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ESTRUTURALISMO

AULA 4
SISTEMAS E TEORIAS EM PSICOLOGIA

PROF. SANDRA RICARDO


PROF. SANDRA RICARDO

AULA 4 2
Edward Bradford Titchener foi um psicólogo estruturalista
britânico. Estudou em Leipzig, Alemanha com o mestre Wundt.
Voltou para o Reino Unido e tentou divulgar a nova psicologia,
mas esta não foi aceita pelos demais filósofos da época.
Nascimento: 11 de janeiro de 1867, Chichester, Reino Unido
Falecimento: 3 de agosto de 1927, Ithaca, Nova York, EUA
O estruturalismo foi cunhado por Edward Titchner e se concentra no material mental de um
indivíduo.

Basicamente, é um estudo dos componentes ou elementos mentais com a conexão


mecânica através do processo de associação.

Contudo, acabava descartando a ideia da percepção ter alguma participação nesse processo
mental.
A base de estudos do estruturalismo na Psicologia vai se voltar aos próprios objetos de apoio
dela.

Era validado que a Psicologia buscasse a natureza do que era visto como experiências
conscientes elementares.

Dessa forma, pode determinar sua estrutura e fazer uma análise dos elementos que a
constroem.
ORIGENS E EXPANSÕES

Pesquisando sobre o estruturalismo na Psicologia sempre vamos alcançar o trabalho


de Wihelm Wundt. Isso porque ele é visto como o fundador da Psicologia moderna,
montando em 1879 o primeiro laboratório psicológico da Alemanha. Por meio dele que ela
se tornou uma ciência independente da filosofia em meados do século XIX.

A partir daí que alcançamos o desenvolvimento sistemático de investigações a respeito dela.


Para isso, vários autores se dedicaram à Psicologia, contribuindo com a entrega de diversas
teorias e várias escolas de pensamento.

Wihelm Wundt
Edward Titchener, com base no que Wundt criou, deu luz ao que seria chamado de
estruturalismo.

Através daqui o estudo passava a ser a estrutura da nossa mente consciente, o que incluía as
sensações. De acordo com essa perspectiva, a proposta psicológica visava o estudo da
experiência consciente por meio da introspecção.
O INDIVÍDUO COMO ELEMENTO INDISPENSÁVEL

Na atuação do estruturalismo na psicologia sobre a experiência consciente, de acordo com


Titchener, tudo depende da pessoa. Isso acaba por diferir daquilo que os cientistas estudam
em outras áreas.

Para exemplificar, a Psicologia e a física podem estudar luz e som, contudo o profissional
usará métodos, orientação e objetivos distintos.

Continuando, os físicos estudam fenômenos pela perspectiva física enquanto os psicólogos


estudarão fenômenos com base na experiência de quem vivencia. Entretanto, outras
ciências não se valem desse método de experiências pessoais ou sentimentos descritivos.
Somente observarão e vão relatar os resultados encontrados.
Assim, o estruturalismo psicológico computa a participação primária do indivíduo para traçar
seu meio de estudo. Mesmo que funcione de modo distinto dos demais, consegue construir
resultados satisfatórios as pesquisas trabalhadas.

Exemplo
Para que compreenda a distinção, pense no exemplo de Titchener sobre uma sala com a
temperatura controlada de 30°C. Isso se dá a respeito da Física, de modo a observarmos essa
premissa pelos mecanismos ofertados por ela. Independente de estar ocupada ou não para
ser sentida, a temperatura permanece a mesma.
Por sua vez, a Psicologia vai se atentar se existe uma pessoa dentro dessa sala em específico
nessa temperatura. Esse indivíduo será um observador, de modo que a sua impressão do
lugar conte bastante quando for apurada.

Através da experiência dele, saberemos sobre a sensação de calor ou se sentia conforto ali
dentro.
A Psicologia vai estudar diretamente a experiência consciente que foi construída e aplicada
no momento.

O estruturalismo na Psicologia acompanhará as impressões de alguém em diversas situações


em que fica exposto.

Com base nos resultados, saberá exatamente sobre o indivíduo, suas projeções e como
reconhece o ambiente à sua volta.
A Textbook of Psychology

O livro A textbook of Psychology é de autoria do próprio Titchener e contribui à visão do


estruturalismo na Psicologia. Segundo ele, “todo conhecimento humano é derivado das
experiências humanas, não há outra fonte de conhecimento”. Com isso, a experiência
humana acaba por se ramificar na análise de diversas perspectivas em várias áreas.

Porém, apesar do número, não podemos afirmar que estão errados em prol de uma
perspectiva primária. Temos de lembrar que cada pessoa carrega vivências pessoais e muito
distintas entre si. Nisso, o repertório de conhecimentos acaba mudando entre os indivíduos
e construindo saberes diferentes.
No momento de estudar a experiência consciente, Titchener frisou sobre uma chance de
erro nesse caminho. Tal possibilidade foi apelidada de erro de estímulo. Basicamente, pode
haver uma confusão com o processo mental envolvido sobre o objeto de observação.

PROJEÇÕES
Continuando o estruturalismo na Psicologia, imagine que mostramos uma maçã para uma
pessoa qualquer. Em seguida, pedimos que ela descreva o que está vendo e, certamente,
falará que se trata de uma maçã. Nisso, ela não vai descrever as suas características com a
forma, brilho, cor, tamanho…
Isso se explica com:

FALHA DE ESTÍMULO
Essa falta de descrição quanto aos elementos pertencentes à maçã foi o que abrimos linha
acima, o erro de estímulo. Para Titchener, isso acontece porque as características foram
deixadas em segundo plano, favorecendo a descrição mais conhecida e simplista.
Consequentemente, quem observa não está analisando o objeto, mas interpretando ele.
A CONSCIÊNCIA COMO UM AGLOMERADO

Edward Titchener indicava a consciência como uma soma do que experimentamos em certo
período.

Nisso, a mente era um somatório do conhecimento acumulado ao longo do tempo. De


acordo com ele, o único propósito legitimado da Psicologia era indicar os fatos estruturais da
mente e pesquisá-los.
ESTRUTURALISMO E FUNCIONALISMO

O estruturalismo na Psicologia, construído por Wundt, era material relevante à pesquisa


humana. A Psicologia em si como ciência recebeu avaliações distintas do estruturalismo e do
funcionalismo. O olhar sobre isso acabou por se dividir por causa de:

OPOSITORES

O estruturalismo e o funcionalismo na Psicologia possuíam naturezas distintas. O segundo


acaba por estudar os movimentos funcionais da mente, de modo a direcionar ao
comportamento. Segura-se na teoria darwinista sobre a evolução e adaptatividade do
homem.

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