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DESCRIÇÃO

A abordagem do professor precisa se adaptar às exigências e às dinâmicas dos ambientes em que ele atua. Neste tema, ele
será convidado a pensar sua prática em sala de aula e suas influências sobre o trabalho como docente.

PROPÓSITO
Este tema tem como propósito instrumentalizar os futuros docentes para que eles percebam o papel do professor, o modo como
as instituições de ensino escolhem determinadas abordagens didáticas e como eles podem se adaptar a essas realidades.

OBJETIVOS

MÓDULO 1

Descrever as teorias da aprendizagem

MÓDULO 2

Identificar o processo da abordagem didática na prática docente

MÓDULO 3

Definir a elaboração de um plano de aula na perspectiva das teorias da aprendizagem

MÓDULO 1

 Descrever as teorias da aprendizagem

INTRODUÇÃO
Antes de iniciarmos nosso estudo, vamos conversar com Rubem Alves sobre a Escola da Ponte.
RUBEM ALVES (1933-2014)

Foi um teólogo, educador, poeta e filósofo brasileiro. Ele é autor de mais de 120 livros de diversas áreas, como Filosofia,
Teologia, Psicologia, Educação e histórias infantis.

A Escola da Ponte é um bom exemplo de instituição com uma nova visão de ensino e metodologia. Sua característica é levar em
consideração a promoção da autonomia e da liberdade dos estudantes, pensando-os como protagonistas do processo de ensino-
aprendizagem.

Como podemos perceber, a visão de ensino semelhante a uma linha de montagem – na qual professor e aluno desempenham
apenas um papel, tendo o mesmo tempo e a mesma forma de aprender – está sendo repensada; por conta disso, novas
abordagens didáticas na área têm sido estudadas.

Com as mudanças nesses paradigmas da educação, o estudo das abordagens didáticas passa a analisar como a prática docente
– compreendida pela dinâmica de ensino-aprendizagem – pode ser executada de maneira mais eficiente.

Para obter essa eficiência, no entanto, não existe uma única linha de abordagem. A maneira como os educandos aprendem é um
assunto amplamente debatido, influenciando tais abordagens. Para compreendermos essas linhas, seguiremos os passos de um
professor que se depara com o desafio de escolher um caminho para tornar a sua atuação mais eficiente.

Desse modo, como primeiro passo, serão apresentadas as principais teorias da aprendizagem: elas são muito utilizadas e
conhecidas no campo da Educação, pois este espaço mostra-se necessariamente complexo, com um conjunto de teorias que
sustenta o processo de ensino e de aprendizagem. Podemos, assim, dizer que o professor precisa conhecer as teorias que vão
subsidiar sua abordagem didática.

Conhecer as principais teorias da aprendizagem deve representar um constante exercício de estudos, possibilitando que os
professores se aprofundem e escolham aquelas com as quais mais se identifiquem. Portanto, estamos falando de escolhas.
Essas escolhas têm se tornado cada vez mais difíceis quando levamos em consideração o mundo contemporâneo com os
inúmeros desafios à vida cotidiana e ao exercício da docência. Afinal, tais mudanças têm impactado fortemente a prática do
professor em sala de aula nos dias de hoje.

Neste momento, você deve estar se perguntando:

COMO CONSTRUIR UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA COMPETENTE


PARA ATUAR NA DOCÊNCIA?

COMO AJUSTAR A PRÁTICA PEDAGÓGICA PARA ALINHÁ-LA A


ESSAS MUDANÇAS?

Essas (e outras) questões fazem parte da profissão docente, embora seu raio de influência dependa da prática desenvolvida por
cada professor. Tais perguntas sempre lhe acompanharão em sua atividade profissional.

O foco sobre as teorias da aprendizagem se concentra em sua perspectiva de desenvolvimento, considerada por muitos como
uma das mais emblemáticas do século passado por meio da intensa relação com a Psicologia da Educação. Vamos ver a seguir
alguns de seus conceitos.

ABORDAGEM COMPORTAMENTALISTA OU
BEHAVIORISMO
Nossos estudos sobre as teorias da aprendizagem começam com o destaque a uma das correntes teóricas mais importantes da
área: o behaviorismo. Originada em estudos feitos no campo da Psicologia, esta corrente de pensamento compreende e define
o comportamento humano como o resultado de influências sociais. Segundo a teoria behavorista, o sujeito pode ser moldado de
acordo com estímulos e respostas.

Podemos destacar John B. Watson como o principal criador dessa teoria e, logo em seguida, outros estudiosos também se
juntaram ao behaviorismo, como Ivan Pavlov e B.F. Skinner .

JOHN B. WATSON (1878-1958)

Foi um psicólogo americano. Criador do behaviorismo, ele tinha como principal motivação o estudo do comportamento. Seus
experimentos em laboratório contribuíram profundamente para a visão da Psicologia como algo além do estudo interno da mente.

De acordo com Watson, o ser humano aprende a se expressar a partir do meio social, ou seja, do seu ambiente. Tal aprendizado,
portanto, é construído, de forma positiva ou negativa, em suas relações cotidianas. Ainda segundo o psicólogo, quando nasce,
ele é apenas um sujeito “vazio”, tendo suas características e seus comportamentos moldados pela sociedade.

IVAN PAVLOV (1846 – 1936)


Foi um fisiologista mundialmente conhecido pelas suas pesquisas sobre o reflexo condicionado em animais. Esta teoria o levou a
perceber que certos comportamentos podem ocorrer de acordo com estímulos e situações vividas pelos seres.

“De acordo com Pavlov, o requisito fundamental é que qualquer estímulo externo seja o sinal (estímulo neutro) de um reflexo
condicionado e se sobreponha à ação de um estímulo absoluto” (LA ROSA, 2003, p. 45).

B. F. SKINNER (1904 – 1990)

Psicólogo, inventor e filósofo, o americano B. F. Skinner (1904-1990) desenvolveu a análise do comportamento por meio de
quatro conceitos básicos: comportamento, resposta, ambiente e estímulo.

Suas teorias são chamadas de behaviorismo radical, já que enfatizam o comportamento humano como objeto. No entanto, elas
ainda reconhecem outra face: em vez dos condicionantes em essência, como Watson, Skinner queria entender os
comportamentos encobertos por pensamentos, sentimentos, sonhos etc.

Assim, podemos entender que o behaviorismo é parte de um sistema educacional tradicional, pois está amparado em
estímulos, respostas e reforços. Talvez você ainda esteja se perguntando:

MAS AINDA RESTA UMA DÚVIDA: QUANDO UMA CRIANÇA


RECEBE UMA NOTA “BAIXA” NA ESCOLA, O QUE É REFORÇADO
COM ISSO?

Se já recebeu nota baixa alguma vez na vida, isso certamente reforçou alguma ideia em você. É isso que o behaviorismo analisa.

À medida que somos elogiados, o nosso comportamento muda.

Nesta abordagem, o principal instrumento da modelagem é o reforço. Este pode ser entendido como qualquer ocorrência que
aumente a intensidade de um determinado comportamento. Pode ser positivo (recompensa) ou negativo (remoção de algo
adverso).

Vamos entender como isso ocorre por intermédio do experimento de Watson no vídeo O pequeno Albert.
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Nessa perspectiva, a educação está fortemente ligada à transmissão cultural, devendo imprimir no sujeito conhecimentos e
padrões de comportamentos éticos e sociais, além de competências consideradas fundamentais para o controle do ambiente e
da realidade. O processo de ensino-aprendizagem é uma mudança comportamental do sujeito resultante das práticas
vividas e reforçadas pelo professor. Por isso:

O ambiente de aprendizagem deve ser previamente planejado pelo professor.

A metodologia do ensino precisa aplicar o processo do reforço na relação professor-aluno.

O docente estabelece a proposta de aprendizagem a partir da estruturação dos elementos.

Tais elementos proporcionam experiências curriculares para a consecução dos objetivos previamente propostos.


SAIBA MAIS

Você conhece o teste dos macacos?

Em um experimento, foram colocados eletrodos na cabeça de dez macacos e um cacho de bananas no alto de uma estante.
Cada vez que um deles tentava subir e pegar uma fruta, os outros tomavam um choque. Após um tempo – primeiramente, em
ações individuais; depois, coletivamente –, os demais passaram a punir aquele que subia. A partir daí, uma patrulha foi
estabelecida: mesmo com fome, os macacos não subiam mais para pegar a banana.

Em determinado momento, todos os eletrodos foram tirados, mas o comportamento deles não mudou. Qualquer macaco que
tentasse subir para comer uma banana era evitado e apanhava dos outros. Em seguida, pouco a pouco, os animais foram sendo
substituídos; ainda assim, mesmo com todos eles trocados, a regra ainda valia.
ABORDAGEM COGNITIVISTA
Nesta abordagem, o conhecimento é considerado uma construção contínua do sujeito no meio em que transita. O cognitivismo
realça aquilo que é ignorado pela abordagem comportamentalista: o ato de conhecer. O interesse da teoria cognitivista é saber
como o ser humano conhece o mundo, investigando a percepção, o processamento de informação e a compreensão dele.

Vamos entender como a teoria cognitivista funciona:

Ela ajuda o sujeito a compreender e atribuir significado para sua realidade.

Dessa forma, esta teoria tem como foco específico a compreensão de como o sujeito guarda e organiza os conhecimentos
adquiridos ao longo do percurso escolar.

Sua ênfase está no papel humano frente ao processo de construção do conhecimento, pois ela se concentra no desenvolvimento
da personalidade do sujeito e na sua capacidade de atuar de forma integrada.

A figura do professor não é a de um transmissor do conhecimento, mas o de um facilitador da aprendizagem.

O conteúdo, por sua vez, é proveniente de experiências próprias realizadas pelo estudante na sala de aula. Elas são orientadas
pelo professor, que atua como um articulador entre o conhecimento e o aluno. O docente, portanto, possibilita a criação de
condições para que os discentes aprendam.

O cognitivismo não concebe modelos prontos de mundo, aluno ou sala de aula. Tudo está em um contínuo processo de vir a ser,
pois seu objetivo didático é a autorrealização e o uso pleno das potencialidades do sujeito. Desse modo, de acordo com a
abordagem cognitivista, o mundo e o homem não estão prontos e acabados (como ocorre no behaviorismo).
A educação centra-se no aluno. Devem emanar dele os motivos para a aprendizagem, pois a sua finalidade é a criação de
condições que facilitem o aprendizado integral do sujeito. Por isso, a autodescoberta e a autodeterminação constituem
atributos da abordagem cognitivista.

A abordagem cognitivista leva em consideração o cotidiano, a vivência, a realidade e as experiências do aluno. No entanto,
muitas vezes, é difícil estabelecer a relação entre a teoria ensinada e a prática.

Veja o vídeo “Um rio que passou em minha vida” e descubra como o cotidiano dos alunos pode ser utilizado como prática
pedagógica.

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O processo de ensino cognitivista ocorre a partir de uma metodologia criada pelo professor na qual a aprendizagem do aluno se
desenvolve em um contexto que privilegia a liberdade para aprender. Notemos que várias correntes e diversos representantes
desta teoria podem ser agrupados da seguinte maneira:

Cognitivista
CONSTRUTIVISTA

Investiga como são construídas pelo sujeito as estruturas cognitivas para a elaboração do conhecimento. Também se ocupa dos
processos do pensamento humano desde a infância.

SOCIOINTERACIONISTA

Preocupa-se com a importância da experiência e da cultura do meio para o processo de construção de conhecimento e de
constituição do indivíduo.

SIGNIFICATIVA

Realça a importância do significado na aprendizagem e investiga o processo cognitivo a partir do entendimento de que a nova
informação se relaciona com várias outras já conhecidas pelo sujeito e presentes na
estrutura cognitiva.
Segundo as teorias cognitivistas, o processo do conhecimento é construído pela relação entre sujeito e sujeito ou sujeito e objeto,
ou seja, cada sujeito constrói o seu conhecimento a partir do contato com o meio e da relação que ele faz.

O sujeito constrói o seu conhecimento não a partir de uma estrutura fixa, mas sempre em uma relação de troca. Por isso, tais
teorias designam a existência de uma variedade de elementos responsável por possibilitar o aprendizado.

Vamos conhecê-las mais profundamente a partir de agora.

TEORIA COGNITIVISTA CONSTRUTIVISTA

O Construtivismo é uma linha de pensamento que gerou um grande impacto na Pedagogia, principalmente pelas ideias de Jean
Piaget.

Sua principal indagação diz respeito à forma como o sujeito conhece o mundo. Uma das principais preocupações de Piaget era
compreender como e quais são os mecanismos utilizados pelo homem para o conhecer e se adaptar a ele.

JEAN PIAGET

Conhecido por seu trabalho pioneiro no campo da inteligência infantil, o suíço Jean Piaget era um renomado psicólogo e filósofo.
Piaget passou grande parte de sua carreira profissional interagindo com crianças e estudando seu processo de raciocínio. Seus
estudos tiveram um grande impacto nos campos da Psicologia e da Pedagogia.


SAIBA MAIS

Para Piaget, as interações sociais são muito importantes, pois elas transmitem as informações características do meio e
contribuem, de uma maneira ativa, para a assimilação do conhecimento pelo sujeito.

Cada informação do meio social é processada na mente do sujeito a partir dos elementos que lhe são oferecidos. Assim, cada
um reestrutura de maneira única esse conhecimento e o integra ao corpo de um saber já construído. Dessa maneira, Piaget
avalia o contato social como o principal meio de aprendizado.

Para Jean Piaget, a interação social não está relacionada apenas a uma transferência verbal, e sim ao uso do pensamento e da
cooperação.

Interação
Ao interagir com pessoas e objetos, há o progresso do pensamento do sujeito e, consequentemente, de sua ação.


Cooperação

Neste processo interacional, o sujeito entende que sua ação deve contribuir para a cooperação do grupo, desenvolvendo, com
isso, uma vida afetiva.

Essa afirmação propicia a compreensão de que a abordagem construtivista estabelece diferenças entre ensino e aprendizagem.
Afinal, o que cada estudante aprende não constitui exatamente aquilo que o docente explica em sala de aula, tampouco o que
era planejado previamente por ele. A aprendizagem, portanto, depende diretamente de conhecimentos anteriores àqueles
evocados por nossas experiências.

Então, talvez apareça a seguinte questão:

SE CADA UM DELES APRENDE E PERCEBE O MUNDO DE UMA


MANEIRA DIFERENTE, COMO ALCANÇAR TODOS OS ALUNOS?

O professor precisa estabelecer situações que desestabilizem os conhecimentos anteriores de seus alunos. No entanto, é
fundamental haver a compreensão de que isso, concomitantemente, requer a presença de:

SITUAÇÕES-PROBLEMA

O professor deve propor situações-problema que os instiguem a investigar, discutir, refletir, levantar questões e formular
hipóteses.
MOTIVAÇÃO

É necessário estar motivado para fazer um esforço cognitivo a fim de alcançar um novo conhecimento; por isso, é importante
motivar constantemente os alunos a prosseguirem, não desistindo dele.

POSTURA ATIVA

O professor deve instigar o aluno a adotar uma postura ativa em seu processo de construção do conhecimento.

PLANEJAMENTO

O planejamento didático tem de ser abrangente para atingir todos os alunos em suas diversidades, integrando-os.

TEORIA COGNITIVISTA SOCIOINTERACIONISTA

Lev Vygotsky é seu maior representante. Para este autor, a mediação é um fato fundamental para o processo cognitivo do
sujeito, sendo realizada por meio da relação interpessoal e dos sistemas de signos(linguagem, escrita, símbolos e objetos).

A linguagem é um instrumento de mediação da aprendizagem para criar situações concretas de produção, reflexão,
colaboração e construção de conhecimento. Ela abandona, dessa forma, o esquema linear de reprodução ou consumo.

LEV VYGOTSKY

O psicólogo Lev Semionovich Vygotsky (1896-1934) foi um pioneiro na apresentação do conceito de que o desenvolvimento
intelectual das crianças ocorre em função de suas interações sociais e condições de vida. Ele entendia que o sujeito não acessa
diretamente objetos ou conceitos, pois todo conhecimento é fruto da mediação de outras pessoas ou de sistemas simbólicos dos
quais ele dispõe. Dessas relações dinâmicas e interativas entre sujeito/sujeito e sujeito/objeto, surgem as funções psicológicas
superiores a serem construídas na interação social.

SISTEMAS DE SIGNOS

Ferdinand Saussure foi um linguista e filósofo suíço que trouxe a ideia de que os signos linguísticos são a união de uma imagem
acústica e um conceito, de um significante e um significado. Essa união, por sua vez, não é determinada nem fixa, porém
arbitrária.


SAIBA MAIS

A teoria sociointeracionista impeliu os docentes a uma reflexão sobre a prática pedagógica devido aos apontamentos feitos por
Vygotsky sobre as relações existentes entre a aprendizagem, o desenvolvimento e a interação nos processos educativos.

Podemos reconhecer a interação entre os alunos como uma estratégia pedagógica. Para que haja um conhecimento, o sujeito
deve ser entendido como um ser social que constrói sua individualidade a partir das interações mediadas pela cultura. Dessa
maneira, a relação que a pessoa estabelece com o meio social é condição fundamental para ela se constituir como indivíduo.

TEORIA COGNITIVISTA SIGNIFICATIVA

Os estudos sobre esta teoria têm como base o autor David Paul Ausubel, responsável pela elaboração do conceito de
aprendizagem significativa. Na abordagem cognitiva, ele observa o que ocorre dentro da mente humana durante a construção
do conhecimento.

Para Ausubel, a estrutura cognitiva refere-se ao conteúdo total das informações, aos fatos, aos conceitos e aos princípios
organizados pela pessoa. A aprendizagem é vista como o processo em que o novo conteúdo se organiza e se integra à estrutura
cognitiva já existente. Dessa maneira, o professor precisa fazer a relação significativa entre o conteúdo acadêmico e o social
para que o aluno perceba o significado do que aprende.

DAVID PAUL AUSUBEL (1918 - 2008)

O psicólogo norte-americano David Paul Ausubel (1918-2008) foi o percursor da teoria da aprendizagem significativa.

Para ele, aprender significativamente é ampliar e reconfigurar ideias que já existem na estrutura mental da pessoa para que ela
seja capaz de relacionar e acessar novos conteúdos. O autor, portanto, defendia que os esquemas dos links mentais que
fazemos nos auxiliam a consolidar o conhecimento. Desse modo, cabe ao professor propor e fomentar situações que favoreçam
a aprendizagem, permitindo a ancoragem entre o saber que a criança já possui e o que ela irá aprender.

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

Ela propõe que os conhecimentos prévios dos alunos sejam valorizados para que o novo conteúdo incorporado às suas
estruturas cognitivas adquira significado. A aprendizagem mecânica, por outro lado, ocorre quando o novo dado não se relaciona
com os conceitos conhecidos pelo aluno.

SIGNIFICADO
Para que a aprendizagem significativa ocorra, é preciso entender o processo de modificação do conhecimento [...] e reconhecer a
importância que os processos mentais têm nesse desenvolvimento.

Fonte: https://portaldoprofessor.mec.gov.br


SAIBA MAIS

As ideias de Ausubel também se caracterizam por uma reflexão específica sobre a aprendizagem escolar e o ensino em vez de
tentar somente generalizar e transferir-lhes conceitos ou princípios explicativos extraídos de outras situações ou contextos de
aprendizagem.

Para haver aprendizagem significativa, são necessárias duas condições:

PRIMEIRA CONDIÇÃO
O aluno precisa ter uma disposição para aprender. Se o indivíduo quiser memorizar o conteúdo arbitrária e literalmente, a
aprendizagem será mecânica.

SEGUNDA CONDIÇÃO
O conteúdo escolar a ser aprendido deve ser potencialmente significativo, ou seja, ele precisa se mostrar lógica e
psicologicamente significativo.

O significado lógico depende somente da natureza do conteúdo; o psicológico, por sua vez, significa a experiência de cada
indivíduo. Todo aprendiz faz uma filtragem própria do significado dos conteúdos.

Com esse duplo marco de referência, as proposições de Ausubel partem da consideração de que os indivíduos apresentam uma
organização cognitiva interna baseada em conhecimentos de caráter conceitual, sendo que a sua complexidade depende muito
mais das relações que eles estabelecem entre si que do número de conceitos presentes.

Essas relações têm um caráter hierárquico; dessa forma, a estrutura cognitiva é compreendida fundamentalmente como uma
rede de conceitos organizados hierarquicamente de acordo com o grau de abstração e de generalização.

Agora que você já foi apresentado às teorias contempladas na abordagem cognitivista, demonstraremos como elas influenciam
na atuação do professor e na sua prática em espaços escolares.

Assista a este vídeo para entender como a abordagem cognitivista e as suas teorias podem ser inseridas no ambiente escolar.

VERIFICANDO O APRENDIZADO

MÓDULO 2
 Identificar o processo da abordagem didática na prática docente

No módulo anterior, buscamos perceber como os sujeitos aprendem e como esse aprendizado pode ser visto de formas
diferentes. Diante desse desafio, passamos a refletir sobre o professor e seu papel na construção dessa abordagem
didática.

Quanto à investigação de seus processos na prática docente, talvez você esteja com os seguintes questionamentos:

Dessa maneira, cabe ao professor acompanhar o processo de ensino-aprendizagem ao fomentar novas descobertas, possibilitar
a ampliação desses conhecimentos e adaptar as suas práticas de acordo com a turma.

AFINAL, O QUE SERIA A DIDÁTICA? POR QUE PROFESSORES


PRECISAM DELA?

A didática serve para indicar os processos de ensino-aprendizagem. Com eles, você vai poder pensar tecnicamente e
acompanhar a evolução dos alunos.

Não basta, porém, compreender um conteúdo do ponto de vista técnico. O processo de compreensão é do aluno, e não do
professor, pois será o estudante que vai descobrir os seus caminhos e construir as pontes necessárias para seu
desenvolvimento. Ser didático, além de se preparar, é estar disposto a compreender que seu aluno precisa de acompanhamento
no processo de aprendizado.

A didática não deve ser entendida como uma prática, mas como um processo no qual cada aluno desenvolve seus aspectos
cognitivos. O professor, por sua vez, acompanha esse processo e fomenta novas descobertas, possibilitando a ampliação desses
conhecimentos.

Todo aquele que se coloca na condição de educando espera que quem o conduzirá esteja preparado. Independentemente de
nosso tempo de convivência, nós, enquanto professores, devemos estar dispostos e sermos capaz de acompanhá-lo para
provocar e permitir processos de aprendizagem, cada um com seu ritmo e dentro de suas necessidades. Desse modo, atuar
didaticamente é:

Preparar-se para estabelecer a ação pedagógica.

Perceber o desenvolvimento do sujeito conforme se desenvolve a educação.

Ter o aprendizado como foco do resultado, mesmo entendendo que nem sempre ele ocorrerá da forma esperada e planejada.

O uso da didática, aliás, possui uma funcionalidade muito mais ampla: fundamental para todo sujeito no ato de educar, ela
impacta diretamente o processo de ensino-aprendizagem.

CONCEITUANDO A DIDÁTICA
A didática deve ser entendida como uma ferramenta pedagógica que impulsiona o professor a refletir sobre as formas de
abordagem do conhecimento, das metodologias, da necessidade de planejamento e de tudo que envolve o processo de
ensino-aprendizagem. Como não se limita à técnica, ela se dedica ao estudo do processo de ensino-aprendizagem,
oferecendo uma reflexão constante que orienta as abordagens didáticas a fim de fortalecer tal processo.

ENSINO-APRENDIZAGEM

A abordagem didática possibilita dois movimentos: o ensino e a aprendizagem. Ou seja, o princípio dela permite ao professor
construir uma prática docente baseada em uma teoria da aprendizagem, como vimos no módulo anterior.

Ela realmente interfere em tal prática, pois exige do professor uma postura constante de pesquisador da própria prática, assim
como o instiga a buscar cotidianamente uma atuação que torne a aprendizagem significativa, estimulando a construção de novos
conhecimentos.

 Abordagem didática

A abordagem didática deve ser entendida como um “fazer reflexivo” que leva o professor a ampliar sua visão sobre as formas
de ensinar e de aprender, facilitando a escolha das metodologias que dão sentido à
sua prática.

Ela provoca reflexões sobre a forma de atuação dela no processo de aprendizagem dos alunos e a maneira de melhorar sua
prática a partir do seu cotidiano.

A abordagem didática também ultrapassa a dimensão técnica, pois exige compromisso do mestre com o aprendiz, fazendo com
que o professor adote uma postura reflexiva, na qual a construção de conhecimentos ganha nova dimensão, provocando a
entrada de aprendizagens significativas que façam sentido para o público a que se destina.

O papel da abordagem didática é fazer a diferença em qualquer campo com demanda educativa (instituições públicas, privadas
ou do terceiro setor), pois ela auxilia na construção de cenários de ambientação para que a aprendizagem aconteça e se
consolide.

Na abordagem didática, o professor deve:

Dar sentido ao que é apresentado

Podemos dizer que ela é a proposta de reflexão sobre a prática. O professor utiliza variadas teorias da aprendizagem para
observar o andamento do processo de ensino.

Ter o cuidado de buscar novos caminhos

O professor deve desenvolver e adaptar métodos e técnicas que possam ser utilizados na construção de determinados
conhecimentos, sabendo contextualizá-los a cada realidade e respeitando os procedimentos mentais desenvolvidos
nessa
construção.

Quem é didático, atua como um mediador que considera e respeita a cultura e a história do seu aluno, associando, a partir
dessas singularidades, os saberes da vida aos que precisam ser construídos. Portanto, no universo da
abordagem didática,
diversas teorias podem ser utilizadas para a obtenção da melhor proposta com o objetivo de atender à necessidade dos alunos.
Ou seja, você precisa compreender que todo professor tem uma abordagem didática
para pensar, fazer sua aula e instruir seu
aluno.

ABORDAGEM DIDÁTICA PARA AS FUTURAS GERAÇÕES


Você sabia que a nossa sociedade passa por grandes transformações e que cada geração é classificada de uma maneira
diferente? Para a reflexão apropriada de uma abordagem didática atual, o professor deve ter algum conhecimento sobre as
gerações e seus processos históricos.

Pensar a abordagem didática atualmente é compreendê-la de uma forma diferente, pois é preciso considerar os avanços
tecnológicos, a popularização da internet e a mistura geracional.

Saber as diferenças entre as gerações é importante para entendermos quem somos e quem são os nossos alunos. Veja o vídeo
para entender isso.

Como você pôde observar, cada uma dessas gerações (X, Y, Z e Alpha) apresenta características diferentes. A definição de uma
abordagem didática que não leve em conta tais elementos pode interferir profundamente no processo de ensino e aprendizagem.
As diferenças geracionais direcionam a construção do seu processo docente, mas sem haver a criação de uma “camisa de
força”. Portanto, sempre deve existir espaço para a criatividade.

Precisamos, enquanto professores, reconhecer as diferenças geracionais e nos comportar como um orientador de caminhos.
Nosso objetivo é propor desafios e, principalmente, direcionar os alunos para o trabalho cooperativo e colaborativo mediante a
potencialização do diálogo, da troca de conhecimentos e da produção coletiva dos discentes.

Atualmente, o professor na sala de aula da educação básica trabalha principalmente com crianças das gerações Z e Alpha.
Dessa forma, ele terá de repensar sua prática pedagógica e seus caminhos
didáticos, pois precisará lidar com perfis geracionais
diferentes do seu.

Essas medidas são importantes. Nossos alunos têm um perfil geracional diferente, já que cresceram utilizando ambientes
colaborativos, como Instagram, Facebook, Pinterest e Snapchat. Além disso, eles estão acostumados aos games,
que são
jogados em grupos, embora seus jogadores estejam distantes geograficamente.

Por essa razão, a abordagem didática atual deve enfatizar o enfoque social em detrimento do individual, privilegiando atividades
e trabalhos realizados em mesas agrupadas fisicamente nas quais sejam utilizadas ações de pesquisa,
análise de situações e
resolução de problemas.

O melhor procedimento didático é aquele acompanhado de uma significação para cada geração. A didática está presente de
forma imperativa em todos os espaços de aprendizagem: na construção de instrumentos de
apoio ao ensino, como conteúdos
digitais, assim como em materiais, livros e projetos didáticos. Afinal, ela mesma é um instrumento qualificador do trabalho
educativo.
VERIFICANDO O APRENDIZADO

MÓDULO 3

 Definir a elaboração de um plano de aula na perspectiva das teorias da aprendizagem

RECAPITULANDO
Como vimos no módulo anterior, a abordagem didática se separa em dois grandes blocos. Amparada por uma teoria e
concepção de mundo, de sujeito e de sociedade, ela propõe um:

Fazer reflexivo

O professor deve pensar sua prática de forma contextualizada a partir de uma teoria da aprendizagem. Assim, cabe ao docente
refletir sobre as relações, reações e ações que vão influenciar a aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos.

Ensino-aprendizagem

Todo professor precisa saber que o processo de aprendizagem não está desvinculado do ensino: ambos estão juntos.

O professor ensina e o aluno aprende, mas ele também acaba aprendendo nesse processo. Todos nós, enfim, aprendemos e
ensinamos no ato educativo.

Vamos entender melhor como ocorre esse fazer reflexivo assistindo a uma entrevista da professora Nilda Alves.

NILDA ALVES

Doutora em Ciências da Educação pela Universidade Paris Descartes e professora titular da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro (UERJ). É pesquisadora e referência no campo pedagógico. Suas principais contribuições abordam as relações entre a
escola, o aluno e o professor, tendo como foco a noção de tessitura de conhecimentos em rede e a vida cotidiana nas escolas,
com base na articulação entre currículos, redes educativas, imagens, sons e formação de docentes.

Fonte: Currículo Lattes.

Você, enquanto professor, deve refletir sobre qual abordagem irá auxiliar no seu processo como educador. Seu objetivo é facilitar
o aprendizado do aluno, levando em consideração seu cotidiano, sua vivência e seu saber. Para
isso, é importante, antes de
tudo, planejar suas aulas tendo em vista os blocos da abordagem didática e os currículos que atuam dentro dos espaços
educacionais.
PLANO DE AULA
Durante a elaboração do plano de aula, o professor deve articular as competências e habilidades solicitadas pelo seu
demandante com as estratégias que serão utilizadas. Portanto, ele corresponde ao nível de maior detalhamento
e objetividade do
processo de planejamento didático, tendo como finalidade a previsão dos conteúdos e atividades de cada aula.

Todo plano de aula deve ser composto por conteúdo e tema, competências, estratégias didático-metodológicas e avaliação
(com possíveis intervenções didáticas). Durante a elaboração do planejamento e deste plano,
é preciso ter em mente as
seguintes perguntas:

1. O QUE ENSINAR? - OBJETIVOS

Indicam os propósitos de nossa ação didática, devendo estar expressos por verbos no infinitivo
que contemplem
comportamentos, habilidades, atitudes e competências esperados dos alunos. Dividem-se em geral (amplo e de longo prazo) e
específicos (ações observadas mais rapidamente pelo professor).

2. PARA QUE ENSINAR? - FINALIDADE

Representa o propósito de nossa ação didática, abrangendo os conceitos e temas que serão
trabalhados durante a disciplina.
Recomenda-se que a finalidade esteja articulada com os objetivos para atingi-los de maneira interdisciplinar.

3. COMO ENSINAR? - ESTRATÉGIAS DIDÁTICO-METODOLÓGICAS

Correspondem aos processos subjacentes à prática e aos objetos concretos,


como as abordagens psicológicas da aprendizagem
que utilizaremos, as atividades e os exercícios empregados para a consecução dos dois primeiros itens do planejamento.

4. COM O QUE ENSINAR? - RECURSOS

Os recursos didáticos podem ser classificados em:

4.1. Naturais - elementos


da natureza: água, plantas etc.;

4.2. Pedagógicos: quadro, slide, maquetes etc.;

4.3. Tecnológicos: computador, internet, rádio etc.;

4.4. Culturais: biblioteca


pública, museus, exposições, visitas técnicas etc.

O planejamento didático deve ser uma ferramenta teórico-metodológica usada pelo professor para intervir na realidade. Celso
Vasconcelos (2000) define que o planejamento,

ENQUANTO CONSTRUÇÃO-TRANSFORMAÇÃO DE REPRESENTAÇÕES, É


UMA MEDIAÇÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA PARA A AÇÃO, QUE, EM
FUNÇÃO DE TAL MEDIAÇÃO, PASSA A SER CONSCIENTE E
INTENCIONAL.

Nessa discussão, são estabelecidas três dimensões: a realidade (onde estamos), os fins (aonde queremos chegar ou o que
desejamos alcançar) e a mediação (como alcançar o que planejamos).

Quando planejamos e aplicamos nosso plano em sala de aula, temos uma intenção subjacente à ação didática. Para que as
competências se concretizem mais facilmente, é necessário que este plano tenha as seguintes características:
Agora que você já possui uma ideia sobre o plano de aula, que tal elaborarmos um utilizando as duas teorias aprendidas
(cognitivista sociointeracionista e behaviorismo)? Para isso, lembre-se de que todo plano deve conter:

Conteúdo: assunto central sobre o qual será tratado o plano.

Tema da aula: tópicos relacionados ao conteúdo da aula.

Segmento: para o qual ano este plano foi pensado.

Duração: tempo estimado da aula.

Objetivos: aquilo que se pretende alcançar com ela.

Metodologia: que caminhos são realizados nela e o que é feito.

Recursos: que materiais são necessários para que haja a aula.

Avaliação: como ocorre a mensuração da aprendizagem.

BEHAVIORISMO

Imagine que você precisa ministrar uma aula para uma turma do quarto ano do Ensino Fundamental sobre a superfície terrestre
brasileira. Levando em consideração a abordagem behaviorista, monte um plano de aula com características behavoristas.

CARACTERÍSTICAS BEHAVORISMO

Lembre-se de que, na abordagem comportamentalista ou behaviorismo:


O aluno é passivo ao processo de ensino;

O professor somente passa as informações;

O professor reforça pelo método da repetição para que o aluno compreenda o conteúdo.

PLANO DE AULA

Digite sua resposta

Conteúdo

Digite sua resposta

Tema da
aula

Digite sua resposta

Segmento

Digite sua resposta

Duração

Objetivos
Digite sua resposta

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Metodologia

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Recursos

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Avaliação

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PLANO DE AULA

Conteúdo Formas de relevo

Tema da
Conhecendo a superfície terrestre brasileira
aula

Segmento 4º ano do Ensino Fundamental


Duração 50 minutos

• Conhecer as principais formas de relevo;

Objetivos • Entender as relações entre as formas de relevo;

• Identificar os relevos das paisagens conhecidas pelos alunos.

Apresentar as formas de relevo a serem trabalhadas.

Expor os relevos de:

• Planalto;

• Planície;

• Depressão;

Metodologia • Montanha;

• Vale.

Comparar os seguintes relevos:

• Planalto x Planície;


Depressão x Montanha.

Fazer um questionário para fixação.

• Datashow;

Recursos • Lousa;

• Giz.

O processo de avaliação será feito por meio de um teste. Alunos com aproveitamento igual ou superior a
Avaliação
80% serão premiados com reforço positivo no caderno.

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 COMENTÁRIO

Como você pode perceber, o processo educativo no plano de aula behaviorista tem como característica o estímulo e a resposta
do que é pedido ao aluno: à medida que ele consegue desenvolver o conhecimento sobre determinado assunto, obtém um
melhor aproveitamento e é recompensado. Tal recompensa varia desde a valorização do aluno até outras premiações, enquanto
sua avaliação ocorre por meio de provas e testes somativos.

SOCIOINTERACIONISTA

Imagine-se agora ministrando, para a mesma turma, uma aula sobre produção e interpretação de texto. Levando em
consideração a abordagem comportamentalista sociointeracionista, monte um plano de aula que possua as características do
sociointeracionismo..
CARACTERÍSTICAS DO SOCIOINTERACIONISMO

Lembre-se que na abordagem comportamentalista sociointeracionista:

O aluno é um sujeito ativo na produção do conhecimento;

O professor é um mediador na relação conhecimento-aluno;

O professor observa o contexto social e abre o diálogo entre os alunos.

PLANO DE AULA

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Conteúdo

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Tema da
aula

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Segmento

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Duração
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Objetivos

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Metodologia

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Recursos

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Avaliação

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PLANO DE AULA

Conteúdo Gramática

Tema da
Produção e interpretação de texto
aula

Segmento 4º ano do Ensino Fundamental


Duração 50 minutos

• Conhecer como se estabelece a organização de um texto;

Objetivos • Entender as relações entre sujeito, verbo e predicado;

• Identificar os diferentes tipos de gêneros textuais antigos e modernos.

Apresentar aos alunos formas e tipos de gêneros textuais; Fazer uma sondagem para saber o que cada
Metodologia aluno sabe sobre o tema, o que ele costumar ler no seu dia a dia;

Entender o que o processo educacional tem produzido


de leitura na vida de cada aluno.

• Data Show;

• Livros didáticos e literários;

Recursos • Cartas;

• Poesias;

• Outros suportes de leitura.

O processo de avaliação será pela relação horizontal entre professor e aluno. Cada um deles
Avaliação compartilhará sua experiência com a leitura e o desenvolvimento no período da atividade. O resultado
da avaliação é a partir
da relação social e do compartilhamento dos significados de cada aluno.

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 COMENTÁRIO

No plano de aula sociointeracionista, o professor tem o papel de promover avanços e diálogos entre os alunos. Cada aluno tem
um tempo de aprendizagem, sempre desenvolvendo-se em conjunto com os outros colegas. Por isso, no plano de aula de
gramática, encontramos na metodologia e no processo valiativo características que corroboram a ideia defendida pela teoria em
questão, como escutar e dar voz aos alunos, percebendo que o processo da avaliação é uma construção social e coletiva.

VERIFICANDO O APRENDIZADO

CONCLUSÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como vimos, ao longo dos anos, o processo educativo foi se tornando o foco de investigação e criação de diferentes teorias.
Entender como ocorre o aprendizado e a melhor forma de potencializá-lo possibilitou que os professores aprofundassem
suas
escolhas e suas ações dentro dos diversos espaços educacionais. Nesse âmbito, aprendemos sobre duas importantes teorias: a
abordagem comportamentalista ou behaviorismo, que busca compreender e definir
o comportamento humano como o
resultado de influências sociais de acordo com estímulos e respostas; e as abordagens cognitivistas, cujo objetivo é saber
como o ser humano conhece o mundo. O propósito deste
tema é instrumentalizar o professor para que ele seja capaz de
perceber a importância do direcionamento de sua abordagem.

A abordagem didática é um processo que busca dar significado ao trabalho do professor, já que lhe permite perceber o fim de
sua ação, construindo propostas fundamentadas. Por isso, a didática docente deve ser atrelada ao fazer
reflexivo e ao ensino-
aprendizagem, levando em consideração as multiplicidades de cotidianos que permeiam a escola. Já seu planejamento, seja ele
behaviorista ou cognitivista, deve conter os seguintes itens:
objetivo, finalidade do conteúdo, estratégias didático-
metodológicas e recursos. Além disso, é fundamental que a construção do plano de aula possua coerência, unidade,
continuidade, sequência, objetividade, funcionalidade, precisão e clareza nas
informações detalhadas.

 PODCAST
Agora, com a palavra, os professores Rodrigo Rainha, Ada Cabanas e Marta Amaral:

AVALIAÇÃO DO TEMA:

REFERÊNCIAS
CANDAU, Vera Maria (Org). A didática em questão. 36. ed. Petrópolis: Vozes, 2014

FAZENDA, Ivani. Didática e interdisciplinaridade. Campinas: Papirus, 2015.

FIGUEIREDO, L. C. M. Matrizes do pensamento psicológico. Petrópolis: Vozes, 1989.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.

LIBIK, Ana Maria. Aprender Didática – ensinar Didática. Livro III. Curitiba: InterSaberes, 2012.

MIZUKAMI, M.G. Ensino, as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986.

MONTES, Marta T. do Amaral. AuCoPre: uma metodologia ativa para o trabalho didático com fóruns de discussão. Curitiba:
Appris, 2017.

MORAN, J. M; MASETTO, M. T; BEHRENS, M. A. Novas Tecnologias e mediação pedagógica. 19. ed. São Paulo: Papirus,
2012.

PELIZZARI, Adriana. Teoria da aprendizagem significativa segundo Ausubel. Disponível em:


https://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000012381.pdf. Acesso em: 09 dez. 2019.

PIAGET, Jean. A equilibração das estruturas cognitivas: problema central do desenvolvimento. Rio de Janeiro, Zahar, 1976.

PIAGET, J. Epistemologia genética. Tradução de Álvaro Cabral. 3. ed. São Paulo: Martins

Fontes, 2007.
SAVIANI, D. História das ideias pedagógicas no Brasil: Campinas: Autores associados, 2007

SAVIANI, D. Escola e democracia. 35. ed. rev. Campinas: Autores Associados, 2002.

SIQUEIRA, Vinicius. O signo linguístico – Saussure e a AD.

VASCONCELLOS, Celso. Planejamento projeto de ensino-aprendizagem e projeto político-pedagógico. 7 ed. São Paulo:
Libertad, 2000.

VIGOTSKI, L. S. Psicologia pedagógica. Porto Alegre: Artmed, 2003.

VIGOTSKI, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

VIGOTSKI, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

CONTEUDISTA
MARTA AMARAL

 CURRÍCULO LATTES

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