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SERVIÇO SOCIAL
ARACAJU
2018
ANIELIZA SANTOS NASCIMENTO
ARACAJU
2018
IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA
IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
Nome da Instituição: Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Zilda Arns
Horário de funcionamento: de Segunda a Sexta das 07:00h às 17:00h
Endereço completo: Conjunto João Alves Avenida J, Nº 79, Complexo Taiçoca, no município
de Nossa Senhora do Socorro/SE
A Deus, aos meus pais e Amigos, com muito amor e carinho.
Anieliza Santos Nascimento, Cleiton de Jesus Santos e Maria do Carmo Paiva da Silva.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a Deus por nos ter dado o dom da vida, a coragem, a saúde, a sabedoria
e as forças necessárias para a realização do Estagio Supervisionado I e II, pois sem sua graça,
não conseguiríamos as vitórias que foram concedidas.
Aos nossos Pais que, com humildade, nos deu suporte para a vida através dos
exemplos de responsabilidade, dedicação e amor, nos provendo em toda a minha vida.
Através dos seus incentivos, que foram de grande valia para o nosso caminhar.
Aos Familiares, que sempre tiveram dispostos a ajudar, motivar e colaborar para
chegarmos até essa etapa de nossas vidas.
A professora orientadora do Estágio Supervisionado I e II, Fernanda Nascimento, que,
com seus conhecimentos e experiência, vem contribuindo significativamente para a nossa
formação profissional.
A Supervisora de campo do Estágio Supervisionado I e II, Tatiana Barreto, que, com
seus conhecimentos, experiência e sua prática profissional contribuiu significativamente para
a nossa formação profissional.
A todos os colegas e amigos em especial a Mirelle Conceição da Silva, uma parceira e
contribuidora dessa conquista.
As técnicas do Serviço Social e parceiras Aida Almeida, Maria de Fatima Leite e
Michelle Marry que nos incentivou e motivou nessa caminhada.
Enfim, somos gratos a todos que contribuíram de forma direta ou indireta para
realização deste trabalho.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................06
2 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTÁGIO....................................................................07
2.1 As expressões da Questão Social e a política objeto de estágio..............................07
2.2 Reconhecimento do espaço institucional................................................................12
2.3 Serviço Social na Instituição...................................................................................19
2.4 Diagnóstico..............................................................................................................23
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................43
REFERENCIAS ..........................................................................................................44
APÊNDICE...............................................................................................................................47
ANEXOS..................................................................................................................................62
6
1. INTRODUÇÃO
O Estágio Supervisionado I foi realizado no Cras Zilda Arns localizado no Conjunto
João Alves Filho, município de Nossa Senhora do Socorro/SE, durante o período de 03 (três)
meses, iniciando no dia 07 (sete) de agosto de 2017 (dois mil e dezessete), terminado no dia
20 (vinte) de novembro de 2017 (dois mil e dezessete), pelos estagiários Anieliza Santos
Nascimento, Cleiton de Jesus Santos e Maria do Carmo Paiva da Silva, sob a supervisão da
assistente social Tatiana Barreto de Gois, registrada no Conselho Regional de Serviço Social
de Sergipe, com Especialização em Gestão em Saúde e Psicopedagogia Institucional e
Clínica e da Professora Fernanda Silva Nascimento.
No Estágio Supervisionado II, os estagiários passaram a aplicar na prática o que fora
observado e aprendido, durante a prática profissional da supervisora de campo no Estagio I.
Os estagiários exerceram, também, os conhecimentos adquiridos em sala de aula, através da
base teórico-metodológica e ético-político.
A dimensão do estágio supervisionado é fundamental para a formação acadêmica e
profissional do aluno, pois é através do estágio; que o discente consegue fazer a relação entre
a teoria aplicada na academia e a prática durante as atividades realizadas pelo profissional no
local do estágio.
De acordo com Política Nacional de Estágio (PNE) “o Estágio Supervisionado é uma
atividade curricular obrigatória que se configura a partir da inserção do aluno no espaço
sócio institucional, objetivando capacitá-lo para o exercício profissional.”
Portanto, é importante perceber que além do desenvolvimento acadêmico do aluno em
absorver as dimensões teórico-metodológico, técnico-operativo e ético-político aplicadas na
sala de aula, é importante também que o supervisor do estágio seja um profissional
qualificado, para que o estagiário tenha não só um perfil teórico e acadêmico da profissão,
mais um perfil profissional adequado para atender as demandas da realidade social e
emancipação dos usuários.
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2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTÁGIO
Neste texto será abordada a trajetória da Assistência Social desde e o seu nascimento
com a forte influência da Igreja Católica, os marcos e conquistas até sua consolidação como
Política de Assistência Social após a Constituição Federal de 1988, culminando com a criação
do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) em 2003.
Diante do exposto no Brasil não foi diferente, a desigualdade social e econômica e a
busca por justiça social se confundem com a própria história do País. Foi esse cenário de
desigualdades e lutas que permitiu que a política pública de Assistência Social seja hoje um
direito garantido pela Constituição Federal de 1988. Mas, para chegar até aqui um longo
processo histórico de lutas e conquistas da sociedade Brasileira precisava ser
percorrido. Em 1930 a Assistência Social tinha um caráter assistencialista e filantrópico.
Em 24 de janeiro de 1923, foi sancionado pelo Congresso Nacional o Decreto-lei n°
4.682/23, conhecida como Lei Eloy Chaves, esta foi a primeira a instituir a previdência social,
por meio da qual foram criadas as caixas de Aposentadorias e Pensões em nível
nacional. Mas, apenas em 1994 foi instituída uma política nacional voltada para os idosos.
Antes desse período, as ações governamentais tinham cunho caritativo e de proteção, foi
destaque nos anos 70 a criação de benefícios não contributivos como as aposentadorias para os
trabalhadores rurais e a renda mensal vitalícia para os necessitados urbanos e rurais com mais
de 70 anos que não recebiam benefício da Previdência Social.
No cenário de lutas sociais segue em 1942 a Legião Brasileira de Assistência (LBA)
que tem sua gênese marcada pela presença das mulheres e pelo patriotismo.
Segundo Sposati (2004, p.19). Dessa forma, compreende-se que o intuito inicial da LBA era
atuar como uma legião, como um corpo em ação numa luta em campo.
Em Outubro de 1942 a L.B.A. se torna uma sociedade civil de finalidades
não econômicas, voltadas para “congregar as organizações de boa vontade”.
Aqui a assistência social como ação social é ato de vontade e não direito de
cidadania. (SPOSATI, 2004, p.20).
Brasil e foi um marco por inserir, de forma definitiva, os direitos trabalhistas na legislação
brasileira. Seu objetivo principal é regulamentar as relações individuais e coletivas do
trabalho, nela previstas. Ela surgiu como uma necessidade constitucional, após a criação da
Justiça do Trabalho.
Com o golpe Militar de 1964, que marcou a vida dos brasileiros, pelo autoritarismo e
pela retirada de direito conquistado no governo de Vargas. Nesse período a assistência social
começou a se burocratizar com normas, regras e critérios de atendimento a população
excluída. Em 1969, a LBA é transformada em fundação e vinculada ao Ministério do
Trabalho e Previdência Social, tendo sua estrutura ampliada e passando a contar com novos
projetos e programas.
A ditadura militar cria, sob o comando de Geisel, em 1º de Maio de 1974, o
Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS), que contém na sua estrutura uma
Secretaria de Assistência Social, a qual, em caráter consultivo, vai ser o órgão-chave na
formulação de política de ataque à pobreza.
Com o fim da Ditadura Militar no Brasil em 1985, iniciasse o processo de
redemocratização do País culminando na Constituição de 1988 que é considerada a lei
máxima e obrigatória entre todos os cidadãos de determinada nação, servindo como garantia
dos seus direitos e deveres. A Constituição representou assim uma ampliação dos direitos
sociais, a proteção social foi reconhecida como direito do cidadão e dever do Estado. O que
era visto como um problema isolado passando a ser uma questão de todos, responsabilidade
pública garantida por lei.
Na primeira vez, na história brasileira o Estado determina que aqueles que
não contribuíam para a previdência também têm direito a proteção social. Sua descrição e
diretrizes básicas estão contidas na Constituição Brasileira nos artigos 203 e 204, em que é
apresentada a garantia dos direitos essenciais e necessários para a população brasileira, como
a proteção social através da assistência social que efetiva os direitos da família, da mulher,
da criança, do adolescente, do idoso e das Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e
Transgêneros (LGBT), em todas as fases biológicas do ser humano, a concessão de um
salário mínimo para idosos e pessoas com deficiência, além da representação do cidadão, nos
órgãos públicos, com o objetivo de atender as necessidades da população diante das
aplicações das políticas públicas, sendo esses direitos para quem dela precisar, mesmo que
não seja contribuinte da Previdência Social.
Sendo assim, segue os artigos 203 e 204 da Constituição Brasileira:
9
Portanto, foi reforçado pelo LOAS, os direitos já garantidos pela Constituição Federal,
trazendo os direitos e deveres do Cidadão. O ano de 2003 foi divisor de águas para a política de
assistência social, com a implantação do Sistema Único de Assistência Social
(SUAS), sendo a principal deliberação da quarta Conferência Nacional. Assim, o Brasil
entrou em uma nova fase de fortalecimento do Estado e em busca de defesa dos direitos
socioassistenciais, sendo instaurados serviços, planos, programas, projetos, e
benefícios socioassistenciais, de transferência de renda como o Bolsa Família. Com isso,
o SUAS representou um avanço para a organização, descentralizada e participativa da
política pública de assistência social.
Fora, Neuzice Barreto, Maria do Carmo, Areal Mangabeira e Sede do município. Com
atendimentos de segunda à sexta-feira das 08h às 17 horas. O CRAS conta com o
atendimento inicial pela recepção, passando para a equipe responsável pelas demandas dos
usuários.
O imóvel onde funciona o CRAS é alugado e oferece uma estrutura adequada e
suficiente para a realização dos serviços necessários ao atendimento das demandas da
população. É composto por 01 (uma) recepção, 01 (uma) sala para os cadastradores do
Programa Bolsa Família, 01(uma) sala de coordenação, 01 (uma) sala para atividades e
eventos, 02 (duas) salas para atendimentos psicosocial individual ao usuário, 02 (dois)
banheiros e 01 (uma) copa.
O Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) é o carro chefe dos
serviços socioassistenciais ofertados no CRAS, baseia-se no respeito à heterogeneidade dos
arranjos familiares, aos valores, crenças e identidades das famílias. Fundamenta-se no
fortalecimento da cultura do diálogo, no combate a todas as formas de violência, de
preconceito, de discriminação e de estigmatização nas relações familiares. Está previsto na
tipificação:
Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família - PAIF consiste no
trabalho social com famílias, de caráter continuado, com a finalidade de
fortalecer a função protetiva das famílias, prevenir a ruptura dos seus
vínculos, promover seu acesso e usufruto de direitos e contribuir na melhoria
de sua qualidade de vida. Prevê o desenvolvimento de potencialidades e
aquisições das famílias e o fortalecimento de vínculos familiares e
comunitários, por meio de ações de caráter preventivo, protetivo e proativo.
O trabalho social do PAIF deve utilizar-se também de ações nas áreas
culturais para o cumprimento de seus objetivos, de modo a ampliar universo
informacional e proporcionar novas vivências às famílias usuárias do
serviço. As ações do PAIF não devem possuir caráter terapêutico.
(Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais 2014, p.12).
direito garantido pela Constituição Federal de 1988, regulamentado pela Lei Orgânica da
Assistência Social (LOAS), Lei nº 8.742/93 e pelas Leis nº:12.435/2011 e nº 12.470/2011,
que alteram dispositivos da LOAS; e pelos Decretos nº 6.214/2007, nº 6.564/2008 e nº
7.617/2011, onde asseguram o valor de um salário mínimo para idosos com idade de 65 anos
ou mais, e às pessoas com deficiência, de qualquer idade, com impedimentos de longo prazo,
de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que comprovem não possuir meios de
garantir o próprio sustento, nem tê-lo provido por sua família. Em ambos os casos, é
necessário que a renda mensal bruta familiar per capita seja inferior a ¼ (um quarto) do
salário mínimo vigente. Atualmente o CRAS Zilda Arns se encontra com 43 (quarenta e
três) atendimentos às pessoas com deficiência e com 781(setecentos e oitenta e um)
atendimentos para pessoas idosas que vivenciam situações de vulnerabilidade e risco social.
Esse serviço também é realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, através
do Programa Melhor em Casa. O Benefício de Auxílio Moradia Transitória (Programa
Municipal), é um benefício temporário de seis meses para famílias que têm sua casa com
risco estrutural e social. Não existem programas ou projetos específicos para mulheres,
população LGBT, negros, pessoas com deficiência. O atendimento é prestado à família, que
tem em sua composição todos os segmentos.
O CRAS realiza atribuições como à acolhida e oferta de informações e realização de
encaminhamentos às famílias usuárias do mesmo; planejamento e implementação do PAIF,
de acordo com as características do território de abrangência; mediação de grupos de
famílias dos PAIF; realização de atendimentos particularizados e visitas domiciliares às
famílias referenciadas ao CRAS; desenvolvimento de atividades coletivas e comunitárias no
território; apoio técnico continuado aos profissionais responsáveis pelo(s) serviço(s) de
convivência e fortalecimento de vínculos desenvolvidos no território ou no CRAS;
acompanhamento de famílias encaminhadas pelos serviços de convivência e fortalecimento
de vínculos ofertados pelo equipamento social; realização da busca ativa no território de
abrangência do CRAS; acompanhamento das famílias em descumprimento de
condicionalidades do Programa Bolsa Família; alimentação de sistema de informação,
registro das ações desenvolvidas e planejamento do trabalho de forma coletiva; articulação
de ações que potencializem as boas experiências no território de abrangência; realização de
encaminhamento com acompanhamento para a rede socioassistencial; realização de
encaminhamentos para serviços setoriais; participação das reuniões preparatórias ao
planejamento municipal e a participação de reuniões sistemáticas no CRAS, para
15
100%
Gênero
90%
80%
Mulheres
70% Homens
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
95% 5%
É possível identificar que 95% dos atendimentos são mulheres, devido a busca por
benefícios eventuais ser das RF (Responsável Familiar) do Programa Bolsa Família e das
gestantes à procura de auxílio-natalidade. Apenas 5% dos atendimentos são homens que
procuram o Cras para buscar orientações e para ter acesso ao BPC (Benefício de Prestação
Continuada) e a participação do grupo de idosos.
Gráfico 02:
Endereço
120%
60%
40%
20%
0%
99% 1%
Alves, Fernando Collor, Taiçoca de Fora, Neuzice Barreto, Maria do Carmo, Areal
Mangabeira e Sede do município. Ficando apenas 1% para zona rural.
Gráfico 03:
100%
Inferior a um salário mínimo
Superior a um salário mínimo
80%
60%
40%
20%
0%
99% 1%
Sobre a renda Per Capita, foi verificado que 90% dos usuários do Cras Zilda Arns tem
renda inferior a um salário-mínimo, que são família provenientes do Programa Bolsa
Família, e somente 10% são beneficiários do BPC, aposentados ou pensionistas.
Gráfico 04:
Faixa Etária
80%
18 a 30 anos
60% 30 a 60 anos
60 a 65 anos
40%
20%
0%
20% 70% 10%
Nesse gráfico foi identificado que 70% da faixa etária dos usuários atendidos pelo
Cras Zilda Arns são entre 30 a 60 anos de idade, devido ao quantitativo de RF do Programa
Bolsa Família e a procura por benefícios eventuais como cesta básica e auxílio-moradia.
Gráfico 05:
Escolaridade
90%
80% Ensino Fundamental Completo
Ensino Médio Completo
70%
Ensino Supeior
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
80% 15% 5%
De acordo com o gráfico acima foi identificado que 80% dos usuários possuem apenas
o ensino fundamental incompleto, 15% têm o ensino médio completo e apenas 5% dos
usuários tem ensino superior, que procuram o Cras para orientação sobre a instituição e para
os programas sociais do Cadastro Único. Sendo assim, conclui-se que a procura dos usuários
pelo Cras Zilda Arns é resultante da situação de vulnerabilidade que se encontra no
município.
Desse modo, a atuação profissional do assistente social do Cras Zilda Arns acontece
por meio do atendimento social, através da escuta qualificada, preenchimento de
instrumentais e os encaminhamentos para os órgãos administrativos do município de Nossa
Senhora do Socorro, como: Secretaria Municipal de Assistência Social, Secretaria Municipal
de Saúde, Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal de Cultura e Lazer,
Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura, CAPS, Conselho Tutelar, CREAS, e demais
CRAS do município, em busca da efetivação da execução das políticas públicas.
Também é função do assistente social do Cras Zilda Arns, a elaboração de projetos
junto aos grupos de Idosos, Gestantes, do PAIF e Crianças e Adolescentes. Assim como
também a realização de visitas domiciliares e a busca ativa aos usuários do Cras Zilda Arns.
A atuação profissional do assistente social do Cras Zilda Arns em parceria com outros
profissionais acontece de forma respeitosa com os profissionais de outras áreas através do
trabalho interdisciplinar entre as assistentes sociais e a psicóloga por meio da troca de
informações, em busca de uma alternativa para a garantia aos direitos dos usuários.
Segundo o Código de Ética do Assistente Social, algumas atribuições são privativas ao
assistente social como:
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Art. 5º São deveres do/a assistente social nas suas relações com os/as
usuários/as:
a- contribuir para a viabilização da participação efetiva da população usuária
nas decisões institucionais;
b- garantir a plena informação e discussão sobre as possibilidades e
consequências das situações apresentadas, respeitando democraticamente as
decisões dos/as usuários/as, mesmo que sejam contrárias aos valores e às
crenças individuais dos/as profissionais, resguardados os princípios deste
Código;
c- democratizar as informações e o acesso aos programas disponíveis no
espaço institucional, como um dos mecanismos indispensáveis à participação
dos/as usuários/as;
d- devolver as informações colhidas nos estudos e pesquisas aos/às
usuários/as, no sentido de que estes possam usá-los para o fortalecimento
dos seus interesses;
e- informar à população usuária sobre a utilização de materiais de registro
audiovisual e pesquisas a elas referentes e a forma de sistematização dos
dados obtidos;
f- fornecer à população usuária, quando solicitado, informações
concernentes ao trabalho desenvolvido pelo Serviço Social e as suas
conclusões, resguardado o sigilo profissional;
g- contribuir para a criação de mecanismos que venham desburocratizar a
relação com os/as usuários/as, no sentido de agilizar e melhorar os serviços
prestados;
h- esclarecer aos/às usuários/as, ao iniciar o trabalho, sobre os objetivos e a
amplitude de sua atuação profissional. (Código de Ética Profissional do
Assistente Social, Brasil, 1993, p.29-30).
A relação do assistente social com os estagiários do Cras Zilda Arns, acontece através
da observação e do acompanhamento das atividades realizadas pelo assistente social, de
forma que os estagiários possam assim apreender e vivenciar as teorias e atribuições
profissionais estudadas no campo acadêmico. Os estagiários devem somente comparecer no
local do estágio com a presença e a supervisão de um assistente social graduado e registrado
no Conselho Regional de Serviço Social.
2.4 Diagnóstico
Diagnóstico social tem como objetivo o conhecimento da realidade e constitui uma
das ferramentas mais importantes para nos aproximarmos do conhecimento da realidade do
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objeto em estudo. Quanto mais preciso for o conhecimento da realidade do objeto existente
antes da execução de um projeto, mais fácil será determinar o impacto e os efeitos que se
alcançam com as ações do mesmo. O diagnóstico encontra-se ligado aos valores da
sociedade e aos objetivos que se pretendem alcançar. Este serve para termos conhecimento
das necessidades existentes, para estabelecer prioridades e conhecer as causas que estão na
origem dos problemas.
Este diagnóstico tratará da realidade do município de Nossa Senhora do Socorro se
localiza ao leste do estado de Sergipe, a dimensão da área é de aproximadamente 155,018
km2. O espaço geográfico que hoje compreende a cidade de Nossa Senhora do Socorro,
desde os primórdios de sua povoação, passou por mudanças de caráter religioso e jurídico
similares às diversas cidades brasileiras. Neste sentido, a elevação do referido município às
categorias de freguesia, vila e cidade, obedeceram a interesses jurídicos e de ordem
religiosa.
Possivelmente a ocupação de Nossa Senhora do Socorro tenha ocorrido no
séc. XVI período em que se iniciou a colonização das terras da capitania de
Sergipe Del Rey e fase em que a Coroa Portuguesa determinou o avanço da
colonização sobre a capitania de Sergipe. (IBGE, 2010).
quanto ao serviço de água, luz, esgoto, saneamento e coleta de lixo funcionam normalmente,
e ainda conta com todas as ruas pavimentadas. Possui sindicatos de pesca e dos lojistas e
conta com o 5º Batalhão da Polícia Militar, e a 5ª Delegacia Metropolitana de Policia Militar
do Estado de Sergipe.
Contudo, os problemas existentes na comunidade destacam-se: a violência seguida da
falta de segurança, sendo que a ronda de policiamento é insuficiente; mas, a saúde é o
principal desses problemas, a grande reclamação da população é a falta de internet para as
marcações de exames, causando longas filas nas unidades de saúde durante as madrugadas, e
também a falta de certos tipos de medicamentos, que são importantes para manter a saúde da
população socorrense.
28
3.2 Resumo
3.3 Participantes
O público-alvo deste projeto será o grupo de idosos São Francisco do SCFV assistidos
pelo Cras Zilda Arns do município de Nossa Senhora do Socorro/SE.
0 - 12 13 – 17 18 - 29 30 – 59 60 ou +.
X 37
3.4 Justificativa
Diante disso, será enfatizado durante as ações o direito a Saúde, Transporte e ao Lazer,
previstos nos artigos 15º, 20º, 23º e 39º § 2 do Estatuto do Idoso:
Art. 20º O idoso tem direito a educação, cultura, esporte, lazer, diversões,
espetáculos, produtos e serviços que respeitem sua peculiar condição de
idade. (Estatuto do Idoso, 2003)
Pode-se afirmar que o Estatuto do Idoso veio evidenciar e tornar mais claro o papel de
toda sociedade Civil e do Estado, a respeito dos direitos constitucionais garantidos para este
público, no tocante à alimentação, saúde, educação, lazer, cultura, esporte, etc.
Sendo assim, será buscado à garantia e efetivação desses direitos constitucionais, que
possibilitará a inclusão, participação, autonomia da pessoa idosa na sociedade, através de lutas
e conquistas, resultantes da Lei nº 8.842/94 e do Estatuto do Idoso, em 2003.
32
3.5 Objetivos
3.6 Metodologia
A proposta de intervenção será dividida em três ações, com a finalidade de sensibilizar
os idosos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos acompanhado pelo CRAS
Zilda Arns acerca da efetivação dos seus direitos.
Na primeira ação será esclarecido aos idosos a respeito do direito a Saúde, através de
uma roda de conversa, onde os estagiários de serviço social esclarecerão sobre a importância
do acompanhamento médico, exames e a alimentação saudável para esse público. A
segunda ação terá o intuito de proporcionar aos idosos um diálogo em relação ao direito do
Transporte Público, durante está ação, os estagiários estarão esclarecendo as
condicionalidades para o uso do transporte público coletivo municipal e intermunicipal e
mostrarão a evolução e a importância desse direito na vida da Pessoa da Terceira Idade. Além
disso, um agente a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) para
explanar de forma mais assídua este direito constitucional.
A terceira ação será realizada com o objetivo de desenvolver um momento de
convivência, interação e lazer, na mesma os estagiários com supervisora de campo,
desenvolverão uma explanação sobre a conquista e a importância da efetivação do direito ao
Lazer e da Alimentação. Esta atividade acontecerá no Parque Augusto Franco durante uma
tarde de atividades, onde serão desenvolvidas oficinas de danças, jogos e esportes, finalizando
com lanche.
33
3.10 Orçamento
O valor total estimado nos gastos do projeto de intervenção será R$50,00 como está
descriminado nos recursos materiais abaixo.
3.11 Avaliação
Mesas. 5
Cadeiras. 50
Transporte. 1
Cartilhas 50
36
4. SISTEMÁTICA DE OPERACIONALIZAÇÃO
No dia 03 de Maio de 2018 às 14h deu-se início a primeira ação do Projeto de
Intervenção Plantando Cidadania e Colhendo Efetivação de Direitos no Centro Cultural
Gilton Padro, contando com 27 participantes, oportunidade em que os estagiários e executores
do projeto, juntamente com a supervisora de campo iniciou à apresentação. A estagiária
Anieliza Santos Nascimento, na primeira fala explicou o projeto e como ele vai acontecer.
Logo em sequência o estagiário Cleiton de Jesus Santos começou sua fala a respeito do direito
do idoso a saúde, o mesmo fez uma explanação da trajetória histórica das lutas pelos direitos
sociais e políticas públicas que culminou na criação da Política Nacional do Idoso e Estatuto
do Idoso. O estagiário salientou a importância dessas conquistas e trouxe o papel do assistente
social na área da saúde, demonstrando que o serviço social dentro das unidades de saúde é um
parceiro de suma importância para a garantia dos direitos de todo e qualquer cidadão que
esteja hospitalizado, em tratamento, desamparado, violentado, sem condições financeiras para
adquirir medicamentos, etc. É válido mencionar que alguns idosos do Serviço de
Convivência e Fortalecimento de Vinculo, público-alvo desse projeto fizeram indagações
sobre a qualidade do serviço de saúde que estar sendo oferecido pela secretaria municipal de
saúde de Nossa Senhora do Socorro; os mesmos relataram que é uma área que ainda precisa
de melhorias. Ao término da explanação do tema, a estagiária Maria do Carmo Paiva da Silva
fez uma dinâmica em que retratou a importância de cuidarmos de nossa saúde como também
daqueles que estão ao nosso redor. Finalizando a ação, a estagiaria Anieliza fez um
comentário de agradecimento aos idosos e passou a palavra para a coordenadora do grupo que
agradeceu e parabenizou a todos principalmente aos estagiários pelo projeto e finalizou com a
oração comunitária.
A segunda ação foi realizada no dia 08 de maio de 2018 às 14h, no Centro Cultural
Gilton, Prado localizado na sede do município de Nossa Senhora do Socorro, onde os
estagiários do projeto “Plantando Cidadania e Colhendo Efetivação de Direitos”, contando
com 19 idosos, levou à sensibilização dos idosos a garantia do direito ao transporte público,
com a supervisão da supervisora de campo, a assistente social Tatiana Gois. Esta ação contou
também com a participação especial do Agente de Trânsito da SMTT de Nossa Senhora do
Socorro, o Sr. Marcus Nabuco. Dando início a segunda ação do projeto, a estagiária Maria do
Carmo Paiva da Silva, apresentou mais uma vez o projeto para o público, a equipe de
estagiários e a supervisora de campo e o convidado do dia, passando a fala para o mesmo,
onde se dirigiu ao centro da roda com os idosos e começou a sua fala. O Agente de Trânsito
Marcus Nabuco esclareceu sobre o direito ao acesso a carteira do idoso, realizada pela SMTT,
37
público, considerado idoso, pelo Estatuto, a partir de 60 (sessenta) anos de idade. Após a fala
a estagiária abriu o espaço para os oficineiros realizaram atividades aeróbicas e danças com os
idosos, representando o tema abordado.
Finalizando a ação, o estagiário Cleiton de Jesus Santos sucedeu para avaliação,
através de questionário, respondido por plaquinhas. Todos os estagiários agradeceram aos
idosos pela participação, sendo o público deste projeto, a supervisora de campo, assistente
social Tatiana Barreto de Góis, por ter aceitado e acolhido os três estagiários, a equipe do
Cras Zilda Arns e dos oficineiros pelo apoio e a dedicação ao projeto Plantando Cidadania e
Colhendo Efetivação de Direitos.
Essa ação foi realizada em um local externo aos das demais ações, com o objetivo de
levar os idosos para um passeio, representando o direito ao Lazer, Esporte com a execução
das atividades físicas e a Cultura, mostrando os espaços culturais do Estado. Esta ação contou
também com a presença da supervisora acadêmica de estágio, professora Fernanda Silva
Nascimento, para avaliar a intervenção dos estagiários.
39
sua visão crítica da realidade apresentada, diante do seu conhecimento teórico metodológico e
ético político, adquirido durante a formação acadêmica.
O relatório social é embasado nas leis da Assistência Social que garante os direitos dos
cidadãos como a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) e a Lei Municipal de Nossa
Senhora do Socorro, que rege o município na garantia dos benefícios eventuais para as
famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade social.
Para ser beneficiário dos benefícios eventuais ofertados pelo município de Nossa
Senhora do Socorro e aos programas sociais do Governo Federal, o usuário precisa estar
cadastrado no Cadastro Único (CADÚNICO), que constata as famílias de baixa renda.
O Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (Cadastro
Único) é um instrumento que identifica e caracteriza as famílias de baixa
renda, permitindo que o governo conheça melhor a realidade
socioeconômica dessa população. Nele são registradas informações como:
características da residência, identificação de cada pessoa, escolaridade,
situação de trabalho e renda, entre outras. (www.mds.gov.br)
Os benefícios eventuais ofertados pelo município são benéficos temporários, que tem a
intenção de proporcionar ao usuário um amparo, perante a situação de vulnerabilidade social
em que se deparam. Com base na Lei 8.742 de 07 de Dezembro de 1993 – LOAS - no Artigo
22, que dispõe:
Art. 22. Entendem-se por benefícios eventuais as provisões suplementares e
provisórias que integram organicamente as garantias do Suas e são prestadas
aos cidadãos e às famílias em virtude de nascimento, morte, situações de
vulnerabilidade temporária e de calamidade pública. (Lei 8.742 de 07 de
Dezembro de 1993 – LOAS)
O auxílio natalidade é destinado para mulheres gestantes que não têm condições
socioeconômicas de arcar com custos de um kit enxoval para o seu bebê.
Sendo assim, é possível perceber que durante a atuação técnico-operacional da
assistente social do Cras Zilda Arns, estando de acordo com as normas previstas no Código de
Ética Profissional do(a) Assistente Social da Lei 8.662/93, onde dispõe que:
41
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei n. 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Dispõe sobre organização da Assistência
Social e dá outras providências. Brasília, 2003.
CFESS. Código de Ética Profissional do(a) Assistente Social. 10ª Edição Revista e Atualizada
Brasília. 1993.
SILVA, Marlise Vinagre. Código de Ética do Assistente Social. Lei 8662/93. Brasília. 1993.
46
SILVA. Luís Inácio Lula da. Política Nacional do Idoso. Lei 8.842/94. Brasília. Reimpresso
em maio de 2010. Acesso em 23 de março de 2018.
APÊNDICES
48
PROJETO DE INTERVENÇÃO
PLANTANDO CIDADANIA E COLHENDO EFETIVAÇÃO DE DIREITOS.
Executores do projeto:
Anieliza Santos Nascimento;
Cleiton de Jesus Santos;
Maria do Carmo Paiva da Silva.
Supervisora:
Tatiana Barreto de Góis.
1. Foi adquirido conhecimento sobre o direito a SAÚDE?
SIM NÃO
x
5. Quanto à dinâmica apresentada e a interação com o tema?
BOA RUIM
x
55
PROJETO DE INTERVENÇÃO
PLANTANDO CIDADANIA E COLHENDO EFETIVAÇÃO DE DIREITOS.
DIREITOS.
08/05/2018
Executores do projeto:
Anieliza Santos Nascimento;
Cleiton de Jesus Santos;
Maria do Carmo Paiva da Silva.
Supervisora de Campo:
Tatiana Barreto de Góis.
1. Foi adquirido conhecimento sobre o direito ao Transporte Público?
SIM NÃO
x
56
PROJETO DE INTERVENÇÃO
PLANTANDO CIDADANIA E COLHENDO EFETIVAÇÃO DE DIREITOS.
Executores do projeto:
Anieliza Santos Nascimento;
Cleiton de Jesus Santos;
Maria do Carmo Paiva da Silva.
Supervisora de Campo:
Tatiana Barreto de Góis.
1. Foi adquirido conhecimento sobre o direito ao Esporte e Lazer?
SIM NÃO
x
2. O tema abordado foi importante?
SIM NÃO
x
3. O assunto abordado durante a palestra ficou claro?
SIM NÃO
x
4. A apresentação dos estagiários foi boa?
SIM NÃO
x
5. Quanto ao passeio foi agradável?
SIM NÃO
x
6. Foi importante a realização do Projeto de Intervenção dos estagiários?
SIM NÃO
x
57
PRIMEIRA AÇÃO
03/05/2018
58
SEGUNDA AÇÃO
08/05/2018
59
TERCEIRA AÇÃO
17/05/2018
60
Apêndice D: Cartilha
61
ANEXOS
63
2. Documentos
RG: Órgão Emissor: Data de Expedição:
CPF: CAD-ÚNICO/NIS:
Contribuição Previdenciária/Matrícula:
3. Domicílio
Situação de Moradia: Tipo de Moradia:
( )Própria ( )Cedida ( )Alvenaria ( )Madeirite
( )Alugada ( )Ocupada ( )Taipa ( )Palafita
Quantidade de Cômodos: ( )Outros ________________________
Endereço:
Conj./Bairro: Município/UF:
64
Ponto de Referência:
4. Despesas
Água: Luz: Gás: Alimentação:
5. Rendas
Seguro Desemprego: Pensão: Aposentadoria:
Outras rendas:
6. Programas
A família está sendo assistida? Origem do Programa:
( )Sim ( )Não ( )Federal ( )Estadual ( )Municipal
7. Composição Familiar
Nome Completo Idade Grau de Ocupação
Parentesco
_______________________________________________
TÉCNICO RESPONSÁVEL
66
.
PREFEITURA MUNICIPAL DE NOSSA SENHORA DO SOCORRO
SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – CRAS ZILDA ARNS
ENCAMINHAMENTO
DE:_____________________________________________________________________
PARA:__________________________________________________________________
Nome/Carimbo
.
67
ENCAMINHAMENTO
DE:_____________________________________________________________________
PARA:__________________________________________________________________
Segue em anexo:________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
_______________________________________________________
Nome/Carimbo
68
REQUERIMENTO
Eu,____________________________________________________________________
Portador (a) RG______________________CPF:______________________________ e
NIS______________________residente___________________________________________
_________________________________________________________________Nossa
Senhora do Socorro/SE venho através deste, requerer a concessão do AUXILIO
NATALIDADE (Kit Enxoval para recém-nascido) à Secretaria Municipal de Assistência
Social.
REQUERIMENTO
Eu,____________________________________________________________________
Portador (a) RG______________________CPF:______________________________ e
NIS______________________residente___________________________________________
_________________________________________________________________Nossa
Senhora do Socorro/SE venho através deste, requerer a concessão do BENEFÍCIO DE
CESTA BÁSICA à Secretaria Municipal de Assistência Social.
TERMO DE DESLIGAMENTO
Motivo do Desligamento:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
__________________________________________________