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PROJETO INTEGRADOR II A

“Percepções da atuação do Assistente Social na contemporaneidade


ACADÊMICA
Daniane Sinara dos Santos Antunes

INTRODUÇÃO:

O Serviço Social é uma profissão inserida na divisão social e técnica do trabalho,


realiza sua ação profissional no âmbito das políticas socioassistenciais, na esfera pública e
privada. O Serviço Social atua na área das relações sociais, mas sua especificidade deve ser
buscada nos objetivos profissionais tendo estes que serem adequadamente formulados
guardando estreita relação com objeto. Essa formulação dos objetivos garante-nos, em parte, a
especificidade de uma profissão. Em consequência, um corpo de conhecimentos teóricos,
método de investigação e intervenção e um sistema de valores e concepções ideológicas
conformariam a especificidade e integridade de uma profissão. (José Filho, 2002, p.56)
No processo de ruptura com o conservadorismo, o Serviço Social passou a tratar o
campo das políticas sociais, não mais no campo relacional demanda da população carente e
oferta do sistema capitalista, mas acima de tudo como meio de acesso aos direitos sociais e à
defesa da democracia. Dessa forma, não se trata apenas de operacionalizar as políticas sociais,
embora importante, mas faz-se necessário conhecer as contradições da sociedade capitalista,
da questão social e suas expressões que desafiam cotidianamente os assistentes sociais, pensar
as políticas sociais como respostas a situações indignas de vida da população pobre e com isso
compreender a mediação que as políticas sociais representam no processo de trabalho do
profissional, ao deparar-se com as demandas da população.
A história do Serviço Social revela profissionais sempre prontos a oferecer soluções
urgentes às questões imanentes da relação capital-trabalho. Desde cedo, os assistentes sociais
marcaram a profissão com seu agir imediato, com a ação espontânea e com os traços de uma
prática tecnicista. O Movimento de Reconceituação inicia uma nova fase no Serviço Social,
muito mais aproximada de reflexões críticas e questionadoras do conservadorismo que
marcaram a profissão em seus anos iniciais.
Entrevista em Serviço Social

 Nome e idade:
Cristiane Aparecida da Costa, 31 anos.

 Em que ano você se formou?


Em 2013.

 Logo após a conclusão do Curso, você já ingressou no mercado de trabalho?


Não. A expectativa de conseguir um emprego na área era muito grande, porém não
consegui de imediato e tive bastante dificuldades. A concorrência é muito grande
como em qualquer área, mas realmente não é fácil. Sou assistente Social e conheço
muitos que já se formaram e estão na luta para entrar no mercado, a maioria das vagas
exige experiência. Tem os concursos públicos que são uma saída, mas precisa estudar
bastante porque a concorrência também não é fácil. Mas não me arrependo de forma
nenhuma de ter me formado, hoje tenho outra visão de mundo do qual muito me
acrescentou.
 Ao fazer uma breve retrospectiva, como você percebe a política de Assistência
Social antigamente e hoje?

É incontestável que ao longo de sua história, a assistência social sofreu diversos


reveses até se concretizar como política pública. Os desafios ainda são inúmeros,
principalmente no que se refere ao exercício profissional. O processo de renovação do
Serviço Social no Brasil durante o movimento de reconceituação, contribuiu para a
revisão das bases de fundamentação da profissão, possibilitando, com isso, uma
capacidade de leitura crítica da realidade social, com base no pensamento marxista. É
importante que na atualidade a perspectiva teórica seja reforçada, não apenas no
âmbito acadêmico, mas também nos espaços sociocupacionais, bem como na
intervenção direta do exercício profissional e também do respeito a esta importante
categoria que presta um papel de grande relevância para toda sociedade brasileira no
que tange o confronto com as realidades sociais. O Projeto Ético-Político em
consonância com o Código de Ética, aponta o norte de atuação, potencializando a
autonomia de atuação dos profissionais para a defesa e garantia de direitos.
 O que você pensa sobre a visão que as pessoas têm sobre o Serviço Social?

Acredito que ainda nos dias atuais o Serviço Social é visto por muitas pessoas como
caridade e até mesmo assistencialismo, ainda existe quem diga que o Assistente Social só
distribui cestas básicas, não entendem que a área da Assistência Social possui natureza
preventiva e protetiva, já o assistencialismo possui um caráter imediatista, onde busca
prover uma necessidade momentânea. As pessoas não entendem qual é a verdadeira
função da assistência social. É comum que o papel dos profissionais da área esteja
associado à ajuda aos necessitados e aos mais vulneráveis, embora esta também seja parte
das atribuições, ela não é a única. Afinal de contas, o assistente social visa, sobretudo,
proteger os direitos sociais, civis, políticos e econômicos da população. E isso não
depende de classe social, mas vale para absolutamente todos os cidadãos. Com esse
objetivo, nós profissionais fazemos as intervenções necessárias. É por meio da garantia de
qualidade de vida e dignidade para todos que vamos em busca de uma sociedade mais
justa.

 Na sua opinião, quais são os principais desafios da profissão?

Lidar com o público em vulnerabilidade, embora esta seja uma das maiores funções da
assistência social, é ao mesmo tempo um dos grandes desafios. Por mais preparados que
os profissionais estejam, não é fácil ter que encarar alguns dos aspectos mais dolorosos da
nossa sociedade. É por isso mesmo que não é qualquer um que tem a capacidade de
trabalhar na área. Lidar com pessoas em situações de vulnerabilidade exige competências
especiais para propor boas soluções. De nada adianta diversos serviços assistenciais
existirem, se as pessoas que deveriam usá-los não estiverem indo ao encontro a eles.
Infelizmente isso acontece bastante. Muitas famílias que precisam de suporte não sabem
que têm direito à assistência social. Geralmente, é porque a população não é bem
informada sobre os seus próprios direitos, o que precisam fazer para usar os benefícios
etc. Além disso, os próprios assistentes sociais não conseguem chegar a quem precisa. Até
mesmo por conta de problemas com o sistema de cadastro, por exemplo, eles não
conseguem localizar as famílias.
Referencial Teórico:

O surgimento e desenvolvimento do Serviço Social como profi ssão é resultado


das demandas da sociedade capitalista e suas estratégias e mecanismos de opressão social e
reprodução da ideologia dominante. Como profi ssão que surge de uma demanda posta pelo
capital, institucionaliza-se e legitima-se como um dos recursos mobilizados pelo Estado e pelo
empresariado, mas com um suporte de uma prática cristã ligada à Igreja Católica, na
perspectiva do enfrentamento e da regulação da chamada questão social que, a partir dos anos
30 (séc. XX), adquire expressão política pela intensidade das manifestações na vida social
cotidiana.

De acordo com Yazbek (2000b, p.92), terá particular destaque na estruturação do perfi
da emergente profissão no país a Igreja Católica, responsável pelo ideário, pelos conteúdos e
pelo processo de formação dos primeiros assistentes sociais brasileiros. Cabe ainda assinalar,
que nesse momento, a questão social é vista a partir de forte infl uência do pensamento social
da Igreja, que a trata como questão moral, como um conjunto de problemas sob a
responsabilidade individual dos sujeitos que os vivenciam, embora situados dentro de relações
capitalistas. Tratase de um enfoque individualista, psicologizante e moralizador da questão,
que necessita para seu enfrentamento de uma pedagogia psicossocial, que encontrará no
Serviço Social efetivas possibilidades de desenvolvimento.

O surgimento do Serviço Social está intrinsecamente relacionado com as


transformações sociais, econômicas e políticas do Brasil nas décadas de 1930 e 1940, com o
projeto de recristianização da Igreja Católica e a ação de grupos, classes e instituições que
integraram essas transformações. O Estado Novo visando garantir o controle social e sua
legitimação, apoia-se na classe operária por meio de uma política de massa, capaz ao mesmo
tempo de “defender” e de reprimir os movimentos reivindicatórios. Ele se constitui na “versão
brasileira atenuada do modelo fascista europeu”, ou seja, as diretrizes assumidas pelo governo
Vargas baseavam-se nos modelos corporativos europeus (Yazbek, 1980, p.24)

A política social no contexto mundial tem sua nascença em meados do século XIX, o
qual foi um período de intensa agitação da classe trabalhadora na Inglaterra. Esses
trabalhadores reivindicavam mais direitos trabalhistas e acessos a melhores condições de vida.
Durante o século XX, mais especificamente no Pós-Segunda Guerra Mundial, as políticas
sociais fizeram parte de um processo de combate às intervenções comunistas nos sindicatos e
na política.
A formação e constituição do início da colonização brasileira e os desdobramentos da
questão social no Brasil estavam longe de ter do Estado um olhar para a população
trabalhadora, este buscou privilegiar a classe burguesa, e os que detêm os meios de produção,
conforme vimos no capitulo anterior. O Brasil, em sua colonização, acabou gerando inúmeras
expressões da questão social, advindas da forma como se deu a ocupação desta terra.

Se as legislações sociais pré-capitalistas eram punitivas, restritivas e agiam na


intersecção da assistência social e trabalho forçado, o “abandono” dessas tímidas e repressivas
medidas de proteção no auge da revolução industrial lança os pobres à “servidão da liberdade
sem proteção”, no contexto de plena subsunção do trabalho ao capital, provocando o
pauperismo como fenômeno mais agudo decorrente da chamada questão social (BEHRING,
2011, p.51).

A política social no Brasil como conhecemos na atualidade percorreu um longo


caminho de luta de classes para chegar-se à efetivação da participação do Estado. Segundo
Vieira (1997, p.68), “[...] a política social brasileira compõe-se e recompõe-se, conservando
em sua execução o caráter fragmentário, setorial e emergencial, sempre sustentada pela
imperiosa necessidade de dar legitimidade aos governos[...]”. Historicamente, no Brasil, os
governos utilizam as necessidades da população a fim de se manter no poder e realizam ações
que garantam à população condições mínimas de sobrevivência.

A questão social criou diversas profissões na divisão-sócio técnica do trabalho, entre


elas o Serviço Social. Essa profissão teve como trabalho pioneiro a execução do
assistencialismo com as classes subalternas, que não vivem do trabalho e da classe
trabalhadora, com uma ótica metodológica da caridade, sendo assim, o capitalismo se
apropriou da profissão, para manter sua ordem hegemônica e criar o conformismo frente às
classes menos favorecidas durante os primeiros decênios do século (Iamamoto, 2007)

O trabalho do assistente social dentro da proteção social básica estará voltado à


prevenção de situações que coloquem em risco o vínculo social e familiar, a função da
proteção social básica, esta diretamente ligada aos direitos sociais básicos da pessoa humana.

A Proteção Social Básica é uma área de trabalho onde se poderia realizar muitas
coisas: possibilidade de mudança na vida dos usuários da política; emancipação dos mesmos;
reconhecimento e protagonismo dos indivíduos; e o objetivo principal a prevenção da
violação de direitos. Nesse sentido existe sim, a insatisfação em trabalhar nesta área, já que
não é possível realizar tudo o que foi mencionado, por isso na minha visão deveria ser
alterada a execução do Estado perante a Proteção Social Básica; priorizando principalmente
as equipes de referência e os equipamentos locais de trabalho da básica – CRAS. (Ass. Social,
2021).

O Serviço Social brasileiro contemporâneo apresenta uma feição


acadêmicoprofissional e social renovada, voltada à defesa do trabalho e dos trabalhadores, do
amplo acesso a terra para a produção de meios de vida, ao compromisso com a afirmação da
democracia, da liberdade, da igualdade e da justiça social no terreno da história. Nessa direção
social, a luta pela afirmação dos direitos de cidadania, que reconheça as efetivas necessidades
e interesses dos sujeitos sociais, é hoje fundamental como parte do processo de acumulação de
forças em direção a uma forma de desenvolvimento social inclusiva para todos os indivíduos
sociais.

Esse processo de renovação crítica do Serviço Social é fruto e expressão de um amplo


movimento de lutas pela democratização da sociedade e do Estado no país, com forte
presença das lutas operárias, que impulsionaram a crise da ditadura militar: a ditadura do
grande capital (IANNI, 1981).

Tal processo condiciona, fundamentalmente, o horizonte de preocupações emergentes


no âmbito do Serviço Social, exigindo novas respostas profissionais, o que derivou em
significativas alterações nos campos do ensino, da pesquisa, da regulamentação da profissão e
da organização políticocorporativa dos assistentes sociais.

Os assistentes sociais atuam nas manifestações mais contundentes da questão social,


tal como se expressam na vida dos indivíduos sociais de distintos segmentos das classes
subalternas em suas relação com o bloco do poder e nas iniciativas coletivas pela conquista,
efetivação e ampliação dos direitos de cidadania e nas correspondentes políticas públicas.

Os espaços ocupacionais do assistente social têm lugar no Estado – nas esferas do


poder executivo, legislativo e judiciário –, em empresas privadas capitalistas, em
organizações da sociedade civil sem fins lucrativos e na assessoria a organizações e
movimentos sociais

Nesses espaços profissionais os(as) assistentes sociais atuam na sua formulação,


planejamento e execução de políticas públicas, nas áreas de educação, saúde, previdência,
assistência social, habitação, meio ambiente, entre outras, movidos pela perspectiva de defesa
e ampliação dos direitos da população. Sua atuação ocorre ainda na esfera privada,
principalmente no âmbito do repasse de serviços, benefícios e na organização de atividades
vinculadas à produção, circulação e consumo de bens e serviços. Mas eles(as) também
marcam presença em processos de organização e formação política de segmentos
diferenciados de trabalhadores (CFESS, 15/05/2008).

A complexidade da realidade social na contemporaneidade traz para o Serviço Social


novos desafios para a intervenção profissional, exigindo uma redefinição nos parâmetros
teóricos, metodológicos, éticos e políticos.

Para Mota (1998), na atual conjuntura, os desafios postos aos profissionais se dão no
âmbito das novas modalidades de produção e reprodução social da força de trabalho. A autora
avalia que a principal tarefa imposta ao Serviço Social consiste na identificação do conjunto
das necessidades (políticas, sociais, materiais, culturais), tanto do capital, quanto do trabalho,
que são subjacentes às exigências de sua refuncionalização. Há, portanto, necessidade de se
“refazer – teórica e metodologicamente - o caminho entre a demanda e as suas necessidades
fundantes, situando-as na sociedade capitalista contemporânea, com toda a sua complexidade”
(p.26).

A redefinição do trabalho profissional no setor público encontra-se alicerçada na


percepção das contradições das lutas populares pela consolidação dos direitos constitucionais
num contexto de redução de direitos. Constata-se que na atualidade a perspectiva das
reformas do Estado há um encaminhamento para a destruição dos serviços públicos
existentes, o que significa a redução dos espaços de inserção profissional, além do
redimensionamento das funções profissionais diante da limitação da esfera estatal.

Diante desse re-ordenamento das funções o Estado, imposto pelo quadro de crise do
capital, surgem novas requisições no campo profissional do assistente social, que são
impulsionadas pelo movimento de reconstrução das classes subalternas em busca da
construção de um novo projeto societário. Sendo assim, os grandes desafios impostos ao
Serviço Social na contemporaneidade se direcionam para o engajamento nas lutas sociais, a
incorporação de um projeto ético-político voltado para a construção de uma sociedade
igualitária, justa e inclusiva, e a recuperação da crença de que os sujeitos históricos são
capazes de construírem novos padrões de sociabilidade. Acreditar, portanto, na possibilidade
de um mundo melhor.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Podemos concluir que, Serviço Social tem sua gênese marcada por aspectos
filantrópicos, caritativos, ações clientelistas e na solidariedade religiosa, percorrendo uma
longa trajetória. Desenvolve-se como uma profissão reconhecida na divisão sóciotécnica do
trabalho, e é, portanto uma profissão histórica que comporta influências do contexto político,
econômico e social de cada época, tomando para si a realidade social enquanto objeto de
intervenção profissional.

Os Assistentes Sociais são desafiados aos tempos de crises, ao enfrentamento das


expressões da questão social, sobretudo para a defesa do trabalho e para a organização dos
trabalhadores em um processo de globalização do capital, que se configura como um
movimento ideológico e que aparece como uma categoria fundamental, pois altera as funções
do Estado que mesmo assim continua sendo o principal empregador da categoria profissional.

Atualmente ocorrem mudanças no espaço ocupacional do Serviço Social, onde é


possível perceber o crescimento das demandas, ou seja, concebem-se novas imputações para o
Serviço Social que paralelo a isso está à possibilidade de expansão de um mercado nacional
de trabalho, onde se configura um novo perfil profissional, novos métodos de seleção ao
exercício profissional e o espraiamento da categoria profissional nos pontos de trabalho,
entretanto, é possível enxergar esta expansão como uma nova estratégia do Estado na
perspectiva do controle da Questão Social.

O profissional vai trabalhar com a Questão Social e suas diversas expressões por meio
das políticas sociais, públicas, empresariais, de organizações da sociedade civil e movimentos
sociais, passando a ser objeto de intervenção da profissão. Dessa forma é importante conhecer
as contradições da sociedade capitalista, da questão social e suas expressões, que trazem um
desafio cotidiano para os profissionais. É preciso também, assimilar o processo de trabalho
profissional, ao deparar-se com as demandas da população.

Como profissão, o Serviço Social, surge de uma demanda posta pelo capital,
institucionaliza-se e legitima-se como um dos recursos mobilizados pelo Estado e pelo
empresariado, com a finalidade de atender as necessidades da classe burguesa, no entanto é
necessário não perder de vista seu compromisso com a classe trabalhadora. Esse processo de
institucionalização e legitimação do Serviço Social insere o mesmo na divisão sóciotécnica do
trabalho e traz uma desvinculação com as origens da igreja, porém não supera o
conservadorismo, pois o Estado cria e se associa a instituições fazendo com que a assistência
deixe de ser um serviço prestado exclusivamente pelas instituições privadas.

Refletir o Serviço Social na contemporaneidade é antes de tudo perceber a realidade


política, econômica, social e cultural da sociedade analisada. As mudanças típicas de um novo
ciclo de expansão do capitalismo, especificamente a globalização impõe novos desafios ao
Serviço Social, que no contexto desta nova realidade, implica ao profissional assumir uma
postura de resistência e reflexão madura, que negue o estado das coisas como fatalistas e
predestinadas historicamente.

O Serviço Social não atua apenas sobre a realidade, mas atua na realidade [...] a
conjuntura não é pano de fundo que emolduram o exercício profissional; ao contrário são
partes constitutivas da configuração do trabalho do Serviço Social devendo ser apreendidas
como tais. (IAMAMOTO; CARVALHO: 2007; p. 55).

Ao compreendermos que o Serviço Social exerce seu fazer profissional no contexto de


contradição e luta de classes fundamentais: burguesia e proletariados e que nos espaços
sócioocupacionais o Assistente social participa do processo de reprodução das relações
sociais, fazendo com que a mesma ação interventiva atenda aos interesses das duas classes
sociais, entendemos que cabe ao profissional estar capacitado buscando estratégias de
enfrentamento, sem perder de vista os princípios da ética profissional e a perspectiva da
transformação da ordem social vigente
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________________O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e formação


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