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RELATÓRIO PARCIAL

DE
ANALISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO
POR
ADRIANA FROTTE
IASMINE LOPES

NOVA FRIBURGO, AGOSTO DE 2017


RELATÓRIO PARCIAL
DE
ANALISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO
POR
ADRIANA FROTTE
IASMINE LOPES

Relatório apresentado como pré-


requisito da disciplina ANÁLISE
Experimental do comportamento, do
curso de Psicologia da Universidade
Estácio de Sá – Nova Friburgo,
ministrada pela professora Hellena
Jacone.

NOVA FRIBURGO, AGOSTO DE 2017


REFERENCIAL TEÓRICO

Analise do comportamento é uma ampla área de conhecimento que não se


limita apenas a análise experimental. Esta área de conhecimento surge do
behaviorismo de Skinner como instrumento para comprovação de que o
comportamento humano poderia ser previsto e até mesmo moldado desde que
houvesse conhecimento a respeito de suas variáveis. Segundo Neto a Analise
experimental é a responsável pela identificação dessas variáveis em laboratório
fornecendo dados empíricos que validem a suposição teórica. O
comportamento especialmente o observável é o principal objeto de estudo
sendo definido como toda a gama de ações produzidas na interação do
indivíduo com o meio que podem ser observados, estudados e de acordo com
a ideia de Skinner previstos e manipulados, como por exemplo: andar, falar,
comer, etc.
Foi Maria Amélia Matos, pesquisadora, professora e orientadora que inseriu a
Análise Comportamental no Brasil. O método experimental foi e continua sendo
preferencial em outras abordagens na psicologia e em outras ciências
comportamentais, pois permitem prever e controlar, descrever ou explicar com
mais eficiência que qualquer outro. Assim o sujeito é estudado profundamente
em condições experimentais. Sendo escolhidas algumas respostas e
manipuladas. Respeita-se o fluxo do comportamento (operante livre), medindo-
se as respostas que seriam afetadas durante o processo de interação ambiente
e organismo (pessoa ou animal).
(dois parágrafos sobre condicionamento clássico)
O ser humano possui alguns comportamentos inatos que possibilitam sua
sobrevivência nos primeiros anos de vida, como por exemplo, sugar, chorar,
etc.; mas, a maior parte do repertório comportamental humano é adquirido, ou
seja, aprendido. A capacidade de aprender é extremamente importante à nossa
existência e por isso a psicologia vem estudando o tema bastante tempo,
algumas teorias foram propostas e servem de padrão para os modelos de
aprendizagem que temos hoje. Para este trabalho nos ateremos a teoria de
condicionamento operante desenvolvida pelo psicólogo norte-americano B. F.
Skinner. Skinner propôs que a maior parte dos comportamentos humanos
produzem efeitos no mundo exterior e suas consequências influenciam o
indivíduo determinando a recorrência ou não do comportamento. Quando o
indivíduo se comporta de determinada maneira em função de atingir uma
consequência especifica, denomina-se esse processo de condicionamento
operante. Assim segundo Braghirolli 2002 (apud Barbosa et al.) Nesse tipo de
condicionamento o indivíduo opera sobre o meio de modo a gerar
consequências como por exemplo, tocar uma barra para receber comida.
Experimento I – Observação

• Materiais e Métodos
No dia 4 de Agosto de 2017 foi realizado um experimento de observação
comportamental no Laboratório de Ensino em Práticas Experimentais (LEPE),
na Universidade Estácio de Sá-Unidade Nova Friburgo no período da noite.
Foram utilizados um computador, um software canadense Sniffy Pro 2.0,
material para anotação, cronômetro. Durante 10 minutos os experimentadores
observaram o comportamento do rato virtual na caixa de Skinner, foram
registradas as frequências simples dos comportamentos de levantar, correr,
farejar, grooming, freezing, esticar e outros.

• Resultados
Gráfico I

Experimento 1: observação
70
60
50
40
30
20
10
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

correr levantar esticar freezing


grooming outros farejar

Gráfico 1: Refere-se a observação comportamental no período de 10 minutos.

No Gráfico I podemos observar que o comportamento: farejar (66) ocorreu com


mais frequência. Grooming (57), levantar (43), esticar (36), outros (8), correr (0)
e freezing (0) ocorreram de uma forma similar ao comportamento farejar.
Experimento II – Condicionamento Clássico Aquisição

• Materiais e Métodos
No dia 25 de Agosto de 2017 foi realizado um experimento de aquisição no
condicionamento clássico no Laboratório de Ensino em Práticas Experimentais
(LEPE), na Universidade Estácio de Sá-Unidade Nova Friburgo no período da
noite. Foram utilizados um computador, um software canadense Sniffy Pro 2.0,
material para anotação, cronômetro. Durante 15 pareamentos de som de média
intensidade (estimulo neutro), seguidos de choque de média intensidade
(estimulo incondicionado) no intervalo randômico de dois minutos. Os
experimentadores observaram as mudanças de comportamento do rato virtual
na caixa de Skinner durante a presença do som. E a partir disto observou-se a
construção de uma associação entre o som e o choque. Que provocou
mudanças comportamentais no rato durante a execução do som mesmo sem a
presença do estimulo aversivo, fazendo com que o som então deixasse de ser
um estimulo neutro e passasse a ser um estimulo condicionado.

•Resultados

Gráfico 2 Índice de Movimento

Gráfico 3 Janela da Mente

O gráfico 2 refere-se ao índice de movimento, nele pode-se observar que


durante o curso do experimento houve a aquisição da associação entre o
estimulo sonoro e o estimulo aversivo, o choque. Essa constatação é feita ao
observar-se o gráfico que indica uma mudança comportamental no animal
durante a apresentação do som mesmo sem a presença do choque, aumentou-
se o tempo em que ele permaneceu em estado de congelamento (uma
estratégia de defesa), comparando-se os primeiros momentos do experimento
onde não havia a associação, com os momentos seguintes. Há um momento
no experimento onde esse padrão de associação parece ter sido quebrado,
mas não necessariamente foi o que ocorreu, a explicação para essa aparente
quebra é que as tentativas do animal de evitar o estimulo aversivo através do
congelamento não foram bem sucedidas, por tanto ele tenta uma outra
estratégia que é sair do estado de fuga para o estado de luta. Mas após essa
tentativa de luta ter sido também mal sucedida o animal volta ao padrão
anterior associado, que é o de congelamento.

O gráfico 3 refere-se a capacidade do estimulo som produzir a resposta de


medo, como podemos observar existe um aumento da resposta de medo a
partir da segunda apresentação do som que tende a aumentar no decorrer do
experimento. A partir do estimulo 8° ocorreu uma estabilização da resposta de
medo de também após a 12ª apresentação tal fenômeno repete-se.
Experimento III – Condicionamento Clássico Extinção

• Materiais e Métodos
No dia 15 de setembro de 2017 foi realizado um experimento de extinção no
condicionamento clássico no Laboratório de Ensino em Práticas Experimentais
(LEPE), na Universidade Estácio de Sá-Unidade Nova Friburgo no período da
noite. Foram utilizados um computador, um software canadense Sniffy Pro 2.0,
material para anotação, cronômetro. Durante 30 apresentações de som de
média intensidade (estimulo condicionado), sem a apresentação de choque de
média intensidade (estimulo incondicionado) no intervalo randômico de cinco
minutos. Os experimentadores observaram as mudanças de comportamento do
rato virtual na caixa de Skinner durante a presença do som. E a partir disto
observou-se a desconstrução da associação entre o som e o choque. Que
provocou mudanças comportamentais no rato durante a execução do som,
fazendo com que o som deixasse de eliciar a resposta de medo condicionado
ao animal anteriormente. Observou-se por tanto a extinção da associação entre
o estimulo som de média intensidade com o estimulo choque de média
intensidade.

•Resultados

Gráfico 4 Índice de Movimento

Gráfico 5 Janela da Mente

O gráfico 4 refere-se ao índice de movimento, nele pode-se observar que


durante o curso do experimento houve a extinção da associação entre o
estimulo sonoro e o estimulo aversivo, o choque. Essa constatação é feita ao
observar-se o gráfico que indica uma mudança comportamental no animal
durante a apresentação do som sem a presença do choque, diminuiu o tempo
em que ele permaneceu em estado de congelamento (uma estratégia de
defesa), comparando-se aos primeiros momentos do experimento onde havia a
associação, com os momentos seguintes.

O gráfico 5 refere-se à capacidade do estimulo som produzir a resposta de


medo, como podemos observar existe uma diminuição da resposta de medo a
partir da segunda apresentação do som que tende a ser extinta no decorrer do
experimento. A partir da 7ª apresentação do estimulo som sem o estimulo
choque nota-se a dissociação da associação entre os estímulos, e a partir da
19ª apresentação nota-se a frequência da resposta de medo se aproximando
dos níveis anteriores a associação.
Experimento IV – Condicionamento Operante – Treino para uso do
alimentador.

 Materiais e Métodos
No dia 22 se setembro de 2017 foi realizado um experimento de treino para
o uso do alimentador no condicionamento operante no Laboratório de
Ensino em Práticas Experimentais (LEPE), na Universidade Estácio de Sá-
Unidade Nova Friburgo no período da noite. Foram utilizados um
computador, um software canadense Sniffy Pro 2.0. Foi aberto um novo
arquivo no software para a realização do processo. No momento inicial do
experimento o rato recebeu o reforçador (alimento) quando se aproximava
da parede do alimentador até que o gráfico chegasse ao nível de ¼. No
momento seguinte o animal recebia o reforçador somente quando
aproximava-se diretamente do alimentador até que o gráfico chegasse o
nível de ¾, nesse momento o procedimento foi finalizado considerando-se
que a associação entre som e alimento foi construída. Esse processo,
portanto, foi realizado com o objetivo de que o rato associasse o som ao
alimento para que este estimulo não causasse interferências nos próximos
procedimentos.

•Resultados

Gráfico 6 Treino para uso do alimentador.

O gráfico seis refere-se ao treinamento feito com o sniffy com o objetivo do


animal perder o medo do estimulo som através da associação deste com o
reforçador (alimento) para que o estimulo não causa-se interferência nos
próximos experimentos a serem realizados. Observou-se que o objetivo foi
alcançado quando o gráfico atingiu a marca de ¼ para associação som/comida.
(MATOS; Maria Amélia, 2010, Métodos de pesquisa em análise do
comportamento,Dossiê MATOS;Maria Amélia.Pontífica Universidade Católica
de São Paulo, vol.21,São Paulo Abril / Junho, PSICOLOGIA USP,Print version
ISSN 01036564.

(AZEVEDO BARBOSA,Katiuscia; DIAS NICÁCIO DA CRUZ,Ellen; AVELINO


DA SILVA,Jandilson;LOURENÇO,Thyala Maria Alexandre; SANTOS,Natanael
Antônio; A TÉCNICA DE CONDICIONAMENTO OPERANTE DENTRO DO LABORATÓRIO, Centro
de Ciências Humanas, Letras e Artes/Departamento de Psicologia/MONITORIA.

 NETO: HYPERLINK "http://www.cemp.com.br/arquivos/25932_65.pdf"


http://www.cemp.com.br/arquivos/25932_65.pdf.http://www.prac.ufpb.br/anai
s/IXEnex/iniciacao/documentos/anais/4.EDUCACAO/4CCHLADPMT03.pdf

SKINNER, B. F. Ciência e Comportamento Humano. 10ª ed. São Paulo: Martins


Fontes, 200.
BARBOSA, K. A.; CRUZ, E. D. N.; SILVA J. A.; LOURENÇO, T. M. A.;
SANTOS, N. A. A Técnica de Condicionamento Operante Dentro do Laboratório.
Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes/ Departamento de Psicologia.
Disponível em:
http://www.prac.ufpb.br/anais/IXEnex/iniciacao/documentos/anais/4.EDUCACA
O/4CCHLADPMT03.pdf

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