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Tema do trabalho:
Codigo: 708233043
Turma: A
1. Introdução............................................................................................................................ 1
3. Conclusão ............................................................................................................................... 8
4. Bibliografia ........................................................................................................................... 10
1. Introdução
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral:
1.1.2 Específicos:
1.2. Metodologias
De modo a atingir os objectivos traçados, para elaboração deste trabalho, quanto à metodologia
empregada durante a realização da pesquisa utilizou-se pesquisa bibliográfica e análise
documental, pois as obras revisadas são corroboradas inteira ou parcialmente. Foi utilizada uma
abordagem qualitativa de maneira a buscar um aprofundamento da compreensão do problema,
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elucidando os conceitos necessários ao entendimento da questão. Também se tratou uma
pesquisa explicativa, buscando os factores que determinam ou que corroboram para a
ocorrência dos factos e situações a serem estudadas.
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2. Revisão da literatura
Percebe-se que as teorias behavioristas são muito utilizadas nos métodos de aprendizagem
atuais. Elas baseiam-se na repetição e no condicionamento (prática exaustiva de mesmos
exercícios) que os pré-vestibulares e cursos preparatórios para concursos públicos atuam. Essa
perspectiva, Pavlov (1979), Watson (1913), Thorndike (1911) e Skinner (1974) influenciaram
no modo como o material didático é preparado e estruturado, assim como nos métodos de ensino
mais enfatizados na sociedade.
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A Lei do Exercício, como implicação para o ensino-aprendizagem, coloca que é preciso praticar
(lei do uso) para que haja o fortalecimento das conexões; e o enfraquecimento ou esquecimento
ocorre quando a prática sofre interrupção (lei do desuso). Cabe ao professor, portanto, propor
aos alunos a prática das respostas desejadas através de muitos exercícios que fortalecem as
conexões a serem aprendidas e, ao mesmo tempo, descontinuar a prática de conexões
indesejáveis. É preciso praticar para melhorar o desempenho (Ostermann; Cavalcanti, 2010, p.
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Skinner (1974) afirmava que o professor não só era dispensável, como também era um mau
instrumento de ensino. Seu argumento fundava-se no fato de o professor, historicamente,
trabalhar com grupos de alunos, não podendo acompanhá-los individualmente. Para esse autor,
a possibilidade de ensinar adequadamente, isto é, de modelar o comportamento do aluno, exigia
que esse aluno fosse tratado individualmente. E o professor, sendo um só, e centralizando a
ação de ensinar na sua pessoa, não possibilitava essa situação individualizada (Kieling et al,
2006, p. 4).
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Ênfase na relação professor-aluno e valorização da afetividade: Não é exagero afirmar que o
componente afetivo ocupa lugar de destaque nos estudos de Wallon. Aliás, Wallon foi pioneiro
em considerar as emoções infantis para a sala de aula, além do corpo da criança (Galvão, 1999,
p.62).
Nesse sentido, Wallon destaca o papel do professor como mediador e facilitador do processo
de construção da identidade da criança (Mendes, 2002).
Um docente afetivamente orientado terá a consciência de que seu papel não é somente atuar no
espaço cognitivo, mas sim que suas atitudes refletirão diretamente na dimensão afetiva e motora
do indivíduo, onde a partir desse conjunto se dará o seu desenvolvimento.
Esta relacionado a idade. À medida que o desenvolvimento acontece, a idade avança. Todavia,
ele pode ser mais rápido ou mais lento em diferentes períodos, e suas taxas podem diferir entre
indivíduos cuja idade e desenvolvimento não necessariamente avançam na mesma proporção.
O papel da escola: Além das grandes contribuições para o entendimento das relações entre
educando e educador, a obra de Wallon situa a escola como “meio social” fundamental no
desenvolvimento desses sujeitos, destacando o processo de humanização e da transformação
recíproca do sujeito e do meio (Mendes, 2002).
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Enfoque na motricidade: Wallon acredita que o ato motor propriamente dito vai além de
executar as ações pensadas pelo sujeito. O ato motor também tem o papel de garantir a
expressão da afetividade, seja por gestos ou expressões faciais. Destacando ainda que este
apresenta significados diferentes de acordo com os estágios de desenvolvimento, ou seja,
quanto maior o domínio dos signos culturais e aspectos cognitivos, traduzindo, assim
aprimorarão e qualificação motora (Gratiot-alfandéry, 2010).
Nesse sentido, essa ênfase na motricidade oferece subsídios para uma educação globalizante e
voltada para interdisciplinaridade.
Visão política da educação – Pode-se dizer que a teoria de Henri Wallon também apresenta uma
visão política de uma educação mais justa para uma sociedade democrática, a partir dos
princípios norteadores da Justiça e Dignidade, valorizando ainda a cultura geral e defendendo
a Escola Única (escola para todos, independente de classe social, humanista, solidária)
(Ferreira, Acioly règnier, 2010).
Nas teorias socioculturais, é importante frisar as interações sociais e com o professor dada
por Vygotsky (1988), a educação crítica promovida e incentivada por Paulo Freire (1983) e a
visão do ensino como resultado de uma experiência individual mencionado por Wertsch (1998).
Segundo Vygotsky (1988), a ausência do outro torna impossível a construção do homem. Para
ele, o processo de aprendizagem humano acontece numa relação dialética entre a sociedade e o
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sujeito. O homem e o ambiente modificam-se mutuamente. Um conceito chave na teoria é a
mediação. Toda interação com o mundo é realizada através de instrumentos técnicos, sejam
ferramentas agrícolas, tecnológicas, entre outras, assim como a própria linguagem em si. Esses
elementos permitem não apenas a interação do sujeito com o mundo, mas com outros indivíduos
também. Nesta teoria de aprendizagem, torna-se necessária a presença de um mediador, ou de
outra forma, de um professor (Gotardo et al, 2012, p. 5).
Paulo Freire é considerado ainda um dos educadores mais influentes em todo o planeta. Seus
primeiros projetos educacionais se voltavam à alfabetização de adultos, que se originaram no
final da década de 50 a partir de seu trabalho com os círculos de cultura, comprometendo-se
com uma transformação total da sociedade (Ostermann; Cavalcanti, 2010, p. 28).
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3. Conclusão
O estudo revelou que cada uma das teorias acaba sendo influente a certo ponto para a função
do professor, dependendo do caso em que ele se apresente e enfrente. Portanto, o aprendizado
tende a ser mais rico e efectivo na proporção que se aplicam diferentes teorias de aprendizagem
durante o desenvolvimento no processo de ensino e aprendizagem, já que cada uma favorece
um ponto forte a ser acrescentado na vida do aluno.
Embora o behaviorismo não seja teoria tão abrangente e determinantes para a o ensino como as
teorias humanistas, sociocultural e o conectivismo, é possível enumerar constatações
importantes oriundas delas.
A teoria psicogenética de Wallon baseava-se na premissa de que a criança deveria ser entendida
de uma forma holística, completa. A pessoa deveria ser compreendida em seus aspectos
biológico, afetivo, social e intelectual. Por isso que essa teoria era comumente chamada de
Teoria da Psicogênese da Pessoa Completa. A teoria walloniana aborda em suas linhas aspectos
muito importantes como a ênfase no aspecto emoção, no aspecto orgânico e o papel do outro
na formação da pessoa. O aspecto emoção na teoria walloniana tem uma grande importância,
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na medida em que Wallon considera a emoção como fator imprescindível na gênese da
inteligência.
A partir do exposto, é possível concluir que o trabalho de Wallon é marcado por uma visão
humanizada da educação, baseado no estudo da criança em seu aspecto integral, sendo relevante
no repensar das práticas educativas, no respeito ao outro em suas particularidades e na
importância das emoções no processo ensino-aprendizagem.
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4. Bibliografia
Freire, Paulo (1983). Educação e mudança. 9ª ed. América Latina, Brasil: Paz e Terra.
Nobre, Cláudia Valéria; Melo, Keite Silva de (2015). Convergência das competências
essenciais do mediador pedagógico da EAD. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENSINO
A DISTÂNCIA, 8, 2011, Ouro Preto. Anais... Ouro Preto: Unirede, 2011, p. 1 - 15. Recuperado
em <http://www.wr3ead.com.br/ENPED 2012/texto_base_etapa_2 (2).pdf>.
Pavlov, Ivan Petrovitch (1979). Pavlov: Psicologia. São Paulo, Brasil: Ática.
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Piaget, J (1971). A epistemologia genética. Trad. Nathanael C. Caixeira. Petrópolis, Brasil:
Vozes.
Rogers, Carl Ransom (1972). Liberdade para aprender. Trad. de Edgard de Godói da Mata
Machado e Márcio Paulo de Andrade. 2ª ed. Belo Horizonte, Brasil: Interlivros.
SIEMENS, George (2004). Conectivismo: Uma Teoria de Aprendizagem para a Idade Digital.
2004. Recuperado de:
<http://usuarios.upf.br/~teixeira/livros/conectivismo%5Bsiemens%5D.pdf>.
Skinner, Burrhus Frederic (1974). Sobre o behaviorismo. São Paulo, Brasil: Cultrix, 1974. p.
7-11.
Thorndike, Edward (1911). Animal intelligence. New York, USA: The Macmillan Company.
Vygotsky, Lev Semenovitch (1988). Pensamento e linguagem. São Paulo, Brasil: Martins
Fontes.
Watson, John (1913). Psychology as the behaviorist views it. Psychologic Review, 1913, 20, p.
77-158.
Wertsch, James V(1998). Estudos socioculturais da mente. Porto Alegre, Brasil: Artmed
Wallon H (1995). Uma concepção dialética do desenvolvimento infantil. Isabel Galvão, Brasil:
Ed. Vozes
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