com as normas éticas
determinadas.
8. Quais os princípios éticos devem ser seguidos em relação a autoria e co-autoria da
pesquisa?
O princípio da justiça, ou seja, todos aqueles que deram uma contribuição significativa
para o trabalho devem ser listados como autores e a ordem de autoria deve refletir na
relevância da contribuição.

A Psicologia como Profissão

Que profissão é essa?


A Psicologia, no Brasil, é uma profissão reconhecida pela Lei 4.119, de 1962;
O exercício da profissão está relacionado ao uso (que é privativo dos psicólogos) de
métodos e técnicas da Psicologia para fins de diagnóstico psicológico, orientação e seleção
profissional, orientação psicopedagógica e solução de problemas de ajustamento.
O que é ser psicólogo?
Psicólogos são profissionais que estudam a ciência do comportamento humano e
aplicam este conhecimento no seu contexto profissional.
Sua ação técnica organiza-se em três grandes eixos:
❏ Prevenção - prevenir o desenvolvimento de problemas;
❏ Remediação - atua precisamente após se manifestarem as problemáticas;
❏ Promoção - visa capacitar os indivíduos, casais, famílias, grupos e comunidades, a
fim de promover competências específicas, lidar melhor com as situações da vida e
alcançar um maior bem estar.
Existem diversas linhas teóricas, onde o psicólogo pode fundamentar sua atuação:
❏ Teoria Psicanalítica - investiga e trabalha os conteúdos inconscientes da mente;
❏ Teoria Comportamental - enfoca os conteúdos conscientes e os comportamentos
condicionados;
❏ Teoria de Reich e Lowen - se focam em uma abordagem corporal;
❏ Psicodrama - utiliza técnicas psicoterápicas inspiradas no teatro e outras formas de
expressão corporal.
Ao contrário de psiquiatras, que são médicos, os psicólogos não podem receitar
medicamentos;
Cabe a ele fazer encaminhamentos psiquiátricos quando necessário.
Características necessárias para ser psicólogo:
❏ Facilidade de se comunicar;
❏ Equilíbrio emocional;
❏ Interesse pelos sentimentos humanos.
Características desejáveis:
❏ Autoconfiança;
❏ Autocontrole;
❏ Capacidade de análise;
❏ Capacidade de comunicação;
❏ Capacidade de concentração;
❏ Capacidade de observação;
❏ Curiosidade;
❏ Equilíbrio emocional;
❏ Espírito de investigação;
❏ Gosto pela pesquisa e pelos estudos;
❏ Interesse pela natureza humana;
❏ Método;
❏ Paciência;
❏ Raciocínio rápido;
❏ Senso de ética;
❏ Senso de responsabilidade;
❏ Vontade de ajudar o próximo.
Qual a formação necessária para ser psicólogo?
❏ Curso superior de psicologia, com duração de cinco anos, apresentação de projeto
de trabalho (monografia) ou de iniciação científica e estágio obrigatório.
❏ Registro no órgão profissional competente. CRP (Conselho Regional de Psicologia).
Principais atividades de um psicólogo
❏ Fazer a triagem de pacientes em clínicas e hospitais;
❏ Consultas de atendimento psicoterapêutico, com aconselhamento de pessoas com
dificuldades psicológicas;
❏ Auxiliar na reabilitação de pacientes com sequelas físicas;
❏ Acompanhar alunos com problemas de aprendizagem;
❏ Trabalhar em departamentos de recursos humanos;
❏ Planejar e avaliar programas de prevenção de problemas relacionados ao trabalho e
ao estresse como alcoolismo, drogas, desgaste familiar;
❏ Tratar de outras questões de saúde psicológica no contexto do trabalho;
❏ Conduzir atividades de estímulo e de atendimento educacional;
❏ Treinar e orientar casais, famílias e grupos maiores;
❏ Planejar e executar pesquisas;
❏ Prestar atendimento comunitário;
❏ Dar assessoria em questões jurídicas;
❏ Desenvolver programas educacionais.
Áreas de atuação e especialidades:
❏ Ensino - leciona no ensino fundamental, médio e superior. Além de cursos técnicos;
❏ Educação - oferece orientação psicopedagógica a educadores em geral. Desenvolve
trabalhos junto a pedagogos que favoreçam a aprendizagem.
❏ Área clínica - os psicólogos ajudam o indivíduo a identificar seus problemas e
encontrar formas para melhor lidar com esses. Poderão também auxiliar na
mudança de comportamentos ou hábitos que venham a atrapalhar o seu cotidiano,
bem como definir e pôr em prática formas construtivas de lidar com situações que
estão fora do controle do indivíduo.
❏ Psicomotricidade - emprega técnicas específicas no tratamento de alterações
psicológicas ou neuropsicológicas que afetam o desempenho motor, habilitando o
paciente a desenvolver as funções normais dos seres humanos.
❏ Social - planeja, executa e avalia programas comunitários e preventivos nas áreas
de saúde pública, educação, trabalho, lazer, violência e segurança. Pesquisa a
saúde mental da população. Faz acompanhamento em penitenciárias e órgãos de
atendimento a menores e a idosos.
❏ Trabalho - recruta, seleciona e avalia pessoal; elabora e aplica programas de
treinamento e de formação de mão-de-obra, criando os recursos humanos de
empresas.

Obs: Todo o conteúdo apresentado neste arquivo é de suma importância e está resumindo
a matéria estudada, portanto será marcado apenas os títulos para uma melhor organização
e compreensão.

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