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Modelagem é quando você quer instalar um comportamento num indivíduo e ele não
possui esse comportamento, mas você fará um processo para que, dessa forma, ele
adquira.
"[...] um procedimento chamado modelagem pode ser utilizado para instalar um
comportamento que o indivíduo nunca emitiu. O modificador de comportamento começa
por reforçar uma resposta que ocorre com frequência superior a zero e que se pareça,
pelo menos remotamente, com a resposta final desejada. [...] A modelagem pode ser
definida como o desenvolvimento de um novo comportamento por meio do reforçamento
sucessivo de respostas cada vez mais próximas ao comportamento final desejado e da
extinção das respostas anteriormente emitidas (MARTIN; PEAR, 2009, p. 145-146)."
Exemplo de modelagem: temos um estímulo discriminativo, no qual a mãe e na presença
da mesma um bebê que reproduz um som o mais próximo possível de “mamãe”. E ao
escutar essa verbalização, a mãe reforça positivamente com um sorriso, por exemplo.
Diante do estímulo discriminativo que é a presença do pai, a criança se comporta de outra
maneira, ela tenta associar a presença do pai com a fala “pa”. Então, o reforçamento é
sucessivo porque o objetivo geral é que a criança apresente evolução na comunicação
chegando finalmente nas palavras “mamãe” e “papai”. Ou seja, a última etapa é a
extinção do que foi utilizado nos reforços anteriores.
Cinco dimensões do comportamento que podem ser modelados: topografia, frequência,
duração, latência e intensidade (MARTIN; PEAR, 2009). A topografia é quando a criança
apresenta a mesma resposta de formas diferentes. A frequência refere-se à quantidade
em que o comportamento ocorre no contexto desse indivíduo. A duração, quanto tempo
ocorre esse comportamento seja ele adequado ou não. O tempo de latência ou espera é o
tempo em que a criança está processando determinada ação. E, a intensidade, é a
quantidade de vezes que o comportamento ocorre.
Atenção aos termos “esvanecimento” e “modelagem”. Pois, esvanecimento é a
modificação gradual de um estímulo com a mesma resposta. Enquanto a modelagem é a
modificação gradual da resposta com o mesmo estímulo. Por exemplo, o ensino da letra
bastão e cursiva.
Fatores que influenciam na eficácia da modelagem: especificar o comportamento final
desejado, escolher um comportamento inicial, escolher as etapas da modelagem e
avançar no ritmo adequado. Fique atento às ciladas da modelagem!
Por outro lado, a modelação é
"[...] uma intervenção de modelação envolve uma instrução para que o aprendiz atente a
um outro indivíduo (ou seja, o modelo) e, em seguida, engaje-se em comportamentos
semelhantes aos do modelo. Isso pode ser feito por um modelo ao vivo ou por meio de
um vídeo previamente desenvolvido com ações específicas (SELLA; RIBEIRO, 2018, p.
94)."
A modelação ao vivo é presencial, se relacionando diretamente com outra pessoa.
Enquanto a videomodelação envolve obrigatoriamente o uso de vídeo para ensinar algo
para a criança, por exemplo, ensinar a brincar, a escovar os dentes, entre outros. É de
extrema importância ter atenção com os termos “instrução” e “modelação”. Dessa forma,
a criança irá aprender por meio de observação (modelação), instrução e por meio das
consequências - sejam elas reforçadoras ou não.
"Na modelação, a relação entre as respostas e suas consequências é diretamente
observada, enquanto que na instrução apenas se descreve esta relação. Além disso,
responder de acordo com instruções depende de uma história individual de reforçamento
do seguir instruções (SUDO; SOUZA; COSTA, 2006, p. 61)."
A relação entre a video modelação e TEA são:a natureza visual da estratégia: auxilia nas
dificuldades de imitação e observação; ela permite atentar para fatores relevantes do
comportamento e não para estímulos irrelevantes. Em função do déficit social é possível
que pessoas com TEA se atentem mais para video modelação que modelação ao vivo,
além da flexibilidade da formatação do vídeo e habilidades direcionadas são modeladas
em ambientes próximos aos naturais.
Referências
LOBATO, A.; NOGUEIRA, C.; SANTOS, A. Modelação e video modelação. In Duarte, C.
P.;
Silva, L. C.; Velloso, R. L. (Org.) Estratégias da Análise do Comportamento Aplicada para
Pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo. São Paulo: Memnon, 2018.
MARTIN, G.; PEAR, J. Modificação de comportamento: o que é e como fazer. 8. ed. São
Paulo: Roca, 2009.
SELLA, A. C.; RIBEIRO, D. M. Análise do comportamento aplicada ao transtorno do
espectro autista. 1. ed. Curitiba: Appris, 2018.
SUDO, C. H.; SOUZA, S. R. de; COSTA, C. E. Instrução e modelação no treinamento de
mães no auxílio à tarefa escolar. Revista brasileira de terapia comportamental e cognitiva,
v. 8, n. 1, p. 59-72, 2006.
KANAMOTA, Juliano Setsuo Violin. Resposta de observação e generalização de
estímulos. 2018. Tese (Doutorado em Psicologia Experimental) - Instituto de Psicologia,
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018.
SARMENTO DA SILVA GUIMARÃES, Mariane et al. Treinamento de profissionais para
implementação de Ensino por Tentativas Discretas a crianças diagnosticadas com
Transtorno do Espectro Autista. Acta Comportamentalia: Revista Latina de Análisis del
Comportamiento, v. 29, n. 2, 2021.
FERREIRA, Luciene Afonso; SILVA, Álvaro Júnior Melo e; BARROS, Romariz da Silva.
Ensino de aplicação de tentativas discretas a cuidadores de crianças diagnosticadas com
autismo. Perspectivas, São Paulo , v. 7, n. 1, p. 101-113, 2016.
1º Quiz
1 - Assinale a alternativa que melhor define o conceito de modelagem.
Alternativas
1. É o ensino de um comportamento por meio de reforçamento sucessivo de respostas cada vez mais
próximas do comportamento-alvo desejado e a extinção de respostas anteriormente emitidas.
2. É o ensino de um comportamento por meio do Ensino por Tentativas Discretas.
3. É o ensino de um comportamento por meio de reforçamento sucessivo de respostas cada vez mais
próximas do comportamento-alvo desejado.
4. É a aprendizagem de um comportamento por meio de sua observação.
#2 - Assinale a alternativa que melhor define o conceito de modelação.
Alternativas
1. É a aprendizagem de um comportamento por meio do Ensino por Tentativas Discretas.
2. É a aprendizagem de um comportamento por meio de reforçamento sucessivo de respostas cada
vez mais próximas do comportamento-alvo desejado.
3. É a aprendizagem de um comportamento por meio da observação direta das respostas e de suas
consequências.
4. É a aprendizagem de um comportamento por meio de reforçamento sucessivo de respostas cada
vez mais próximas do comportamento-alvo desejado e a extinção de respostas anteriormente
emitidas.
#3 - Quais são os diferentes tipos de modelação?
Alternativas
1. Modelagem
2. Modelação ao vivo e videomodelação
3. Videomodelação
4. Modelação ao vivo
O ensino em ambiente natural é diferente de DTT que é o ensino por tentativas discretas
ou treino por tentativas discretas, e ele ocorre de forma muito estruturada. Esse estudo
surgiu a partir da necessidade de ensinar um comportamento verbal e promover uma
generalização desse ambiente.
“As estratégias de ensino em ambiente natural surgiram da necessidade de facilitar a
aquisição de comportamento verbal e de promover a generalização em ambientes nos
quais há menos controle das variáveis terapêuticas como a casa e a escola. Tais
estratégias focam na emissão natural do comportamento e em respostas mais prováveis
de serem generalizadas, mais do que em padrões de respostas”. (SELLA; RIBEIRO,
2018, p. 200)
O ensino naturalístico é "Um comportamento é naturalmente emitido, quando a produção
de suas consequências mantenedoras é produto do responder do próprio organismo”
(SELLA; RIBEIRO, 2018, p. 200).
Já o ensino incidental
“[...] refere-se a uma situação de ensino que é selecionada pela criança. Dessa forma,
ocorre uma “interação entre um adulto e uma criança em uma situação não estruturada,
como a hora da brincadeira, e que é utilizada pelo adulto para transmitir informações ou
ajudar a criança a praticar alguma habilidade” (HART; RISLEY, 1975, p. 411)”.
Existem alguns elementos que são fundamentais para a estratégia de ensino naturalista,
e são eles, as estratégias de motivação, as habilidades e o contexto. As estratégias de
motivação seriam quando a criança apresentasse uma resposta, e essa resposta terá um
efeito alterado no reforçador. Também é importante definir quais habilidades serão
ensinadas nesse procedimento de ensino. Por fim, o contexto, é necessário que seja
possível generalizá-lo em outros ambientes ou para outras pessoas, porque esta é a
principal estratégia do ensino naturalístico.
As Operações Motivacionais “alteram temporariamente a eficácia das consequências,
como reforçadores ou punições (um efeito de alteração de valor)” e “Influenciam
comportamentos que normalmente levam a tais reforçadores ou punições (um efeito de
alteração de comportamento) (Laraway, Snycerski, Michael e Poling, 2003)”.
Existem dois tipos de Operações Motivacionais, as incondicionadas e as condicionadas.
O primeiro caso Operações Motivacionais Incondicionadas está relacionado a
comportamentos inatos e a OM estabelecedora incondicionada (OMEI) é a: “[...] privação
de água, de sono, de atividade, de oxigênio e OM supressora incondicionada está
relacionada a estimulação sexual (e a saciedade em relação a cada um desses itens é
uma OMSI)”. Já o segundo caso as Operações motivacionais estabelecedoras
condicionadas (OMEC): “[...] é um motivador que aumenta momentaneamente o valor de
um reforçador condicionado e que aumenta a probabilidade de ocorrência de um
comportamento que, no passado, levou a tal reforçador” (MARTIN; PEAR, 2009, p. 280-
282).
As seguintes habilidades são ensinadas no ensino naturalístico: “Nas estratégias de
Ensino Naturalísticas, as habilidades são ensinadas no curso das experiências, interações
e rotinas diárias da criança. Incluem, frequentemente, habilidades de diversos domínios
do desenvolvimento como habilidades sociais, de comunicação, de brincar e cognitivas”
(SCHREIBMAN et al., 2015).Nesse sentido, a escolha de habilidades-alvo que favoreçam
o desenvolvimento de outras habilidades é uma prioridade”.
E, os procedimentos de ensino são a modelagem, as dicas e as consequências naturais.
A modelagem você vai ensinar um comportamento para a criança, por meio de
aproximações e reforçamentos sucessivos até que ela atinja a resposta esperada. As
dicas serão apresentadas se a criança mostrar muita dificuldade, e as consequência
precisam ser naturais dentro desse contexto.
A seguir segue tabela comparando todo o conteúdo dito até o momento sobre o DTT e IT:
grafico
(SELLA; RIBEIRO, 2018, p. 210)
As vantagens e desvantagens do Ensino Incidental geram em torno da motivação e o
ambiente natural com uma quantidade grande de treino e atividades. Ao passo que, as
desvantagens estão relacionadas com quantidades menores de tentativas e sua
complexidade, portanto a criança possui menos chances de acertar.
2º Quiz
1 - O Ensino Incidental é considerado:
Alternativas
1. Treino por Tentativas Discretas.
2. Ensino por Tentativas Discretas.
3. Ensino Naturalístico.
4. Operação Motivacional.
#2 - Quais elementos são fundamentais em uma estratégia de ensino naturalística?
Alternativas
1. Estratégias de motivação, definição das habilidades a serem ensinadas e de contextos em que os
comportamentos são facilmente generalizados.
2. Estratégias de motivação e definição dos estímulos discriminativos.
3. Treino por Tentativas Discretas e estratégias de motivação.
4. Operação motivacional.
#3 - “Privação de água, de sono, de atividade, de oxigênio e de estimulação sexual” são exemplos
de:
Alternativas
1. Operações Motivacionais Estabelecedoras Incondicionadas.
2. Operações Motivacionais Estabelecedoras Condicionadas.
3. Operações Motivacionais Supressoras Incondicionadas.
4. Todas as alternativas anteriores estão corretas.
#4 - Assinale a alternativa que não corresponde ao Ensino Incidental.
Alternativas
1. A criança escolhe o estímulos e inicia as interações.
2. Todas as tentativas da criança são reforçadas.
3. São utilizados reforçadores primários e arbitrários pareados com reforçadores sociais.
4. O treino é conduzido por meio dos interesses da criança.
#5 - Quais são os procedimentos de ensino utilizados no ensino naturalístico?
Alternativas
1. Modelagem, modelação e dicas flexíveis.
2. Modelagem, dicas flexíveis e consequências naturais.
3. Modelação, dicas flexíveis e consequências naturais.
3º Texto
Ensino por tentativas discretas