Você está na página 1de 17

Brazilian Journal of Development 20281

ISSN: 2525-8761

Perfil epidemiológico dos acidentes com animais peçonhentos no Estado de


Rondônia, Brasil, 2009-2019

Epidemiological profile of accidents with poisonous animals in the State of


Rondônia, Brazil, 2009-2019
DOI:10.34117/bjdv8n3-300

Recebimento dos originais: 14/02/2022


Aceitação para publicação: 23/03/2022

Ian Haendel Mendonça Gabriel


Acadêmico de Medicina
Instituição: Universidade Federal de Rondônia
Endereço: Rua Pirapitinga, 1937, Lagoa - CEP: 76812146 - Porto Velho - RO
E-mail: ian_haendel@hotmail.com

Vanessa Ocampo Fernandes


Acadêmica de Medicina
Instituição: Universidade Federal de Rondônia
Endereço: Rua Juruna, 95, Tupy, CEP: 76804568 - Porto Velho - RO
E-mail: 23vanessaocampo@gmail.com

Rayanne Machado Fontes


Acadêmica de Medicina
Instituição: Universidade Federal de Rondônia
Endereço: Rua José de Alencar, 2225, Baixa União, CEP: 76805860 - Porto Velho - RO
E-mail: rayannemfontes@hotmail.com

Bruna Andrade Santos


Acadêmica de Medicina
Instituição: Universidade Federal de Rondônia
Endereço: Rua José camacho, 2867, Liberdade, CEP: 76803880 - Porto Velho - RO
E-mail: brunaandrade631@gmail.com

Mauro Shugiro Tada


Médico, doutorado, diretor do Centro de Pesquisa em Medicina Tropical de Rondônia
Instituição: Universidade Federal de Rondônia
Endereço: Rua Pirapitinga, 1937, Lagoa, CEP: 76812146 - Porto Velho - RO
E-mail: maurotada@gmail.com

RESUMO
Animais peçonhentos são aqueles que possuem a capacidade de produzir e inocular veneno,
sendo comuns acidentes com esses animais em regiões tropicais, como o Brasil. Os acidentes de
maior relevância clínica no Brasil são os envolvendo serpentes, aranhas, escorpiões, lagartas e
abelhas. Trata-se de um estudo retrospectivo e descritivo, de natureza epidemiológica, baseado
em levantamento de dados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) para
o Estado de Rondônia entre os anos de 2009 a 2019. Nos 11 anos estudados foram notificados
10.984 casos, com incidência média de 58,54 acidentes para cada 100.000 habitantes. Essa alta
incidência de acidentes pode ter relação com as cheias dos rios na região, a construção de

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 20281-20297, mar., 2022.


Brazilian Journal of Development 20282
ISSN: 2525-8761

hidrelétricas nos estados e a melhoria dos sistemas de notificação. Ademais, o sexo masculino
foi o mais acometido pelos acidentes no presente estudo, tendo representado 72,26% dos casos,
e as faixas etárias de 20-39 anos e 40-59 anos foram as mais afetadas. Já em relação ao animal
responsável pelos acidentes, as cobras representaram 50,41% dos casos, sendo o gênero Bothrops
o mais prevalente, com uma porcentagem de 76,58%. Quanto ao estado clínico dos pacientes, a
maior parte dos casos foi classificada como leve (63,58%), e 90,04% dos casos evoluíram para
cura. Dentre as taxas de letalidade, embora os valores sejam relativamente baixos, os acidentes
com abelhas foram considerados os mais letais, com a taxa de 6,02. Constatou-se, ao realizar o
perfil epidemiológico dos acidentes com animais peçonhentos no estado de Rondônia, aumento
do número de acidentes ao longo do período analisado e taxa de incidência acima da média em
determinados anos, havendo a necessidade de medidas de controle e prevenção.

Palavras-chave: animais venenosos, bothrops, escorpiões, epidemiologia.

ABSTRACT
Venomous animals are those that have the ability to produce and inoculate poison, and accidents
with these animals are common in tropical regions, such as Brazil. The most clinically relevant
accidents in Brazil are those involving snakes, spiders, scorpions, caterpillars and bees. This is a
retrospective and descriptive study, of an epidemiological nature, based on data collection in the
Notifiable Diseases Information System (SINAN) for the State of Rondônia between the years
2009 to 2019. In the 11 years studied, 10,984 were reported, with an average incidence of 58.54
accidents per 100,000 inhabitants. This high incidence of accidents may be related to the flooding
of rivers in the region, the construction of hydroelectric plants in the states and the improvement
of notification systems. In addition, males were the most affected by accidents in the present
study, representing 72.26% of cases, and the age groups of 20-39 years and 40-59 years were the
most affected. Regarding the animal responsible for the accidents, snakes represented 50.41% of
the cases, with the Bothrops genus being the most prevalent, with a percentage of 76.58%. As
for the clinical status of the patients, most cases were classified as mild (63.58%), and 90.04%
of the cases progressed to cure. Among the lethality rates, although the values are relatively low,
accidents with bees were considered the most lethal, with a rate of 6.02. It was found, when
carrying out the epidemiological profile of accidents with venomous animals in the state of
Rondônia, an increase in the number of accidents over the analyzed period and an incidence rate
above the average in certain years, with the need for control and prevention measures.

Keywords: animals, poisonous, bothrops, Scorpions, epidemiology

1 INTRODUÇÃO
Animais peçonhentos são aqueles que possuem não somente a capacidade de produzir
um veneno como também estruturas especializadas capazes de fazer a inoculação do mesmo. Os
acidentes com esse tipo de animal são comuns em diversas partes do mundo, em especial nas
regiões tropicais (KASTURIRATNE, 2008).
No Brasil, os ataques de animais peçonhentos constituem um grave transtorno à saúde
pública, sendo a segunda maior causa de envenenamento humano (MINISTÉRIO DA SAÚDE,

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 20281-20297, mar., 2022.


Brazilian Journal of Development 20283
ISSN: 2525-8761

2019). De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), em 2019,


foram notificados 265.701 casos de envenenamento no Brasil.
Importante destacar as consequências clínicas e perdas socioeconômicas ocasionados
pelo encontro desses animais com a população, sobretudo os indivíduos que vivem em zonas
rurais, onde de maneira geral o acesso aos serviços de saúde é mais precário (BERTOLOZZI;
SCATENA; FRANCA, 2015).
Dentre os animais peçonhentos, os de maior relevância clínica no Brasil são as serpentes,
aranhas, escorpiões, lagartas e abelhas (SILVA et al., 2017). Apesar disso, a heterogeneidade de
habitats presentes no território nacional vão ocasionar peculiaridades locais em relação à
presença de animais. No contexto dos animais causadores de intoxicação humana isso pode
representar um desafio à organização dos serviços de saúde (CHIPPAUX, 2015).
De acordo com Tavares et al. (2020), os principais gêneros de serpentes causadoras de
envenenamento em humanos no Brasil são Bothrops, Crotalus, Lachesis e Micrurus, enquanto o
gênero de escorpião com maior relevância no país é o Tityus. Nesse cenário é relevante destacar
que anualmente as serpentes são responsáveis por cerca de 29 mil envenenamentos
(MINISTÉRIOS DA SAÚDE, 2019).
Rondônia é uma unidade federativa do Brasil, que integra a região norte do país, na
Amazônia Ocidental. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) o estado
conta em 2020 com uma população estimada de 1.796.460 pessoas, distribuídas num território
de 237.765,240 km². De acordo com dados do censo de 2010, no estado citado moram em zona
rural 413.229 indivíduos e 1.149.180 em zona urbana. Rondônia conta com 52 municípios, e a
sua capital é Porto Velho.
Nota-se no cenário rondoniense a predominância das serpentes, em especial as do gênero
Bothrops, dos escorpiões e das aranhas, com destaque aos gêneros Phoneutria e Loxosceles,
como os maiores causadores de notificações por acidentes com animais peçonhentos (SINAN).
Roriz et al (2018) aponta o fato de que no Centro de Medicina Tropical de Rondônia
(CEMETRON) no período de setembro de 2008 a setembro 2010 os ataques botrópicos
representaram 95,6% dos envenenamentos por serpentes.
O registro dos ataques por animais peçonhentos é realizado através de notificações
registradas no SINAN, conjuntamente ao de outras doenças e agravos que constam da lista
nacional de doenças de notificação compulsória. Apesar da existência desses dados, nota-se a
falta de uma avaliação recente sobre os aspectos epidemiológicos desse tipo de evento no estado
de Rondônia.

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 20281-20297, mar., 2022.


Brazilian Journal of Development 20284
ISSN: 2525-8761

Nesse contexto, o presente estudo tem como objetivo a identificação do perfil


epidemiológico dos ataques por animais peçonhentos e a sua distribuição espacial no estado de
Rondônia de 2009 a 2019.

2 METODOLOGIA
Trata-se de um estudo retrospectivo e descritivo, de natureza epidemiológica, baseado em
levantamento de dados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), situado
no banco de informações de saúde TABNET, disposto no Departamento de Informática do
Sistema Único de Saúde (DATASUS), voltado para acidentes entre animais com peçonha e
pessoas residentes no estado de Rondônia, composto por uma população estimada em 1.796.460
habitantes em 2020, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Não
obstante, além dos dados, foi feito um levantamento bibliográfico e comparação de dados com
outros estudos.
Para o presente estudo, foram analisados os 10.984 casos notificados de acidentes
ocorridos com animais peçonhentos no Estado de Rondônia durante um período de 11 anos, entre
1 de janeiro de 2009 e 31 de dezembro de 2019. Além disso, informações sobre os animais
peçonhentos mais envolvidos, situados na mesma plataforma, também foram analisados e
incluídos no estudo.
Para atingir o objetivo de determinar um perfil sociodemográficos e as espécies mais
envolvidas nos acidentes, levou-se em consideração: taxa de incidência, sazonalidade, sexo, faixa
etária, escolaridade, animal causador do acidente, gênero dos animais peçonhentos
predominantes nos acidentes, tempo entre picada e atendimento, classificação, evolução e
letalidade. Casos sem confirmação, fora do período ou do grupo analisado ou confirmados em
outros estados foram excluídos do estudo.
Os dados sobre acidentes notificados coletados a partir do DATASUS e os dados
populacionais necessários para calcular a taxa de incidência coletados no IBGE foram inseridos
em planilhas do Microsoft Excel e posteriormente analisados de forma descritiva.
Por tratar-se de uma pesquisa baseada em dados secundárias e de acesso público,
vinculadas ao Ministério da Saúde, sem informações que possibilitem identificação individual, o
presente estudo segue as diretrizes nacionais da nº 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde e
das diretrizes éticas internacionais e, portanto, não foi necessário a submissão à nenhum Comitê
de Ética em Pesquisa.

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 20281-20297, mar., 2022.


Brazilian Journal of Development 20285
ISSN: 2525-8761

3 RESULTADOS
No período de 2009 a 2019 foram notificados 10.984 casos de acidentes envolvendo
animais peçonhentos no estado de Rondônia. Na série temporal estudada a taxa de incidência
anual variou de 45,21 casos/100.000 habitantes (2009) a 82,88 casos/100.000 habitantes (2019),
apresentando uma média de 58,54 acidentes para cada 100.000 habitantes (FIGURA 1).

Figura 1 - Distribuição da incidência anual de acidentes envolvendo animais peçonhentos notificados em Rondônia,
2009-2019

Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net (2020)

Em relação ao mês de ocorrência das notificações, observou-se que os seis primeiros


meses totalizaram 6.002 casos (54,64%). Os meses de março (9,81%) e maio (9,45%) foram os
que registraram mais notificações, enquanto que os meses de julho (6,59%) e setembro (6,65%)
apresentaram menor número de casos (FIGURA 2).

Figura 2 - Distribuição mensal dos acidentes por animais peçonhentos em Rondônia, 2009-2019

Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net (2020)

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 20281-20297, mar., 2022.


Brazilian Journal of Development 20286
ISSN: 2525-8761

Nesses 11 anos analisados, o sexo masculino apresentou maior frequência (72,26%) que
o feminino (27,74%) em acidentes com animais peçonhentos. Com relação a variável raça/cor a
maioria dos pacientes (59,92%) se autodeclararam pardos, e em 6,20% dos casos essa variável
foi ignorada ou deixada em branco no formulário do SINAN (TABELA 1).
Quanto às outras variáveis sociodemográficas, a faixa etária predominante foi 20 a 39
anos (37,07%), seguida pela de 40 a 59 anos (28,27%). Já em relação ao nível educacional, não
havia informações de 30,31% dos pacientes, e dos casos com escolaridade registrada a maioria
(15,95%) declarou possuir 1ª a 4ª série incompleta do ensino fundamental (TABELA 1).

Tabela 1 - Número e proporção de notificações de acidentes por animais peçonhentos, segundo sexo, raça, faixa
etária e escolaridade, em Rondônia, 2009-2019

Variáveis Total
n %

Sexo

Feminino 3047 27,74

Masculino 7937 72,26

Raça/Cor

Ign/Branco 681 6,2

Branca 2704 24,62

Preta 625 5,69

Amarela 132 1,2

Parda 6582 59,92

Indigena 260 2,37

Faixa Etária
Em branco/Ign 2 0,02

<1 Ano 142 1,29

1--4 439 4

5--9 617 5,62

10--14 772 7,03

15-19 926 8,43

20-39 4072 37,07

40-59 3105 28,27

60-64 382 3,48

65-69 232 2,11

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 20281-20297, mar., 2022.


Brazilian Journal of Development 20287
ISSN: 2525-8761

70-79 249 2,27

80 e + 46 0,42

Escolaridade

Ign/Branco 3329 30,31

Analfabeto 317 2,89

1ª a 4ª série incompleta do EF 1752 15,95

4ª série completa do EF 842 7,67

5ª a 8ª série incompleta do EF 1701 15,49

Ensino fundamental completo 575 5,23

Ensino médio incompleto 567 5,16

Ensino médio completo 809 7,37

Educação superior incompleta 89 0,81

Educação superior completa 189 1,72

Não se aplica 814 7,41


Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net (2020)

Na distribuição do tipo de acidente no período estudado, pode ser observado que os três
principais animais envolvidos foram as serpentes, os escorpiões e as aranhas, com dominância
dos acidentes ofídicos. Já as notificações de acidentes devido a abelhas, lagartas e outros animais
foram menos predominantes em Rondônia nesses 11 anos investigados (FIGURA 3). .

Figura 3 - Distribuição dos acidentes de acordo com o tipo de animal em Rondônia, 2009-2019

Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net (2020)

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 20281-20297, mar., 2022.


Brazilian Journal of Development 20288
ISSN: 2525-8761

Quanto ao gênero da serpente causadora, a preponderância foi do Bothrops (76,58%),


seguido por espécies não peçonhentas (6,36%), enquanto que o Micrurus e Crotalus
corresponderam juntos a 2,08% dos casos. Ademais, o tipo de acidente ofídico foi
ignorado/branco em 11,74% dos casos (TABELA 2).

Tabela 2 - Número e proporção de acidentes causados por serpentes, segundo a espécie, em Rondônia, 2009-2019
Total

Tipo de Serpente n %

Ign/Branco 650 11,74%

Bothrops 4240 76,58%

Crotalus 59 1,07%

Micrurus 56 1,01%

Lachesis 180 3,25%

Não peçonhenta 352 6,36%


Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net (2020)

No araneísmo, nesses 11 anos avaliados, só foram notificados no estado de Rondônia 177


(13,57%) casos pelo gênero Phoneutria, 168 (12,88%) pelo Loxosceles e 9 (0,69%) pelo
Latrodectus. Como pode ser visto na tabela 3, na maioria das ocorrências envolvendo aranhas
não houve informações (37,88%) quanto ao gênero.

Tabela 3 - Número e proporção de acidentes causados por aranhas, segundo a espécie, Rondônia, 2009-2019
Total
Tipo de Aranha
n %

Ign/Branco 494 37,88

Phoneutria 177 13,57

Loxosceles 168 12,88

Latrodectus 9 0,69

Outra espécie 456 34,97


Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net (2020)

Ao analisar o tempo decorrido entre a picada e o atendimento, foi visto que 63,84% dos
casos ocorreram entre os períodos de 0 a 1 h e 1 a 3 horas, sendo o intervalo de 12 a 24 horas
(3,91%) a menor frequência. Além disso, conforme apresentado na tabela 4, quanto à

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 20281-20297, mar., 2022.


Brazilian Journal of Development 20289
ISSN: 2525-8761

classificação final, os casos leves (63,58%) predominaram, seguidos pelos moderados (24,25%)
e graves (6,50%). Já no tocante à evolução clínica dos pacientes, a maioria (90,04%) progrediu
para cura e só foram registrados 41 (0,37%) óbitos pelo agravo (TABELA 4).

Tabela 4 - Número e proporção das notificações de acidentes por animais peçonhentos, segundo tempo de
picada/atendimento, classificação final e evolução, no estado de Rondônia, 2009-2019
Total
Variáveis
n %

Tempo de picada/Atendimento

Ign/Branco 703 6.40

0 a 1 horas 3524 32.08

1 a 3 horas 3488 31.76

3 a 6 horas 1592 14.49

6 a 12 horas 640 5.83

12 a 24 horas 429 3.91

24 e + horas 608 5.54

Classificação Final

Ign/Branco 600 5,46

Leve 6984 63,58

Moderado 2686 24,45

Grave 714 6,5

Evolução

Ign/Branco 1051 9.57

Cura 9890 90.04

Óbito pelo agravo notificado 41 0.37

Óbito por outra causa 2 0.02


Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net (2020)

Os acidentes ofídicos e escorpiônicos corresponderam juntos a mais da metade das


notificações classificadas como leve, somando 4.313 casos. Vale ressaltar, ainda, a
predominância das serpentes nos casos moderados e graves. Quanto aos óbitos pelo agravo
notificado, 21 são de causa ofídica, seguidos por 8 mortes devido a escorpiões e 5 por abelhas
(TABELA 5).

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 20281-20297, mar., 2022.


Brazilian Journal of Development 20290
ISSN: 2525-8761

Tabela 5 - Distribuição do tipo de acidente com animal peçonhento, de acordo com a classificação final e evolução,
Rondônia, 2009-2019
Ign/Branco Serpente Aranha Escorpião Lagarta Abelha Outros Total

Classifica. Final

Ign/Branco 36 320 57 106 7 28 46 600

Leve 167 2806 981 1507 214 670 639 6984

Moderado 35 1792 241 368 37 126 87 2686

Grave 9 619 25 46 2 7 6 714

Evolução

Ign/Branco 33 587 117 207 16 25 66 1051

Cura 214 4927 1183 1812 244 801 709 9890


Óbito pelo agravo
notificado - 21 4 8 - 5 3 41
Óbito por outra
causa - 2 - - - - - 2
Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net (2020)

Entretanto, no que concerne à letalidade de cada tipo de acidente, observou-se que a maior
taxa foi por incidentes envolvendo abelhas (6,02), seguida por escorpiões (3,95) e outros animais
não especificados (3,86). As menores taxas de letalidade corresponderam às serpentes (3,79) e
aranhas (3,07) (FIGURA 5).

Figura 4 - Distribuição da taxa de letalidade por tipo de acidente em Rondônia, 2009-2019

Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net (2020)

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 20281-20297, mar., 2022.


Brazilian Journal of Development 20291
ISSN: 2525-8761

4 DISCUSSÃO
A compreensão do perfil epidemiológico dos envenenamentos por animais peçonhentos
é essencial para a criação de medidas que promovam a prevenção desses ataques, e que melhorem
as medidas terapêuticas ofertadas aos acometidos. Foram registradas, no período estudado,
10.984 notificações relativas a esse tipo de acidente.
O presente estudo mostrou o aumento no número de acidentes ao longo de todo o período
analisado, o que pode estar relacionado a diversos fatores, como melhorias intrínsecas ao sistema
de notificação, maior busca de atendimento por parte da população, ou mesmo o crescimento
populacional. O que descarta essa última possibilidade é o aumento concomitante da incidência
dos casos de envenenamento. Um evento que pode estar relacionado ao aumento observado foi
a construção das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, que ocorreram entre os anos de
2008 a 2013.
Ao se analisar a taxa de incidência dos casos notificados de acidentes com animais
peçonhentos em Rondônia, nota-se que alguns anos apresentaram uma taxa maior que a média
(58,54) entre os 11 anos estudados, sendo eles de 2014 (60,57), 2015 (58,76), 2017 (68,67), 2018
(78,69) e 2019 (82,88). Sabe-se que locais banhados por rios possuem períodos de cheias e são
nesses momentos que diversos animais saem de locais alagados buscando proteção e abrigos
secos, o que aumenta a proximidade do animal peçonhento e do homem, principalmente
indivíduos inseridos em populações ribeirinhas, favorecendo os acidentes. Embora o estado já
convivesse com as cheias do rio Madeira e seus afluentes, a partir da construção das usinas
hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio (2012) que pode-se perceber que houve um aumento médio
de novos casos. Outrora, o mesmo não foi observado no município de Bacabal- MA que, por
mais que seja banhado também por um rio, tenha seus períodos de cheia e população ribeirinha,
apresenta uma taxa de incidência de 33,05 casos por 100.000 habitantes (PAULA et al, 2020),
ou seja, uma taxa muito menor.
Chippaux (2015) afirma que a incidência dos acidentes por animais peçonhentos vai ser
constante ao longo do ano na região norte do Brasil. Apesar disso, com relação a sazonalidade
desses acidentes no período estudado, notou-se que as serpentes, diferentemente dos outros
animais estudados, vão apresentar uma variação. A predominância dos ataques ofídicos ocorreu
de dezembro a maio, com um pico março. Já os meses de menor incidência foram julho e
setembro. Essa tendência é semelhante à observada por Ferreira et al (2020) em seu estudo sobre
a incidência das mordidas de cobras no estado de Rondônia, onde foi observado que a maior
parte dos ataques se concentram nos primeiros meses do ano tendo seu pico em março, enquanto
o menor número desses ocorre a partir de julho. Esse cenário é indicativo de um padrão de

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 20281-20297, mar., 2022.


Brazilian Journal of Development 20292
ISSN: 2525-8761

sazonalidade, no qual ocorre a coincidência entre os períodos com maior número de acidentes e
os períodos com as com maiores níveis de umidade em Rondônia (FRANCA ,2015). Oliveira et
al (2020) vai associar o aumento da atividade ofídica em estações chuvosas ao fato de que nesses
períodos ocorre a reprodução desses animais, e que existirá uma maior presença humana
relacionada à agricultura e ao extrativismo.
O sexo masculino foi o mais acometido pelos acidentes no presente estudo, tendo
representado 72,26% dos casos. Esse achado é consistente com diversos outros estudos (SILVA
et al., 2017) (SILVA; BERNARDE; ABREU, 2015) (SARAIVA et al., 2012) (LOPES; LISBÔA;
SILVA, 2020) (SILVEIRA; MACHADO, 2017) (LOPES et al., 2017). Uma possível causa para
esse cenário é a forte presença dos indivíduos do sexo masculino em atividades como a
agricultura, pecuária, pesca e caça, facilitando assim os encontros desses com animais
peçonhentos. Por outro lado, os estudos de Barbosa (2016) e Tavares et al (2020) encontraram o
sexo feminino como o mais acometido, importante destacar que ambos os estudos avaliaram o
Rio Grande do Norte, em recortes temporais semelhantes.
Considerando a associação da faixa etária com acidentes com peçonhas, pode-se notar
que as idades compreendidas entre 20-39 anos e 40-59 anos são as que mais se destacam em
porcentagem de acidentes em Rondônia, sendo 37,07% e 28,27% respectivamente. O estudo de
Silva et al ( 2017) feito no estado de Minas Gerais indica também que as maiores taxas de
acidentes com animais peçonhentos na faixa etária citada. Tal observação pode ser compreendida
pelo fato de essas faixas etárias serem compostas por trabalhadores, especialmente os rurais, e
isso os expõe mais ao risco de encontrar animais peçonhentos e gerar acidentes. Pode-se inferir
ainda uma possível carência de EPI 's para esses trabalhadores.
Quando analisado o nível educacional, segundo os dados obtidos, boa parte da
porcentagem se refere aos casos onde não há relatos de escolaridade (30,31%), fato que por si já
indicaria uma falha no processo de notificação. Porém, dentre os que citam o nível de
escolaridade, tem-se que 39,11% das pessoas envolvidas em acidentes possuem o ensino
fundamental incompleto, o que corrobora para maior causa de acidentes, uma vez que, quanto
mais informações o indivíduo apresenta, maior é a prevenção dos fatores de risco ambiental que
contribuem para o desenvolvimento ou migração desses agentes causadores (SILVA et al, 2017).
Em algumas análises em relação à totalidade dos acidentes por animais peçonhentos no
Brasil como as de Chippaux (2015) e a de Silva, Bernarde e Abreu (2015) os escorpiões
aparecem como os principais responsáveis pelos casos de envenenamento. Já em relação a análise
realizada nesse trabalho as cobras foram os animais mais relevantes, representando 50,41% dos
acidentes, enquanto os escorpiões ocasionaram 18,45%. De acordo com o Guia de Vigilância

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 20281-20297, mar., 2022.


Brazilian Journal of Development 20293
ISSN: 2525-8761

em Saúde do Ministério da Saúde (2019), a presença dos escorpiões é intensa nas regiões
Nordeste e Sudeste. O grande volume populacional nessas áreas é, provavelmente, o que
ocasiona essa diferença entre os animais mais incidentes. Além disso, as aranhas representaram
11,87% dos acidentes, enquanto 7,08% foram classificados como outros, dessa forma não sendo
identificados. Silva (2019) realizou um estudo sobre a incidência de acidentes com animais
peçonhentos no estado do Pará, outro estado da região Norte do Brasil, tendo obtido resultados
semelhantes aos do presente estudo.
Segundo os dados obtidos em Rondônia, a serpente do gênero Bothrops é a que apresenta
maior envolvimento com acidentes ofídicos, com uma porcentagem de 76,58%. Resultado este
que já era esperado, uma vez que, segundo Turci et al (2009), este gênero é o mais abundante das
serpentes na floresta amazônica. Quanto aos aracnídeos, nota-se uma incidência envolvendo o
gênero Phoneutria, com 13,57%. Dos dados ofídicos e aracnídeos observados, nota-se uma
subnotificação ou pouca informação registrada e dos dados relacionados ao escorpionismo, as
informações encontradas em registro no SINAN foram insuficientes para uma análise.
O tempo decorrido entre o acidente por animal peçonhento e o atendimento à vítima do
ataque é um importante fator prognóstico (Ministério da Saúde, 2001). Nota-se que 32,08% dos
atendimentos foram realizados na primeira hora após o acidente, e 31,76% entre 1 a 3 horas,
sendo esses os períodos com maior volume de atendimentos. Esse achado está em concordância
com a análise de Lopes et al (2017) que verificou o perfil epidemiológico dos acidentes por
animais peçonhentos na região Norte do Brasil. Os estudos de Santana e Suchara (2015) e Silveira
e Machado (2017) realizados nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, respectivamente, apresentaram
um maior número de atendimentos nas horas iniciais depois dos acidentes em comparação aos
achados neste trabalho. Esses achados podem estar relacionados a desigualdades existentes entre
as redes de atenção à saúde presentes em diferentes regiões do país.
Em relação a classificação dos atendimentos, foi observado que a maior parte dos mesmos
foram classificados como leves (63,58%), os casos moderados e graves representaram,
respectivamente, 24,45% e 6,5% do total de atendimentos, sendo os restantes não identificados.
Interessante destacar o fato das cobras serem responsáveis por 86.69% dos casos graves e 66.72%
dos casos moderados.
A análise dos dados quanto à evolução dos acidentes com animais peçonhentos mostra
que, em Rondônia, 90,04% dos casos evoluíram para cura, similar ao estudo realizado por Silva
et al (2017) em Minas Gerais, onde 95,89% dos casos também evoluíram para cura. Os dados
obtidos sobre os óbitos ocorridos diretamente pelo acidente não chegaram a 1% dentre os casos
notificados.

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 20281-20297, mar., 2022.


Brazilian Journal of Development 20294
ISSN: 2525-8761

Dentre as taxas de letalidade, embora os valores sejam relativamente baixos, os acidentes


com abelhas foram considerados os mais letais, com a taxa de 6,02, seguido por escorpião com
3,95. Acidentes com serpentes e aranhas aparecem no final, com taxa de 3,79 e 3,07,
respectivamente.

5 CONCLUSÃO
Os achados do presente estudo ilustram o perfil epidemiológico dos acidentes com
animais peçonhentos em RO. Observou-se o aumento do número de acidentes ao longo do
período analisado, taxa de incidência acima da média em determinados anos e o favorecimento
dos rios, períodos chuvosos, população ribeirinha e crescimento populacional para maior
notificação e ocorrência desses acidentes.
Constatou-se que pessoas do sexo masculino, com faixa etária entre 20-39 e 40-59 anos
são as principais afetadas; achados, esses, também expostos em demais estudos realizados em
outros estados do Brasil. O nível educacional não foi informado em, aproximadamente, um terço
dos casos, sendo que, naquelas ocorrências onde essa informação foi comunicada quase 40%
possuíam ensino fundamental incompleto.
Evidenciou-se, ainda, que mais da metade dos acidentes notificados foram de origem
ofídica, predominando no estado de RO os acidentes com serpentes do gênero Bothrops e
contrastando com análises realizadas em outras regiões do país como, por exemplo, o sudeste
onde os escorpiões são os principais responsáveis pelos casos de envenenamento. Em geral, o
atendimento foi prestado nas primeiras três horas após os acidentes e foram classificados como
casos leves; mais de 90% evoluíram para cura.
Os resultados destacam a necessidade de medidas para conter o aumento dos casos de
acidentes com animais peçonhentos em Rondônia. É preciso esclarecer a importância do uso de
equipamentos de proteção aos indivíduos que trabalham e habitam em áreas comuns a esses
animais, bem como orientar demais medidas de prevenção em casos de cheias e alagamentos.

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 20281-20297, mar., 2022.


Brazilian Journal of Development 20295
ISSN: 2525-8761

REFERÊNCIAS

KASTURIRATNE, Anuradhani; WICKREMASINGHE, Rajitha; DE SILVA, Nilanthi;


GUNAWARDENA, Kithsiri; PATHMESWARAN, Arunasalam; PREMATNA, Ranjan; et al.
The global burden of snakebite: a literature analysis and modelling based on regional estimates
of envenoming and deaths. PLoS Med. 2008;5(11):e218.

Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância


Epidemiológica. Acidentes de trabalho por animais peçonhentos entre trabalhadores do campo,
floresta e águas. In: Boletim Epidemiológico, nº 11, vol. 50. [Internet]. Brasília: Ministério da
Saúde; 2019 [citado 03 dezembro de 2020]. p. 1-14. Disponível em:
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/marco/29/2018-059.pdf

Ministério da Saúde. Banco de dados do Sistema Único de Saúde-DATASUS. ACIDENTE POR


ANIMAIS PEÇONHENTOS - Notificações registradas no Sistema de Informação de Agravos
de Notificação - Rondônia. Disponível em:
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/animaisro.def. Acesso em: 03 dezembro
2020

BERTOLOZZI, Maria Rita; SCATENA, Camila Morato da Conceição; FRANÇA, Francisco


Oscar de Siqueira. Vulnerabilities in snakebites in Sao Paulo, Brazil. Revista de Saúde Pública,
[S.L.], v. 49, p. 1-7, 2015. FapUNIFESP (SciELO).

SILVA, Juliana Herrero da et al. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ACIDENTES COM


ANIMAIS PEÇONHENTOS EM TANGARÁ DA SERRA-MT, BRASIL (2007-2016). Journal
Health Npeps, Mato Grosso, v. 2, n. 1, p. 5-15, 13 mar. 2017.

CHIPPAUX, Jean-Philippe. Epidemiology of envenomations by terrestrial venomous animals in


Brazil based on case reporting: from obvious facts to contingencies. J. Venom. Anim. Toxins
incl. Trop. Dis, Botucatu , v. 21, p. 1-17, 2015.

TAVARES, Aluska Vieira; ARAUJO, Kalianny Adja Medeiros de; MARQUES, Michael Radan
de Vasconcelos; LEITE, Renner. Epidemiology of the injury with venomous animals in the state
of Rio Grande do Norte, Northeast of Brazil. Ciência & Saúde Coletiva, [S.L.], v. 25, n. 5, p.
1967-1978, maio 2020. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/1413-
81232020255.16572018.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Estados: Rondônia [Internet]. [cited 2020
Dezembro 03]. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ro/panorama

RORIZ, Katia Regina Pena Schesquini et al . Epidemiological study of snakebite cases in


Brazilian Western Amazonia. Rev. Soc. Bras. Med. Trop., Uberaba , v. 51, n. 3, p. 338-346,
Junho 2018.

PAULA, Luciano Novais de; REZENDE, Célia Maria Santos; OLIVEIRA, José Ilton Lima de;
SOUSA, Thallyson Jaryelson Soares de; ROCHA, Arthur Mendes; ALMEIDA, Joelson dos
Santos. Perfil epidemiológico dos acidentes envolvendo animais peçonhentos. Revista
Interdisciplinar, vol. 13, 2020. Uninovafapi (SciELO)

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 20281-20297, mar., 2022.


Brazilian Journal of Development 20296
ISSN: 2525-8761

FERREIRA, Alex Augusto Ferreira e; REIS, Valdison Pereira dos; BOENO, Charles Nunes;
EVANGELISTA, Jaina Rodrigues; SANTANA, Hallison Mota; SERRATH, Suzanne Nery;
LOPES, Jéssica Amaral; REGO, Cristina Matiele Alves; TAVARES, Maria Naiara Macedo;
PALOSCHI, Mauro Valentino. Increase in the risk of snakebites incidence due to changes in
humidity levels: a time series study in four municipalities of the state of rondônia. Revista da
Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, [S.L.], v. 53, p. 1-7, 2020. FapUNIFESP
(SciELO).

FRANCA, Rafael Rodrigues da. (2015). Climatologia das chuvas em Rondônia – período 1981-
2011. Revista Geografias, 44–58. Recuperado de
https://periodicos.ufmg.br/index.php/geografias/article/view/13392

OLIVEIRA, Laiane Parente de; MOREIRA, José Genivaldo do Vale; SACHETT, Jacqueline de
Almeida Gonçalves; MONTEIRO, Wuelton Marcelo; MENEGUETTI, Dionatas Ulises de
Oliveira; BERNARDE, Paulo Sérgio. Snakebites in Rio Branco and surrounding region, Acre,
Western Brazilian Amazon. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, [S.L.], v.
53, 2020. FapUNIFESP (SciELO)

SILVA, Patrick Leonardo Nogueira da; COSTA, Amanda de Andrade; DAMASCENO, Renata
Fiúza; NETA, Ana Isabel de Oliveira; FERREIRA, Isabelle Ramalho; FONSECA, Adélia
Dayane Guimarães. Perfil epidemiológico dos acidentes por animais peçonhentos notificados no
estado de Minas Gerais durante o período de 2010-2015. Revista Sustinere, vol. 5. nº 2, p. 199-
217, jul-dez. 2017, Rio de Janeiro.

SILVA, Ageane Mota da; BERNARDE, Paulo Sérgio; ABREU, Luiz Carlos de. ACCIDENTS
WITH POISONOUS ANIMALS IN BRAZIL BY AGE AND SEX. Journal Of Human
Growth And Development, [S.L.], v. 25, n. 1, p. 54-62, 7 abr. 2015. NEPAS.
http://dx.doi.org/10.7322/jhgd.96768.

SARAIVA, Matheus Gurgel; OLIVEIRA, Daniel de Souza; FERNANDES FILHO, Gilson


Mauro Costa; COUTINHO, Luiz Alberto Soares de Araújo; GUERREIRO, Jória Viana. Perfil
epidemiológico dos acidentes ofídicos no Estado da Paraíba, Brasil, 2005 a 2010. Epidemiologia
e Serviços de Saúde, [S.L.], v. 21, n. 3, p. 449-456, set. 2012. FapUNIFESP (SciELO).

LOPES, Luan Duarte; LISBÔA, João David Batista; SILVA, Flávia Garcez da. Perfil clínico e
epidemiológico de vítimas de acidentes por animais peçonhentos em Santarém – PA. Journal
Health Npeps, [S.L.], v. 5, n. 2, p. 161-178, 2020. Universidade do Estado do Mato Grosso -
UNEMAT.

SILVEIRA, Janice Lima; MACHADO, Claudio. EPIDEMIOLOGIA DOS ACIDENTES POR


ANIMAIS PEÇONHENTOS NOS MUNICÍPIOS DO SUL DE F GERAIS. Journal Health
Npeps, Mato Grosso, v. 1, n. 2, p. 88-101, 2017.

LOPES, Aline Barbosa; OLIVEIRA, Amanda Amâncio; DIAS, Fellipe Camargo Ferreira;
SANTANA, Victor Mateus Xavier de; OLIVEIRA, Vitória de Souza; LIBERATO, Aline
Almeida; CALADO, Enoque Júnio da Rocha; LOBO, Pedro Henrique Procópio; GUSMÃO,
Kamile Eller; GUEDES, Virgílio Ribeiro. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ACIDENTES
POR ANIMAIS PEÇONHENTOS NA REGIÃO NORTE ENTRE OS ANOS DE 2012 E 2015.
Revista de Patologia do Tocantins, [S.L.], v. 4, n. 2, p. 36-40, 20 jun. 2017. Universidade
Federal do Tocantins.

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 20281-20297, mar., 2022.


Brazilian Journal of Development 20297
ISSN: 2525-8761

BARBOSA, Isabelle Ribeiro. ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS DOS


ACIDENTES PROVOCADOS POR ANIMAIS PEÇONHENTOS NO ESTADO DO RIO
GRANDE DO NORTE. Revista Ciência Plural, v. 1, n. 3, p. 2-13, 2 fev. 2016.

Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação Geral de


Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de vigilância em saúde [Internet]. 3 ed.
Brasília: Ministério da Saúde; 2019. 740 p. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_saude_3ed.pdf

SILVA, Jose Antonio Cordero; SILVA, Beatriz Santos; ALVES, Luis Felipe Rodrigues;
DANTAS, Murilo Portela; NEVES, Victor Basileu Farrel Ferreira; CARVALHO, Pedro Arthur
Ferreira. Incidência de acidentes com animais peçonhentos no estado do Pará. Brazilian Journal
Of Health Review, [S.L.], v. 2, n. 4, p. 3313-3317, 2019

TURCI, Luiz Carlos Batista; ALBUQUERQUE, Saymon de; BERNARDE, Paulo Sérgio;
MIRANDA, Daniele Bazzo. Uso do hábitat, atividade e comportamento de Bothriopsis
bilineatus e de Bothrops atrox (Serpentes: Viperidae) na floresta do Rio Moa, Acre, Brasil. Biota
Neotropica, vol. 9, nº 3, jul-set. 2009, Campinas- SP.

Ministério da Saúde (Brasil). Fundação Nacional da Saúde. Manual de diagnóstico e tratamento


de acidentes por animais peçonhentos. 2ª ed. Brasília: Fundação Nacional de Saúde; 2001.

SANTANA, Vivian Tallita Pinheiro; SUCHARA, Eliane Aparecida. EPIDEMIOLOGIA DOS


ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS REGISTRADOS EM NOVA XAVANTINA
– MT. Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção, [S.L.], v. 5, n. 3, 26 nov. 2015.
APESC - Associação Pró-Ensino em Santa Cruz do Sul.

Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.8, n.3, p. 20281-20297, mar., 2022.

Você também pode gostar