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Disciplina: Avaliação e Análise Funcional

do Comportamento II

Professor: Stéfanie B. R. Fornasier


Psicóloga – CRP 08/23944
BREVE APRESENTAÇÃO
Graduada em Psicologia pelo Centro 04 Psicóloga de inclusão escolar – Escola setor
01 Universitário Filadélfia – UNIFIL (2016) privado em Londrina (2019-2021)

Especialista em Análise do Mestranda em Psicologia do


05
02 Comportamento Aplicada (ABA) pela USP- Desenvolvimento e Aprendizagem pela
SP (2018) Unesp-SP (atual)

Psicóloga clínica – utilização de estratégias


Supervisora de casos clínico da Unimed 06
03 Pelotas – RS (2019-2021)
lúdicas na atuação de adolescentes e jovens
adultos (atual)
Roteiro 01
Por onde começar a prática?

02
Decifrando a Análise e Avaliação Funcional

03
A importância da consequência

04
Efeitos do controle aversivo

A prática final e sua interpretação:


04 A Avaliação Funcional
Durante a aula...

• Contar com a participação para que possamos trocar experiências

• Fazer pausas para iniciar atividades

• Aprender e se divertir!

• Vale falar de experiências pessoais, só não vale falar de politica e religião


Durante a aula...

Aula de mão na massa, então a participação de


vocês será o mais valioso

• Vale falar de experiências pessoais, só não vale


falar de politica e religião
AQUECENDO OS MOTORES

Isto é um déficit ou um excesso comportamental?


Conversa frequente:

Déficit ou Qual a função do


excesso? comportamento?

Quando ele
ocorre?

DEPENDE!!!
AQUECENDO OS MOTORES

https://padlet.com/stefaniep
sicologa/analisefuncional2
Começando pelo começo…

POR ONDE COMEÇAR A


PRÁTICA?
ESCOLHENDO O COMPORTAMENTO

ENTENDENDO O MOTIVO DA ESCOLHA

DESCREVENDO O COMPORTAMENTO

COMEÇAREMOS SEMPRE PELO


COMPORTAMENTO

(resposta)
DESCREVENDO O COMPORTAMENTO

Ele é mensurável?
Ex. A criança demonstra
É uma barreira comportamental? raiva e frustração
Se sim, em que afeta diretamente? (Frustração e raiva não
Interfere diretamente em algo ou alguém? podem ser medidas)

Comportamento é perigoso em algum sentido?


Ex. Comportamento de
Insentencidade: leve / moderada / severa Bater: A criança bate no
colega com os punhos
fechados.
Passo 1
Análise Funcional x Avaliação Funcional

Moreira e Medeiros (2007) afirmam que a análise-funcional é a


busca dos determinantes de um comportamento, de sua função e
não de sua forma,

ou seja,
Busca identificar relações funcionais entre o comportamento e o
ambiente, em que comportamentos iguais podem ter funções
diferentes e comportamentos distintos podem ter a mesma
função.
Já avaliação funcional...

refere-se a toda a gama de estratégias utilizadas


para identificar os antecedentes e consequentes
que controlam o comportamento-problema.
Função do comportamento

função está relacionada aos motivos que levam


aquele determinado comportamento a se
repetir
topografia do comportamento

Forma do comportamento ocorrer

Exemplo: X
- Bater na porta com a mão aberta
- Bater na porta com a mão fechada
Frequência do comportamento
Quando queremos entender o comportamento de alguém:

O que ela fez?

Identificar e classificar

Desfecho da situação?

Moral da história...
Decifrando a análise e a
avaliação funcional
EXPLICAR

PREDIZER COMPORTAMENTO

CONTROLAR
Observação sobre estes termos:

Controlar o comportamento quer dizer tornar sua


ocorrência mais ou menos propícia de ocorrer.

Não significa obrigar alguém a fazer algo ou usar isso


contra a pessoa.

*Código de ética do profissional da saúde


ANALISAR
FUNCIONALMENTE COMPORTAMENTO
AMBIENTE INTERNO
OU DETERMINANTES
EXTERNO?
Análise Ou Avaliação funcional?

• Explicações baseadas na Função


- Interações entre o Organismo e o Ambiente;

- Considera a individualidade – Vê cada individuo como único;

- Busca-se relações entre as variáveis ambientais que controlam


o ambiente;

- Constatação de relações entre as respostas dos organismos e suas


consequências (e.g., Sidman, 2001; Skinner, 1938);
ENTÃO....

-Permite Analisar nos três níveis de seleção (Filogênese, Ontogênese e


Cultura);

-“Ao nos voltarmos para as condições externas que modelam e


mantém o comportamento dos homens, ao mesmo tempo que
questionamos a realidade de faculdades e qualidades internas às quais
os êxitos humanos foram atribuídos, nós passamos daquilo que é
pobremente definido e vago para aquilo que é observável e
manipulável” (Skinner, 1955/1999).
Contingência de três termos
Video
Interação entre organismo e ambiente

ORGANISMO

AMBIENTE
Observações
sistemáticas
Resposta

Controle de Consequências
variáveis

Consequências de uma resposta operante


retroagem sobre ela, aumentando ou
diminuindo a sua probabilidade, o que
caracteriza o comportamento operante.
Ação e consequência
• A ABA utiliza observação direta, a medição do comportamento e o
estudo das relações entre variáveis ​ambientais e comportamento;

• Análise de antecedentes e consequentes são usadas para efetuar


mudanças consequentes para realização de mudanças na relação
funcional.

Vamos aos exemplos da vida cotidiana...


Desvendando e entendendo a
topografia e a função...
Contexto...
Contexto de transição ...
Contexto situação 2...
MAIS EXEMPLOS:
ITEM
NOVO
CRIANÇA CHORANDO
ITEM
NOVO
Negativa para o
CRIANÇA CHORANDO
pedido de sorvete ITEM
NOVO
Negativa para o Ouviu que ganharia o
CRIANÇA CHORANDO sorvete para que
pedido de sorvete ITEM
parasse de chorar
NOVO
Negativa para o Ouviu que ganharia o
CRIANÇA CHORANDO sorvete para que Possibilidade de
pedido de sorvete
parasse de chorar reforço positivo
PARA ONDE SEGUIR?

IDENTIFICAR AS CONSEQUÊNCIAS

PERGUNTAR-SE SOBRE A CONSEQUÊNCIA?

ESSA CONSEQUÊNCIA FARÁ COM QUE A


PROBABILIDADE DA OCORRÊNCIA DO
COMPORTAMENTO AUMENTE OU DIMINUA?

(importante)
A análise funcional vai buscar
determinantes do comportamento

COMPORTAMENTOS RESPONDENTES:

Paradigma respondente.

Ligação determinante direta com a análise de antecedente


A análise funcional vai buscar
determinantes do comportamento

COMPORTAMENTOS OPERANTES:

Paradigma OPERANTE.

Ligação determinante direta com a análise do consequente


(LOBATO, 2020)
(LOBATO, 2020)
O poder da consequência... (um spoiler)
Funções do Comportamento baseado na consequência...
Hanley et. Al (2003) realizaram uma revisão de 790 estudos publicados
referentes a comportamentos-problema e avaliação funcional.
Encontraram descrições topográficas do comportamento, como:

Auto- Agressão a Destruição de


PICA Disrupção
agressão outros propriedade

Não
Vocalizações Fuga/esquiva Estereotipia Birras
cooperação
Vídeo

• Papel e caneta na mão;


• Estrutura da Análise Funcional;

• Compreendendo a consequência!

(Análise funcional das tirinhas - Calvin


16/06/2016)
https://www.youtube.com/watch?v=P3jEdbWfXec
Qual o benefício para o
analista do comportamento?

Vamos ver o que Skinner disse sobre isso...


Existem diferentes modelos de causalidade na Psicologia. De maneira
geral, tanto na linguagem cotidiana quanto em grande parte das
abordagens psicológicas, o comportamento é visto como um indício de
processos que ocorrem dentro da pessoa (processos neurológicos,
fisiológicos ou mentais), como manifestações de acontecimentos
internos (desejos, expectativas, sentimentos, etc.) ou também como a
expressão de um agente interno ou de uma entidade com vontades
próprias.
(Nery e Fonseca, 2018)
Skinner, em seu famoso livro Ciência e Comportamento Humano
(1953/2003), discorre sobre diversas causas popularmente utilizadas para
explicar comportamentos, desde a posição dos planetas quando a pessoa
nasce ou a estrutura física do indivíduo (p. ex., as proporções do corpo, o
formato da cabeça, a cor da pele e dos olhos, os sulcos nas palmas das
mãos) até causas interiores conceituais, quando se usam descrições
redundantes como forma de atribuir explicações (....)

(Nery e Fonseca, 2018)


(....) (p. ex., “Joaquim fuma porque é viciado”, “Larissa come porque
tem fome”). De acordo com o autor, esse tipo de explicação envolve
riscos por sugerir que as causas do comportamento já foram
encontradas e não precisam mais ser investigadas.
(Nery e Fonseca, 2018)
A perspectiva analítico-comportamental traz um contraponto às
abordagens tradicionais, definindo a Psicologia como estudo do
comportamento, isto é, das interações organismo-ambiente (de Rose,
2001; Todorov, 1989). A filosofia que embasa a Análise do
Comportamento é o Behaviorismo Radical, o qual propõe um modelo
selecionista de causalidade.

(Nery e Fonseca, 2018)


De acordo com esse modelo, dentro de uma ampla faixa de possibilidades,
os padrões comportamentais de cada indivíduo são selecionados,
mantidos e fortalecidos por eventos ambientais. Assim, as explicações
causais são dadas em termos de relações interativas entre o indivíduo e o
ambiente (antecedentes e consequentes à emissão da resposta).

(Nery e Fonseca, 2018)


Essa visão considera a causalidade ao longo do
tempo; ou seja, não há um evento único ou
uma causa que produza linear e diretamente
um efeito, mas, sim, relações funcionais, de
maneira que o comportamento é considerado
uma variável dependente em relação aos
eventos ambientais, os quais seriam variáveis
independentes.

https://www.academia.edu/39585513/Teo
ria_e_Formula%C3%A7%C3%A3o_de_Caso
s_em_An%C3%A1lise_Comportamental_Cl
%C3%ADnica_De_Farias_Fonseca_Nery
(Nery e Fonseca, 2018)
Conclui-se que o comportamento é função de condições ambientais. Em
uma perspectiva selecionista de causalidade, para explicar o
comportamento não é necessário que os acontecimentos sejam contíguos
(próximos) no espaço e no tempo, mas, sim, que sejam contingentes, isto
é, que exista uma relação de dependência entre o comportamento e as
variáveis ambientais que
o controlam.
A probabilidade de ocorrência do comportamento no futuro é, Portanto,
determinada pelas condições contextuais e consequências produzidas
pelo comportamento. Desse modo, as relações de dependência são
bidirecionais, ou seja, o comportamento do indivíduo modifica os eventos
ambientais, que, por sua vez, alteram a probabilidade de ocorrência futura
do comportamento. (Catania, 1999; Chiesa, 1994/2006; Marçal, 2010; Skinner,
1981; Todorov, 1989).
Moore (2008) destaca que, nas concepções
vigentes a respeito da origem do comportamento, as explicações
causais se dão de forma simples, linear e unidirecional, muitas vezes
baseadas em relações de contiguidade no espaço e no
tempo (p. ex., “Pedro bateu no primo porque estava com raiva”,
“Mariana toca piano bem porque é talentosa”).

(Nery e Fonseca, 2018)


O Behaviorismo Radical rejeita essas explicações do comportamento em
termos da noção de uma entidade presumida que antecederia o
comportamento
e teria o poder mecânico de causá-lo, bem como
rejeita qualquer explicação internalista/mentalista, uma vez que esse tipo
de explicação não permite previsão e controle, que seriam os objetivos
primordiais de uma ciência.

(Nery e Fonseca, 2018)


(...) Ademais, embora considere a relevância e a contribuição
de aspectos fisiológicos, a perspectiva behaviorista rejeita
a concepção tradicional de que variáveis fisiológicas
exerceriam algum tipo de força interna capaz de causar
comportamentos por si só.

(Nery e Fonseca, 2018)


Mais prática...
Hummm... Como
estará a linda
cabecinha destes
alunos???
A importância da
consequência
É por meio dela que vamos poder falar
dos nossos famosos termos....

REFORÇO
PUNIÇÃO
+ -
Sem que nos esqueçamos do que veio antes
do comportamento ocorrer
Precisamos lembrar:

Motivação
+
Ambiente propício
+
habilidade
+
consequenciação imediata!
Identificar as relações funcionais
entre o individuo e seu mundo

Definir o comportamento e
saber que tipo de consequência
ele produz
(LOBATO, 2020)
Os efeitos negativos de
possíveis consequências
Compreensão do
conteúdo
• https://www.youtube.com/watch?v
=TgCVinFwAes
• https://www.youtube.com/watch?v=
RA4ou48QCuA
RESPIREMOS FUNDO
PARA QUE O NOSSO
CORPO
TENHA A ENTRADA DE
UM ESTÍMULO
PRAZEROSO
Vamos fazer uma linha de base de
uma criança que ainda não
Teve nenhum tipo de treino
CONSEGUIMOS!!!!!
Muito obrigada pessoal

Tchau
Tchau

Qualquer dúvida, manda para a profe:

stefaniepsicologa@gmail.com

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