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Acadêmico: DANIELLE CLODOMIRA VIEIRA R.A.

20074077-5

Curso: SERVIÇO SOCIAL

Disciplina: ÉTICA PROFISSIONAL

Capacitismo

O termo “capacitismo” é novo e pouco conhecido e utilizado no Brasil, ele se


tornou notório por volta dos anos 1980 nos Estados Unidos, ‘Ableism’, que significa
destratar ou ofender uma pessoa por sua deficiência. Apesar de novo, a exclusão,
o preconceito e ofensas são antigos, onde pessoas com deficiência são
consideradas anormais ou fora do contexto de sociedade. Muitas vezes encarado
como consequência de atitudes individuais ou de sua geração. Na Grécia antiga,
os bebês que nasciam com alguma deficiência eram mortos por não se
encaixarem no tido como “perfeito”, e hoje apesar desses extermínios não ser
físico, presenciamos várias formas de ser retirado do meio da sociedade que não
considera pessoas com deficiência capaz de desenvolver atividades, trabalho, ter
uma família, se divertir. Tudo isso por conta da falta de acessibilidade
negligenciada pelas politicas públicas.
Em 06 de julho de 2015 foi instituído a Lei 13.146, onde foi sancionado o
Estatuto da Pessoa com Deficiência, com intuito de promover condições de
igualdade:
Art. 1º É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a
assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos
direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência,
visando à sua inclusão social e cidadania. (Planalto. 2015)

Isso mostra que inclusão é lei, e vai além da Lei de Cotas, a contratação de
pessoas com deficiência não deveria ser cumprida apenas por lei, mas sim deve ser
feita de forma a incentivar a diversidade e tornar mais participativo as pessoas com
deficiência no ambiente corporativo. Como prevê o 6° princípio fundamental do
Código de Ética Profissional do Assistente Social de 1993, onde fala sobre o
profissional do Serviço Social se empenhar em todas as formas de preconceito, ou
seja, é necessário que a sua ética pessoa, seus valores e crenças, sua cultura são
seja usada como juízo de valor em algum atendimento ou ambiente profissional, é
preciso separar a ética pessoal da profissional, pois pode impactar no seu ambiente
de trabalho, na relação com os colegas e até mesmo ao atendimento as famílias,
conforme o princípio 11 do Código de Ética, que reitera a não discriminação por
questões de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, opção sexual,
idade e condição física no ambiente profissional. No capítulo II da Lei para pessoas
com Deficiência sobre a igualdade e não a discriminação saliente, “art. 4º Toda
pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais
pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação.”.
Todos têm direito de viver em uma sociedade livre e com diretos, livre de
preconceito ou imposição de força ou violência, e para isso ser possível, nós como
profissionais precisamos estar cientes da nossa conduta através do código de ética,
“que estabelece regras de conduta quanto á relação dos assistentes sociais com
seus pares.” (Sikorski; Bernardo. 2018, p. 138). Existem muitas pessoas diferentes,
com características únicas, e essa diversidade deve ser utilizada para um bem
comum, nas busca de direitos, inclusão, acessibilidade, eliminar preconceitos,
respeito com colegas de trabalho e usuários, pautados no exercício ético e
consciente, sendo agentes transformadores em uma sociedade preconceituosa e
sem conhecimento. É necessário o fortalecimento da nossa categoria profissional
para enfrentar os obstáculos no mercado de trabalho, e as expressões da questão
social em todos os âmbitos, criando alternativas para que os usuários possam estar
cientes dos seus direitos, empoderando em busca da politicas públicas existente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SIKORSKI, Daniela; BERNARDO, Rafaela. ÉTICA PROFISSIONAL. Maringá – Pr.:
Unicesumar, 2018.

CNN Brasil. Capacitismo: entenda o que é e como evitar preconceito


disfarçado de brincadeira. Disponível em:
https://www.cnnbrasil.com.br/saude/capacitismo-entenda-o-que-e-e-como-evitar-
preconceito-disfarcado-de-brincadeira/ . Acesso em: jul. 2022

PLANALTO. BRASIL. Lei N° 13.146 DE JULHO DE 2015. Disponível em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em:
jul. 2022

SENADO FEDERAL. Capacitismo: subestimar e excluir pessoas com


deficiência tem nome. Disponível em:
https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2020/11/capacitismo-subestimar-
e-excluir-pessoas-com-deficiencia-tem-nome. Acesso em jul. 2022

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