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Dois Diferentes tipos de

Conceções sobre o estudo


do ser humano
Wundt e a consciência

Biografia Elementos à estrutura


01 03

02 A consciência 04 Metodologia de
investigação
Wilhelm Maximilian Wundt nasceu em
16 de agosto de 1832 e morreu a 31 de
agosto de 1920. Foi considerado o pai
da psicologia experimental, tendo
fundado o primeiro laboratório de
psicologia experimental em 1879, na
cidade alemã de Leipzig. Este estudou
as sensações resultantes de estímulos,
unidades mais simples da consciência
que poderiam ser objeto de medida.
A consciência
Este estudou as sensações resultantes de estímulos,
unidades mais simples da consciência que poderiam ser
objeto de medida. A consciência era constituída por várias
partes distintas. Para Wundt a primeira etapa da
investigação de um facto deve ser uma descrição dos
elementos individuais e simples que constituem a mente e
a consciência.
E por elementos simples entende-se as
sensações. No entanto, Wundt não aceitava
que os elementos constitutivos da mente se
interligam de forma passiva através de um
processo mecânico de associação. Para ele, os
elementos da consciência não eram estáticos:
a consciência tinha um papel ativo na
organização do seu próprio conteúdo.

- “As características distintas da mente são


meramente subjectivas: apenas as
conhecemos através dos conteúdos da
nossa própria consciência”
Elementos à
03 estrutura
Wundt inaugurou uma corrente da psicologia, denominada por
“estruturalismo”, cuja finalidade era descobrir a "estrutura" da
mente ou da consciência. Assim, através da perspetiva analítica,
Wundt decompõe a mente em fenómenos mais simples, e estes
em outros ainda mais simples, até chegar às sensações puras,
consideradas como os elementos ou as unidades constitutivas de
todos os fenómenos mentais, dos mais simples aos mais
complexos. Deste modo, entende-se que os elementos simples
que constituem a consciência são as sensações e os sentimentos.
As sensações ocorrem sempre que um órgão dos sentidos é
estimulado e esta informação é enviada ao cérebro, enquanto
que o sentimento é a componente subjetiva da sensação, ou
seja, acompanham a sensação mas não fazem parte do
estímulo. Assim, uma sensação pode ser acompanhada de
um sentimento de alegria ou tristeza, como acontece, por
exemplo, com as cores (sensação visual).
Wundt, para testar os elementos simples da consciência,
submeteu a sua turma a uma experiência: Levou para a sala
de aula um metrónomo e registou as reações dos seus alunos
ao som incomodativo. Observou-se que o sentimento
subjetivo acontece ao mesmo tempo que as sensações físicas.
A emoção é, assim, constituída por um conjunto complexo de
sentimentos.
De seguida, constatamos como, partindo de elementos simples como as sensações, a
consciência, no seu processo criativo de organização, produz ideias. No entanto, se o
estudo dos processos mentais deve seguir o percurso do mais simples ao mais complexo, o
mesmo não se passa com a forma como conhecemos a realidade. Por exemplo, quando
percecionamos um carro, encaramo-lo como uma unidade, um todo (complexo), e não
como uma soma de elementos que o constituem e que podem ser estudados num
laboratório (simples).

Deste modo, Wundt recorre ao conceito de apercepção para explicar esta experiência
consciente unificada: processos de organização dos elementos mentais que formam uma
unidade
Esta unidade não é a soma dos elementos constitutivos, mas
uma combinação que gera novas propriedades e
características. Por isso, afirma que “Todo o composto
psíquico é dotado de características que de modo algum
consistem na mera soma das características das partes.” de
modo a salientar que as características da consciência não são
as mesmas do que as dos seus constituintes.
Para concluir, a partir de muitas experiências, Wundt e outros psicólogos
aperceberam-se que as sensações combinam se de tal forma que o resultado final
pressupõe, não uma mera soma de elementos, mas algo mais do que os elementos
constituintes. Ou seja, as sensações associam-se umas às outras segundo
determinadas leis e descobrir essas leis foi um dos objetivos que levou Wundt a
controlar a introspeção por processos laboratoriais, levando à sua primeira tarefa da
psicologia, a analítica, e à segunda, a sintética, de modo a reconstituir a estrutura
global dos processos mentais.
Metodologia de
04 investigação
Como metodologia de investigação, Wundt utilizou a
introspeção controlada como método. Ou seja, recolheu
dados com o objetivo de analisar a "experiência
consciente", reduzida, em último caso, a um conjunto de
sensações. Assim, provocava nos sujeitos pequenas
sensações de luz ou de som, pedindo-lhes que analisassem
e descrevessem o que sentiam. Como psicólogo, cabia-lhe
o papel de anotar e de interpretar os resultados. Nesta
análise que os sujeitos faziam de si próprios, residia o
essencial da introspeção. Portanto, o método introspetivo
propõe a observacão sistemática e a descrição dos
conteúdos de consciência feita pelo próprio sujeito, para
que possam ser estudados pelos psicólogos.
Como a subjetividade é fator de viés
cognitivo, Wundt considera que, para
conduzir a resultados fiáveis e rigorosos, a
introspeção deve ser disciplinada pelo
controlo experimental. Neste sentido,
interroga os sujeitos imediatamente a seguir
ao momento em que lhes provoca as
sensações, e procura também selecionar os
sujeitos participantes recorrendo aos seus
alunos, pessoas entendidas em psicologia e
com linguagem adequada às descrições.
O papel do sujeito na observação e na
descrição do que se passa consigo faz
com que este funcione ao mesmo
tempo como observador e observado, o
que traz limitações e falta de rigor ao
uso deste método.
Limitações do método introspetivo

Como tal, a falta de rigor deve-se :

- 1. À dificuldade para o observador observar-se a si mesmo. O sujeito


pensante não se pode dividir em dois, um que pensa e outro que se
analisa a pensar.
- 2. Aos fenómenos psíquicos não coincidirem com a sua observação.
Isto leva a recorrer à memória, o que provoca distorções.
- 3. À tomada de consciência de um fenómeno alterar esse fenómeno,
reduzindo as componentes afetivas.
- 4. À auto-observação não poder ser controlada por outros observadores,
- dado que é impossível observar a consciência de outrem.
- 5. Aos sujeitos poderem não dispor de linguagem apropriada para
transmitir o que se passa no seu interior.
Em relação às limitações, os seguintes pontos podem ser destacados:


1. Não se destina aos fenómenos fisiológicos, visando apenas os
psicológicos.

● 2. Não se pode aplicar a crianças, animais e doentes mentais.

● 3. Não permite a observação de fenómenos inconscientes,


destinando-se apenas aos conscientes.
Watson e o comportamento observável
01 02
Biografia e
Behaviorismo
contextualização

03
Controlo do
comportamento humano e
exemplo
John B. Watson nasceu em 1978 na Carolina do Norte e morreu em 1958
em Nova Iorque. Foi um psicólogo considerado o fundador do
comportamentalismo, também chamado de “behaviorismo” pelo mesmo.
John Watson como professor de psicologia animal, desenvolveu
investigações, fundamentalmente sobre o comportamento de ratos e
macacos. São as suas experiências com animais, controladas de forma
rigorosa e objectiva, que lhe vão inspirar o modelo de psicologia. Com 29
anos, foi lecionar na Universidade de Baltimore, onde desenvolveu,
durante 13 anos, o fundamental da sua pesquisa, instalando um laboratório
de psicologia animal. Em 1913 publicou o artigo "A Psicologia como um
comportamentalista a vê", onde apresenta os fundamentos da sua teoria.
Para Watson, a psicologia não devia ter em conta nenhum tipo de
preocupações introspectivas, filosóficas ou motivacionais, mas apenas os
comportamentos objetivos, concretos e observáveis.
02 Behaviorismo
Como Watson defendia que a psicologia tinha de ser
objetiva, acabou por rejeitar a psicologia tradicional,
que tinha como objeto de estudo a mente e a
consciência através da introspeção. Apesar de não
descartar os estados mentais e a consciência, acredita
que estes não se podem estabelecer como objeto de
estudo da psicologia, pois os mesmos são integrantes
da vida pessoal de cada um e não objeto de ciência.
John B. Watson compreendia as suas teorias numa
corrente que dava pelo nome de behaviorismo, cujo
objetivo é estudar o comportamento (atividade do
organismo; conduta; interação com o meio ambiente),
estabelecendo relações entre respostas objetivamente
observáveis que o organismo executa face a estímulos
também objetivamente observáveis e entre causas e
efeitos.
Deste modo, a psicologia deve cingir-se ao
binómio situação-reação (S-R):
• Situação - estímulos objetivamente
observáveis do meio ambiente.

• Reação - respostas objetivamente


observáveis de um organismo

Este binómio tinha como objetivo prever


uma reação perante a um respectivo
estímulo e também determinar perante uma
reação o estímulo que a provocou.
Controlo do
3 comportamento
humano e exemplo
Os comportamentos são as aprendizagens
condicionadas pelo meio em que nos
envolvemos (estímulos externos) o ser
humano reage aos estímulos externos em
função dos comportamentos
condicionados que adquiriu, ou seja, os
comportamentos do ser humano podem ser
controlados, manipulando as situações do
meio ambiente.
Watson realizou uma experiência com Rosalie Rayner com
o intuito de mostrar o modo como ocorre a aprendizagem,
no caso, o medo. Utilizou como cobaia uma criança de 11
meses, o “Pequeno Albert”, e a experiência consistia em
analisar qual a reação da criança à presença de animais de
diferentes espécies. Inicialmente, Albert, tem contacto com
um coelho branco com o qual brinca, mas que não lhe
despertou qualquer reação. O mesmo acontece com um
rato branco. A certa altura, os experimentadores fazem soar
um som que passaram a associar ao aparecimento do rato,
provocando o medo na criança. Ao ver o rato começou a
chorar. Concluíram que grande parte das respostas dos
seres humanos são resultados de aprendizagens
condicionadas pelo meio.
Watson rejeita qualquer ideia de
transmissão hereditária de uma aptidão ou
qualidade de carácter. “O homem não
nasce, constrói-se”, isto é, o meio constrói
o ser humano.
Trabalho realizado por :

Débora Monteiro Lara Ferreira

Daniel Branco Guilherme Jordão


Bruna Marques

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