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Reforço Positivo
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Mestre em Psicologia pela Universidade Federal de São Carlos
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Doutora em Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos
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Doutor em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo
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Mestre em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo
desse comportamento”. Reforço positivo, grosso modo, tem sido usado como sinônimo de
recompensa. Aliado ao conceito de reforçador positivo, o princípio chamado reforço positivo
estabelece que, se alguém em uma dada situação faz algo que é seguido imediatamente por um
reforçador positivo, então essa pessoa é mais propensa a fazer a mesma coisa na próxima vez
que estiver em uma situação semelhante.
Alguns estímulos são considerados reforçadores para quase todo mundo. Porém, isso
não é uma regra, e a escolha dos reforçadores é essencial para o sucesso do reforço. A maioria
dos reforçadores positivos é agrupada em um dos seguintes grupos: alimentar, atividade,
manipulável, posse e social. Se o indivíduo que terá o comportamento reforçado sabe ler, uma
alternativa é o questionário ou menu de reforçadores,
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Um outro exemplo que podemos observar para diferenciar reforçador intrínseco
e extrínseco é: o conhecimento é um reforçador intrínseco para o comportamento de estudar,
enquanto o elogio do professor é um reforçador extrínseco.
Dentre os problemas que o reforço positivo pode causar quando utilizado de forma
incorreta, podemos citar a aplicação acidental. O exemplo acima, do menino Pedro, mostra
claramente o reforço positivo sendo aplicado de forma a reforçar um comportamento
indesejado (no caso, o uso do celular em sala de aula). A atenção é também um reforçador
positivo que, quando utilizado diante de comportamentos indesejados, como birra, pode
aumentar a frequência do mesmo.
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A aplicação que ocorre sem conhecimento de toda cadeia de comportamentos ou de
forma falha, na qual o profissional ou até mesmo o pai/mãe não compreende todas as etapas do
processo pode ser prejudicial.
Por fim, a explicação imprecisa do comportamento a ser reforçado também pode causar
problemas. Explicações simplificadas para uma mudança de comportamento deixam margem
para interpretações incorretas. Ao tentar explicar o fortalecimento de um comportamento por
reforço positivo, devemos sempre procurar uma consequência imediata desse comportamento.
A tentativa de “explicação” de comportamento por meio da atribuição de rótulos também é
comum e incorreta. Essa explicação pode ser vista com o exemplo de Antônio, que tem 14 anos,
não arruma seu quarto, não auxilia os pais nas tarefas domésticas e passa muito tempo em redes
sociais. Os pais justificam tais comportamentos dizendo que fazem parte da adolescência.
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Referências
Martin, G., & Pear, J. (2018). Modificação de Comportamento: o que é e como fazer. São
Paulo: Rocca.
Sério, T. M., Micheletto, N., Andery, M. A., Micheletto, N., Benvenuti, M., & Gioia, P. S.
(2009). comportamento e causalidade. Laboratório de psicologia experimental programa
de estudos pós-graduados em psicologia experimental: Análise do Comportamento. São
Paulo/PUC.
Skinner, B. F. (1972). “Superstition” in the pigeon. Em: B. F. Skinner Cumulative Record (3rd
ed.) (pp. 524-528). New York: AppletonCentury-Crofts. Publicado originalmente em 1948.