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UNIVERSIDADE TIRADENTES

SERVIÇO SOCIAL

ANIELIZA SANTOS NASCIMENTO

CLEITON DE JESUS SANTOS

MARIA DO CARMO PAIVA DA SILVA

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I E II

ARACAJU
2018
ANIELIZA SANTOS NASCIMENTO

CLEITON DE JESUS SANTOS

MARIA DO CARMO PAIVA DA SILVA

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I E II

Relatório apresentado à Universidade


Tiradentes, como um dos pré-requisitos para
obtenção do grau de bacharel em Serviço
Social.

ORIENTADORA: ProfªEsp.Fernanda Silva


Nascimento.

ARACAJU
2018
IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA

Disciplina: Estágio Supervisionado I


Nome do professor responsável pela disciplina: Gilmara Rezende Cardoso Xavier
Supervisora Acadêmica: Profª Esp. Fernanda Silva Nascimento
Supervisora de Campo: Tatiana Barreto de Gois
Carga horária: 200 horas

Disciplina: Estágio Supervisionado II


Nome do professor responsável pela disciplina: Gilmara Rezende Cardoso Xavier
Supervisora Acadêmica: Profª Esp. Fernanda Silva Nascimento
Supervisora de Campo: Tatiana Barreto de Gois
Carga horária: 200 horas

IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
Nome da Instituição: Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Zilda Arns
Horário de funcionamento: de Segunda a Sexta das 07:00h às 17:00h
Endereço completo: Conjunto João Alves Avenida J, Nº 79, Complexo Taiçoca, no município
de Nossa Senhora do Socorro/SE
A Deus, aos meus pais e Amigos, com muito amor e carinho.

Anieliza Santos Nascimento, Cleiton de Jesus Santos e Maria do Carmo Paiva da Silva.
AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Deus por nos ter dado o dom da vida, a coragem, a saúde, a sabedoria
e as forças necessárias para a realização do Estagio Supervisionado I e II, pois sem sua graça,
não conseguiríamos as vitórias que foram concedidas.
Aos nossos Pais que, com humildade, nos deu suporte para a vida através dos
exemplos de responsabilidade, dedicação e amor, nos provendo em toda a minha vida.
Através dos seus incentivos, que foram de grande valia para o nosso caminhar.
Aos Familiares, que sempre tiveram dispostos a ajudar, motivar e colaborar para
chegarmos até essa etapa de nossas vidas.
A professora orientadora do Estágio Supervisionado I e II, Fernanda Nascimento, que,
com seus conhecimentos e experiência, vem contribuindo significativamente para a nossa
formação profissional.
A Supervisora de campo do Estágio Supervisionado I e II, Tatiana Barreto, que, com
seus conhecimentos, experiência e sua prática profissional contribuiu significativamente para
a nossa formação profissional.
A todos os colegas e amigos em especial a Mirelle Conceição da Silva, uma parceira e
contribuidora dessa conquista.
As técnicas do Serviço Social e parceiras Aida Almeida, Maria de Fatima Leite e
Michelle Marry que nos incentivou e motivou nessa caminhada.
Enfim, somos gratos a todos que contribuíram de forma direta ou indireta para
realização deste trabalho.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................................06

2 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTÁGIO....................................................................07
2.1 As expressões da Questão Social e a política objeto de estágio..............................07
2.2 Reconhecimento do espaço institucional................................................................12
2.3 Serviço Social na Instituição...................................................................................19
2.4 Diagnóstico..............................................................................................................23

3 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO SOCIAL...............................................................28


3.1 Abrangência do projeto...........................................................................................28
3.2 Resumo....................................................................................................................29
3.3 Participantes............................................................................................................30
3.4 Justificativa..............................................................................................................30
3.5 Objetivos.................................................................................................................32
3.5.1 Objetivo Geral......................................................................................................32
3.5.2 Objetivos Específicos...........................................................................................32
3.6 Metodologia............................................................................................................32
3.7 Equipe de Trabalho.................................................................................................33
3.8 Divulgação do Projeto............................................................................................33
3.9 Interação do Projeto com outras Políticas Públicas................................................33
3.10 Orçamento.............................................................................................................34
3.11 Avaliação...............................................................................................................34
3.12 Recursos Materiais ...............................................................................................34
4 SISTEMÁTICA DE OPERACIONALIZAÇÃO..........................................................36

5 ANÁLISE E SÍNTESE DA EXPERIÊNCIA VIVENCIADA.....................................39

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................43
REFERENCIAS ..........................................................................................................44
APÊNDICE...............................................................................................................................47
ANEXOS..................................................................................................................................62
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1. INTRODUÇÃO
O Estágio Supervisionado I foi realizado no Cras Zilda Arns localizado no Conjunto
João Alves Filho, município de Nossa Senhora do Socorro/SE, durante o período de 03 (três)
meses, iniciando no dia 07 (sete) de agosto de 2017 (dois mil e dezessete), terminado no dia
20 (vinte) de novembro de 2017 (dois mil e dezessete), pelos estagiários Anieliza Santos
Nascimento, Cleiton de Jesus Santos e Maria do Carmo Paiva da Silva, sob a supervisão da
assistente social Tatiana Barreto de Gois, registrada no Conselho Regional de Serviço Social
de Sergipe, com Especialização em Gestão em Saúde e Psicopedagogia Institucional e
Clínica e da Professora Fernanda Silva Nascimento.
No Estágio Supervisionado II, os estagiários passaram a aplicar na prática o que fora
observado e aprendido, durante a prática profissional da supervisora de campo no Estagio I.
Os estagiários exerceram, também, os conhecimentos adquiridos em sala de aula, através da
base teórico-metodológica e ético-político.
A dimensão do estágio supervisionado é fundamental para a formação acadêmica e
profissional do aluno, pois é através do estágio; que o discente consegue fazer a relação entre
a teoria aplicada na academia e a prática durante as atividades realizadas pelo profissional no
local do estágio.
De acordo com Política Nacional de Estágio (PNE) “o Estágio Supervisionado é uma
atividade curricular obrigatória que se configura a partir da inserção do aluno no espaço
sócio institucional, objetivando capacitá-lo para o exercício profissional.”
Portanto, é importante perceber que além do desenvolvimento acadêmico do aluno em
absorver as dimensões teórico-metodológico, técnico-operativo e ético-político aplicadas na
sala de aula, é importante também que o supervisor do estágio seja um profissional
qualificado, para que o estagiário tenha não só um perfil teórico e acadêmico da profissão,
mais um perfil profissional adequado para atender as demandas da realidade social e
emancipação dos usuários.
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2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTÁGIO

2.1 As expressões da Questão Social e a política objeto de estágio

Neste texto será abordada a trajetória da Assistência Social desde e o seu nascimento
com a forte influência da Igreja Católica, os marcos e conquistas até sua consolidação como
Política de Assistência Social após a Constituição Federal de 1988, culminando com a criação
do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) em 2003.
Diante do exposto no Brasil não foi diferente, a desigualdade social e econômica e a
busca por justiça social se confundem com a própria história do País. Foi esse cenário de
desigualdades e lutas que permitiu que a política pública de Assistência Social seja hoje um
direito garantido pela Constituição Federal de 1988. Mas, para chegar até aqui um longo
processo histórico de lutas e conquistas da sociedade Brasileira precisava ser
percorrido. Em 1930 a Assistência Social tinha um caráter assistencialista e filantrópico.
Em 24 de janeiro de 1923, foi sancionado pelo Congresso Nacional o Decreto-lei n°
4.682/23, conhecida como Lei Eloy Chaves, esta foi a primeira a instituir a previdência social,
por meio da qual foram criadas as caixas de Aposentadorias e Pensões em nível
nacional. Mas, apenas em 1994 foi instituída uma política nacional voltada para os idosos.
Antes desse período, as ações governamentais tinham cunho caritativo e de proteção, foi
destaque nos anos 70 a criação de benefícios não contributivos como as aposentadorias para os
trabalhadores rurais e a renda mensal vitalícia para os necessitados urbanos e rurais com mais
de 70 anos que não recebiam benefício da Previdência Social.
No cenário de lutas sociais segue em 1942 a Legião Brasileira de Assistência (LBA)
que tem sua gênese marcada pela presença das mulheres e pelo patriotismo.
Segundo Sposati (2004, p.19). Dessa forma, compreende-se que o intuito inicial da LBA era
atuar como uma legião, como um corpo em ação numa luta em campo.
Em Outubro de 1942 a L.B.A. se torna uma sociedade civil de finalidades
não econômicas, voltadas para “congregar as organizações de boa vontade”.
Aqui a assistência social como ação social é ato de vontade e não direito de
cidadania. (SPOSATI, 2004, p.20).

A LBA reproduziu na esfera pública o modelo assistencialista que já acontecia no


campo não governamental, reforçando os laços de dependência dos direitos aos mais
vulneráveis. Com isso, foi introduzido o primeiro-damismo junto a Assistência Social.
Em 1º de Maio de 1943 foi criada pelo Decreto-Lei nº 5.452 a Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT). A Consolidação unificou toda a legislação trabalhista então existente no
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Brasil e foi um marco por inserir, de forma definitiva, os direitos trabalhistas na legislação
brasileira. Seu objetivo principal é regulamentar as relações individuais e coletivas do
trabalho, nela previstas. Ela surgiu como uma necessidade constitucional, após a criação da
Justiça do Trabalho.
Com o golpe Militar de 1964, que marcou a vida dos brasileiros, pelo autoritarismo e
pela retirada de direito conquistado no governo de Vargas. Nesse período a assistência social
começou a se burocratizar com normas, regras e critérios de atendimento a população
excluída. Em 1969, a LBA é transformada em fundação e vinculada ao Ministério do
Trabalho e Previdência Social, tendo sua estrutura ampliada e passando a contar com novos
projetos e programas.
A ditadura militar cria, sob o comando de Geisel, em 1º de Maio de 1974, o
Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS), que contém na sua estrutura uma
Secretaria de Assistência Social, a qual, em caráter consultivo, vai ser o órgão-chave na
formulação de política de ataque à pobreza.
Com o fim da Ditadura Militar no Brasil em 1985, iniciasse o processo de
redemocratização do País culminando na Constituição de 1988 que é considerada a lei
máxima e obrigatória entre todos os cidadãos de determinada nação, servindo como garantia
dos seus direitos e deveres. A Constituição representou assim uma ampliação dos direitos
sociais, a proteção social foi reconhecida como direito do cidadão e dever do Estado. O que
era visto como um problema isolado passando a ser uma questão de todos, responsabilidade
pública garantida por lei.
Na primeira vez, na história brasileira o Estado determina que aqueles que
não contribuíam para a previdência também têm direito a proteção social. Sua descrição e
diretrizes básicas estão contidas na Constituição Brasileira nos artigos 203 e 204, em que é
apresentada a garantia dos direitos essenciais e necessários para a população brasileira, como
a proteção social através da assistência social que efetiva os direitos da família, da mulher,
da criança, do adolescente, do idoso e das Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e
Transgêneros (LGBT), em todas as fases biológicas do ser humano, a concessão de um
salário mínimo para idosos e pessoas com deficiência, além da representação do cidadão, nos
órgãos públicos, com o objetivo de atender as necessidades da população diante das
aplicações das políticas públicas, sendo esses direitos para quem dela precisar, mesmo que
não seja contribuinte da Previdência Social.
Sendo assim, segue os artigos 203 e 204 da Constituição Brasileira:
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Art.203 A Assistência Social será prestada a quem dela necessitar,


independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
I- a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II- o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III- a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV- a habilitação e a reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a
promoção de sua integração à vida comunitária;
V- a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora
de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à
própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a
lei.
Art.204 As ações governamentais na área da assistência social serão
realizadas com recursos do orçamento da seguridade social,previstos no
art.195além de outras fontes, e organizadas com base nas seguintes
diretrizes:
I–descentralização político-administrativa,cabendo a coordenação e as
normas gerais à esfera federal e a coordenação e a execução dos respectivos
programas às esferas estadual e municipal, bem como a entidades
beneficentes e de assistência social;
II–participação da população, por meio de organizações representativas, na
formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis.
(BRASIL, 1988, p. 130)

É nesse cenário que a Assistência Social é reconhecida como política pública


integrante da Seguridade Social.
A Constituição Federal de 1988, foi a adoção do conceito de Seguridade
Social, definida no artigo 194 como um conjunto integrado de ações de
iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os
direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Foram
estabelecidos, ainda, os objetivos que devem ser alcançados pelo poder
público, na sua competência de organizar a seguridade social: a
universalidade da cobertura e do atendimento, a uniformidade e equivalência
dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais, a seletividade e
distributividade na prestação dos benefícios e serviços, a irredutibilidade do
valor dos benefícios, a equidade na forma de participação no custeio, a
diversidade da base de financiamento e o caráter democrático e
descentralizado da gestão administrativa, com a participação da
comunidade, em especial de trabalhadores, empresários e aposentados.
(OLIVEIRA, 2011, p.20).

A seguridade social é o conjunto de ações e instrumentos por meio do qual se


pretende alcançar uma sociedade livre, justa e solidária, erradicar a pobreza e a
marginalização, reduzir as desigualdades sociais e promover o bem de todos. Essas são
diretrizes fixadas na própria Constituição Federal no artigo 3º. Ou seja, o sistema de
seguridade social, em seu conjunto, visa garantir que o cidadão se sinta seguro e protegido
ao longo de sua existência, provendo-lhe a assistência e recursos necessários para os
momentos de infortúnios.
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Para regulamentar e sistematizar a Constituição Federal de 1988, foi sancionada a Lei


nº 8.742/93 Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), pelo presidente Itamar Franco. A
LOAS extinguiu o Conselho Nacional de Serviço Social, CNSS e instituiu o Conselho
Nacional de Assistência Social, CNAS. A nova instância, com a missão de fiscalizar a
política de assistência social adquiriu formação paritária e caráter deliberativo. A
LOAS garante o modelo de gestão e de controle social de forma descentralizada e
participativa.
A LOAS, ainda garante e amplia o que foi assegurado na Constituição Federal de
1988:
 Art. 1º A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política
de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais,
realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e
da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas.
Art. 2o  A assistência social tem por objetivos
I - a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à
prevenção da incidência de riscos, especialmente.
a) a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à
velhice; 
b) o amparo às crianças e aos adolescentes carentes; 
c) a promoção da integração ao mercado de trabalho; 
d) a habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de
sua integração à vida comunitária; e 
e) a garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício mensal à pessoa com
deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria
manutenção ou de tê-la provida por sua família; 
II - a vigilância socioassistencial, que visa a analisar territorialmente a
capacidade protetiva das famílias e nela a ocorrência de vulnerabilidades, de
ameaças, de vitimizações e danos; 
III - a defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos direitos no
conjunto das provisões socioassistenciais. (LOAS, 1993, p.1)

Portanto, foi reforçado pelo LOAS, os direitos já garantidos pela Constituição Federal,
trazendo os direitos e deveres do Cidadão. O ano de 2003 foi divisor de águas para a política de
assistência social, com a implantação do Sistema Único de Assistência Social
(SUAS), sendo a principal deliberação da quarta Conferência Nacional. Assim, o Brasil
entrou em uma nova fase de fortalecimento do Estado e em busca de defesa dos direitos
socioassistenciais, sendo instaurados serviços, planos, programas, projetos, e
benefícios socioassistenciais, de transferência de renda como o Bolsa Família. Com isso,
o SUAS representou um avanço para a organização, descentralizada e participativa da
política pública de assistência social.

Em 2004 é criado a Política Nacional de Assistência Social (PNAS), com o objetivo


de reunir representantes da Assistência Social, para a criação de normas e diretrizes para
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efetivar a assistência social como direito do cidadão e responsabilidade do Estado. Portanto,


dentro da PNAS, estão os aspectos demográficos fazendo análises sobre a perspectiva
socioterritorial da população, são exploradas também as divisões de gêneros entre as famílias
e indivíduos, retratando a mulher como referência da família. A PNAS também aborda a
proteção integral entre crianças, adolescentes e jovens na questão do trabalho infantil e
gravidez na adolescência, além de tratar da valorização da equidade aos idosos e pessoas
com deficiência.
O SUAS organiza-se em dois eixos estruturantes: benefícios e serviços, o BPC e o
Bolsa Família estão entre os benefícios assistenciais. Os serviços, de caráter continuado
passaram a ser ofertados nos equipamentos públicos ou pela rede socioassistencial do SUAS.
A assistência social passou a ter como referência os Centros de Referência da Assistência
Social, os CRAS, e Centros de Referência Especializado da Assistência Social, os CREAS.
Nesses espaços e equipamentos públicos as famílias passaram a ter a garantia de acesso à
política pública de assistência social.
A aprovação da Norma Operacional Básica-NOB/SUAS no ano de 2005, reafirmou o
modelo socioassistencial no País. A família assumiu o papel de núcleo fundamental para a
política de Assistência Social, na perspectiva do princípio da matricialidade sociofamiliar e
do território como base de organização dos serviços. A NOB/SUAS definiu as bases para a
implantação do Sistema Único de Assistência Social. Os instrumentos de regulação da
Política de Assistência Social em vigor são, portanto, a CF/88, a LOAS/93, a Política
Nacional de Assistência Social/2004 e a Norma Operacional Básica/ SUAS/2005.
Em 13 de maio de 2014 foi alterada a Resolução do (CNAS) da Tipificação Nacional
dos Serviços Socioassistenciais, onde continua a divisão por níveis do SUAS: Proteção
Social Básica, buscando prevenir os riscos de vulnerabilidades sociais e o fortalecimento de
vínculos familiares e comunitários, através dos serviços ofertados pelo (PAIF) Proteção e
Atendimento Integral à Família, em que são realizados dentro dos Centro de Referência da
Assistência Social (CRAS) através dos Serviços de Convivência e Fortalecimento de
Vínculos (SCFV), tendo seu público alvo as crianças e adolescentes, idosos e pessoas com
deficiência e em situação de risco e vulnerabilidade social e a Proteção Social Especial de
Média e Alta Complexidade, que é destinada para famílias e indivíduos que tiveram seus
direitos violados, onde são atendidos pelo Centro de Referência Especializado da Assistência
Social (CREAS), dentro da Resolução de 2009, incluindo a faixa etária de 18 a 59 anos no
Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo.
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2.2 Reconhecimento do Espaço Institucional


O Centro de Referência de Assistência Social Zilda Arns (CRAS) é uma unidade
pública estatal descentralizada da Política de Assistência Social sendo responsável pela
organização e oferta dos serviços socioassistenciais da Proteção Social Básica do Sistema
Único de Assistência Social (SUAS) nas áreas de vulnerabilidade e risco social dos
municípios e Distrito Federal. Dada sua capilaridade nos territórios, se caracteriza como a
principal porta de entrada do SUAS, ou seja, é uma unidade que propicia o acesso de um
grande número de famílias à rede de proteção social de assistência social. O CRAS Zilda
Arns é gerenciado pela Secretaria Municipal de Assistência Social do município de Nossa
Senhora do Socorro, que tem como missão realizar com ética a gestão da Política Nacional
de Assistência Social (PNAS), está localizado no município de Nossa Senhora do Socorro,
na Avenida J, Nº79, Complexo Taiçoca, no conjunto João Alves Filho, no Estado de
Sergipe.
O CRAS Zilda Arns recebeu esse nome em homenagem a uma médica pediatra e
sanitarista, a Dra. Zilda Arns Neumann. Ela foi fundadora e coordenadora internacional da
Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, organismos de ação social da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Dra. Zilda Arns também foi representante titular da
CNBB, do Conselho Nacional de Saúde e membro do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (CNDES). Dra. Zilda Arns Neumann recebeu o título
de Cidadã Honorária de 11 estados e 37 municípios brasileiros, 19 prêmios (nacionais e
internacionais) e dezenas de homenagens de governos, empresas, universidades e outras
instituições, pelo trabalho realizado na Pastoral da Criança. Zilda Arns faleceu no dia 12 de
Janeiro de 2010, durante a realização de uma palestra em uma igreja da capital de porto
Príncipe, quando um terremoto atingiu o prédio, ceifando a sua vida, aos 75 anos de idade.
O CRAS Zilda Arns é composto por 01 (uma) coordenadora; 02 (duas)
recepcionistas; 01 (uma) auxiliar administrativo; 03 (três) assistentes sociais; 01 (uma)
psicóloga; 01 (uma) educadora social; 02 (duas) cadastradoras do Programa Bolsa Família;
04 (quarto) estagiários; 01 (uma) auxiliar de serviços gerais; 01 (um) guarda municipal e 01
(um) motorista. O público-alvo do CRAS Zilda Arns são as gestantes, idosos e pessoas
provenientes de famílias em situação de riscos sociais e econômicos em busca de solicitação
para inserção em programas como o Bolsa Família. São realizados encaminhamentos para
emissão de documentos, cursos profissionalizantes, benefícios eventuais como: kit enxoval,
cestas básicas, auxílio-moradia e auxílio-funeral, orientações e acompanhamento familiar,
tendo como área de abrangência os conjuntos João Alves Filho, Fernando Collor, Taiçoca de
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Fora, Neuzice Barreto, Maria do Carmo, Areal Mangabeira e Sede do município. Com
atendimentos de segunda à sexta-feira das 08h às 17 horas. O CRAS conta com o
atendimento inicial pela recepção, passando para a equipe responsável pelas demandas dos
usuários.
O imóvel onde funciona o CRAS é alugado e oferece uma estrutura adequada e
suficiente para a realização dos serviços necessários ao atendimento das demandas da
população. É composto por 01 (uma) recepção, 01 (uma) sala para os cadastradores do
Programa Bolsa Família, 01(uma) sala de coordenação, 01 (uma) sala para atividades e
eventos, 02 (duas) salas para atendimentos psicosocial individual ao usuário, 02 (dois)
banheiros e 01 (uma) copa.
O Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) é o carro chefe dos
serviços socioassistenciais ofertados no CRAS, baseia-se no respeito à heterogeneidade dos
arranjos familiares, aos valores, crenças e identidades das famílias. Fundamenta-se no
fortalecimento da cultura do diálogo, no combate a todas as formas de violência, de
preconceito, de discriminação e de estigmatização nas relações familiares. Está previsto na
tipificação:
Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família - PAIF consiste no
trabalho social com famílias, de caráter continuado, com a finalidade de
fortalecer a função protetiva das famílias, prevenir a ruptura dos seus
vínculos, promover seu acesso e usufruto de direitos e contribuir na melhoria
de sua qualidade de vida. Prevê o desenvolvimento de potencialidades e
aquisições das famílias e o fortalecimento de vínculos familiares e
comunitários, por meio de ações de caráter preventivo, protetivo e proativo.
O trabalho social do PAIF deve utilizar-se também de ações nas áreas
culturais para o cumprimento de seus objetivos, de modo a ampliar universo
informacional e proporcionar novas vivências às famílias usuárias do
serviço. As ações do PAIF não devem possuir caráter terapêutico.
(Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais 2014, p.12).

O CRAS Zilda Arns tem a finalidade de promover a cidadania e a garantia dos


direitos sociais às famílias em situação de vulnerabilidade social, visando à orientação e o
fortalecimento do convívio sociofamiliar, tendo como público-alvo famílias em situação de
vulnerabilidade social decorrentes da pobreza, do precário ou nulo acesso aos serviços
públicos; as famílias beneficiárias de programas de transferência de renda e benefícios
assistenciais: Cadastro Único com 344 (trezentos e quarenta e quatro famílias cadastradas;
Programa Bolsa Família que atende às famílias que vivem em situação de pobreza, ou seja,
famílias com renda mensal por pessoa entre R$ 85,01 e R$ 170,00; desde que tenham
crianças e adolescentes de 0 a 17 anos e de extrema pobreza, que são as famílias com renda
mensal por pessoa de até R$ 85,00 mensais; Benefício de Prestação Continuada (BPC), um
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direito garantido pela Constituição Federal de 1988, regulamentado pela Lei Orgânica da
Assistência Social (LOAS), Lei nº 8.742/93 e pelas Leis nº:12.435/2011 e nº 12.470/2011,
que alteram dispositivos da LOAS; e pelos Decretos nº 6.214/2007, nº 6.564/2008 e nº
7.617/2011, onde asseguram o valor de um salário mínimo para idosos com idade de 65 anos
ou mais, e às pessoas com deficiência, de qualquer idade, com impedimentos de longo prazo,
de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que comprovem não possuir meios de
garantir o próprio sustento, nem tê-lo provido por sua família. Em ambos os casos, é
necessário que a renda mensal bruta familiar per capita seja inferior a ¼ (um quarto) do
salário mínimo vigente. Atualmente o CRAS Zilda Arns se encontra com 43 (quarenta e
três) atendimentos às pessoas com deficiência e com 781(setecentos e oitenta e um)
atendimentos para pessoas idosas que vivenciam situações de vulnerabilidade e risco social.
Esse serviço também é realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, através
do Programa Melhor em Casa. O Benefício de Auxílio Moradia Transitória (Programa
Municipal), é um benefício temporário de seis meses para famílias que têm sua casa com
risco estrutural e social. Não existem programas ou projetos específicos para mulheres,
população LGBT, negros, pessoas com deficiência. O atendimento é prestado à família, que
tem em sua composição todos os segmentos.
O CRAS realiza atribuições como à acolhida e oferta de informações e realização de
encaminhamentos às famílias usuárias do mesmo; planejamento e implementação do PAIF,
de acordo com as características do território de abrangência; mediação de grupos de
famílias dos PAIF; realização de atendimentos particularizados e visitas domiciliares às
famílias referenciadas ao CRAS; desenvolvimento de atividades coletivas e comunitárias no
território; apoio técnico continuado aos profissionais responsáveis pelo(s) serviço(s) de
convivência e fortalecimento de vínculos desenvolvidos no território ou no CRAS;
acompanhamento de famílias encaminhadas pelos serviços de convivência e fortalecimento
de vínculos ofertados pelo equipamento social; realização da busca ativa no território de
abrangência do CRAS; acompanhamento das famílias em descumprimento de
condicionalidades do Programa Bolsa Família; alimentação de sistema de informação,
registro das ações desenvolvidas e planejamento do trabalho de forma coletiva; articulação
de ações que potencializem as boas experiências no território de abrangência; realização de
encaminhamento com acompanhamento para a rede socioassistencial; realização de
encaminhamentos para serviços setoriais; participação das reuniões preparatórias ao
planejamento municipal e a participação de reuniões sistemáticas no CRAS, para
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planejamento das ações semanais, definição de fluxos, instituição de rotina de atendimento e


acolhimento dos usuários, entre outras ações.
No Cras Zilda Arns também são ofertados os Serviços de Convivência e
Fortalecimento de Vínculos (SCFV) para crianças e adolescentes. Estão cadastrados
atualmente 487 (quatrocentas e oitenta e sete) e 781 (setecentos e oitenta e um) idosos, que é
um serviço da Proteção Social Básica do SUAS em que é ofertado de forma complementar
ao trabalho social com famílias realizado por meio do PAIF. São realizados atendimentos em
grupo com atividades artísticas, culturais, de lazer e esportivas, dentre outras, de acordo com
a idade dos usuários, sendo uma forma de intervenção social planejada que cria situações
desafiadoras, estimula e orientar os usuários na construção e reconstrução de suas histórias e
vivências individuais, coletivas e familiares, que segundo a Tipificação Nacional de Serviços
Socioassistenciais, é um serviço realizado com grupos, organizado de modo a prevenir as
situações de risco social, ampliar trocas culturais e de vivências, desenvolver o sentimento
de identidade, fortalecer vínculos e incentivar a socialização e a convivência comunitária,
possuindo caráter preventivo, pautado na defesa dos direitos e desenvolvimento das
capacidades e potencialidades de cada indivíduo.
Também são realizados pelo CRAS Zilda Arns os Encontros de Gestantes e Encontros
de Idosos, onde são realizadas palestras, dinâmicas e oficinas, com o objetivo de promover o
conhecimento aos direitos desta população. Esses serviços são mantidos com verbas do
tesouro municipal e fiscalizados pela Secretaria Municipal de Assistência Social do
Município.
No Cras Zilda Arns também são realizados atendimento aos beneficiários do
Programa Bolsa Família (PBF) com o programa de transferência direta de renda que
beneficia famílias extremamente pobres (com renda mensal de até R$ 85,00 por pessoa) ou
pobres (com renda mensal de R$ 85,01 a R$ 170,00 por pessoa), identificadas no Cadastro
Único para Programas Sociais do Governo Federal que têm como objetivo reforçar o acesso
à educação, à saúde e à assistência social. Esse eixo oferece condições para as futuras
gerações quebrarem o ciclo da pobreza, graças a melhores oportunidades de inclusão social.
Também são ofertados pelo CRAS os Programas de Transferência de Renda para
famílias ou pessoas de baixa renda que consistem em oferecer bolsas e auxílios financeiros
para a população que se encontra em vulnerabilidade social como o próprio Programa Bolsa
Família. Além disso, o CRAS tem o Grupo de Gestantes que busca dotar de conhecimento
sobre direitos, saúde e bem estar das gestantes acompanhadas pela equipe psicossocial,
sendo que no sexto mês de gestação elas serão beneficiadas com um kit enxoval. O CRAS
16

também desenvolve o serviço de Inclusão produtiva que encaminha os usuários para o


Núcleo de Apoio ao Trabalho (NAT), a fim de serem capacitados com intuito de inseri-los
no mercado de trabalho.
O CRAS Zilda Arns tem como objetivo planejar, coordenar, executar as atividades
do serviço e acolher os beneficiários e suas respectivas famílias e a população em situações
de vulnerabilidade e riscos sociais, por meio do desenvolvimento de programas e serviços
para o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, ampliando o acesso aos direitos
de cidadania e priorizando a Política Nacional de Assistência Social, defendendo os
interesses e necessidades sociais das famílias e de seus membros e indivíduos excluídos da
sociedade e em sociedade de vulnerabilidade social.
Durante a pesquisa realizada no Cras Zilda Arns nos meses de setembro e outubro de
2017, foi constatado de acordo com o Relatório Mensal de Atendimentos (RMA), que no
mês de setembro o total de atendimentos realizados pelo Cras Zilda Arns foi de 800
atendimentos, sendo 111 acompanhados pelo Programa de Atendimento Integral a Família
(PAIF), já no mês de outubro foram apurados 1002 atendimentos, onde 98 são
acompanhados pelo PAIF, totalizando 1802 atendimentos nos dois meses.
As demandas de atendimentos realizados pelo Cras Zilda Arns são para pessoas que se
encontram em situação de vulnerabilidade social, como: gestantes, que são acompanhadas
pelo PAIF, idosos, mulheres usuárias do Programa Bolsa Família e pessoas que buscam
orientação sobre os benefícios eventuais da Assistência Social do município de Nossa
Senhora do Socorro e para os programas sociais do Cadastro Único e sobre o BPC
(Benefício de Prestação Continuada) para idosos e pessoas com deficiência.
Diante das afirmações acima apresentada, serão abordados os gráficos de análise dos
atendimentos do mês de setembro e outubro de 2017 realizados pelo Cras Zilda Arns.
Em relação ao gênero dos usuários:
17

Gráfico 01: Gênero

100%
Gênero
90%
80%
Mulheres
70% Homens
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
95% 5%

Fonte: (Elaborado pelos Autores, 2017)

É possível identificar que 95% dos atendimentos são mulheres, devido a busca por
benefícios eventuais ser das RF (Responsável Familiar) do Programa Bolsa Família e das
gestantes à procura de auxílio-natalidade. Apenas 5% dos atendimentos são homens que
procuram o Cras para buscar orientações e para ter acesso ao BPC (Benefício de Prestação
Continuada) e a participação do grupo de idosos.

Gráfico 02:

Endereço
120%

100% Zon Urbana


Zona Rural
80%

60%

40%

20%

0%
99% 1%

Fonte: (Elaborado pelos Autores, 2017)


Quanto ao endereço foi identificado que 99% dos usuários atendidos pelo Cras Zilda
Arns residem na zona urbana, de acordo com a área de abrangência dos conjuntos João
18

Alves, Fernando Collor, Taiçoca de Fora, Neuzice Barreto, Maria do Carmo, Areal
Mangabeira e Sede do município. Ficando apenas 1% para zona rural.

Gráfico 03:

Renda Per Capita


120%

100%
Inferior a um salário mínimo
Superior a um salário mínimo
80%

60%

40%

20%

0%
99% 1%

Fonte: (Elaborado pelos Autores, 2017)

Sobre a renda Per Capita, foi verificado que 90% dos usuários do Cras Zilda Arns tem
renda inferior a um salário-mínimo, que são família provenientes do Programa Bolsa
Família, e somente 10% são beneficiários do BPC, aposentados ou pensionistas.

Gráfico 04:

Faixa Etária
80%
18 a 30 anos
60% 30 a 60 anos
60 a 65 anos
40%

20%

0%
20% 70% 10%

Fonte: (Elaborado pelos Autores, 2017)


19

Nesse gráfico foi identificado que 70% da faixa etária dos usuários atendidos pelo
Cras Zilda Arns são entre 30 a 60 anos de idade, devido ao quantitativo de RF do Programa
Bolsa Família e a procura por benefícios eventuais como cesta básica e auxílio-moradia.

Gráfico 05:

Escolaridade
90%
80% Ensino Fundamental Completo
Ensino Médio Completo
70%
Ensino Supeior
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
80% 15% 5%

Fonte: (Elaborado pelos Autores, 2017)

De acordo com o gráfico acima foi identificado que 80% dos usuários possuem apenas
o ensino fundamental incompleto, 15% têm o ensino médio completo e apenas 5% dos
usuários tem ensino superior, que procuram o Cras para orientação sobre a instituição e para
os programas sociais do Cadastro Único. Sendo assim, conclui-se que a procura dos usuários
pelo Cras Zilda Arns é resultante da situação de vulnerabilidade que se encontra no
município.

2.3 Serviço Social na Instituição


A atuação profissional do assistente social do Cras Zilda Arns é baseada nos princípios
fundamentais do Código de Ética Profissional do Assistente Social Lei 8662/93, onde diz
que o profissional deve trabalhar com ética, trazendo respostas para as expressões da questão
social, respeitando e defendendo os princípios da classe trabalhadora e os direitos humanos,
repudiando todo tipo de preconceito e autoritarismo, sem fazer nenhum tipo de diferenciação
com qualquer pessoa independentemente de sua classe social, raça, religião, opção sexual ou
nacionalidade.
20

I. Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas


políticas a ela inerentes - autonomia, emancipação e plena expansão dos
indivíduos sociais;
II. Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do
autoritarismo;
III. Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de
toda sociedade, com vistas à garantia dos direitos civis sociais e políticos das
classes trabalhadoras;
IV. Defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização da
participação política e da riqueza socialmente produzida;
V. Posicionamento em favor da equidade e justiça social, que assegure
universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e
políticas sociais, bem como sua gestão democrática;
VI. Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, incentivando
o respeito à diversidade, à participação de grupos socialmente discriminados
e à discussão das diferenças;
VII. Garantia do pluralismo, através do respeito às correntes profissionais
democráticas existentes e suas expressões teóricas, e compromisso com o
constante aprimoramento intelectual;
VIII. Opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção
de uma nova ordem societária, sem dominação, exploração de classe, etnia e
gênero;
IX. Articulação com os movimentos de outras categorias profissionais que
partilhem dos princípios deste Código e com a luta geral dos/as
trabalhadores/as;
X. Compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e com
o aprimoramento intelectual, na perspectiva da competência profissional;
XI. Exercício do Serviço Social sem ser discriminado/a, nem discriminar,
por questões de inserção de classe social, gênero, etnia, religião,
nacionalidade, orientação sexual, identidade de gênero, idade e condição
física. (Código de Ética Profissional do Assistente Social, Brasil, 1993, p.23-
24)

Portanto, compete ao assistente social exercer suas atividades profissionais


fundamentadas a partir dos princípios teórico-metodológico e ético-político da profissão, em
busca da justiça social e de uma sociedade mais igualitária, respeitando a todos os gêneros,
classes sociais, religião e a todas as diversidades sociais que compõe a sociedade.
De acordo com o Código de Ética Profissional é de competência do assistente social
desenvolver as seguintes funções, como executar em seu ambiente de trabalho a aplicação e
a efetivação das políticas sociais; realizar estudos socioeconômicos de cada realidade social,
a fim de efetuar as políticas públicas corresponde para cada realidade; elaborar planos,
programas e projetos, sempre atendendo as demandas da sociedade; fazer encaminhamentos
para outros órgãos públicos de acordo com a necessidade do usuário; prestar serviços de
assessoria e consultorias; apoiar os movimentos sociais, visando sempre o bem estar da
sociedade e defendendo a garantia dos direitos sociais; organizar e administrar os órgãos
pertencentes ao Serviço Social.
21

Art. 4º Constituem competências do Assistente Social:


I - elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos
da administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades e
organizações populares;
II - elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que
sejam do âmbito de atuação do Serviço Social com participação da sociedade
civil;
III - encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos,
grupos e à população;
IV - (Vetado);
V - orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido
de identificar recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na
defesa de seus direitos;
VI - planejar, organizar e administrar benefícios e Serviços Sociais;
VII - planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a
análise da realidade social e para subsidiar ações profissionais;
VIII - prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública
direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, com relação às
matérias relacionadas no inciso II deste artigo;
IX - prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria
relacionada às políticas sociais, no exercício e na defesa dos direitos civis,
políticos e sociais da coletividade;
X - planejamento, organização e administração de Serviços Sociais e de
Unidade de Serviço Social;
XI - realizar estudos sócio-econômicos com os usuários para fins de
benefícios e serviços sociais junto a órgãos da administração pública direta e
indireta, empresas privadas e outras entidades. (Código de Ética Profissional
do Assistente Social, Brasil, 1993, p.44 e 45)

Desse modo, a atuação profissional do assistente social do Cras Zilda Arns acontece
por meio do atendimento social, através da escuta qualificada, preenchimento de
instrumentais e os encaminhamentos para os órgãos administrativos do município de Nossa
Senhora do Socorro, como: Secretaria Municipal de Assistência Social, Secretaria Municipal
de Saúde, Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal de Cultura e Lazer,
Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura, CAPS, Conselho Tutelar, CREAS, e demais
CRAS do município, em busca da efetivação da execução das políticas públicas.
Também é função do assistente social do Cras Zilda Arns, a elaboração de projetos
junto aos grupos de Idosos, Gestantes, do PAIF e Crianças e Adolescentes. Assim como
também a realização de visitas domiciliares e a busca ativa aos usuários do Cras Zilda Arns.
A atuação profissional do assistente social do Cras Zilda Arns em parceria com outros
profissionais acontece de forma respeitosa com os profissionais de outras áreas através do
trabalho interdisciplinar entre as assistentes sociais e a psicóloga por meio da troca de
informações, em busca de uma alternativa para a garantia aos direitos dos usuários.
Segundo o Código de Ética do Assistente Social, algumas atribuições são privativas ao
assistente social como:
22

Art. 5º Constituem atribuições privativas do Assistente Social:

I - coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas,


planos, programas e projetos na área de Serviço Social;
II - planejar, organizar e administrar programas e projetos em Unidade de
Serviço Social;
III - assessoria e consultoria e órgãos da Administração Pública direta e
indireta, empresas privadas e outras entidades, em matéria de Serviço Social;
IV - realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações e
pareceres sobre a matéria de Serviço Social;
V - assumir, no magistério de Serviço Social tanto a nível de graduação
como pós-graduação, disciplinas e funções que exijam conhecimentos
próprios e adquiridos em curso de formação regular;
VI - treinamento, avaliação e supervisão direta de estagiários de Serviço
Social;
VII - dirigir e coordenar Unidades de Ensino e Cursos de Serviço Social, de
graduação e pós-graduação;
VIII - dirigir e coordenar associações, núcleos, centros de estudo e de
pesquisa em Serviço Social;
IX - elaborar provas, presidir e compor bancas de exames e comissões
julgadoras de concursos ou outras formas de seleção para Assistentes
Sociais, ou onde sejam aferidos conhecimentos inerentes ao Serviço Social;
X - coordenar seminários, encontros, congressos e eventos assemelhados
sobre assuntos de Serviço Social;
XI - fiscalizar o exercício profissional através dos Conselhos Federal e
Regionais;
XII - dirigir serviços técnicos de Serviço Social em entidades públicas ou
privadas;
XIII - ocupar cargos e funções de direção e fiscalização da gestão financeira
em órgãos e entidades representativas da categoria profissional. (Código de
Ética Profissional do Assistente Social, Brasil, 1993, p.45-47)

Em vista disso, além de atendimentos sociais, o assistente social também pode


elaborar programas e projetos para a efetivação das políticas públicas na vida dos usuários,
além de prestar serviços de assessoria e consultoria pra empresas publicas e privadas, elaborar
provas para bancas examinadoras de concursos e a elaboração de eventos para o prestígio da
profissão.
Diante do Código de Ética do Assistente Social a relação do assistente social com os
usuários do Cras Zilda Arns acontece através da escuta qualificada realizada no decorrer dos
atendimentos individuais e coletivos e também por meio das orientações realizadas durante
as palestras em grupos com o objetivo de viabilizar os direitos sociais, respeitando as
decisões dos usuários, sempre pedindo autorização dos mesmos para o uso das informações
coletadas e esclarecendo sobre a atuação profissional do assistente social no seu local de
trabalho e orientando sobre os serviços ofertados pelo Cras.

Portanto, segundo o Código de Ética do Assistente Social:


23

Art. 5º São deveres do/a assistente social nas suas relações com os/as
usuários/as:
a- contribuir para a viabilização da participação efetiva da população usuária
nas decisões institucionais;
b- garantir a plena informação e discussão sobre as possibilidades e
consequências das situações apresentadas, respeitando democraticamente as
decisões dos/as usuários/as, mesmo que sejam contrárias aos valores e às
crenças individuais dos/as profissionais, resguardados os princípios deste
Código;
c- democratizar as informações e o acesso aos programas disponíveis no
espaço institucional, como um dos mecanismos indispensáveis à participação
dos/as usuários/as;
d- devolver as informações colhidas nos estudos e pesquisas aos/às
usuários/as, no sentido de que estes possam usá-los para o fortalecimento
dos seus interesses;
e- informar à população usuária sobre a utilização de materiais de registro
audiovisual e pesquisas a elas referentes e a forma de sistematização dos
dados obtidos;
f- fornecer à população usuária, quando solicitado, informações
concernentes ao trabalho desenvolvido pelo Serviço Social e as suas
conclusões, resguardado o sigilo profissional;
g- contribuir para a criação de mecanismos que venham desburocratizar a
relação com os/as usuários/as, no sentido de agilizar e melhorar os serviços
prestados;
h- esclarecer aos/às usuários/as, ao iniciar o trabalho, sobre os objetivos e a
amplitude de sua atuação profissional. (Código de Ética Profissional do
Assistente Social, Brasil, 1993, p.29-30).

Também é dever do assistente social manter o sigilo profissional sobre os


atendimentos com os usuários, com exceção aos casos que esteja em risco a vida do usuário.
Segundo o Código de Ética do Assistente Social:
Art. 15 Constitui direito do/a assistente social manter o sigilo profissional.
Art. 16 O sigilo protegerá o/a usuário/a em tudo aquilo de que o/a assistente
social tome conhecimento, como decorrência do exercício da atividade
profissional.[...] (Código de Ética Profissional do Assistente Social, Brasil,
1993, p.35)

A relação do assistente social com os estagiários do Cras Zilda Arns, acontece através
da observação e do acompanhamento das atividades realizadas pelo assistente social, de
forma que os estagiários possam assim apreender e vivenciar as teorias e atribuições
profissionais estudadas no campo acadêmico. Os estagiários devem somente comparecer no
local do estágio com a presença e a supervisão de um assistente social graduado e registrado
no Conselho Regional de Serviço Social.

2.4 Diagnóstico
Diagnóstico social tem como objetivo o conhecimento da realidade e constitui uma
das ferramentas mais importantes para nos aproximarmos do conhecimento da realidade do
24

objeto em estudo. Quanto mais preciso for o conhecimento da realidade do objeto existente
antes da execução de um projeto, mais fácil será determinar o impacto e os efeitos que se
alcançam com as ações do mesmo. O diagnóstico encontra-se ligado aos valores da
sociedade e aos objetivos que se pretendem alcançar. Este serve para termos conhecimento
das necessidades existentes, para estabelecer prioridades e conhecer as causas que estão na
origem dos problemas.
Este diagnóstico tratará da realidade do município de Nossa Senhora do Socorro se
localiza ao leste do estado de Sergipe, a dimensão da área é de aproximadamente 155,018
km2. O espaço geográfico que hoje compreende a cidade de Nossa Senhora do Socorro,
desde os primórdios de sua povoação, passou por mudanças de caráter religioso e jurídico
similares às diversas cidades brasileiras. Neste sentido, a elevação do referido município às
categorias de freguesia, vila e cidade, obedeceram a interesses jurídicos e de ordem
religiosa.
Possivelmente a ocupação de Nossa Senhora do Socorro tenha ocorrido no
séc. XVI período em que se iniciou a colonização das terras da capitania de
Sergipe Del Rey e fase em que a Coroa Portuguesa determinou o avanço da
colonização sobre a capitania de Sergipe. (IBGE, 2010).

É importante destacar ainda a dificuldade em administrá-lo devido a sua explosão


demográfica nos últimos anos. De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE) 2010, a população de Nossa Senhora do Socorro possuía
aproximadamente 160.827 de habitantes, a população masculina representa 78.287, enquanto
a população feminina é de 82.540 habitantes. Estimavam um crescimento no ano de 2017
para 181.928 habitantes, tornando-se, portanto, um município de grande porte. Dessa
população, 97% encontram-se na área urbana e 3% na área rural.
O município de Nossa Senhora do Socorro é uma das cidades que têm conjuntos
habitacionais enormes dentre eles podemos destacar o Conjunto João Alves Filho,
comunidade onde estão localizados o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), a
Superintendência Municipal Transportes e Trânsito (SMTT), Secretaria de Obras e
Urbanismo, o 5º Batalhão da Polícia Militar, a 5ª Delegacia Metropolitana, além da rede
Educacional e de Saúde da Família.
Cabe ressaltar que Segundo a Constituição Federal de 1988 em seu Art. 196:
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução dos riscos de doença e de outros
agravos e o acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação. (BRASIL, 1988).
25

Desta forma, no sentido de garantir o direito a saúde e ampliar a capacidade de


resposta aos problemas de saúde da população de Nossa Senhora do Socorro. A Atenção à
Saúde no município é desenvolvida nos níveis primário e secundário, através das Unidades
de Saúde, gerenciadas pela Secretaria de Saúde e do Hospital Regional de administração
estadual.
Em virtude da complexidade do trabalho desenvolvido pela Secretaria Municipal de
Saúde, a organização do trabalho está internamente distribuída entre coordenações que tanto
trabalham no atendimento direto ao usuário como também, em setores de apoio a realização
das atividades de atenção à saúde, são elas: Atenção Básica, Média Complexidade, Saúde
Bucal, Vigilância Epidemiológica, Vigilância Sanitária, Saúde Mental, Núcleo de
Planejamento, Assessoria Jurídica, Assistência Farmacêutica, Educação Permanente,
Transporte, Tecnologia da Informação e Controle, Regulação e Auditoria.
A Atenção Primária conta hoje com 27 Unidades Básicas de Saúde, sendo destas, 04
de apoio em zona rural, 62 Equipes de Saúde da Família, 53 Equipes de Saúde Bucal e 04
Equipes do Núcleo de Apoio a Saúde da Família distribuídas em duas regiões denominadas
como unidades em lado da BR e unidades no Complexo Taiçoca.
A Média Complexidade é composta por 04 Centros de Especialidades Médicas, 01
Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), 04 Centros de Atendimento Psicossocial
(CAPS), 01 Pronto Atendimento, 02 serviços de fisioterapia, 01 Serviço de Ambulâncias e
um Hospital Regional de Administração Estadual.
Diante disso, a situação de saúde pública não é não tão eficiente, pois segundo os
usuários a marcação de exames e a distribuição de remédio precisam ser melhoradas. O
conjunto João Alves possui duas Unidades Básica de Saúde, sendo uma a Josafá Mota de
Souza e a Tancredo Neves, além de possui uma base do Sistema de Atendimento Urgência
(SAU), que atendem os usuários de forma a garantir seus direitos assegurados na
Constituição Federal de 1988.
Segundo o IBGE de 2010 a situação da educação no município está caracterizada da
seguinte forma: para o ensino pré-escolar existem aproximadamente 75 escolas, de modo
que 47 são escolas privadas e 28 escolas públicas municipais. Conta com 107 escolas de
ensino fundamental, dentre elas 46 são escolas privadas, 25 escolas públicas estaduais e 36
escolas públicas municipais. Enquanto que para o ensino médio o município conta com 16
escolas, no qual 5 (Cinco) são escolas privadas e 11 escolas públicas estaduais. Podemos
destacar que no Conjunto João Alves há 3 (três) escolas estaduais, 5 (cinco) municipais, 2
(duas) creches sendo 1 (uma) em funcionamento e a outra com 60% das obras acabadas.
26

Referente às matrículas de alunos, no ensino pré-escolar encontram-se aproximadamente


4.303 matrículas, no ensino fundamental existem 25.522 pessoas matriculadas e no ensino
médio 4.416 matrículas.
A taxa de analfabetismo em Nossa Senhora do Socorro segundo o Tribunal de Contas
do Estado de Sergipe (TCE) 2010 é de 10,70%, o que equivale aproximadamente a 17.208
da população analfabeta acima de 15 anos.
A Assistência Social de Nossa Senhora do Socorro tem hoje cadastradas no Benefício
de Prestação Continuada (BPC) que garante um salário mínimo mensal à pessoa com
deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais que não podem prover seu próprio sustento.
Tendo com total de beneficiários até Setembro/2017 do BPC em torno de 2.216 pessoas,
sendo 1.582 Pessoas com Deficiência (PCD) e 634 idosos. Por se tratar de um benefício
assistencial, não é necessário ter contribuído ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
para ter direito.
No Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (Cadastro Único) é
um instrumento que identifica e caracteriza as famílias de baixa renda, permitindo que o
governo conheça melhor a realidade socioeconômica dessa população (MDS, 2015). Dessa
forma o número de famílias cadastradas até Setembro/2017 no CADÚNICO é cerca de,
31.953 famílias, dentre eles 21.670 famílias recebem o Bolsa Família o que equivale a 48%
da população. Sendo que no Conjunto João Alves 3.560 famílias possuem cadastro, onde
2.259 famílias recebem o benefício e 1.301 não recebem.
Quanto aos equipamentos sociais da Assistência Social da cidade, podemos citar
atualmente 4 (quatro) Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) e 2 (dois)
Centros de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS) que atendem a
população por áreas de abrangência, além da Central do Bolsa Família e da Tenda Cultural.
Destes um CRAS, Tenda Cultural e a Central do Bolsa Família ficam no conjunto João
Alves.
Os serviços de transportes públicos são pontuais, acessíveis e suficientes ao
município, o mesmo conta com mais de 15 linhas de Ônibus que atendem a população.
Referente ao Conjunto João Alves a população é bem assistida pelo transporte público, com
exceção dos finais de semana e feriados de modo que a frota de ônibus reduz, segundo os
moradores os motoristas por vezes não respeitam o direito a mobilidade dos idosos e aos
deficientes muitas das vezes.
Referente aos serviços públicos, a grande queixa da comunidade é o crescimento
significativo da violência, tendo como forma de se proteger, através de segurança particular;
27

quanto ao serviço de água, luz, esgoto, saneamento e coleta de lixo funcionam normalmente,
e ainda conta com todas as ruas pavimentadas. Possui sindicatos de pesca e dos lojistas e
conta com o 5º Batalhão da Polícia Militar, e a 5ª Delegacia Metropolitana de Policia Militar
do Estado de Sergipe.
Contudo, os problemas existentes na comunidade destacam-se: a violência seguida da
falta de segurança, sendo que a ronda de policiamento é insuficiente; mas, a saúde é o
principal desses problemas, a grande reclamação da população é a falta de internet para as
marcações de exames, causando longas filas nas unidades de saúde durante as madrugadas, e
também a falta de certos tipos de medicamentos, que são importantes para manter a saúde da
população socorrense.
28

3. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO SOCIAL

3.1. Abrangência do Projeto

O Centro de Referência de Assistência Social Zilda Arns (CRAS) é uma unidade


pública estatal descentralizada da Política de Assistência Social sendo responsável pela
organização e oferta dos serviços socioassistenciais da Proteção Social Básica do Sistema
Único de Assistência Social (SUAS) nas áreas de vulnerabilidade e risco social dos
municípios e Distrito Federal. Dada sua capilaridade nos territórios, se caracteriza como a
principal porta de entrada do SUAS, ou seja, é uma unidade que propicia o acesso de um
grande número de famílias à rede de proteção social de assistência social.
O CRAS Zilda Arns é gerenciado pela Secretaria Municipal de Assistência Social do
município de Nossa Senhora do Socorro, que tem como missão realizar com ética a gestão da
Política Nacional de Assistência Social (PNAS), está localizado no município de Nossa
Senhora do Socorro, na Avenida J, Nº79, Complexo Taiçoca, no conjunto João Alves Filho, no
Estado de Sergipe.
São realizados pelo CRAS Zilda Arns os Encontros de Gestantes e Encontros de
Idosos palestras, dinâmicas e oficinas com o objetivo de promover o conhecimento aos
direitos desta população. Esses serviços são mantidos com verbas do tesouro municipal e
fiscalizados pela Secretaria Municipal de Assistência Social do Município.
O CRAS Zilda Arns é composto por 01 (uma) coordenadora; 02 (duas) recepcionistas;
01 (uma) auxiliar administrativo; 03 (três) assistentes sociais; 01 (uma) psicóloga; 01 (uma)
educadora social; 02 (duas) cadastradoras do Programa Bolsa Família; 04 (quarto) estagiários;
01 (uma) auxiliar de serviços gerais; 01 (um) guarda municipal e 01 (um) motorista. O
público-alvo do CRAS Zilda Arns são as gestantes, idosos e pessoas provenientes de famílias
em situação de riscos sociais e econômicos em busca de solicitação para inserção em
programas como o Bolsa Família. São realizados encaminhamentos para emissão de
documentos, cursos profissionalizantes, benefícios eventuais.
O CRAS Zilda Arns tem a finalidade de promover a cidadania e a garantia dos direitos
sociais às famílias em situação de vulnerabilidade social, visando à orientação e o
fortalecimento do convívio sociofamiliar.
29

3.2 Resumo

Este presente projeto de intervenção tem por finalidade sensibilizar os idosos,


assistidos pelo Cras Zilda Arns, sobre a garantia dos seus direitos, através das ações realizadas
pelos estagiários Anieliza Santos Nascimento e a supervisora do campo de estágio. As ações
de intervenção foram projetadas diante da necessidade de enfatizar o direito a cidadania para
os idosos, em que serão apresentadas três ações e irão comover aos idosos sobre os direitos a
saúde, ao transporte e ao lazer. O projeto de intervenção contará com a parceria de
representantes das áreas dos temas abordados nas ações. Portanto, o projeto de intervenção de
estágio tem por finalidade, a aplicação da pratica profissional, observadas e adquiridas
durante a realização do Estágio I e II.

Palavra chave: Idoso, ações, direitos, sensibilizar.


30

3.3 Participantes
O público-alvo deste projeto será o grupo de idosos São Francisco do SCFV assistidos
pelo Cras Zilda Arns do município de Nossa Senhora do Socorro/SE.

Crianças Adolescentes Jovens Adultos Idosos TOTAL

0 - 12 13 – 17 18 - 29 30 – 59 60 ou +.

X 37

3.4 Justificativa

Esta proposta de intervenção tem como prioridade possibilitar o conhecimento aos


idosos acompanhados pelo CRAS Zilda Arns, do Município Nossa Senhora do Socorro, sobre
seus direitos garantidos na Lei nº 8.842, que sanciona a Política Nacional do Idoso e no
Estatuto do Idoso estabelecida na Lei nº 10.741. Essa temática foi escolhida mediante
conversas durante as visitas realizadas no grupo de idosos São Francisco do Serviço de
Convivência e Fortalecimento de Vinculo (SCFV), do Município de Nossa Senhora do
Socorro, onde os mesmos comentavam algumas situações vivenciadas no seu dia a dia.
Através desse projeto de intervenção, os idosos terão oportunidade de aprofundarem e
conhecerem melhor seus direitos, a fim de buscarem de forma consciente a efetivação dos
mesmos. Segundo a Lei Nº 8.842 de Janeiro de 1994 no Art. 1º: “A política nacional do Idoso
tem por objetivo assegurar os direitos sociais do idoso, criando condições para promover sua
autonomia, integração e participação efetiva na sociedade.” (BRASIL, 1994, p.5).

As ações propostas na intervenção de estágio são fundamentas de acordo com o


Estatuto do Idoso, onde assegura:

Art. 1º É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos


assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
Art. 2º O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa
humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-
se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para
preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral,
intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.
Art. 3º É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder
Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à
vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao
trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência
familiar e comunitária. (Estatuto do Idoso, 2003).
31

Diante disso, será enfatizado durante as ações o direito a Saúde, Transporte e ao Lazer,
previstos nos artigos 15º, 20º, 23º e 39º § 2 do Estatuto do Idoso:

Art. 15º É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do


Sistema Único de Saúde – SUS, garantindo-lhe o acesso universal e
igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços, para a
prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção
especial às doenças que afetam preferencialmente os idosos. (Estatuto do
Idoso, 2003)

No artigo 20 do Estatuto do Idoso, diz que:

Art. 20º O idoso tem direito a educação, cultura, esporte, lazer, diversões,
espetáculos, produtos e serviços que respeitem sua peculiar condição de
idade. (Estatuto do Idoso, 2003)

Pode-se afirmar que o Estatuto do Idoso veio evidenciar e tornar mais claro o papel de
toda sociedade Civil e do Estado, a respeito dos direitos constitucionais garantidos para este
público, no tocante à alimentação, saúde, educação, lazer, cultura, esporte, etc.

Art. 23º A participação dos idosos em atividades culturais e de lazer será


proporcionada mediante descontos de pelo menos 50% (cinquenta por cento)
nos ingressos para eventos artísticos, culturais, esportivos e de lazer, bem
como o acesso preferencial aos respectivos locais.

O idoso também tem o direito de descontos em alguns locais culturais e total


gratuidade no transporte público, onde uma parte dos assentos são destinados a esse público.

Art. 39º Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos fica assegurada a


gratuidade dos transportes coletivos públicos urbanos e semi-urbanos, exceto
nos serviços seletivos e especiais, quando prestados paralelamente aos
serviços regulares.
§ 2 Nos veículos de transporte coletivo de que trata este artigo, serão
reservados 10% (dez por cento) dos assentos para os idosos, devidamente
identificados com a placa de reservado preferencialmente para idosos.
(Estatuto do Idoso, 2003)

Sendo assim, será buscado à garantia e efetivação desses direitos constitucionais, que
possibilitará a inclusão, participação, autonomia da pessoa idosa na sociedade, através de lutas
e conquistas, resultantes da Lei nº 8.842/94 e do Estatuto do Idoso, em 2003.
32

3.5 Objetivos

3.5.1 Objetivo Geral


Esclarecer os Idosos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos
acompanhado pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Zilda Arns, sobre os
direitos pressupostos no Estatuto do Idoso.

3.5.2 Objetivos Específicos


1- Promover uma tarde de esclarecimentos acerca do direito à saúde.
2- Potencializar o entendimento da pessoa idosa sobre a garantia do direito ao Transporte
Público.
3- Desenvolver uma roda de conversas sobre os direitos do Idoso, sendo enfatizado o
direito ao Lazer.

3.6 Metodologia
A proposta de intervenção será dividida em três ações, com a finalidade de sensibilizar
os idosos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos acompanhado pelo CRAS
Zilda Arns acerca da efetivação dos seus direitos.
Na primeira ação será esclarecido aos idosos a respeito do direito a Saúde, através de
uma roda de conversa, onde os estagiários de serviço social esclarecerão sobre a importância
do acompanhamento médico, exames e a alimentação saudável para esse público. A
segunda ação terá o intuito de proporcionar aos idosos um diálogo em relação ao direito do
Transporte Público, durante está ação, os estagiários estarão esclarecendo as
condicionalidades para o uso do transporte público coletivo municipal e intermunicipal e
mostrarão a evolução e a importância desse direito na vida da Pessoa da Terceira Idade. Além
disso, um agente a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) para
explanar de forma mais assídua este direito constitucional.
A terceira ação será realizada com o objetivo de desenvolver um momento de
convivência, interação e lazer, na mesma os estagiários com supervisora de campo,
desenvolverão uma explanação sobre a conquista e a importância da efetivação do direito ao
Lazer e da Alimentação. Esta atividade acontecerá no Parque Augusto Franco durante uma
tarde de atividades, onde serão desenvolvidas oficinas de danças, jogos e esportes, finalizando
com lanche.
33

3.7 Equipe de Trabalho

Nome Função no projeto Formação Profissional


Anieliza Santos Executadores Estagiária de Serviço Social.
Nascimento

Cleiton de Jesus Santos Executadores Estagiário de Serviço Social.


Maria do Carmo Paiva da Executadores Estagiária de Serviço Social.
Silva
Tatiane Gois Barreto Supervisora Assistente Social.
Marcus Vinicius Palestrante Coordenador de Educação
Carvalho Nabuco Davila para o trânsito da SMTT de
Nossa Senhora do Socorro.

3.8 Divulgação do Projeto

Planejamento das atividades de divulgação

Instrumentos Objetivos Data

Diálogo Informar os Idosos do 17/04/2018


Projeto de Intervenção.

Diálogo Convidar outros técnicos 23/04/2018


do Cras para prestigiar o
projeto.

3.9 Interação do Projeto com outras Políticas Públicas


Este projeto de intervenção terá contribuição da Política Pública de Mobilidade Urbana
que dispõe do serviço de “Transporte Púbico Coletivo: serviço público de transporte de
passageiros acessível a toda a população mediante pagamento individualizado, com itinerários
e preço fixados pelo poder público”; (BRASIL, 2012). A mesma dará embasamento teórico a
uma ação que será desenvolvida.
34

3.10 Orçamento
O valor total estimado nos gastos do projeto de intervenção será R$50,00 como está
descriminado nos recursos materiais abaixo.

Item Quantidade Valor


Palito de Churrasco 100 10,00
Balões de assopro 100 10,00
Fitilho de plástico 1 3,00
Cartolinas 5 5,00
Falhas de Papel A4 100
(chamequinhio) 6,00
Cola branca 1 4,00
Lanche 150 100,00
Total - 138,00

3.11 Avaliação

O Projeto de intervenção de Estágio Supervisionado II será avaliado através de


questionários, quanto à importância dos temas apresentados, dinâmicas desenvolvidas e fala
dos estagiários e palestrantes, os mesmos serão avaliados pelos idosos através de placas de
Emoji (imagem que transmitem a ideia de uma palavra ou frase) que corresponderá à
satisfação e a insatisfação, além de fala espontânea.

3.12 Recursos Materiais

Os recursos Matérias foram viabilizados em parceria com a Secretaria Municipal de


Assistência Social de Nossa Senhora do Socorro e o Centro de Referencia da Assistência
Social Zilda Arns, através dos ofícios enviados pelo Cras Zilda Arns.
35

Recursos Materiais. Quantidade.

Mesas. 5

Cadeiras. 50

Transporte. 1

Cartilhas 50
36

4. SISTEMÁTICA DE OPERACIONALIZAÇÃO
No dia 03 de Maio de 2018 às 14h deu-se início a primeira ação do Projeto de
Intervenção Plantando Cidadania e Colhendo Efetivação de Direitos no Centro Cultural
Gilton Padro, contando com 27 participantes, oportunidade em que os estagiários e executores
do projeto, juntamente com a supervisora de campo iniciou à apresentação. A estagiária
Anieliza Santos Nascimento, na primeira fala explicou o projeto e como ele vai acontecer.
Logo em sequência o estagiário Cleiton de Jesus Santos começou sua fala a respeito do direito
do idoso a saúde, o mesmo fez uma explanação da trajetória histórica das lutas pelos direitos
sociais e políticas públicas que culminou na criação da Política Nacional do Idoso e Estatuto
do Idoso. O estagiário salientou a importância dessas conquistas e trouxe o papel do assistente
social na área da saúde, demonstrando que o serviço social dentro das unidades de saúde é um
parceiro de suma importância para a garantia dos direitos de todo e qualquer cidadão que
esteja hospitalizado, em tratamento, desamparado, violentado, sem condições financeiras para
adquirir medicamentos, etc. É válido mencionar que alguns idosos do Serviço de
Convivência e Fortalecimento de Vinculo, público-alvo desse projeto fizeram indagações
sobre a qualidade do serviço de saúde que estar sendo oferecido pela secretaria municipal de
saúde de Nossa Senhora do Socorro; os mesmos relataram que é uma área que ainda precisa
de melhorias. Ao término da explanação do tema, a estagiária Maria do Carmo Paiva da Silva
fez uma dinâmica em que retratou a importância de cuidarmos de nossa saúde como também
daqueles que estão ao nosso redor. Finalizando a ação, a estagiaria Anieliza fez um
comentário de agradecimento aos idosos e passou a palavra para a coordenadora do grupo que
agradeceu e parabenizou a todos principalmente aos estagiários pelo projeto e finalizou com a
oração comunitária.
A segunda ação foi realizada no dia 08 de maio de 2018 às 14h, no Centro Cultural
Gilton, Prado localizado na sede do município de Nossa Senhora do Socorro, onde os
estagiários do projeto “Plantando Cidadania e Colhendo Efetivação de Direitos”, contando
com 19 idosos, levou à sensibilização dos idosos a garantia do direito ao transporte público,
com a supervisão da supervisora de campo, a assistente social Tatiana Gois. Esta ação contou
também com a participação especial do Agente de Trânsito da SMTT de Nossa Senhora do
Socorro, o Sr. Marcus Nabuco. Dando início a segunda ação do projeto, a estagiária Maria do
Carmo Paiva da Silva, apresentou mais uma vez o projeto para o público, a equipe de
estagiários e a supervisora de campo e o convidado do dia, passando a fala para o mesmo,
onde se dirigiu ao centro da roda com os idosos e começou a sua fala. O Agente de Trânsito
Marcus Nabuco esclareceu sobre o direito ao acesso a carteira do idoso, realizada pela SMTT,
37

para vagas de estacionamentos em locais públicos e privados, explanou melhor sobre a


garantia a gratuidade ao transporte público da cidade através da identificação do RG ou da
carteira do idoso, obtida através da Setransp, reforçando também sobre a gratuidade ao
transporte interestadual, adquirida através da Secretaria Municipal de Assistência, realizada
no Cras e na própria SMAS, tirando várias dúvidas dos idosos sobre a emissão de carteiras e o
acesso ao transporte público. Também foi ofertada durante a segunda a ação do projeto de
estágio a emissão das carteiras para as vagas de estacionamento para o grupo de idosos
participantes do projeto.
Atendendo pedido dos idosos na primeira ação, foi solicitado “um momento de
diversão”, sendo assim, após o término da palestra, foi elaborado um momento de
descontração com músicas culturais, podendo contar com a participação dos oficineiros do
Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), para animar o público. Após a
roda de danças, os estagiários Anieliza Santos Nascimento e Cleiton de Jesus Santos,
finalizaram a segunda ação do projeto, fazendo os agradecimentos a todos os participantes
desta ação e fizeram a avaliação, através do questionário, com perguntas respondidas pelos
idosos por plaquinhas. Foi servido um lanche e a segunda ação foi finalizada com uma oração
comunitária.
Na terceira ação, realizada no dia 16 de maio de 2018, os estagiários do projeto
“Plantado Cidadania e Colhendo Efetivação de Direitos”, junto da supervisora de estágio
Tatiana Barreto de Góis, acompanharam os idosos até o Parque da Sementeira, localizado na
Avenida Beira Mar, na cidade de Aracaju/SE, a fim de enternecer aos idosos sobre a garantia
do direito ao Lazer, Esporte e Cultura assegurado no Capítulo V do Estatuto do Idoso de
2003. O projeto contou com a participação de oficineiros da Secretaria de Assistência Social
do município de Nossa Senhora do Socorro, para realizar as atividades com idosos, diante do
tema apresentado.
A estagiária Maria do Carmo Paiva da Silva deu início a ação apresentado à equipe,
explicando sobre o Projeto de Intervenção de Estágio, fazendo uma análise sobre as duas
ações anteriores, passando a palavra para a estagiária Anieliza Santos Nascimento que,
explanou sobre a sensibilização do direito ao Lazer, Esporte e Cultura, trazendo para
discussão o Capitulo V, do Estatuto do Idoso, onde diz no Artigo 5, que “O idoso tem direito
a educação, cultura, esporte, lazer, diversões, espetáculos, produtos e serviços que respeitem
sua peculiar condição de idade.”(Estatuto do Idoso, Art.5, 2003). Esclarecendo também sobre
o direito ao desconto de 50 % (cinquenta por cento) na participação de eventos e sobre o
direito ao acesso a educação, com instituições com turmas especializadas para atender esse
38

público, considerado idoso, pelo Estatuto, a partir de 60 (sessenta) anos de idade. Após a fala
a estagiária abriu o espaço para os oficineiros realizaram atividades aeróbicas e danças com os
idosos, representando o tema abordado.
Finalizando a ação, o estagiário Cleiton de Jesus Santos sucedeu para avaliação,
através de questionário, respondido por plaquinhas. Todos os estagiários agradeceram aos
idosos pela participação, sendo o público deste projeto, a supervisora de campo, assistente
social Tatiana Barreto de Góis, por ter aceitado e acolhido os três estagiários, a equipe do
Cras Zilda Arns e dos oficineiros pelo apoio e a dedicação ao projeto Plantando Cidadania e
Colhendo Efetivação de Direitos.
Essa ação foi realizada em um local externo aos das demais ações, com o objetivo de
levar os idosos para um passeio, representando o direito ao Lazer, Esporte com a execução
das atividades físicas e a Cultura, mostrando os espaços culturais do Estado. Esta ação contou
também com a presença da supervisora acadêmica de estágio, professora Fernanda Silva
Nascimento, para avaliar a intervenção dos estagiários.
39

5. ANÁLISE E SÍNTESE DA EXPERIÊNCIA VIVENCIADA

O Estágio Supervisionado I e II, realizado no CRAS Zilda Arns, localizado no


Conjunto João Alves, no município de Nossa Senhora do Socorro, em Sergipe, efetuado pelos
estagiários Anieliza Santos Nascimento, Cleiton de Jesus Santos e Maria do Carmo Paiva da
Silva, sob a supervisão da assistente social Tatiana Barreto de Gois, executado durante o
período da tarde, totalizando 400 horas, é o processo de formação acadêmica em que o aluno
tem a apropriação de por em prática a teoria adquiriria em sala de aula. O Cras Zilda Arns
atende a população dos conjuntos João Alves, Fernando Color, Maria do Carmo, Taiçoca de
Fora e Areal Mangabeira e Sede do município.
Durante o Estágio I, os estudantes de Serviço Social passaram por um processo de
análise e observação. Esta etapa é muito importante para os estagiários. Com esta fase os
discentes puderam observar o reconhecimento do espaço físico do equipamento, conhecer a
equipe de profissionais que compõe o Cras e explorar as áreas de abrangência do Cras Zilda
Arns, fazendo uma análise crítica da realidade e as vulnerabilidades sociais em que essas
áreas se encontram. Além da identificação do território, os estagiários passaram a conhecer o
perfil do usuário, durante os atendimentos, visitas domiciliares e reuniões efetuadas durante o
horário de trabalho da assistente social.
O público-alvo dos atendimentos realizados são as gestantes, sem condições de obter a
garantia de um enxoval para o seu bebê, pessoas que se encontram em situação de risco
social, ambiental e desabamento de suas casas e os idosos e famílias acompanhadas pelos
serviços do Programa de Atenção Integral as Famílias (PAIF) e pelo Serviço de Convivência
e fortalecimento de Vínculos (SCFV). O atendimento é feito de formal individual, em que o
assistente social faz o acolhimento do usuário, por meio da escuta qualificada, preenchendo a
ficha da família, onde contém os dados do usuário e de quem compõe a sua família, acatando
a sua solicitação e necessidade e fazendo os devidos encaminhamentos para outros órgãos
responsáveis ou profissionais diante das demandas dos usuários. Também são realizadas
visitas domiciliares nas áreas de abrangência do Cras Zilda Arns, para conhecer a realidade
social em que se encontra o usuário e detectar através do olhar crítico do assistente social,
outras necessidades sociais.
Após as visitas, é realizado o estudo de caso, diante da análise da realidade observada
durante as falas dos usuários e as visitas domiciliares, através do estudo de caso, é produzido
o relatório social, onde constata a realidade presenciada pelo assistente social durante os
atendimentos e as visitas domiciliares, e o parecer técnico do profissional, onde é exposto a
40

sua visão crítica da realidade apresentada, diante do seu conhecimento teórico metodológico e
ético político, adquirido durante a formação acadêmica.
O relatório social é embasado nas leis da Assistência Social que garante os direitos dos
cidadãos como a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) e a Lei Municipal de Nossa
Senhora do Socorro, que rege o município na garantia dos benefícios eventuais para as
famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade social.
Para ser beneficiário dos benefícios eventuais ofertados pelo município de Nossa
Senhora do Socorro e aos programas sociais do Governo Federal, o usuário precisa estar
cadastrado no Cadastro Único (CADÚNICO), que constata as famílias de baixa renda.
O Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (Cadastro
Único) é um instrumento que identifica e caracteriza as famílias de baixa
renda, permitindo que o governo conheça melhor a realidade
socioeconômica dessa população. Nele são registradas informações como:
características da residência, identificação de cada pessoa, escolaridade,
situação de trabalho e renda, entre outras. (www.mds.gov.br)

Os benefícios eventuais ofertados pelo município são benéficos temporários, que tem a
intenção de proporcionar ao usuário um amparo, perante a situação de vulnerabilidade social
em que se deparam. Com base na Lei 8.742 de 07 de Dezembro de 1993 – LOAS - no Artigo
22, que dispõe:
Art. 22. Entendem-se por benefícios eventuais as provisões suplementares e
provisórias que integram organicamente as garantias do Suas e são prestadas
aos cidadãos e às famílias em virtude de nascimento, morte, situações de
vulnerabilidade temporária e de calamidade pública. (Lei 8.742 de 07 de
Dezembro de 1993 – LOAS)

No município de Nossa Senhora do Socorro são oferecidos benefícios eventuais, como


auxílio moradia, kit enxoval, cesta básica e auxílio funeral, baseados na lei municipal e na
resolução nº 212 do Conselho Nacional de Assistência Social de 19 de outubro de 2016, que
garante o direito ao auxílio natalidade:
Art. 4º O benefício eventual, na forma de auxílio-natalidade, constitui-se em
uma prestação temporária, não contributiva da assistência social, em pecúnia
ou em bens de consumo, para reduzir vulnerabilidade provocada por
nascimento de membro da família. (CNAS, 2016, p.2)

O auxílio natalidade é destinado para mulheres gestantes que não têm condições
socioeconômicas de arcar com custos de um kit enxoval para o seu bebê.
Sendo assim, é possível perceber que durante a atuação técnico-operacional da
assistente social do Cras Zilda Arns, estando de acordo com as normas previstas no Código de
Ética Profissional do(a) Assistente Social da Lei 8.662/93, onde dispõe que:
41

Art. 3º São deveres do/a assistente social:


a- desempenhar suas atividades profissionais, com eficiência e
responsabilidade, observando a legislação em vigor;
b- utilizar seu número de registro no Conselho Regional no exercício da
Profissão;
c- abster-se, no exercício da Profissão, de práticas que caracterizem a
censura, o cerceamento da liberdade, o policiamento dos comportamentos,
denunciando sua ocorrência aos órgãos competentes;
d- participar de programas de socorro à população em situação de
calamidade pública, no atendimento e defesa de seus interesses e
necessidades. (Código de Ética Profissional do Assistente Social/CFESS,
1993, p.27).

Portanto, como previsto no Código de Ética Profissional do(a) Assistente Social, é


evidente a participação da assistente social do Cras Zilda Arns, nas atividades profissionais
desempenhadas no local de trabalho, de forma que o usuário possa sair da instituição com a
garantia do seu direito, respeitando sempre as decisões dos usuários e suas crenças, sem fazer
qualquer tipo de discriminação. É possível perceber também, o trabalho em equipe com outros
profissionais, sempre respeitando a opinião dos outros profissionais e mantendo sua postura
ética, de acordo com o Código de Ética Profissional, onde diz:
Art. 10 São deveres do/a assistente social:
a- ser solidário/a com outros/as profissionais, sem, todavia, eximir-se de
denunciar atos que contrariem os postulados éticos contidos neste Código;
b- repassar ao seu substituto as informações necessárias à continuidade do
trabalho;
c- mobilizar sua autoridade funcional, ao ocupar uma chefia, para a liberação
de carga horária de subordinado/a, para fim de estudos e pesquisas que
visem o aprimoramento profissional, bem como de representação ou
delegação de entidade de organização da categoria e outras, dando igual
oportunidade a todos/as;
d- incentivar, sempre que possível, a prática profissional interdisciplinar;
e- respeitar as normas e princípios éticos das outras profissões;
f- ao realizar crítica pública a colega e outros/ as profissionais, fazê-lo
sempre de maneira objetiva, construtiva e comprovável, assumindo sua
inteira responsabilidade. (Código de Ética Profissional do Assistente
Social/CFESS, 1993, p.33).

Durante o Estágio Supervisionado II, os estagiários passam a executar algumas


atividades desempenhadas pelo assistente social no Cras Zilda Arns, sendo acompanhados
pela supervisora de campo Tatiana Barreto de Góis. Os estagiários realizam atendimentos
individuais, preenchimentos de instrumentais, como ficha da família; fazendo
encaminhamentos para outros equipamentos como os Cras, ao Centro de Referência
Especializados da Assistência Social (Creas) e a Secretaria Municipal de Assistência Social
(SEMAS), para outros órgãos de outras secretarias como o Instituto de Identificação, para a
retirada de carteiras de identidades e aos Cartórios para a garantia da segunda via da certidão
42

de nascimento. Também foram realizadas as visitas domiciliares, onde os estagiários


poderiam fazer intervenções aos usuários, elaborando e discutindo os estudos de casos, de
acordo com a base teórica metodológica e ético político, através dos conhecimentos
adquiridos em sala de aula e produção de relatórios sociais para concessão dos benefícios
eventuais para os usuários atendidos pelo Cras.
Outras atividades desenvolvidas pela assistente social do Cras Zilda Arns e
acompanhadas pelos estagiários são os acompanhamentos aos grupos com as famílias do
PAIF, com reuniões uma vez por mês e de idosos das regiões de abrangência do Cras, através
de reuniões feitas uma vez por semana, com a finalidade de proporcionar aos idosos a garantia
dos seus direitos e fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários, pelo SCFV, sendo
esse público-alvo do Projeto de Intervenção executado durante o estágio II.
Portanto o Estágio Supervisionado I e II é um período de extrema importância para o
estudante, pois é por meio do estágio que o aluno começa a entender a sua função enquanto
profissional, tendo a oportunidade de colocar em prática todo o conhecimento sobre a
profissão de Serviço Social, com base nas dimensões teórico metodológico, adquirido na
fundamentação da profissão, na dimensão ético política em que o estagiário consegue
analisar, perante a postura profissional da sua supervisora de campo, de acordo com os
princípios éticos da profissão e a dimensão técnico operacional, que faz o estagiário ver na
pratica o que foi apresentado na academia.
43

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A experiência de Estágio Supervisionado I e II foi muito válida, gratificante e


extremamente enriquecedora, através dele tivemos a oportunidade de articular teoria e prática,
e assim obter um aprendizado. Desse modo, é importante perceber que além do
aperfeiçoamento acadêmico do aluno em absorver e desempenhar as dimensões teórico-
metodológico, técnico-operativo e ético-político aplicadas na sala de aula, ele está em contato
de forma direta com a questão social e com a realidade dos usuários que estão em
vulnerabilidade e risco social.
Portanto, além do aprendizado e crescimento profissional, através das experiências
adquiridas durante o estágio supervisionado I e II, também foi possível perceber, uma
evolução pessoal dos estagiários que certamente vai ser levado não só para enfrentar as
dificuldades pessoais, mas também para ter postura profissional, enquanto assistente social.
Sendo assim, fica compreendido que o estágio é de extrema importância para o
estudante, pois é através do estágio que o aluno aprende não só a colocar em prática os
conhecimentos aprendidos na academia, bem como a se colocar como profissional diante de
qualquer situação que venha se deparar durante a vida.
44

REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei n. 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Dispõe sobre organização da Assistência
Social e dá outras providências. Brasília, 2003.

CFESS. Código de Ética Profissional do(a) Assistente Social. 10ª Edição Revista e Atualizada
Brasília. 1993.

CEFESS, Google. Disponível em <http:// WWW.cefess.org.br/>. Acesso em 07 de outubro de


2017.

Discurso Preliminar Sobre o Espírito Positivo. Google. Disponível


em: <http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/comte.pdf>. Acesso em 15 de maio de 2018.

Estatuto do Idoso, Google. Disponível em


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.htm>. Acesso em 23 de março de
2018.

MDS, Google. Disponível em <http://mds. gov.br/ >. Acesso em 07 de outubro de 20017.

MDS, Google. Disponível em <http://mds.gov.br/ >. Acesso em 09 de setembro de 2017.

MDS, Google. Disponível em


< HTTP://mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Livros/20anosLOAS.pdf>.
Acesso em 14 de outubro de 2017.

MDS. Google. Disponível em:


<http://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/atendimento/auth/index.php>. Acesso em 14 de novembro
de 2017.

MDS, Google. Disponível em <http://www.mds.gov.br/suas/guia_protecao/paif>. Acesso em


15 de abril de 2018.
45

MDS, Google. Disponível em:


<http://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/cecad/tabulador_cecad_brasil.php?p_frequencia=1#tabela_
link>. Acesso em 20 de maio de 2018.

MDS, Google. Disponível em:


<http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Normativas/tipificacao.p
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MDS. Google. Disponível em: <http://mds.gov.br/assuntos/cadastro-unico/o-que-e-e-para-


que-serve>. Acesso em 20 de maio de 2018.

OLIVEIRA, Carlindo Rodrigues.; OLIVEIRA, Regina Coeli. Direitos sociais na


constituição cidadã: um balanço de 21 anos. São Paulo, Serv. Soc. Soc, n. 105, p. 5-
29, jan./mar. 2011.

Pastoral da Criança, Google. Disponível em <https://www.pastoraldacrianca.org.br/biografia-


dra-zilda>. Acesso em 09 de setembro de 2107.

Planalto. Google. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br.>ccivil_03>leis/l8842.htm>.


Acesso em 30 de novembro de 2017.

Planalto. Google. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br>. Acesso em 26 de abril de


2018.

Planalto. Google. Disponível em:


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8742compilado.htm>. Acesso em 20 de maio de
2018.

SAÚDE. SECRETARIA MUNICIPAL DE NOSSA SENHORA DO SOCORRO. Atenção à


Saúde no município de Nossa Senhora do Socorro. Socorro, SE. 2017.

SILVA, Marlise Vinagre. Código de Ética do Assistente Social. Lei 8662/93. Brasília. 1993.
46

SILVA. Luís Inácio Lula da. Política Nacional do Idoso. Lei 8.842/94. Brasília. Reimpresso
em maio de 2010. Acesso em 23 de março de 2018.

SOCIAL. SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTENCIA. Cras Zilda Arns: extração de


dados de atendimentos. Socorro, SE. 2017
47

APÊNDICES
48

Apêndice A: Listas de frequência


49
50
51
52
53
54

Apêndice B: Questionários de avaliação

PROJETO DE INTERVENÇÃO
PLANTANDO CIDADANIA E COLHENDO EFETIVAÇÃO DE DIREITOS.

QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DA PRIMEIRA AÇÃO DO PROJETO DE


INTERVENÇÃO: PLANTANDO CIDADANIA E COLHENDO EFETIVAÇÃO DE
DIREITOS.
03/05/2018

Executores do projeto:
Anieliza Santos Nascimento;
Cleiton de Jesus Santos;
Maria do Carmo Paiva da Silva.
Supervisora:
Tatiana Barreto de Góis.
1. Foi adquirido conhecimento sobre o direito a SAÚDE?
SIM NÃO

2. O tema abordado foi importante?


SIM NÃO

3. O assunto abordado durante a palestra ficou claro?


SIM NÃO

4. A apresentação dos estagiários foi boa?


SIM NÃO

x
5. Quanto à dinâmica apresentada e a interação com o tema?
BOA RUIM

x
55

PROJETO DE INTERVENÇÃO
PLANTANDO CIDADANIA E COLHENDO EFETIVAÇÃO DE DIREITOS.

QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DA SEGUNDA AÇÃO DO PROJETO DE

INTERVENÇÃO: PLANTANDO CIDADANIA E COLHENDO EFETIVAÇÃO DE

DIREITOS.

08/05/2018

Executores do projeto:
Anieliza Santos Nascimento;
Cleiton de Jesus Santos;
Maria do Carmo Paiva da Silva.
Supervisora de Campo:
Tatiana Barreto de Góis.
1. Foi adquirido conhecimento sobre o direito ao Transporte Público?
SIM NÃO

2. O tema abordado foi importante?


SIM NÃO

3. O assunto abordado durante a palestra ficou claro?


SIM NÃO

4. A apresentação do agente de transito foi boa?


SIM NÃO

5. Quanto à dinâmica apresentada, ela ajudou a esclarecer o tema?


SIM NÃO

x
56

PROJETO DE INTERVENÇÃO
PLANTANDO CIDADANIA E COLHENDO EFETIVAÇÃO DE DIREITOS.

QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DA SEGUNDA AÇÃO DO PROJETO DE


INTERVENÇÃO: PLANTANDO CIDADANIA E COLHENDO EFETIVAÇÃO DE
DIREITOS.
17/05/2018

Executores do projeto:
Anieliza Santos Nascimento;
Cleiton de Jesus Santos;
Maria do Carmo Paiva da Silva.
Supervisora de Campo:
Tatiana Barreto de Góis.
1. Foi adquirido conhecimento sobre o direito ao Esporte e Lazer?
SIM NÃO

x
2. O tema abordado foi importante?
SIM NÃO

x
3. O assunto abordado durante a palestra ficou claro?
SIM NÃO

x
4. A apresentação dos estagiários foi boa?
SIM NÃO

x
5. Quanto ao passeio foi agradável?
SIM NÃO

x
6. Foi importante a realização do Projeto de Intervenção dos estagiários?
SIM NÃO

x
57

Apêndice C: Fotos das ações

PRIMEIRA AÇÃO

03/05/2018
58

SEGUNDA AÇÃO

08/05/2018
59

TERCEIRA AÇÃO

17/05/2018
60

Apêndice D: Cartilha
61

Apêndice E: Termo de autorização de imagem


62

ANEXOS
63

SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL


PAIF – SERVIÇO DE PROTEÇÃO E ATENDIMENTO INTEGRAL À FAMÍLIA

Ficha de Cadastro da Família


Localidade: ________________________________________________

Data de atendimento: _____/ ______/ _________

1. Identificação do Titular da Família


Nome:

Data de Nascimento: Idade: Estado Civil:

Raça: Estuda? Grau de instrução:


( )Branca ( )Negra ( )Sim ( )Não
( )Indígena ( )Parda
Profissão: Situação no mercado de Renda mensal:
trabalho:

Telefones para contato:

2. Documentos
RG: Órgão Emissor: Data de Expedição:

CPF: CAD-ÚNICO/NIS:

Contribuição Previdenciária/Matrícula:

3. Domicílio
Situação de Moradia: Tipo de Moradia:
( )Própria ( )Cedida ( )Alvenaria ( )Madeirite
( )Alugada ( )Ocupada ( )Taipa ( )Palafita
Quantidade de Cômodos: ( )Outros ________________________

Endereço:

Conj./Bairro: Município/UF:
64

Ponto de Referência:

Energia Elétrica? Água encanada? Rede de Esgoto?


( )Sim ( )Não ( )Sim ( )Não ( )Sim ( )Não
Legalizada? Legalizada? Coleta de Lixo?
( )Sim ( )Não ( )Sim ( )Não ( )Sim ( )Não
Número de Famílias Número de Pessoas: Número de Idosos:
residentes:

Nº de Portadores de Qual deficiência? Toma medicamentos? Quais?


Deficiência:

Existe algum doente na família? Qual a doença? Toma medicamentos? Quais?

Existe alguma Mês de Faz Pré-Natal? NIS:


gestante na família? Gestação:
( )Sim ( )Não

4. Despesas
Água: Luz: Gás: Alimentação:

Transporte: Aluguel: Prestação da casa própria:

Telefone: Outros: TOTAL:

5. Rendas
Seguro Desemprego: Pensão: Aposentadoria:

Renda mensal vitalícia: Aluguel: BPC:

Outras rendas:

6. Programas
A família está sendo assistida? Origem do Programa:
( )Sim ( )Não ( )Federal ( )Estadual ( )Municipal

Quais Programas? Algum membro da família participa do


SCFV (06-15 anos)?
( )Sim ( )Não Quantos? _________
Valor: ___________________________
Algum membro da família participa do Algum membro da família participa do
65

SCFV (15-17 anos)? SCFV (60 anos ou mais)?


( )Sim ( )Não Quantos? __________ ( )Sim ( )Não Quantos? __________

7. Composição Familiar
Nome Completo Idade Grau de Ocupação
Parentesco

8. Registro de todos os contatos realizados com o grupo familiar


___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

_______________________________________________
TÉCNICO RESPONSÁVEL
66

.
PREFEITURA MUNICIPAL DE NOSSA SENHORA DO SOCORRO
SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – CRAS ZILDA ARNS

ENCAMINHAMENTO

DE:_____________________________________________________________________

PARA:__________________________________________________________________

Estamos encaminhando _____________________________________________


Nascido (a) em ___/___/___, natural de ____________________________, portador (a) da
carteira de identidade nº _______________________, residente______________________
_________________________________________________________________________ a fim
de solicitar:___________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________.
Segue em anexo:________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

Agradecidos pelo atendimento, subscrevemo-nos.

Nossa Senhora do Socorro, ____de ____________________de 2018.

Nome/Carimbo

.
67

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOSSA SENHORA DO SOCORRO


SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – CRAS ZILDA ARNS

ENCAMINHAMENTO

DE:_____________________________________________________________________

PARA:__________________________________________________________________

Estamos encaminhando _____________________________________________


Nascido (a) em ___/___/___, natural de ____________________________, portador (a) da
carteira de identidade nº _______________________, residente______________________
_________________________________________________________________________ a fim
de solicitar:___________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________

Segue em anexo:________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
_______________________________________________________

Agradecidos pelo atendimento, subscrevemo-nos.

Nossa Senhora do Socorro, ____de ____________________de 2018.

Nome/Carimbo
68

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOSSA SENHORA DO SOCORRO


SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – CRAS ZILDA ARNS

REQUERIMENTO

Eu,____________________________________________________________________
Portador (a) RG______________________CPF:______________________________ e
NIS______________________residente___________________________________________
_________________________________________________________________Nossa
Senhora do Socorro/SE venho através deste, requerer a concessão do AUXILIO
NATALIDADE (Kit Enxoval para recém-nascido) à Secretaria Municipal de Assistência
Social.

Nossa Senhora do Socorro/SE, ______de _______________________________2018.

Assinatura do (a) requerente


69

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOSSA SENHORA DO SOCORRO


SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – CRAS ZILDA ARNS

REQUERIMENTO

Eu,____________________________________________________________________
Portador (a) RG______________________CPF:______________________________ e
NIS______________________residente___________________________________________
_________________________________________________________________Nossa
Senhora do Socorro/SE venho através deste, requerer a concessão do BENEFÍCIO DE
CESTA BÁSICA à Secretaria Municipal de Assistência Social.

Nossa Senhora do Socorro/SE, _______de _______________________________2018.

Assinatura do (a) requerente


70

PREFEITURA MUNICIPAL DE NOSSA SENHORA DO SOCORRO


SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
CENTRO DE REFERÊNCIA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL – CRAS ZILDA ARNS

TERMO DE DESLIGAMENTO

Eu, _________________________________________________________________________ estou


ciente que a partir desta data a criança/ adolescente
________________________________________________________________________, está
sendo desligado (a), do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), para
crianças e adolescentes de 15 a 17 anos.

Motivo do Desligamento:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
__________________________________________________

Assinatura do Responsável: ________________________________________________


Assinatura do Técnico de Referência: ________________________________________

Nossa Senhora do Socorro/SE, _______de _____________________ de 2018.


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