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AS TEORIAS DE APRENDIZAGEM
CONTEMPORÂNEAS, E DE QUE FORMA ACONTECE O APRENDIZADO.
* Acadêmico graduando em Direito pela Faculdade Secal de Ponta Grossa; Acadêmico graduando em
Pedagogia pela Faculdade Noroeste de Goiás; Discente encontrado na Penitenciária Estadual de Ponta
Grossa Paraná Unidade de Segurança, rua Batuíra nº600 Bairro Santa Maria.
**Acadêmico graduando em Pedagogia pela Faculdade Noroeste de Goiás; Discente encontrado na
Penitenciária Estadual de Ponta Grossa Paraná Unidade de Segurança, rua Batuíra nº600 Bairro Santa Maria.
2.0 INTRODUÇÃO
O Trabalho foi elaborado por estudos bibliográficos na Biblioteca da plataforma, e no material de
apoio da faculdade. O tema foi escolhido pelo grupo, e são sobre as questões citadas no material de apoio
que dizem respeito sobre as diversas teorias de aprendizagem, e de que forma acontece o aprendizado.
Não há como discutir metodologias de ensino e aprendizagem sem a devida articulação com o
conteúdo científico, e que por isso mesmo esse tipo de discussão incrementa o conhecimento disciplinar do
professor. Erroneamente, a atividade docente é encarada como vocacional, que permitiria grande dose de
improviso e autoformatação do “jeito de dar aula”. É imprescindível o questionamento das ideias docentes de
seu franco declínio na área da pesquisa em ensino de ciências, ainda podem ser identificadas em práticas
pedagógicas, livros didáticos, materiais de divulgação científica, bem como em sites, aplicativos, simulações,
hipermídias, tutoriais disponibilizados na internet. Pelo fato de, muitas vezes, esses materiais educacionais
serem desenvolvidos com o que chamamos de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s), é comum
que se autoproclamem “pedagogicamente modernos”. Uma análise mais detalhada pode mostrar que são
demasiadamente behavioristas, ou seja, usam tecnologias modernas com fundamentação ultrapassada. A fim
de reconhecer essas metodologias, é necessário ter conhecimento sobre as teorias que as embasam implícita
ou explicitamente, mesmo sendo estas ultrapassadas. Do ponto de vista da pesquisa em educação em
ciências, assistimos, hoje, a chamada “virada sociocultural”. A perspectiva sociocultural na pesquisa em
Educação em Ciências tem indicado um caminho promissor para a superação da predominância do caráter
individual e cognitivista tanto no que se refere à aprendizagem do aluno quanto à formação de professores. O
aprendizado humano pressupõe uma natureza social específica na medida em que todas as funções
intelectuais superiores originam-se das relações entre indivíduos. Neste trabalho trilharemos um percurso que
indique a gênese da pesquisa em educação em ciências do ponto de vista de seus referenciais teóricos.
Inicialmente, essa área se mostra orientada por referenciais behavioristas (tendo Skinner como seu maior
representante); nos anos 80 há uma ênfase cognitivista (com autores como Piaget e Ausubel) e, mais
recentemente, reconhece-se o crescimento de perspectivas socioculturais, materializadas nas ideias de
autores como Paulo Freire, Vygotsky e Wertsch.
3.0 METODOLOGIA
O presente trabalho, fará uso do método dedutivo, como método de abordagem, haja vista que se
partirá de uma concepção geral, nesse caso as teorias da aprendizagem, para a compreensão de questões
específicas, portanto, trata-se da aplicação dessas teorias no contexto escolar. Como método de procedimento
se utilizará o método de pesquisa bibliográfico qualitativo com textos de citação direta.
Foi no estudo com animais em laboratório, em especial a digestão de cães, que Pavlov percebeu
que alguns estímulos provocavam a salivação e a secreção estomacal no animal, o que deveria ocorrer apenas
quando o animal ingerisse um alimento. A partir disso, ele percebeu que o comportamento do cão estava
condicionado a esses estímulos, normalmente aplicados poucos instantes antes do cão se alimentar. Por
exemplo, acionando-se uma campainha antes de alimentar o cão, Pavlov percebeu que as reações no animal
já se faziam presentes. Assim, o estímulo campainha provocou reflexos alimentares no cão (resposta) mesmo
sem a presença do alimento. Constatou ainda, que o cão não podia ser enganado por muito tempo. Os
reflexos sumiam se a comida não fosse dada ao cão logo. Em 1903 publicou um artigo denominando o
fenômeno de reflexo condicionado, que podia ser adquirido por experiência, chamando o processo de
condicionamento. Foi, então, premiado com o Nobel de Medicina em 1904.
Pavlov postulou que o reflexo condicionado teria um papel importante no comportamento humano
e, consequentemente, na educação. Assim, seu trabalho forneceu bases para que John Watson fundasse o
comportamentalismo (ou behaviorismo) no mundo ocidental.
passa a eliciar a mesma resposta e pode substituí-lo. O primeiro princípio diz que quanto mais
frequentemente associamos uma dada resposta a um dado estímulo, mais provavelmente os associaremos
outra vez. Com isso, nessa perspectiva, cabe ao professor promover o maior número de vezes possível a
associação de uma resposta (desejada) a um estímulo para que o aprendiz adquira conhecimentos. Já o
Princípio da Recentidade coloca que quanto mais recentemente associarmos uma dada resposta a um dado
estímulo, mais provavelmente os associaremos outra vez. Assim, o professor deverá proporcionar ao
estudante o vínculo mais rápido possível entre a resposta que ele quer que o aluno aprenda e o estímulo a ela
relacionado.
Burrhus Frederic Skinner, foi um psicólogo americano formado em Harvard. Ele foi o principal
representante do condutivismo nos EUA. Os condutivistas pretendem explicar o comportamento humano e
animal em termos de respostas a diferentes estímulos. Segundo Skinner, o comportamento aprendido é uma
resposta a estímulos externos, controlados por meio de reforços que ocorrem com a resposta ou após a
mesma, Skinner acreditava nos padrões de estímulo resposta de uma conduta condicionada, “se a ocorrência
de um comportamento operante é seguida pela apresentação de um estímulo (reforçador), a probabilidade de
reforçamento é aumentada”. Os métodos de ensino consistem nos procedimentos e técnicas necessários ao
CONCEITO:
A corrente cognitivista enfatiza o processo de cognição, através do qual a pessoa atribui
significados à realidade em que se encontra. Preocupa-se com o processo de compreensão, transformação,
armazenamento e uso da informação envolvido na cognição e procura regularidades nesse processo mental.
Nessa corrente, situam-se autores como Brunner, Piaget, Ausubel, Novak e Kelly. Alguns deles são
construtivistas com ênfase na cognição (Brunner, Piaget, Ausubel e Novak), ou enfatizam o afetivo (como
Kelly e Rogers).
David Ausubel (1918-2008).
E o Conceito sobre a Teoria da inclusão).
A Teoria Construtivista de Bruner defende a ideia que o aprendizado é um processo ativo, baseado
em seus conhecimentos prévios e os que estão sendo estudados. O aprendiz filtra e transforma a nova
informação, infere hipóteses e toma decisões. o aprendiz é participante ativo no processo de aquisição de
conhecimento. Instrução relacionada a contextos e experiências pessoais.
A ideia básica da teoria da Piaget é a de que as funcões permanecem invariáveis, mas que as
estruturas mudam, sistematicamente, conforme a criança se desenvolve. Esta mudança nas estruturas é o
desenvolvimento. Uma criança, quando nasce, apresenta poucos esquemas (sendo de natureza reflexa), e `a
medida que se desenvolvem, seus esquemas tornam-se generalizados, mais diferenciados e mais numerosos.
Os esquemas cognitivos do adulto são derivados dos esquemas sensório-motores da criança. De
fato, um adulto, por exemplo, possui um vasto arranjo de esquemas comparativamente complexos que
permitem um grande número de diferenciações.
Estágios propostos por Piaget:
1. Estágio sensório-motor, aproximadamente de 0 a 2 anos.
2. Estágio pré-operacional, aproximadamente de 2 a 6 anos.
3. Estágio das operações concretas, aproximadamente dos 7 aos 11 anos.
4. Estágio das operações formais, aproximadamente dos 12 anos em diante.
É claro que uma teoria que se preocupou principalmente com o desenvolvimento cognitivo não pode ser
aplicada diretamente em sala de aula, mas com certeza ela ajudou a dar uma série de explicações acerca do
desenvolvimento da criança.
Foi pioneiro ao sugerir os mecanismos pelos quais a cultura torna-se parte da natureza de cada
pessoa ao insistir que as funções psicológicas são um produto de atividade cerebral. A Teoria Sócio-Cultural
de Vygotsky afirma que o conceito central da teoria é o de que o desenvolvimento cognitivo é limitado a um
determinado potencial para cada intervalo de idade (ZPD); o indivíduo deve estar inserido em um grupo
social e aprende o que seu grupo produz; o conhecimento surge primeiro no grupo, para só depois ser
interiorizado. A aprendizagem ocorre no relacionamento do aluno com o professor e com outros alunos. São
muitas as possibilidades de ajuda que um adulto pode oferecer, destacando-se a imitação de atitudes, os
exemplos apresentados a criança, as perguntas de caráter maiêutico (método socrático onde o mestre,
mediante perguntas, faz com que o discípulo descubra noções que estavam latentes nele), o efeito da
vigilância por parte do adulto e também, acima de tudo, a colaboração em atividades compartilhadas como
fator construtor do desenvolvimento.
A gênese da inteligência para Wallon é genética e organicamente social, ou seja, “o ser humano é
organicamente social e sua estrutura orgânica supõe a intervenção da cultura para se atualizar” (Dantas,
1992). Nesse sentido, a teoria do desenvolvimento cognitivo de Wallon é centrada na psicogênese da pessoa
completa.
O Aprendizado Experimental de Carl Rogers afirma que se deve buscar sempre o aprendizado
experimental, pois as pessoas aprendem melhor aquilo que é necessário. O interesse e a motivação são
essenciais para o aprendizado bem-sucedido.
Enfatiza a importância do aspecto interacional do aprendizado. O professor e o aluno aparecem
como os corresponsáveis pela aprendizagem.
Masllow baseia-se na ideia de que cada ser humano esforça-se muito ara satisfazer suas
necessidades pessoais e profissionais. É um esquema que apresenta uma divisão hierárquica em que as
necessidades consideradas de nível mais baixo devem ser satisfeitas antes das necessidades de nível mais
alto.
Escola inclusiva: estratégias de gestão curricular e de sala de aula diferenciação pedagógico e trabalho
colaborativo.
Homem e Mundo
O homem pode criar e construir seu conhecimento autonomamente e através da atividade em
grupo. A construção do homem é um fenômeno, portanto é chamada de fenomenologia que se consiste no
processo de construção que o homem pode fazer consigo. Dependendo de seus anseios, ela pode mudar
alterando suas probabilidades. Podemos dizer que há cognição onde o ser humano pode compreender e
interiorizar os conceitos do mundo que o cerca. Acontece quando o indivíduo faz relações significativas de
outras relações significativas já existentes. Esses conteúdos já existentes servirão de âncora para novos
conhecimentos construídos em cima dos conhecimentos adquiridos anteriormente. O conhecimento antigo
serve de base para a aquisição de outro conhecimento desenvolvendo a cognição.
“Cognição é o processo através do qual o mundo de significados tem origem. À
medida que o ser se situa no mundo, estabelece relações de significação, isto é,
atribui significados à realidade em que se encontra.” BOCK, FURTADO,
TEIXERA (1999, p. 117).
A educação deve avaliar o contexto (sociogênico) quanto as especifidades do homem enquanto
espécie (ontogênese). Quanto mais o homem reflete sobre suas ações, tem possibilidade de mudar sua
realidade e natureza para que ele possa mudar sua realidade exercendo o pleno domínio de sua cidadania
(Luckesi, 1996). A relação do homem com o
mundo é uma relação de transformação. Sociedade e Cultura, Cultura é tudo aquilo que o homem produziu
sendo sujeito histórico que funciona como um alargador de potencialidades do ser humano. A escola tem o
papel de repassar
essa cultura para que o aluno como sujeito ativo dentro do processo de aprendizagem possa reelaborar essa
cultura intervindo em sua sociedade. A educação progressista que Paulo Freire propõe é de levar o aluno a
passar pelos
três estágios básicos de questionamento para que os conteúdos tenham mais significados: Aprender o quê?
Aprender pra quê? Aprender a favor do quê?. Assim o aluno tem a possibilidade de desmistificar e criticar
usa realidade.
O processo de aprendizagem não pode ser mecanizado sem associações dos significados já
existentes dentro do indivíduo, mas relacionados com suas aprendizagens e conceitos internalizados para que
não fique arbitrário, mas significativos. O processo de educação deve ser feito constantemente, o homem se
humaniza por toda sua trajetória de vida. “Não foi a educação que fez mulheres e homens educáveis, mas a
consciência de sua inconclusão é que gerou sua educabilidade” (Freire, 1996, p.58). O professor propicia
relações entre os conhecimentos, trabalha o raciocínio, pensamento crítico e independente, conduz a
formação de conceitos formados pelos próprios alunos levando-os a associarem os mesmos às suas vidas.
Essa é a perspectiva Sócio construtivista que busca no espaço escolar construir coletivamente com os alunos
o conhecimento. Aprende-se com o outro trocando significados. A partir daí, os pensadores puderam colocar
em práticas suas novas concepções.
“Na verdade, aluno com uma aprendizagem de qualidade é aquele que
desenvolve raciocínio próprio, que sabe lidar com conceitos e faz relações entre
um conceito e outro, que sabe aplicar o conhecimento em situações novas ou
diferentes, seja na sala de aula seja fora da escola, que sabe explicar uma idéia
com suas próprias palavras. (...)” LIBÂNEO (apud, LUCKESI,1994 p. 45)
A educação deve estar livre de ideologias e favorecer todas as classes e grupos sociais, aí sim a
democracia pode ser efetuada.
5.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante das diversas teorias de aprendizagens O professor deve planificar os processos de ensino, e
de aprendizagem, fazendo avaliação de acordo com as necessidades educativas de cada aluno.
As práticas podem ser aplicadas de acordo com os estilos de aprendizagem na medida que influenciem o
sistema de ensino, as políticas de escola, as opções curriculares; as estratégias para promover as
aprendizagens.
É importante compreender o modo como as pessoas aprendem e as condições necessárias para
a aprendizagem, bem como identificar o papel de um professor, por exemplo, nesse processo. Estas
teorias são importantes porque possibilita a este mestre adquirir conhecimentos, atitudes e
habilidades que lhe permitirão alcançar melhor os objetivos do ensino.
6.0 REFERÊNCIAS
ARAÚJO, J. A., Araújo, M. J. A. & Silva, M. A. (2016, outubro). Aproximações da teoria da aprendizagem
significativa e a educação especial e inclusiva. Comunicação apresentada no III Congresso Nacional de
Educação: CONEDU, Natal – Rio Grande do Norte, Brasil). Retirado de
https://editorarealize.com.br/revistas/
conedu/trabalhos/TRABALHO_EV056_MD4_SA7_ID8361_17082016144644.pdf.
Bruner, J. (1979) On Knowing. Essays for the Left Hand (2.ªed.). Londres: Belknap Press of Harvard
University.
Davis, K., Christodoulou, J., Seider, S. & Gardner, H. (2011). The Theory of Multiple Intelligences. Retirado
de https://www.researchgate.net/publication/317388
Fontana, R. & Cruz, M. (1997). Psicologia e trabalho psicológico. São Paulo: Atual.
Gabriel, M. (2017). Estágios do desenvolvimento para Henri Wallon. Retirado a 14 de dezembro de 2017 de
http://www.blogpsicologos.com.br/psicologiadesen
volvimento-humano/item/98-estagios-do-desenvolvimento-para-henri-wallon
Ausubel, em busca da Arca Perdida. Revista Brasileira de Educação Médica, 32(1), 105-111. Retirado de
https://pt.scribd.com/document/54093721/A-Educacao-Medica-entre-mapas-e-ancoras-a-
aprendizagem-significativa-de-David-Ausubel.
Jaime, J. D. (2016). Tipos das Necessidades Educativas Especiais (Licenciatura em Ensino de Biologia).
Manuscrito não publicado, Universidade Pedagógica de Lichinga, Moçambique.
Marques, L. P. (2000). O professor de alunos com deficiência mental: concepções e prática pedagógica.
Campinas: Universidade Estadual de Campinas.