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Administração: princípios
e aplicações
2020
As organizações e a administração
1 UNIDADE 1
AS ORGANIZAÇÕES E A ADMINISTRAÇÃO
INTRODUÇÃO
A Administração é uma área de conhecimento muito dinâmica e relativamente nova como
objeto de estudo. Os primeiros estudos sistematizados de Administração foram publica-
dos por Frederic Winstow Taylor e têm algo em torno de cento e cinquenta anos. O pri-
meiro livro de Taylor, Princípios de Administração Científica, foi publicado em 1911 e se
tratava de uma compilação de seus estudos sobre o trabalho operacional na indústria.
Mais ou menos na mesma época, o francês Henry Fayol elaborou estudos sobre o
funcionamento das fábricas, sobre o papel social que elas exerciam e, principalmente,
sobre as funções de seus dirigentes (DRUCKER, 2018). Quase duzentos anos antes,
Adam Smith, Karl Marx, Alfred Marshall e os franceses Jean-Baptiste Say, Conde de
Saint-Simon e François Fourier estudaram a produção e o consumo sob a ótica eco-
nômica e deram os primeiros contornos no estudo das organizações como unidades
produtivas que eram gerenciadas para alcançar a máxima produtividade.
Para Peter Drucker (2018), o período entre as duas grandes guerras mundiais foi o
cenário no qual a Administração, como ciência, lançou e desenvolveu seus princípios
básicos. Nesta época, a administração científica foi ganhando contribuições e amplian-
do estudos e resultados.
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assim, quando se iniciou a Segunda Guerra Mundial, a Administração já possuía um 1
certo conjunto de princípios que, associados à total mecanização da indústria, ganha-
ram campo e relevância.
Muitos autores concordam que a reconstrução das nações arrasadas pela Segunda
Guerra Mundial e as necessidades logísticas e de suprimentos dos exércitos em guerra
criaram demandas para a ampliação da eficiência e da eficácia produtiva, assim como
a forte demanda por bens duráveis desencadearam o avanço da Administração como
ciência, como função e como profissão. A partir de agora, começaremos uma jornada de
conhecimento sobre a Administração, seus conceitos, métodos e técnicas.
1. AS ORGANIZAÇÕES
A sociedade, tal qual a conhecemos, tem suas necessidades atendidas por algum tipo
de organização. Tudo o que precisamos, desejamos e utilizamos em nosso cotidiano
depende de diferentes organizações, todos os produtos que consumimos, os cuidados
com nossa saúde, nossos estudos, nossos momentos de lazer e entretenimento, tudo
é gerado pelo esforço conjunto das pessoas que compõem as mais diversas organiza-
ções. Para Peter Drucker (2018), vivemos em uma “sociedade composta de organiza-
ções” (DRUCKER, 2018, p. 2).
um pagamento ou transação
bancária, aprender um idioma
ou uma nova técnica, ter água
encanada em sua casa, fazer
um procedimento cirúrgico.
Ao refletir sobre isso fica
fácil perceber que, desde o
momento em que acorda, e
até enquanto dorme, sua vida
depende das organizações.
Fonte: 123rf
um computador, já que você
precisará de um para realizar
seus estudos. Ao pensar na
compra de um computador,
você consegue pensar nas
várias organizações envolvidas
nesse processo? Desde a sua
fabricação até a entrega em sua
residência ou a retirada em uma
loja física, no país ou no exterior?
Ao refletir sobre todas essas possibilidades você consegue enxergar as muitas organiza-
ções envolvidas nessa cadeia? Vamos analisar isso tudo com um pouco mais de detalhes.
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Para que as partes possam ser agre- As peças deverão ser agregadas, se-
gadas de modo a compor um compu- guindo procedimentos pré-definidos
tador, essa organização depende de que levarão o produto a alcançar as
outras organizações que fornecerão os características finais esperadas pelo
componentes ou ,ainda, a matéria-pri- consumidor como funcionalidades e
ma para a fabricação desses compo- qualidade.
nentes.
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Antes de ser transportado, esse pro- O transporte dessas mercadorias po-
duto deve ser acondicionado em uma derá ser realizado pela própria fabri-
embalagem que terá sido produzida cante ou por uma outra organização
por uma outra organização. especializada em transportes.
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Exceto nas situações em que a fabri-
cante tem lojas próprias ou lojas eletrô-
nicas e on-line, a venda desse produto
dependerá de uma outra organização
que pode ser uma loja de departamen-
to ou uma loja especializada em equi-
pamentos eletrônicos, por exemplo.
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Procure imaginar, agora, tudo o que é necessário realizar para comprar um computador 1
desde a seleção, escolha, compra, pagamento, recebimento ou retirada. Pense em
todas as ações que foram realizadas, todos os registros realizados e todas as pessoas
e tarefas envolvidas no processo. Pensando em todas essas etapas para se realizar a
compra de um bem ou para solicitar um serviço, você consegue perceber a importância
de compreender a definição das organizações.
Em cada uma das etapas que vimos acima, há grupos de pessoas unidos em torno
da realização de um objetivo comum que vai desde a produção de matérias-primas, à
fabricação de um bem, até sua entrega, chegando o atendimento de pós-venda ou de
assistência técnica.
Cada uma dessas organizações terá seus processos, seus funcionários, suas políticas
de gestão de pessoal, suas estratégias de posicionamento no mercado, seus programas
de qualidade e assim por diante. Ficou claro para você o conceito de organizações?
Vejamos, então, como outros autores definem o conceito de organizações e seus ob-
jetivos:
As organizações são grupos sociais deliberadamente orientados para a reali-
zação de objetivos, que, de forma geral, se traduzem no fornecimento de pro-
dutos e serviços. Toda organização existe com a finalidade de fornecer alguma
combinação de produtos e serviços para algum tipo de cliente, usuário ou mer-
cado (MAXIMIANO, 2011, p. 5).
Todas as organizações são constituídas por pessoas e por recursos não hu-
manos (como recursos físicos e materiais, financeiros, tecnológicos, merca-
dológicos etc.). A vida das pessoas depende intimamente das organizações e
estas dependem da atividade e do trabalho daquelas. Na sociedade moderna,
as pessoas nascem, crescem, aprendem, vivem, trabalham, divertem-se, são
tratadas e morrem dentro de organizações (CHIAVENATO, 2014, p. 1).
É justamente pela abrangência que esse conceito alcança que o adotaremos de agora
em diante em nossos estudos para nos referir a empresas, organizações não governa-
mentais, associações, escolas, prefeituras etc.
Processos de Transformação
Objetivo
Fonte: Elaborado pela autora
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Tipos de organizações
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01 - Organizações Públicas 1
As organizações públicas são aquelas criadas e gerenciadas pelo poder público, seja
na esfera federal, estadual ou municipal. O objetivo dessas organizações é prestar
algum tipo de serviço ao cidadão. Espera-se das entidades públicas o ordenamento
da vida dos cidadãos e da Nação. A maior parte das funções do Estado é definida pela
Constituição Federal e inclui a arrecadação de impostos, a produção de leis, a justiça,
a educação, a segurança pública dentre outras. Das organizações governamentais
espera-se, ao menos, que não gerem déficit, gastando mais do que arrecadam.
02 - Organizações Privadas
Todas as organizações que têm um proprietário, seja ele individual ou um grupo de
proprietários, nas mais diversas configurações jurídicas permitidas pela legislação
vigente, são consideradas organizações privadas ou, simplesmente, empresas. As
empresas são unidades de negócio, criadas para produzir bens e serviços e gerar
lucros. A constituição de uma empresa depende do capital que seu(s) proprietário(s)
disponibilizará para a condução dos negócios. Ao iniciar uma empresa, o proprietá-
rio decide investir seu dinheiro na empresa ao contrário de realizar qualquer outro
tipo de investimento financeiro. Por ter tomado essa decisão ele espera ter algum
retorno e de preferência superior ao investimento financeiro que poderia ter feito,
pois afinal ele arriscou seu capital na montagem da empresa. Por esse motivo é que
o proprietário espera que sua empresa obtenha lucros em suas operações.
03 - Terceiro Setor
As organizações de terceiro setor são aquelas que nascem por iniciativa da orga-
nização social e, em geral, representam algum interesse coletivo. Essas organiza-
ções não têm fins lucrativos, e é bastante comum que tenham dificuldades para
captar recursos. As ONGs são exemplos desse tipo de organização.
1 estudos, mas antes, vamos estudar as noções de eficiência, eficácia e efetividade sob
a perspectiva da autora Joslaine Chemin Duarte (2016).
Eficiência
A eficiência é a melhor utilização, ou seja, a otimização dos recursos para se fazer al-
guma coisa. Representa uma ação, enfatiza os meios e está relacionada aos aspectos
internos da organização.
Para Maximiano (2004), a produtividade pode ser entendida como a relação entre os
resultados obtidos e os recursos utilizados. É representada pela equação:
Produtividade = Produção
Recursos
Eficácia
A eficácia está relacionada com o alcance dos resultados e com os aspectos externos
da organização.
“ Eficácia significa fazer as coisas certas, do modo certo, no tempo certo” (SILVA,
2008, p. 18).
Efetividade
A efetividade representa o resultado de qualidade de uma organização. É a capacidade
de ser eficiente e eficaz ao mesmo tempo (DUARTE, 2015, p. 32).
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Em síntese, podemos concluir que: 1
A administração utiliza o planejamento, a organização, a direção e o controle
para tomar decisões sobre os recursos e alcançar os objetivos de maneira
eficiente e eficaz (DUARTE, 2016, p. 18).
2. O PROCESSO DE ADMINISTRAR
Quando estudou o papel administrativo que os proprietários de empresas desempe-
nhavam, Henry Fayol propôs que as etapas do processo administrativo eram previsão,
organização, comando, coordenação e controle, termos que deram nome ao seu livro,
editado na França em 1916, sob título original de Administration Industrielle et Généra-
le: Prévoyance, Organisation, Commandement, Coordination, Contrôle.
Vários outros estudiosos deram suas contribuições a essa definição, e ela vem se adap-
tando às mudanças no mundo corporativo e à passagem do tempo, mas, como conceito
fundamental, ela ainda é aceita e a capacidade de análise global e aplicações desses
conceitos em realidades complexas é o que caracteriza o papel de administradores na
atualidade.
Uma dessas contribuições é do Prof. Idalberto Chiavenato, que vamos adotar em nos-
sos estudos. Para Chiavenato (2014, p. 11), a administração consiste em planejar, or-
ganizar, dirigir e controlar, de modo contínuo e sistêmico, as atividades, os recursos e
as pessoas em uma organização.
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Figura 08. Processo administrativo
1
Planejamento
de vendas
Dimensionamento
Análise do volume
de maquinário,
de vendas e resul-
matéria-
tado financeiro
-prima e de pessoal
Fabricação
e venda dos
produtos
Em primeiro lugar, o administrador fixa objetivos. Diz quais devem ser eles.
1 Resolve quais serão as metas em cada área dos objetivos. Determina o que se
fará para alcançar esses objetivos. Coloca em vigor os objetivos comunican-
do-os às pessoas cuja atuação será necessária para alcançá-los (DRUCKER,
2018, p. 11).
Planejar e fixar os objetivos de uma organização é uma tarefa complexa que deve levar
em consideração vários fatores que estudaremos mais adiante.
Drucker (2018) continua afirmando que a etapa seguinte é quando os recursos necessários
à realização do objetivo fixado durante o planejamento serão dimensionados e organizados:
Em segundo lugar, o administrador organiza. Analisa as atividades, decisões
e relações necessárias. Classifica o trabalho. Desmembra-o em atividades ad-
ministráveis e depois subdivide essas atividades em serviços administráveis.
Agrupa essas unidades e serviços em uma estrutura organizacional. Escolhe
as pessoas que administrarão tais unidades ou farão tais serviços (DRUCKER,
2018, p. 11).
Se prestarmos atenção nessa terceira fase, vemos que surgem dois novos e importan-
tes elementos:
` A formação de equipes;
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carreira. Isso não altera, porém, as tarefas que precisa realizar para alcançar os objetivos 1
de suas organizações, planejar e definir objetivos, organizar recursos, executar tarefas e
liderar equipes e, por fim, avaliar resultados são ações indispensáveis para o gerencia-
mento de organizações, de departamentos ou projetos e vamos estudá-los a seguir.
Essa noção generalista da Administração, não pode, porém, ser confundida com a pro-
fissão de administrador, aquele formado em Administração, já que esse profissional
terá um conjunto muito maior de conhecimentos, técnicas e habilidades, a fim de estar
preparado para realizar o ciclo administrativo em todas as esferas das organizações,
nas finanças corporativas, na produção, na administração de materiais, na gestão de
pessoas, na pesquisa, desenvolvimento e lançamento de novos produtos, na inovação,
na responsabilidade ética e social, na sustentabilidade. O Administrador profissional
terá que estar preparado para a tomada de decisões e para tantos outros compromissos
que assume ao aceitar o desafio da profissão de administrador.
3. OS ADMINISTRADORES
As funções de administração precisam ser executadas por alguém dentro das organiza-
ções. A responsabilidade por todas as atividades é dos administradores que planejam,
organizam, dirigem e controlam. O sucesso ou fracasso de uma organização depende
muito da capacidade de seus administradores na execução efetiva dessas funções e
das consequências das decisões que tomam (DUARTE, 2016, p. 34).
Além desses três níveis, também pertencem à organização o pessoal que não exerce
função gerencial. São os traba- lhadores que não têm posição gerencial, como os aten-
dentes e operadores. Eles são responsáveis pela execução das tarefas e têm responsa-
bilidades para com os seus superiores, que podem ser os supervisores, coordenadores
ou gerentes.
Em algumas empresas, os funcionários têm mais liberdade para criar e tomar decisões,
a hierarquia nesse caso, define posições mas não limita o intercâmbio de ideias.
Habilidades Técnicas
As habilidades técnicas estão relacionadas ao conhecimento especializado e à ca-
pacidade e facilidade para executar técnicas. Ou seja, trata-se das habilidades rela-
cionadas ao trabalho e a execução de processos e procedimentos. Como exemplo,
podemos citar a habilidade com a contabilidade, a habilidade com o uso de planilhas
eletrônicas, habilidades com produção e interpretação de gráficos. As habilidades
técnicas são, portanto, aquelas relacionadas à execução de tarefas à realização de
processos, ao emprego de materiais, de recursos físicos, objetivos e concretos. Para
Chiavenato (2014), é a habilidade relativamente mais fácil de adquirir e desenvolver.
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Habilidades Humanas 1
As habilidades humanas envolvem a capacidade de comunicação, motivação, co-
ordenação e liderança e a solução de conflitos pessoais ou de grupos. Ter habili-
dades humanas desenvolvidas permite ao administrador trabalhar com pessoas e
por meio das pessoas. Cria condições para o desenvolvimento da cooperação entre
equipes. O nível e o tipo de engajamento das pessoas, participação, posicionamen-
to, postura, opinião e compartilhamento são aspectos relacionados às habilidades
humanas que favorecem muito o desempenho dos administradores.
Habilidades Conceituais
As habilidades conceituais envolvem a facilidade em trabalhar com ideias e concei-
tos, teorias e abstrações. Essas habilidades estão relacionadas ao pensamento, ao
raciocínio e à capacidade de empregá-las no diagnóstico de situações e na formu-
lação de alternativas de solução dos problemas. Envolvem um conjunto sofisticado
de capacidades cognitivas que favorecem ao administrador entender e planejar o
futuro, interpretar a missão da organização e desenvolver mecanismos que viabi-
lizem sua realização. Ter habilidades conceituais desenvolvidas favorece ao admi-
nistrador elaborar uma visão sistêmica a respeito da organização. Para Chiavenato
(2014), esse tipo de habilidade vai se tornando mais importante à medida que um
administrador ocupa posições de maior responsabilidade e em níveis hierárquicos
mais altos, já que são fundamentais para seu bom desempenho frente à comple-
xidade das decisões estratégicas e do gerenciamento de conflitos de interesses e
outras características dos mercados concorrenciais.
CONCLUSÃO
Se “vivemos em uma sociedade composta de organizações” como nos disse Peter Dru-
cker (2018), então, conhecer seu funcionamento e composição serve não apenas para
nossa formação profissional, mas também para nossa formação pessoal e como cida-
dãos. Nesta Unidade, conhecemos o conceito de organizações e o quanto nossas vidas
cotidianas estão entrelaçadas e dependem dessas organizações, além disso, pudemos
perceber que nosso futuro profissional será, invariavelmente, dentro de algum tipo de
organização como as que estudamos aqui. Da mesma forma, se nossas profissões
estão e estarão atreladas às organizações, conhecer os preceitos da administração e
dominar seus conceitos fundamentais é a melhor forma de nos prepararmos para al-
cançar um bom desempenho e para construir uma longa e bem-sucedida carreira. Viu
como é importante conhecer a Administração?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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da administração. 9. ed. São Paulo: Manole, 2014. das organizações. Curitiba: FAE Centro Universitá-
2. DRUCKER, Peter Ferdinand. Introdução à admi- rio, 2016.
nistração. Tradução de Carlos Malferrari. São Paulo: 4. FAYOL, Henri. Administração industrial e geral:
Cengage, 2018. previsão, organização, comando, coordenação, con-
trole. 10. ed. São Paulo: Atlas, 1990. 7. MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Introdução à
1 administração. São Paulo: Atlas, 2004.
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