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TRABALHO DE PESQUISA – SUPERVISÃO ACADÊMICA DE ESTÁGIO

SERVIÇO SOCIAL - 7º SEMESTRE


Professora Andréa Maria da Silva

“Perspectivas e Desafios no Cotidiano do Assistente Social”

(1º Slide – Introdução)


Sobre o Serviço Social e a Profissão de Assistente Social
“No Brasil, as primeiras escolas de Serviço Social surgiram no final da década de 1930,
quando se desencadeou no país o processo de industrialização e urbanização. Nas
décadas de 1940 e 1950, houve um reconhecimento da importância da profissão, que foi
regulamentada em 1957 com a Lei nº 3252. Acompanhando as transformações da
sociedade brasileira, a profissão passou por mudanças e necessitou de uma nova
regulamentação: a lei 8662/93. Ainda em 1993, o Serviço Social instituiu um novo Código
de Ética, expressando o projeto profissional contemporâneo comprometido com a
democracia e com o acesso universal aos direitos sociais, civis e políticos. A prática
profissional também é orientada pelos princípios e direitos firmados na Constituição de
1988 e na legislação complementar referente às políticas sociais e aos direitos da
população. Não pode haver qualquer tipo de discriminação no atendimento profissional.”

**Uma Curiosidade - Tradicionalmente a profissão é relacionada ao verde, cor que tem


se tornado uma referência. Não existe uma explicação exata para tal fato, nem como
surgiu essa correlação, um dos motivos mais usuais é que tenha relação com o fato de
que a cor verde é representativa das profissões da área de saúde. Como se sabe, o
trabalho da/o assistente social na área de saúde vem sendo requisitado
institucionalmente há muitas décadas, hoje consolidado, sendo uma das áreas de maior
concentração de profissionais. Daí, a tendência de se vincular o Serviço Social à cor
verde.**
(2º Slide)
“O CFESS - Conselho Federal de Serviço Social é a entidade responsável pela
orientação e fiscalização do exercício profissional do/a assistente social nos termos
da Lei 8662/1993, que regulamenta a profissão. CRESS - Conselho Regional de
Serviço Social”

(3º Slide)

O que significa a identidade visual do CFESS


“ Tanto os CRESS quanto o CFESS idealizaram suas identidades visuais a partir de uma
simbologia que represente a perspectiva atual da profissão, identificada com os princípios
e valores expressos no Código de Ética Profissional.
A gestão do CFESS (2008-2011) adotou uma imagem colorida que expressa a
diversidade, a abertura para os novos desafios que se põem cotidianamente na
sociedade e para a profissão; as alternativas, as escolhas e a liberdade!”

(4º Slide)
Funções do Assistente Social
“Analisam, elaboram, coordenam e executam planos, programas e projetos para
viabilizar os direitos da população e seu acesso às políticas sociais, como a saúde, a
educação, a previdência social, a habitação, a assistência social e a cultura. Analisam as
condições de vida da população e orientam as pessoas ou grupos sobre como ter
informações, acessar direitos e serviços para atender às suas necessidades sociais.
Assistentes sociais elaboram também laudos, pareceres e estudos sociais e realizam
avaliações, analisando documentos e estudos técnicos e coletando dados e pesquisas.
Além disso, trabalham no planejamento, organização e administração dos programas e
benefícios sociais fornecidos pelo governo, bem como na assessoria de órgãos públicos,
privados, organizações não governamentais (ONGs) e movimentos sociais. Assistentes
sociais podem ainda trabalhar como docentes nas faculdades e universidades que
oferecem o curso de Serviço Social. As competências e atribuições privativas dessa
categoria profissional estão previstas nos artigos 4º e 5º da Lei 8.662/1993.”

(5º Slide)
Onde trabalham?
“Em instituições públicas e privadas. Em ministérios, autarquias, prefeituras, governos
estaduais, em empresas privadas, hospitais, escolas, creches, unidades de saúde, centros de
convivência, movimentos sociais em defesa dos direitos da mulher, da classe trabalhadora, da
pessoa idosa, de crianças e adolescentes, de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais
(LGBT), negros e negras, de indígenas, em organizações não governamentais, em
universidades públicas e privadas e em institutos técnicos. E assistentes sociais podem
trabalhar junto a outras categorias: profissionais da psicologia, da educação, da enfermagem,
do direito, dentre outras. Cabe destacar que, durante o atendimento individual, assistentes
sociais devem garantir sigilo à pessoa que é atendida.”

(6º Slide)
“Não Trabalham apenas com pessoas em situação de pobreza!
Trabalham com pessoas que têm seus direitos violados ou que estão em situação de
vulnerabilidade social.”

(7º Slide)
“Assistência social: política pública prevista na Constituição Federal e direito de cidadãos
e cidadãs, assim como a saúde, a educação, a previdência social etc. É regulamentada
pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), constituindo-se como uma das áreas de
trabalho de assistentes sociais.
Assistencialismo: forma de oferta de um serviço por meio de uma doação, favor, boa
vontade ou interesse de alguém e não como um direito.”

(8º Slide)

Os Assistentes sociais são fontes de informação


Por ser tratar de profissionais que estudam a realidade social brasileira e trabalham, em
sua maioria, diretamente com a população, podem ser importantes fontes de informação,
inclusive para a imprensa. Em situações de violação de direitos humanos, retratadas
diariamente pela mídia, é comum encontrarmos análises de profissionais do direito, da
psicologia e de outras categorias. Entretanto, o olhar para a questão social nem sempre é
levado em conta. O Assistente social, em seu cotidiano, fica face a face com os
problemas sociais. Por isso, podem analisar situações noticiadas pela imprensa
diariamente.

(9º Slide)

As dificuldades da Profissão
Ainda em fase de graduação os futuros Assistentes Sociais já encontram seu 1º Obstáculo... O
Estágio!
Para a maioria dos estudantes, conseguir uma oportunidade de estágio é quase uma saga. Em
geral as vagas não são remuneradas, são centralizadas em regiões distintas e as exigências são
grandes. Infelizmente também notamos um certo preconceito por parte dos próprios profissionais
da área que muitas vezes não facilita nas entrevistas ou não oferece o apoio necessário ao
estagiário quando este é contratado pela instituição.

(10º Slide)
Profissionais Recém Formados
Conseguir uma colocação como Assistente Social em início de carreira também é complicado, as
experiências exigidas são muitas e os salários quase nunca são compatíveis a todas as
atividades exercidas na função ocupada. Muitos profissionais acabam atuando em outras áreas,
mantém o registro no CRESS ativo, mas sem exercer a profissão.

(11º Slide)
O número de Assistentes Sociais no Brasil
“O Brasil tem hoje aproximadamente 200 mil profissionais com registro nos 27
Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS), um em cada estado.”

(12º Slide)
O setor que mais emprega assistente social
“Órgãos públicos municipais, estaduais e federais das áreas de Saúde, Assistência e
Previdência Social são os que mais empregam assistentes sociais no Brasil.” 
(13º Slide)
Fizemos um questionário com 15 perguntas básicas aos Assistentes Sociais – Superv.
De Campo

Perguntas:

1º - Com esse trabalho o SASF conseguiu maior Mobilização da Comunidade local?


R: Sim, pois conseguimos iniciar uma mudança na forma de pensar, agir e no território.

2º - As Secretarias, Entidades locais e as Lideranças comunitárias, são participativas? (o que


facilitaria na articulação de uma rede bem estruturada e fortalecida)
R: O contato com a rede deve ser freqüente, para que mais serviços façam valer as políticas
pública, na assistência social à rede da assistência funciona melhor, porém lutamos para que a
educação, saúde e habitação andem o mais juntas possíveis, o fortalecimento cresce bastante
com lideranças comunitárias.

3º - As famílias na região de atuação são amplamente atendidas? R: Não, pois temos


quantidade certa de cadastro e território delimitado.

4º - As condições para a atuação do assistente social dentro do SASF são satisfatórias? R: Não
temos sala para atendimento individual, não temos insalubridade, pois estamos sempre em risco,
o material muitas vezes não condiz com a demanda.

5º - Na sua experiência como assistente social vc se sente valorizada e respeitada como


profissional? R: Aprendi a pouco tempo, que meu carimbo tem poder, e com isso me sinto mais
respeitada e valorizada.

6º - Vc se sente satisfeita com as atividades realizadas ou acha que poderia ser feito algo a
mais? R: Acho que fazemos até a mais.

7º - De que maneira o Estado poderia auxiliar de forma mais efetiva para a realização de um
trabalho mais eficiente? R: Mais profissionais capacitados e éticos, valorização salarial,
fiscalização e ampliação dos equipamentos, materiais (de trabalho) novos, e verbas dignas para
o atendimento a população.
8º - Em sua opinião, a sociedade civil tem uma participação satisfatória dentro da assistência
social? R: Sim, com certeza, primeiro tem que saber quais são os direitos e deveres, e como
acessar.

9º - Qual o grau da sua participação na elaboração e gestão dos projetos realizados pela ONG?
Caso não tenha participação, tem outro assistente responsável por elaborar e gerir esses
projetos? R: Temos projetos em comum, todas as assistentes sociais da ong, tentamos colocar
em prática ao longo do ano, tais como: o ato de se reconhecer, que consiste em parabenizar os
titulares que estão aniversariando, demonstrando desta maneira como são especiais e
lembrados, o dia da beleza, que é um dia dedicado aos cuidados de beleza e manicure para
quem participa das reuniões, temos alguns critérios.

10º - Desde a sua graduação (fase de estágio) até os dias de hj, vc deve ter enfrentado muitos
obstáculos, poderia citar ao menos três deles? R: 1. Deixar claro que você está se capacitando e
por isso entende um pouco mais de determinadas coisas que outras pessoas 2. Elaboração de
relatórios e a diversidade deles e 3. Impor limites; sou assistente social que atua na assistência
social e não no assistencialismo.

11º - A Ong em seus diversos projetos se mantém com recursos próprios ou tem algum apoio do
Estado/Município? R: Tem convênio, parceiros com algumas empresas e editais.

12º - Na sua visão quais as mudanças são necessárias para que o Trabalho do Assistente
Social nos diversos equipamentos já existentes no Brasil seja mais amplo e alcance de forma
mais efetiva toda a população que se encontra em vulnerabilidade social?
R: Disponibilizando meios de transportes, ampliando as redes de apoio, realizando treinamentos,
reciclagens de conhecimentos com outras áreas como: Escolas, Postos de Saúde, Delegacias,
Conselhos Tutelares, enfim fortalecendo essa rede que precisa aprender a trabalhar junto e claro
o investimento de recursos financeiros.

13º - Os equipamentos oferecidos pelo Estado/Município na região de atuação são suficientes


para atender a população, o que falta e o que poderia melhorar? R: Não são suficientes,
precisamos de reconhecimento profissional, segurança, verbas dignas para que o serviço seja
feito de forma mais assertiva e efetiva, espaço mais amplo para um melhor atendimento. O nº de
equipamentos é irrisório diante da demanda de cada território.

14º - O Conselho Tutelar na região faz um trabalho com qualidade dentro da ética profissional
em parceria efetiva com o SASF e/ou ONG (PAC)? R: Não faz, temos dificuldade de diálogo e
encaminhamentos, ocorreu a alguns dias de imprimirem um e-mail do Sasf e entregar a família,
o que desvaloriza nosso serviço e põe em risco os profissionais que realizam visita no território.

15º - Hj o que faria você se sentir realizada e plena como profissional da Assistência Social? R:
Sentir os governos em todas as esferas olharem para nós como parceiros nos valorizando e
reconhecendo a importância do nosso trabalho diante da população em geral. Conseguir
realmente fazer valer minha carga horária, e realizar apenas as atividades de assistente social,
com segurança e qualidade.

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“Visão Geral da Rede Socioassistencial”
A Rede Socioassistencial é uma política social constituída por um conjunto de serviços,
programas, projetos e benefícios que compõem o Sistema Único de Assistência Social
(SUAS) e são prestados diretamente ao cidadão ou por meio de convênios com
organizações sem fins lucrativos.”

“ Os princípios e diretrizes da política devem assegurar garantias sociais, como


Segurança de Acolhida; Segurança de Sobrevivência e Renda e Segurança de Convívio
e Convivência. A política de assistência social, bem como seus serviços são designados
para o atendimento de todos, sendo pessoas de qualquer idade ou famílias que se
encontram em situação de privação, vitimização, exploração, vulnerabilidade, exclusão
pela pobreza, risco pessoal e social. “

A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) possui


serviços de referência, responsáveis por assegurar a qualidade das ofertas da rede
parceira. Além destes, a Secretaria possui rede pública de assistência social composta
por 1.314 serviços conveniados, com 343 Organizações da Sociedade Civil, que ofertam
237.102 vagas registrando, assim, uma das maiores Redes de Serviços
Socioassistenciais da América Latina.

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*CRASS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social)

Na cidade de São Paulo, existem 54 CRAS.


- Centro da Criança e do Adolescente (CCA);
- Centro para a Juventude (CJ);
- Núcleo de Convivência do Idoso (NCI);
- Centro de Convivência Intergeracional (CCInter);
- Serviço de Assistência Social à Família e Proteção Social Básica no Domicílio (SASF).
Os CRAS também realizam entrevistas para cadastro no CadÚnico mediante agendamento.

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“O Movimento Estadual da População em Situação de Rua de São Paulo estima que,


atualmente, 66 mil pessoas vivem em situação de rua na capital paulista”

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