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Conhecer a teoria da aprendizagem de Skinner é essencial ao professor, pois ela fornece técnicas
para o trabalho em sala de aula.
De acordo com Skinner (apud CRUZ, 1986), a aprendizagem se dá por influência dos estímulos
do meio. Por exemplo, quando o aluno cumpre as atividades solicitadas (comportamento
operante), esta ação traz como consequência um elogio da professora, que pode ser considerado
um reforço.
Skinner (1986) definiu dois tipos de reforços: positivo e negativo. No reforço positivo, após a
ação do indivíduo, um estímulo é apresentado (elogio) e esta apresentação aumenta a frequência
do comportamento (realizar as atividades escolares). Já no reforço negativo também haverá um
aumento na frequência do comportamento, porém será pela retirada de um estímulo aversivo
(ruim).
Por exemplo: um professor de Ciências deseja que os seus alunos se interessem e aprendam em
suas aulas (comportamento a ser condicionado). Contudo, ele percebe que cada vez que utiliza o
material didático preparado para as aulas, os alunos o consideram enfadonho e de difícil
compreensão (estímulo aversivo), tornando-se desinteressados e com baixo rendimento. O
professor retira então o material didático (retirada do estímulo aversivo) e constata que, cada vez
que isso acontece, os alunos prestam mais atenção e se interessam pela aula, consequentemente,
melhorando o rendimento escolar, ou seja, aumentam a frequência do comportamento desejado
pelo professor.
Bandura acredita na capacidade do ser humano de uma autoativação para aprender e de uma
resposta consciente sobre seu meio. Para ele, existem determinadas formas de aprendizagem que
acontecem a partir da observação de comportamentos de outros indivíduos. Portanto, bastaria
que ele observasse uma determinada situação a ser imitada, ou seja, aprendida.
Na teoria da aprendizagem social, o termo imitação não está se referindo à cópia fiel do modelo
observado, pois os processos cognitivos estão intervindo nessa imitação ou modelação,
mediando as representações simbólicas que o sujeito vai fazendo do comportamento imitado.
A aprendizagem por modelação não exige reforço direto e imediato. Mesmo assim, o reforço é
muitas vezes usado na aprendizagem social. Em primeiro lugar, porque no mundo da criança as
mesmas pessoas que servem como modelos significativos são as responsáveis por ministrar-lhe
reforços. Assim, pais e professores não apenas fornecem os estímulos modeladores, mas podem
reforçar a criança quando o comportamento for imitado.
Em segundo lugar, Bandura demonstrou que uma criança é mais apta a imitar o comportamento
de um modelo quando o modelo está sendo reforçado por esse comportamento, ou seja, a criança
que observa uma pessoa ser elogiada por uma determinada ação tem maior probabilidade de agir
do mesmo modo do que a criança que vê a ação, mas não vê o reforço subsequente.
Assim, reforço e modelação podem juntos criar condições muito poderosas para modificar o
comportamento. Muitos de nossos hábitos e atitudes mais persistentes resultam dessa poderosa
combinação de forças.
Portanto, os professores fornecem condições para aprendizagem na sala de aula, não somente
pelo que dizem, mas também pelo que fazem.