MAPA – Material de Avaliação Prática da Aprendizagem

Acadêmico:Danielle Clodomira Vieira R.A.20074077-5

Curso:Serviço Social

Disciplina: Oficina de Instrumentos Técnicos e Operativos

Valor da atividade:4,0 Prazo:09/12/2022

ETAPA 01: Dimensão Investigativa no cotidiano profissional do Assistente Social.

A dimensão investigativa é de extrema importância no cotidiano profissional,

pois o Serviço Social é uma profissão interventiva que age nas diversas expressões
da questão social em favor da classe trabalhadora, e o ato de investigar tem
sinônimo de estudar, examinar, analisar, averiguar a causa do problema. Desse
modo, Coutinho, salienta que “a ação investigativa concede aos profissionais
alternativas interventivas e possibilidades de superação do cotidiano que se
expressa nas instituições e nas demandas”. (Coutinho, 2018, p.3).
Através da ação investigativa o assistente social pode questionar,
problematizar e testar hipóteses na sua ação profissional fortalecendo o trabalho
interdisciplinar, interpretar a realidade que o usuário vivencia para então conseguir
materializar suas intenções através de um planejamento e utilizando os demais
instrumentos e técnicas para intervir na realidade social. O assistente social pode
atuar em diversos espaços sendo da esfera pública ou privada, terceiro setor ou
como profissional liberal, em ambos os ambientes, será necessário utilizar-se das
três dimensões que orientam a profissão, que precisam estar interligadas, sendo
elas, a dimensão teórica – metodológica que traz os conhecimentos teóricos
adquiridos ao longo da formação, a ético-politica que se baseia no código de ética
da profissão que determina a postura a se ter no cotidiano e a técnico-operativa que
são os instrumentos utilizados pelo profissional para materializar sua ação.
A ação investigativa irá se articular com as outras dimensões para interpretar
a realidade social, visando à elaboração de planos de ação para intervir e assim
atingir um projeto de vida e trabalha em favor da garantia de direitos do público alvo.
É por meio da investigação que vamos além das rotinas institucionais e podemos
transformar a realidade social. Investigar é negar o que se apresenta de imediato, é
buscar conhecer para construir respostas. (Coutinho, 2018, p. 9)

ETAPA 02: Instrumentos utilizados para a demanda

OBSERVAÇÃO: o assistente social precisa ser observador para
compreender a realidade em que o usuário se encontra e a partir dela articulada
com outros instrumentos realizar a intervenção. A observação é uma atitude
investigativa, precisa de atenção e cautela para visualizar o usuário de maneira
ética sem culpabilizá-lo pela expressão da questão social envolvida. Cabe ao
profissional refletir sobre os dados quantitativos e qualitativos, conversar com
diversos atores sociais e problematizar a realidade social, para, então, intervir sobre
ela. (CRAVEIRO, 2022, p. 72)
ENTREVISTA: a entrevista é um instrumento de intervenção, pelo qual pode
ser realizada através de agendamento e é necessário um planejamento para fazê-
la. Por meio dela pode se realizar o atendimento, conhecer a realidade apresentada
para buscar compreender e realizar orientações, aconselhamentos e avaliações. A
entrevista será importante para entender e averiguar a expressão da questão social
exposta e assim intervir. Sendo assim, a autora enfatiza que a partir desse
instrumento, o (a) profissional é chamado (a) estabelecer diálogos com um sujeito
ou determinado grupo, com o intuito de alcançar as intencionalidades profissionais.
(CRAVEIRO, 2022, p. 73).
VISITA DOMICILIAR: esse instrumento é um recurso utilizado para conhecer
mais de perto a realidade vivenciada pelo o usuário seja no meio familiar ou na
comunidade, deve ser feita de maneira ética, sempre agendando a visita com
antecedência, pois a intenção não é pegar o usuário de surpresa para verificar a
veracidade na questão exposta, e sim, se aproximar desse cotidiano. Segundo
Sarmento, “é um instrumento que potencializa as possibilidades da realidade”.
(SARMENTO, 2012, p. 122 apud CRAVEIRO, 2022, p. 83).
REUNIÃO: a reunião nesse caso é utilizada para discutir e construir
estratégias por meio de um trabalho intersetorial e multiprofissional para intervir na
questão apresentada. Pois em situações complexas conforme cita a autora
Craveiro, os assistentes sociais recorrerem ao instrumento da reunião como uma
possibilidade de ampliação das discussões e reflexões e, consequentemente, das
intervenções a serem adotadas. (CRAVEIRO, 2022, P. 79).

ETAPA 3: O Município de Campo Mourão/PR conta com alguns serviço já ofertados

na rede de atendimento do CRAS:
Cadastro único para ter acesso aos Benefícios Sócios Assistenciais como
BPC/LOAS, baixa renda na conta de luz, acesso a farmácia popular para solicitar
medicamentos gratuitos.
Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF para famílias
em situação de vulnerabilidade e/ou risco social. E junto está vinculado o Serviço de
Convivência e Fortalecimento de Vínculo – SCFV, caracterizando-se como serviço
continuado, organizados por ciclos etários e desenvolvidos nas unidades de CRAS
e em 06 (seis) unidades descentralizadas a fim de complementar o trabalho social
com famílias e prevenir situações de risco social, nos termos da Resolução nº 109
de 11/09/2009 do Conselho Nacional de Assistência Social/CNAS.
O Município conta também, com um abrigo chamado Lar dos Idosos, que
abrigam idosos que tiveram seus vínculos rompidos com a família, foram
abandonados ou sofreram algum tipo de violência, a porta de entrada é o Centro de
Referência Especializado em Assistência Social que atende pessoas que vivenciam
situações de violações de direitos ou de violências. Lá eles recebem desde
atendimento da Assistência Social, médico, psicológico, fisioterapeuta, nutricionista
e terapia ocupacional. A demanda grande, por esse motivo o Município apresentou
uma proposta de construção da Casa Dia do Idoso, uma espécie de creche do
Idoso, onde os familiares deixam seus idosos para que possam trabalhar, com
atendimento de qualidade.
Na continuidade dos serviços, o Município sancionou a Lei nº 4274 de 15 de
fevereiro de 2022 que dispões sobre O Estatuto Municipal do Idoso, Conselho
Municipal de Direitos a Pessoa Idosa e do Fundo Municipal da Pessoa Idosa.
Através do Conselho Municipal do Idoso e do fundo criado, o objetivo é assegurar
os direitos individuais e sociais específicos do idoso. Dentro dessa lei apresenta-se
no Capítulo VI seção I que visa as Medidas Especificas de Proteção:
 Art. 52. As medidas de atendimento e proteção à pessoa idosa em
situação de violações de direitos far-se-á por meio de articulação
interinstitucional e intersetorial de serviços governamentais e da
sociedade civil organizada, a partir do princípio da
complementaridade das ações e levarão em conta os fins sociais a
que se destinam, a defesa e a garantia de direitos, o fortalecimento
dos vínculos familiares e comunitários e a promoção social da
pessoa idosa. Art. 53. Verificada qualquer das hipóteses previstas no
art. 51 desta Lei, o Ministério Público ou o Poder Judiciário, a
requerimento daquele, poderá determinar, dentre outras, as
seguintes medidas: I - encaminhamento à família ou curador,
mediante termo de responsabilidade; II - orientação, apoio e
acompanhamento temporários; III - requisição para tratamento de
sua saúde, em regime ambulatorial, hospitalar ou domiciliar; IV -
inclusão em serviços, programas e projetos de promoção social,
convivência familiar e comunitária, dentre outros similares existentes
no município; V - acolhimento institucional. (CAMPO MOURÃO/PR. Lei
4274/22)

ETAPA 04: Relatório Social e Parecer Social

ESTADO DO PARANÁ
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO MOURÃO
Secretária Municipal de Assistência Social

A Sua Excelência o Senhor

Chico Buarque de Holanda
Promotor de Justiça
Campo Mourão –PR – Secretaria das Promotorias de Justiça

Campo Mourão, 9 de dezembro de 2022.

Assunto: Relatório e Parecer Social.

Senhor Promotor de Justiça,

Em resposta ao Ofício nº 5379/2022/1ªPJ, encaminho o relatório e parecer

social sobre as intervenções realizadas.

I – IDENTIFICAÇÃO
 Sra. Maria da Silva, brasileira, com 90 anos, portadora do RG n.° 99999999,
inscrita no CPF sob o n.° 999.999.999-99 residente à rua Dos Trombones, 95,
Instrumentos Musicais, Cidade Fictícia/Estado Imaginário.

II – PROCEDIMENTOS
OBSERVAÇÃO
VISITA DOMICILIAR
ENTREVISTA
REUNIÃO

III – Relatório Social e Parecer Técnico.

A Sra. Maria da Silva, de 90 anos, mãe de 9 filhos, reside atualmente em
imóvel alugado, com infraestrutura, água e energia elétrica com dois filhos, o Sr.
José da Silva de 60 anos e o Sr. Augusto da Silva de 51 anos. A renda da família
advém da aposentadoria do Sr. José da Silva e do BPC/LOAS da Sra. Maria da
Silva. A família possui inscrição no Cadastro Único, porém encontram em situação
de vulnerabilidade econômica devida os gastos com medicamentos, pagamentos
de contas e impostos e alimentação. Desse modo foi solicitada atualização de seu
cadastro, e solicitação de baixa renda para a energia elétrica e isenção do imposto
IPTU, também foi solicitada o cartão comida boa que fornece um valor para ajudar
na alimentação da família, quanto aos medicamentos, foi solicitado a inclusão no
cadastro da Farmácia Popular para a Sra Maria não ter custos com medicamentos.
Haja vista um denuncia por um dos filhos o Sr. Antonio da Silva, contra a idosa,
por meio de visita domiciliar junto à equipe multidisciplinar composta por assistente
social e psicóloga, identificaram-se comportamentos anormais, solicitando exames
laboratoriais junto a UBS onde ela possui cadastro, acionado o Conselho do Idoso
e o CREAS para acolhimento humanizado.
Após a observação do caso em visita domiciliar, escuta qualificada em
entrevista dos envolvidos, reunião com a equipe técnica para discussão do caso,
articulação com o CREAS (Centro de Referência Especializada em Assistência
Social) para averiguar junto ao Conselho do Idoso a situação de violência ora
apresentada no termo de informação, como previsto na Lei 4274/2022, que trata
sobre as medidas especificas de proteção, visto que a Sra. Maria se encontra em
condição pessoal e necessita de muitos cuidados, visto que os demais filhos não
se encontram em condição de curadores, solicito se possível, acolhimento
institucional no Lar dos Idosos para cuidados especiais á sua saúde como
exemplo, atendimento neuropsicológico, terapia ocupacional entre outros cuidados
oferecidos pela instituição, com o objetivo de garantia de direitos a proteção aos
seus direitos, previstos no Estatuto do Idoso, Art. 9o É obrigação do Estado,
garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à saúde, mediante efetivação de
políticas sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável e em
condições de dignidade. (PLANALTO, Lei 10.741/2003).
Sendo o que se apresenta para o momento, atenciosamente, subscrevo.

Danielle Clodomira Vieira

Assistente Social
CRESS 1111/11° Região

Referências
Disponível em: https://www.dicio.com.br/investigar/. Acesso em dez. 2022

CAMPO MOURÃO – PR. Leis Municipais. Disponível em:

https://leismunicipais.com.br/a/pr/c/campo-mourao/lei-ordinaria/2022/428/4274/lei-
ordinaria-n-4274-2022-dispoe-sobre-o-estatuto-municipal-do-idoso-conselho-
municipal-de-direitos-da-pessoa-idosa-e-do-fundo-municipal-da-pessoa-idosa-e-da-
outras-providencias. Acesso em dez. 2022.

CRAVEIRO, Adriéli Volpato. Oficina de Instrumentos Técnicos Operativos. Maringá

– Pr: Unicesumar, 2022. 164 p.

COUTINHO, Dalsiza Cláudia Macedo. “OUSAR SABER PARA OUSAR

TRANSFORMAR”: a dimensão investigativa na atuação profissional do/a assistente
social”.

BRASIL. ESTATUTO DO IDOSO. Disponível em:

https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.741compilado.htm

Contagem. Prefeitura Municipal de Contagem. Secretaria Municipal de Saúde.

Diretrizes para o Manejo de Situações de Violência: Intersetorialidade, um desafio a
ser consolidado! Contagem, 2022. 62p.

Brasil. Presidência da República. Casa Civil Manual de redação da Presidência da

República / Casa Civil, Subchefia de Assuntos Jurídicos ; coordenação de Gilmar
Ferreira Mendes, Nestor José Forster Júnior [et al.]. – 3. ed., rev., atual. e ampl. –
Brasília: Presidência da República, 2018. 189 p.