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-Estímulos Delta: os estímulos correlacionados com o não reforçamento de uma dada resposta são chamados de
estímulo delta (SΔ). São definidos como aqueles que sinalizam que uma resposta não será reforçada.
-Operante Discriminativo: quando a ocorrência do comportamento operante está sob controle de estímulos
antecedentes.
-Discriminação Operante: é um processo comportamental básico que descreve a ocorrência de respostas específicas
na presença de estímulos específicos.
-Controle Discriminativo: é estabelecido quando uma determinada resposta ocorre na presença de um estímulo
discriminativo específico, mas não na presença dos estímulos delta.
-Controle de Estímulo: comportamento operante depende das consequências que ocorrem em um dado contexto,
isto é, depende da combinação de consequências ocorridas e contexto. Refere-se a influência dos estímulos
antecedentes sobre o comportamento operante. Refere-se ao efeito que o contexto tem sobre a probabilidade de
ocorrência do comportamento.
Estímulo significa contexto e controle significa mudar a frequência ou probabilidade de uma ou mais atividades. O
comportamento operante ocorre apenas em um contexto e o comportamento muda na medida que muda o contexto.
Controle de estímulo significa que um estímulo exerce controle sobre o comportamento – que o comportamento
muda em sua presença.
-Treino Discriminativo: procedimento utilizado para estabelecer o controle de estímulos, que consiste em reforçar o
comportamento na presença do Sd e extingui-lo na presença do SΔ.
-Conhecimento declarativo: “saber sobre”, envolve controle de estímulo. O comportamento envolvido em saber
sobre deve ser apropriado a um estímulo discriminativo ou a uma categoria de estímulos discriminativos. Saber
sobre é uma resposta apropriada a um estímulo discriminativo; significa discriminação e reforço.
❖ Diferentes funções de estímulos antecedentes (discriminativa x eliciadora)
-Autoconhecimento: “o que exerce mais controle sobre meu comportamento, estímulos públicos ou estímulos
privados?”. O outro é determinar as circunstâncias sob as quais se diz que alguém tem autoconhecimento. Sobre
atitudes e crenças internas frequentemente depende de discriminações que envolvem muitos eventos ao longo de
muito tempo, mas os eventos são mais públicos do que privados. Discriminar se estou agindo por culpa ou por
amor requer acesso à história de reforço desse comportamento. Trata-se de uma história de reforço positivo ou
negativo?
-Estímulos Públicos x Estímulos Privados: Eventos privados não são acessíveis às pessoas que estabeleceriam o
contexto para o reforço. A dificuldade de identificar sobre os eventos privados não ocorrem pela falta de estímulos
discriminativos – públicos, privados, passados e presentes – mas da falta de uma história de reforço para a
discriminação entre um relato verbal e o outro. A falta da história de reforço resulta da falta de dicas públicas para
controlar o comportamento daqueles que poderiam reforçar o relato verbal correto.
2º Passo: Identificar e descrever o efeito comportamental: a frequência com que ocorre, duração ou intensidade.
3º Passo: Identificação de relações entre variáveis ambientais e o comportamento de interesse, assim como a
identificação de relações entre o comportamento de interesse e os outros comportamentos existentes. Identificar a
tríplice contingência: S antecedente – Comportamento – S Consequente
Sa: estímulos eliciadores, estímulos discriminativos, operações estabelecedoras, regras e auto-regras, eventos
encobertos e história de vida; C: respondentes ou operantes; Sc: reforço positivo e negativo, punição positiva e
negativa.
-Estímulos Eliciadores: respostas reflexas ou respondentes são eliciadas ou provocadas por um estímulo. A relação
entre o estímulo e a resposta é causal, ou seja, a resposta é eliciada, provocada pelo estímulo antecedente e sempre
ocorrerá se o estímulo eliciador estiver presente.
-Estímulos Discriminativos: sinalizam as condições sob as quais uma resposta tem consequências diferenciadas. O
estímulo antecedente no operante tem a função apenas de estabelecer a ocasião em que uma resposta será seguida
por determinadas consequências, ele não elicia, não provoca a resposta. A resposta tem a sua probabilidade de
ocorrência aumentada em função da apresentação do estímulo discriminativo, no entanto, ela poderá ou não ocorrer,
não se tratando de uma relação causal.
-Operações Estabelecedoras: operações como a privação e a saciação podem aumentar ou diminuir a probabilidade
de ocorrência da resposta. Qualquer operação que mude a condição do estímulo como um reforçador ou punidor,
por exemplo a privação e a saciação. Produzem dois efeitos sobre o comportamento: alterar (aumentando ou
diminuindo) a efetividade de algum objeto ou evento como reforçador ou punidor e evocar o comportamento que,
no passado, foi seguido por esta consequência.
-Eventos Encobertos: o comportamento encoberto é aquele que só pode ser observado pela própria pessoa que se
comporta ou pode ser executado em uma escala tão pequena que não seja visível aos outros. O acesso da
comunidade verbal a esses comportamentos é restrito e depende da descrição verbal feita pelos indivíduos de seus
próprios comportamentos encobertos.
-História de Vida: não é antecedente, no entanto, variáveis históricas podem ser importantes, se elas levam à
identificação de variáveis contemporâneas que afetam o comportamento. O conhecimento da história nos dá
informações sobre a maneira pela qual o indivíduo tende a se comportar em função da aprendizagem e dos
esquemas de reforçamento a que foi submetido.
-Comportamento Verbal: como comportamento operante reforçado pela mediação de outras pessoas. A
intermediação do outro especifica um comportamento que é aprendido, mantido e modificado por consequências
mediadas. A alteração da probabilidade futura de ocorrência do comportamento do falante está relacionada ao
comportamento do ouvinte membro da mesma comunidade verbal do falante. A relação que o comportamento
verbal estabelece com o ambiente é eficaz somente através da mediação de outras pessoas e requer, portanto, um
falante e um ouvinte, conjunto denominado de Episódio Verbal.
-Prática Clínica: o terapeuta interage com o cliente em busca da funcionalidade do comportamento verbal tanto no
ambiente de atendimento como no ambiente próprio do cliente. O acesso do terapeuta aos comportamentos do
cliente fornece-lhe informações para a análise e permite intervir sobre diversas classes de respostas. A relação
terapêutica é predominantemente verbal, terapeuta e cliente estabelecem entre si uma relação de dependência na
qual o efeito do comportamento de um sobre o outro é na maioria das vezes indireto.
-Regra: é um estímulo discriminativo verbal que descreve contingências; pode ser uma instrução, uma ordem, uma
exigência, etc. Regras são antecedentes de comportamentos de seguir regras.
-Auto-Regras: são formuladas ou reformuladas pelo indivíduo cujo comportamento passam a controlar.
-Intervenções Comportamentais: as intervenções terapêuticas são aquelas que abrangem uma análise das micro e
macro contingências que operam sobre os comportamentos-problema do cliente. É nesse tipo de intervenção que
aparece a análise funcional como um método de análise de contingências. O comportamento clínico do terapeuta
de analisar as variáveis de controle do comportamento do cliente é a própria análise funcional. A análise funcional
na clínica possibilita dar condições a partir das quais o cliente consiga fazer as suas próprias análises, como:
discriminar como a ação de outras pessoas e aspectos do ambiente afetam seu comportamento, avaliar o efeito da
emissão de novos operantes, entre outras.
A redução na frequência do comportamento pode não ser permanente. O efeito da punição é apenas uma
supressão temporária do comportamento, não uma redução no número total de respostas. Mesmo sob punição
severa e prolongada, a frequência de respostas aumentará quando cessar a punição.
• Efeitos da Punição
1. se refere à situação imediata, não precisa ser seguido por qualquer mudança no comportamento em ocasiões
posteriores. O efeito vigente é simplesmente a eliciação de comportamento incompatível- respostas apropriadas,
por exemplo, ao medo. A fórmula pode ser ampliada para incluir predisposições emocionais.
exemplo: fazer uma criança parar de rir na igreja com um beliscão, este elicia respostas que são incompatíveis com
o riso, poderosas o suficiente para suprimi-lo.
2. um efeito permanente, também nem sempre considerado como típico, assemelha-se com o primeiro efeito. Em
geral, como um segundo efeito da punição, o comportamento que consistentemente é punido vem ser a fonte de
estímulos condicionados que evocam um comportamento incompatível.
exemplo: quando uma criança foi beliscada por rir começa a rir em outra ocasião, seu próprio comportamento pode
fornecer estímulos condicionados que, como o gesto de ameaça da mãe, evoquem respostas emocionais opostas.
Fortes predisposições emocionais são também vividas pelos primeiros passos de um comportamento severamente
punido. São o principal ingrediente daquilo que chamamos de culpa, vergonha, ou sentimento de pecado. Parte do
que sentimos quando nos sentimos culpados são respostas condicionadas de glândulas e músculos lisos
(respondentes), mas também podemos reconhecer uma mudança nas propriedades normais de um comportamento
(operante).
3. se uma dada resposta for seguida por um estímulo aversivo, qualquer estimulação que acompanhe a resposta,
originando-se do próprio comportamento ou de circunstâncias concomitantes, será condicionada. Qualquer
comportamento que reduza esta estimulação aversiva condicionada será reforçado, ou seja, evita-se a punição
posterior. O efeito mais importante da punição é o estabelecimento de condições aversivas que são evitadas por
qualquer comportamento de “fazer alguma coisa”.
-Subprodutos da Punição: inquestionavelmente a punição severa tem um efeito imediato na redução da tendência
para agir de uma certa maneira. Sem dúvida, este resultado é responsável pelo seu largo uso. Deste modo, o efeito
imediato da punição é suficientemente reforçador para explicar sua ocorrência. Todavia a longo prazo a punição
realmente não elimina o comportamento de um repertório e seus efeitos temporários são conseguidos com
tremendo custo na redução da eficiência e felicidade geral do grupo.
Um dos subprodutos da punição é o tipo de conflito entre a resposta que leva à punição e a resposta que a evita.
Essas respostas são incompatíveis e ambas com probabilidade de serem fortes ao mesmo tempo. Quando a punição
é administrada intermitentemente, o conflito é especialmente perturbador, como no caso da criança que não sabe
quando será ou não punida por seus pais. As respostas que evitam a punição podem se alterar com respostas
punidas em rápida oscilação ou ambas podem se mesclar desordenadamente.
-Extinção Operante: “quando o reforço já não estiver sendo dado, a resposta torna-se menos e menos frequente”.
O comportamento durante a extinção é o resultado do condicionamento que o precedeu, e neste sentido a curva
de extinção fornece uma medida adicional do efeito do reforço. A previsão sobre a resistência à extinção depende
da história de reforçamento. A resistência à extinção gerada pelo reforço intermitente pode ser bem maior que
quando o mesmo número de reforços for dado por respostas consecutivas.
-Extinção: um comportamento produzia uma consequência reforçadora e esta deixa de ocorrer; produz uma
diminuição gradual na frequência de ocorrência da resposta.
-Punição Negativa: um comportamento passa a ter uma nova consequência, que é a perda de potenciais reforçadores
de outros comportamentos; suprime rapidamente a resposta.
-Respostas de Contracontrole: para todo controle, existe o contracontrole (Skinner, 1953); esse é um dos efeitos
colaterais do uso do controle aversivo. De acordo com Skinner (1974), os membros controlados passam a agir,
escapando dos controladores ou então os atacando a fim de enfraquecê-los ou destruir o poder que eles exercem
sobre o grupo, seja de forma branda ou de forma extrema. São aquelas mantidas por evitarem que outro
comportamento do organismo seja controlado aversivamente. As respostas de contracontrole são mantidas por
reforçamento negativo. O comportamento de mentir tem função de esquiva e pode ser considerado um exemplo de
contracontrole.
♦ Por que punimos tanto?
1. Imediaticidade da consequência.
2. Eficácia independente da privação.
3. Facilidade no arranjo das contingências.
-Alternativas para a Punição: muitas vezes um comportamento pode ser eliminado de um repertório, simplesmente
deixando o tempo passar. Este processo de esquecimento não pode ser confundido com extinção. Em geral é lento
e requer que sejam evitadas ocasiões para o comportamento. O processo alternativo mais eficiente é a extinção.
Leva tempo, mas é mais rápido do que deixar que a resposta seja esquecida. Outra técnica é condicionar um
comportamento incompatível, não por remover censura ou culpa, mas através de um reforço positivo. Prefere-se o
reforço positivo direto porque parece ter pouco subprodutos indesejáveis.
-Agências de Controle: Grupos de grandes dimensões são identificados como agências organizadas de controle de
comportamento. Skinner (1953/1993) considera como agências controladoras a Família, Educação, Política,
Religião, Psicoterapia e Mídia, pois estas manipulam e selecionam variáveis que têm um efeito comum sobre o(s)
comportamento(s) do indivíduo(s) para obter consequências necessárias para a sobrevivência do grupo.
Quais cuidados devem ser tomados durante a aplicação de reforçadores? Quais consequências indesejadas podem
ocorrer durante os processos?
O que é o Reforço condicionado? Explique também a importância do reforço incondicionado para o reforço
condicionado.
No filme O pequeno Nicolau, as crianças se reuniam para criar um plano para sumir com o irmãozinho que iria
nascer, mas perto dos pais Nicolau não tinha esse mesmo comportamento pois provavelmente seria punido.
Qual/quais seria(m) o(s) estímulo(s) antecedente(s) e qual o tipo dos estímulos controladores, o comportamento em
si e as consequências do comportamento? Qual o nome do processo que fez Nicolau escolher falar sobre o
“sequestro” de seu irmão na presença dos amigos e não na presença dos pais?
Resposta: Estímulos antecedentes: amigos Sd e os pais SΔ; falar sobre o sequestro do irmão; aprovação dos amigos
e não reforçamento no contexto familiar (estímulos diferentes, respostas diferentes); processo de aprendizagem de
discriminação de estímulos.
A) Generalização de estímulos não aprendidos devido ( ) Uma criança sabe que :: é a mesma coisa que o
a considerável semelhança. número 4; ou que 🎂 é um bolo de aniversário.
B) Generalização de estímulos aprendida envolvendo ( ) Quando alguém vê uma andorinha, fala que é
semelhanças físicas mínimas. pássaro, do mesmo jeito quando ela vê um gavião, no
qual também é um pássaro.
C) Generalização de estímulos aprendidos devido a ( ) Uma criança faz “au au” para um cachorro, mas
classe de equivalência de estímulos. também faz “au au” para um cavalo.
Resposta: C, B, A
Caso: Bruna, uma menina de 13 anos, de inteligência normal, estava matriculada na sétima série do ensino básico
na Humboldt State College Elementary School. Durante as aulas de matemática, Bruna apresentava alta frequência
de comportamento desatento e fazia erros frequentes em problemas de aritmética. Com o apoio da professora de
Bruna, dois modificadores de comportamento (auxiliares terapêuticos) iniciaram uma estratégia para melhorar o seu
ritmo de trabalho. Um deles trabalhava diariamente com Bruna, nas aulas de matemática, nas quais Bruna recebia
uma folha de exercícios contendo problemas de aritmética para resolver.
Nos dois primeiros dias, sempre que Bruna completava dois problemas corretamente, o modificador de
comportamento correspondia dizendo: “Bom trabalho”, ou “Excelente”, ou alguma outra reação positiva semelhante.
Nos dois dias seguintes, o número de problemas que teriam que ser resolvidos, antes que o elogio fosse feito, foi
aumentado para quatro. Dois dias mais tarde, Bruna tinha que resolver oito problemas corretamente, antes de
receber elogios. E, nos dois últimos dias, não foi feito nenhum elogio até que Bruna tivesse resolvido 16 problemas.
O esquema de elogios teve um efeito positivo no ritmo de trabalho de Bruna. Do início até o fim do estudo, sua
taxa de resolução correta dos problemas triplicou, sendo que a taxa mais elevada ocorreu quando Bruna era elogiada
depois da resolução de 16 problemas. Além disso, no final do estudo, Bruna estava se dedicando à tarefa durante
100% do tempo.
O que é modelagem?
O que é punição?
Quais os tipos de punição? Explique um deles.
-Contingências Culturais: a partir do comportamento verbal que a espécie humana pode desenvolver padrões de
comportamento de cooperação, formação de regras e aconselhamento, aprendizagem por instrução,
desenvolvimento de práticas éticas, técnicas de autogestão e o desenvolvimento do autoconhecimento e da
consciência.
-Cultura – Terceiro Nível de Variação e Seleção: definição da variação no terceiro nível – definição de práticas
culturais, a caracterização das consequências culturais e o valor de sobrevivência, ou seja, o bem da cultura. As
práticas de uma cultura compreendem a maneira como o povo cuida de suas crianças, cultiva seus alimentos, a
forma de seu governo, sua religião, suas instituições, etc.
-Comportamento Social: uma prática social pode ser definida como um conjunto de operantes reforçados pelos
membros de uma cultura; para que se tornem práticas culturais, os operantes devem ser transmitidos como parte
de um ambiente social, e para que um conjunto de operantes possa ser caracterizado como práticas culturais, a
transmissão entre diferentes gerações deve ser assegurada. As práticas culturais são executadas de modo coletivo
(governar, educar, promover saúde, produzir bens de consumo, etc.).
METACONTINGÊNCIA
-Comportamento Social (Skinner, 1953): “o comportamento de duas ou mais pessoas em relação a uma outra ou
em conjunto em relação a um ambiente comum”, ou seja, o comportamento de um indivíduo pode passar a ter
função de estímulo discriminativo ou de consequência para o comportamento de outro indivíduo. Em contingências
entrelaçadas de comportamento, o comportamento de um indivíduo teria tanto o papel de ação como o de ambiente
para o comportamento de outros – este duplo papel define estas contingências.
-Análise Comportamental da Cultura: Relação entre as contingências comportamentais entrelaçadas (CCE) e seu
produto agregado (PA) selecionados por consequências culturais (CC).
Metacontingência
Linguagem Cultural
CCE PA CC
-Planejamento Cultural e Liberdade: liberdade humana refere-se à ausência de controle aversivo, principalmente
aquele estabelecido intencionalmente por outros indivíduos, e que o comportamento livre descreve um estado em
que a pessoa está sob controle positivo e de sua história de seleção nos 3 níveis. Uma análise eficaz da cultura
possibilita um planejamento cultural que leve a práticas de controle menos coercitivas, e que desenvolva nos seus
membros repertórios comportamentais “livres”, eficientes em garantir a sobrevivência daquela cultura e que não
produzam consequências aversivas a longo prazo.