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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

SERVIÇO SOCIAL

DIGITAR NOME

PROJETO DE INTERVENÇÃO
Estupro de Vulnerável

Tucuruí
2019
DIGITAR NOME

PROJETO DE INTERVENÇÃO
Estupro de Vulnerável

Projeto de Pesquisa apresentado à Universidade Norte do


Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de
média bimestral na disciplina de Estagio Curricular
Obrigatório II.
Professores: Valquíria Aparecida Dias Caprioli
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO........................................................................................................3

2. JUSTIFICATIVA........................................................................................................3

3. OBJETIVOS..............................................................................................................5

4. PUBLICO ALVO.......................................................................................................5

5. METAS A ATINGIR..................................................................................................7

6. METODOLOGIA.......................................................................................................7

7. RECURSOS HUMANOS..........................................................................................7

8. PARCEIROS OU INSTITUIÇÕES APOIADORAS...................................................8

9. AVALIAÇÃO.............................................................................................................8

10. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO.........................................................................8

REFERÊNCIAS.............................................................................................................9

Tucuruí
2019
APRESENTAÇÃO

O projeto tem como objetivo promover através do estagio


supervisionado II, ações que propiciem uma melhor qualidade de vida as crianças e
adolescentes que sofrem a violência sexual, em conjunto com a sociedade,
familiares e profissionais do CREAS.

Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS


JANICLEIA BRANDÃO DE OLIVEIRA encontra-se localizado na Avenida Arapongas,
Qd. 27 Nº 13-Bairro Uirapuru, CEP; 68473-000, Novo Repartimento-PA, telefone
para contato: 94 3785-0396 no momento na coordenação a srª Simone Costa com
formação Assistente Social.
O CREAS JANICLEIA BRANDÃO DE OLIVEIRA foi fundado em17
de junho de 2013, com a criação da rede de assistência (SUAS) – Sistema Único de
Assistência Social é um sistema descentralizado e participativo, conforme
estabelece a nova Política Nacional de Assistência Social (PNAS/2004.)
.O Centro de Referência Especializado de Assistência Social –
CREAS constitui-se numa unidade pública estatal, de prestação de serviços
especializados e continuados a indivíduos e famílias com seus direitos violados,
promovendo a integração de esforços, recursos e meios para enfrentar a dispersão
dos serviços e potencializar a ação para os seus usuários, envolvendo um conjunto
de profissionais e processos de trabalhos que devem ofertar apoio e
acompanhamento individualizado especializado.

Nesta perspectiva, o CREAS deve articular os serviços de média


complexidade e operar a referência e a contra referência com a rede de serviços
socioassistenciais da proteção social básica e especial, com as demais políticas
públicas e demais instituições que compõe o Sistema de Garantia de Direitos e
movimentos sociais.

Para tanto, é importante estabelecer mecanismos de articulação


permanente, como reuniões, encontros ou outras instâncias para discussão,
acompanhamento e avaliação das ações, inclusive as intersetoriais.

Em relação ao projeto de intervenção aqui proposto para ser


desenvolvido e realizado e considerando que o mesmo se apresenta enquanto parte
do processo de formação acadêmica do curso de serviço social da Universidade
Pitágoras Unopar, mostrando assim o reflexo da aproximação com a realidade do
campo de estagio vivenciado.

2. JUSTIFICATIVA
A sexualidade, hoje, funciona como estrutura tanto social quanto
cultural em si mesma, deixando de ser vista como mero ato físico, de natureza
imutável, assumindo, portanto, caráter significante quanto a formação estrutural dos
jovens, motivo pelo qual, torna imperiosa a discussão quanto a existência do
estupro, de que forma ele se desdobra e como deve ser protegido o bem tutelado,
qual seja, a dignidade da pessoa humana.
Os brasileiros passam a ter contato com a sexualidade muito cedo,
principalmente nos locais mais carentes, propiciando a antecipação da
autodeterminação sexual, nas camadas de baixa renda principalmente, já que o
sexo faz parte da cultura da comunidade e sua prática esperada por todos. Além
disso, nas próprias escolas, públicas e particulares, a educação sexual começa
antes dos quatorze anos, salientando assim, a autodeterminação.
A pertinência temática se evidencia na medida que a
vulnerabilidade do adolescente menor de 14 anos nos crimes sexuais encontra
pontos controvertidos no que tange ao seu caráter absoluto ou relativo, frente às
evoluções sociais que afetam o desenvolvimento dos adolescentes nessa fase de
transição da vida infantil para a vida adulta.
O legislador, através do artigo 217-A do Código Penal, buscou
efetivar a proteção da dignidade sexual da criança e do adolescente, instituiu o delito
de estupro de vulnerável para tipificar o ato sexual praticado com o menor de
quatorze anos, entendendo não haver possibilidade, nesses casos, de um
consentimento.
Com a nova perspectiva sobre a vulnerabilidade conferida pelo
referido artigo, entende-se que houve uma maior proteção a crianças e adolescentes
quanto a exploração e violência sexual. Por outro lado, prejudicou as garantias
constitucionais do acusado, quais sejam o contraditório e a ampla defesa e a
presunção de inocência. Ainda, por se tratar de um delito que traz responsabilidade
objetiva para o agente, deixou-se de analisar a existência da vontade livre e
consciente para a aferição do resultado.
Dessa forma, restou frustrado a tentativa do legislador em consolidar
tal perspectiva, visto que, os tribunais superiores divergem quanto ao seu
posicionamento, da mesma forma os doutrinadores. Tornando nítida a ineficiência
de um simples critério etário para regulamentar o estupro, uma vez que, não houve
aferição quanto a capacidade de discernimento para consentir com seus desejos
sexuais, qual o meio social em que se deu.
A dissonância entre a tutela protetiva, a densidade normativa e a
adequação social são tamanhas, que o bem jurídico tutelado tem sua utilidade,
necessidade e efetividade questionada. Enquanto a elementar do tipo ficar adstrita a
um critério meramente cronológico (e que está ultrapassado) e absoluto, que não
admite prova em contrário, podemos dizer que a tutela protetiva tem sua efetividade
e eficácia colocada em cheque, o que torna imperiosa a presente análise.
Assim, não podemos negar o fato de que a sociedade evolui
grandemente com o decorrer dos anos e que o legislador deixou de seguir esse
ritmo. Não que a exclusão do adolescente da classe vulnerável seja a melhor opção,
mas a relativização dessa vulnerabilidade. Deve sempre ser observado o fato
concreto, pois a objetividade fática enseja a impossibilidade de defesa do acusado
mesmo quando não há bem jurídico a ser preservado, muito menos a ser reparado.
O que aduz a importância da presente análise, visto que, é
imprescindível a adaptação e interpretação do Direito face às constantes
transformações sócio-culturais, afastando-se interpretação rígida das normas,
adaptando-se aos princípios ético-morais prevalecentes em determinado período
histórico, satisfazendo a finalidade da lei, e não apenas sua aplicação irrestrita.

3 OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
 Reduzir os índices de violência sexual contra as crianças dessa comunidade

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS


 Reduzir ou evitar traumas psicológicos futuros.
 Diminuir a evasão e o baixo aproveitamento escolar.
 Permitir que a criança tenha uma infância sadia.
 Fortalecer os valores éticos, morais e familiares.
 Orientar os pais quanto aos sinais e sintomas do abuso.
 Conscientizar a população quanto à existência de órgãos específicos de
apoio a criança violentada.

4. PÚBLICO ALVO

Os sujeitos dessa intervenção, portanto são, além da própria criança


e sua família, em especial as mães, a sociedade, profissionais de saúde.

5. METAS A ATINGIR

Esperamos que haja um esclarecimento e conscientização dessas mães


sobre o abuso sexual e suas consequências na vida de seus filhos, e que as mães
sintam-se comprometidas a desempenharem seu papel de cuidadora e facilitadora
de ações pertinentes ao ato de incriminar o réu, tendo a consciência sobre uma vida
de promiscuidade.

6. METODOLOGIA

Esse projeto de intervenção será desenvolvido pela estagiaria de


serviço social do CREAS e supervisionado pela assistente social da instituição, e
será desenvolvido com crianças e adolescentes e suas famílias, onde realizaremos
encontros, de forma que os mesmos se sintam bem e interessados a participar.

Foram elaborados ações para a execução do projeto, tais como:


Palestra sobre o tema, entrega de panfletos contendo informações de suma
importância sobre o assunto abordado, vídeos.

O projeto será executado através de uma palestra e dinâmica de


grupo, que permitirá debater, trocar informações e fazer o esclarecimento de duvidas
sobre os assuntos tratados A observação estará presente em todas as etapas do
projeto, pois se faz necessário enquanto forma de aprender e compreender a
realidade.

7. RECURSOS HUMANOS

Para este projeto serão necessários diversos tipos de conhecimentos, de diferentes


profissionais, para que sejam apresentados ao publico alvo.

 Assistente Social  Estagiaria do Curso de Serviço


Social
 Orientadoras Sociais

8. PARCEIRAS OU INSTITUIÇÕES APOIADORAS

CREAS- O Centro de Referência Especializado de Assistência Social

9. AVALIAÇÃO

A avaliação das ações sociais interventivas proposta nesse projeto


será realizada através de escuta sensível e observação durante a execução do
projeto, assim direcionando e envolvendo o publico alvo e os demais participantes
do projeto.

Com certeza a palestra e a dinâmica que será realizada com os


profissionais na área será bem sucedida, visto que abordará o assunto com bastante
clareza e permitirá esclarecer as duvidas que apareçam durante sua realização.

Os estagio em Serviço Social me permitiram, particularmente, ter


uma visão da realidade que é estudada no decorrer do curso, aumentando meus
conhecimentos e que se possa ver a grande importância que o profissional em
Assistência Social tem no bem-estar dos usuários.

10. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO


ATIVIDADES DESENVOLVIDAS AGO SET OUT ABRIL 2020

Elaboração do Projeto X

Confecção do Material X

Divulgação do Projeto X

Programação das atividades X

Palestras X

Execução do Projeto de Ação X

Avaliação do Projeto X

11. BIBLIOGRAFIA REFERENCIADA

ABRAPIA- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MULTIPROFISSIONAL DE PROTEÇÃO


A INFANCIA E Á ADOLESCENCIA. Maus tratos contra crianças e adolescentes.
Proteção e prevenção: Guia de Orientação para educadores. Petrópolis: Autores
& Agentes & Associados, ABRAPIA, 1997.

AGUIAR, Wanda M. Junqueira; BOCK, Ana M. B.; OZELLA, Sergio. A orientação


profissional com adolescentes: um exemplo da prática na abordagem sócio
histórica. In Psicologia sócio histórica (uma perspectiva crítica em psicologia). São
Paulo: Cortez, 2001

AZEVEDO, Maria Amélia; GUERRA, Viviane N. de A. Infância e violência


doméstica: fronteiras do conhecimento. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2009.

BARBOSA, Daniella Kehrig. Modelos de intervenções à criança e ao adolescente


vítimas de violência. Biguaçu: Universidade do Vale do Itajaí, 2007. Disponível em:
< http://siaibib01.univali.br/pdf/Daniella%20 Kehrig%20Barbosa.pdf>. Acesso em:
19/10/2019

FALEIROS, Eva T. Silveira. Repensando os conceitos de violência, abuso e


exploração sexual de crianças e de adolescentes. Brasília: Thesaurus, 2000.

FURNISS, T. Abuso sexual da criança: Uma abordagem


multidisciplinar. (M.A.V. Veronese, Trad.) Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.
MORALES, A.E.; Sacharam, F.R. - A moralidade do abuso sexual intrafamiliar
em menores. Ciência & Saúde Coletiva 7 (2): 265-273, 2002.

PAIVA, R.M. - A dimensão de gênero na violência doméstica contra a


infância, 2000. Disponível em
<http://www.cfch.ufrj.br/jor_p4/Relacge2/dimegene.htm>.   Acesso em: 19/10/2019

OLIOSI, Larissa Callegari; MENDONÇA, Mayara Santos; BOLDRINE, Rafaela


Corona. Abuso Sexual Contra Crianças e Adolescentes no Município de Nova
Venécia-ES: estudo no CREAS - Centro de Referência Especializado de
Assistência Social. Nova Venécia: Faculdade Capixaba de Nova Venécia, 2010.

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