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AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus primeiramente por me manter firme nessa árdua caminhada, e me
manter firme quando eu pensei em desistir. A minha família que foram cruciais para
eu não perder o meu foco. Ao meu esposo que sempre esteve ao meu lado, me
incentivando e apoiando sempre, acima de tudo é um grande amigo. Aos meus
filhos por compreenderem as várias horas em que me fiz ausente. Agradeço
também aos meus irmãos e meus amigos que com demonstração de carinho
estiveram sempre ao meu lado me apoiando e me dando forças.
O sonho é seu e de mais ninguém, você é o
único que pode construir o seu sonho ou
destruir o seu sonho, ninguém mais poderá
fazer isso.... Você pode, você consegue, se
tão somente você se entregar àquilo que
você acredita...
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................7
3 AMAMENTAÇÃO................................................................................................... 16
3.1 A NECESSIDADE DO INCENTIVO AO ALEITAMENTO
MATERNO..................................................................................................................18
3.2 A DESCISÃO DE AMAMENTAR..........................................................................21
3.3 PERÍODO DE AMAMENTAÇÃO........................................................................ 22
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................30
REFERÊNCIAS..........................................................................................................33
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1 INTRODUÇÃO
tinha mamado em outra mulher, não sossegavam enquanto a criança não colocasse
para fora todo o leite estranho.
Acredita-se que todas as mães da Antiguidade amamentaram. Desde
as histórias de deusas mitológicas até as camponesas foram retratadas
amamentando seus filhos. Até mesmo Maria, mãe de Cristo, o alimentou com leite
materno. Naqueles tempos, a amamentação simbolizava a dedicação da mãe para
com seu filho, uma graça considerada “divina”. Era uma atividade vivida de forma
coletiva, com uma rede de mulheres se apoiando no ato de alimentar os bebês.
E como ainda era considerada uma relação íntima, a amamentação era
restrita a apenas mães e filhos. Mesmo as grandes damas gregas, que reservavam
todos os demais cuidados para uma servente ou escrava, amamentavam em sua
maioria. Mas pouco tempo depois isso mudou, especialmente quando a história
chega às romanas.
Seus filhos eram amamentados por uma nutriz, quase sempre escrava.
E a razão é puramente paternalista: as mulheres precisavam estar prontas logo para
uma nova gravidez e a amamentação tomavam muito do seu tempo. E para manter
essa tradição, até médicos apoiavam esse modelo.
Há registros de um médico que viveu no século II depois de Cristo,
chamado Soranos, onde afirma que o leite materno é o melhor alimento para a
criança, desde que seja amamentada por outra mulher e não a mãe que a carregou
na barriga. O médico chega a definir um modelo “ideal” de nutriz, cuja descrição
pode ser encontrada em outros documentos da história da amamentação até o
século XIX.
Mais tarde, com o crescimento das cidades e a posição de prestígio
das ricas famílias burguesas, a amamentação continuava sendo vista como uma
tarefa para uma empregada e não um hábito à altura das senhoras nobres. A elas,
seus filhos deviam apenas respeito e uma relação distante.
Enquanto bebês, as crianças eram amamentadas por camponesas
pobres e, na maioria das vezes, tinham que morar com elas no campo, enquanto
seus pais viviam a rotina luxuosa na cidade. E após o desmame, eram enviados
para instituições de ensino longe de casa ou criados por governantas.
No final do século XVIII, até as famílias mais modestas entregam seus
filhos a nutrizes. Mas a razão é a Revolução Industrial, que levava as mulheres para
o trabalho nas fábricas e ocupa o tempo que elas teriam para amamentar. A
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amamentação vira uma profissão para muitas mulheres, que têm pouco para
sobreviver. É a partir daí que a indústria da nutriz começa a se firmar como um
importante elo da sociedade e, logo, passa a sofrer desconfianças.
Com a pobreza acentuada, como essas mulheres poderiam cuidar bem
dos filhos da nobreza? Por isso, no século XIX, a nutriz passa a ser contratada para
ficar na casa da família. A mudança também serve para garantir a qualidade do leite,
de uma mulher bem tratada, porém domesticada.
2. 1 A mamadeira
3 AMAMENTAÇÃO
maioria das mulheres define os padrões de alimentação que espera praticar com
seu filho.
O procedimento e a prática do aleitamento, embora de simplicidade
fisiológica, requerem um conjunto de condições interacionais entre a mãe e o bebê
(SILVA, 2004a).
É de relevância haver promoção do aleitamento materno, pois é uma
atuação com o compromisso de informar as mulheres dos benefícios da
amamentação, das desvantagens do uso de leites não humanos e devem ser
aconselhadas tudo quanto se refere aos procedimentos da amamentação, para
aumentar a sua capacidade e confiança (HORTA, 2007).
Existem vários métodos admissíveis de impactuar o aleitamento
materno na sociedade. Da mesma maneira uma política de saúde alentando o
aleitamento materno, com o auxílio dos profissionais de saúde, tem mostrado uma
influência positiva nos padrões de aleitamento materno (ARAÚJO et al., 2003a).
Uma outra maneira efetiva de promover o aleitamento materno é
através das visitas domiciliares pós-parto. Neste momento as mães encontram
dificuldades para amamentar e não podem contar com a ajuda dos profissionais do
hospital, o que leva muitas vezes ao desmame precoce devido à falta de informação
e orientação adequada. Certamente as visitas domiciliares pós-parto não
representam uma ideia nova como promoção ao aleitamento e materno (OPAS,
2001)
De acordo com França et.al, (2007, p.14 ), as campanhas que se
caracterizam em atos, incentivos e promoções para informar as mães sobre os
benefícios da amamentação são admiráveis e devem ser excitadas. Contudo,
algumas ações podem colaborar expressivamente para acrescentar maior prazo ao
tempo em que a lactante for amamentar seu bebê.
É manifestada a obrigação de habilitação do profissional de saúde para
agir na proteção e no auxílio da promoção e incentivo do aleitamento numa forma
que supere as questões biológicas, envolvendo a mãe em todas as suas extensões
de se sentir realizada como mãe e mulher. Visando com isso potencializar a atuação
a orientação da arte de amamentar (ARAUJO, et al, 2007).
Como o leite materno é um produto natural com qualidade indiscutível
e nutricionalmente inigualável, os profissionais de saúde devem dar uma ênfase
maior ao ato de amamentar (VENÂNCIO, 2003).
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saúde da família, mas o enfermeiro tem uma missão ainda mais detalhada, já que
além de elaborar planos de ações, o mesmo deve executá-los, supervisioná-los e
ainda adequá-los no decorrer do seu desenvolvimento. Cabe ao enfermeiro
acompanhar dedicadamente as gestantes desde o início da gravidez e se estender
até o período de puerpério, realizando inclusive, a visita domiciliar no puerpério
imediato, prestando uma assistência mais eficaz e incentivando de perto o
aleitamento materno. Isto porque muitas mães desistem de amamentar desde os
primeiros dias de vida do RN (BERNARDI; GAMA; VITOLO, 2011).
Os profissionais de saúde devem estar conscientes de que suas
práticas poderão ser grandes auxiliadoras no processo de incentivo ao aleitamento
materno, mas o que deve atentar é a forma com que irá desempenhar seu papel,
visto que é importante suas visitas domiciliares no puerpério imediato, além de
observar o estado físico da puérpera e do RN. É importante dar espaço para a
criação do vínculo onde a mãe sinta-se à vontade para expor seus anseios e
dificuldades, estabelecendo assim um elo entre ambos e uma promoção à saúde
mais efetiva (BATISTA; FARIAS; MELO, 2013).
Nos tempos de hoje a mulher tem uma série de tarefas, ocupações que
a divide e a obrigada a priorizar algumas ações ou atitudes. Há leis que protegem a
mulher e beneficiam a lactação. A licença maternidade permite, a depender da
instituição, quatro ou seis meses para o aleitamento materno.
Nós profissionais de saúde somos responsáveis pela transmissão das
informações e conhecimentos de modo a sensibilizar a futura mamãe ainda gestante
e de forma bastante ética, sabendo ouvir e entender sempre que preciso. Durante o
período do pré-natal temos muitas oportunidades para abordarmos o tema
aleitamento materno. É importante que se inicie desde então. É possível envolver
outros profissionais e os familiares.
De acordo com (Manual de Aleitamento Materno, 2008)
acontecimentos ligados às práticas hospitalares durante o parto, no período do pós-
parto imediato e durante a estada da mãe e do bebé no hospital podem influenciar
positiva ou negativamente o estabelecimento da lactação e a duração do
aleitamento materno. Aqueles fatores por si só, ou em interação uns com os outros,
podem contribuir para o sucesso ou, pelo contrário, pôr em perigo a amamentação.
Chegar ao puerpério consciente, sensibilizada e determinada à prática
da amamentação só trará benefícios a ambos. Lembrando que a presença da
enfermagem deve acontecer sempre que necessário ou solicitado, visto que as
dúvidas podem surgir mesmo com todo o preparo prévio e decisão mantida para a
amamentação. E o fato de insucessos com gestações anteriores não indicam
insucessos sempre.
comum nos primeiros dias do puerpério. Cuidados como manter as mamas secas,
não usar cremes ou pomadas também ajudam a prevenir as rachaduras.
A assistência prestada pela enfermagem desde o pré-natal e
principalmente, durante o puerpério, leva a identificação precoce dos riscos do
insucesso da lactação.
De acordo com Figueiredo (2003), vários fatores podem atrapalhar a
nutriz no aleitamento materno, como ausência de um modelo para seguir, receber
informações incorretas, conviver com pessoas que não acreditam na amamentação,
desconhecer as causas do choro do bebê, preocupação com a estética,
amamentação como um ato doloroso, baixa autoconfiança pelo desempenho
materno, confiar mais em leites artificiais do que no próprio leite, entre muitas outras
coisas.
Estudos realizados por Tamez (2002), aponta a idade da mãe, a
aceitação da gravidez, a prática em amamentação, os problemas com a mama e o
mamilo, o acesso ao leite artificial, a exposição a substitutos do leite materno, a
orientação dos profissionais de saúde, os tabus alimentares, e a falta de
conhecimento dos valores nutricionais do leite materno como fatores críticos
relacionados à dificuldade inicial no estabelecimento da amamentação.
Segundo Oliveira, Patel e Fonseca (2004), a dificuldade que mais
atrapalha no processo de amamentação são as cólicas, dor nos mamilos, seguida
pelo ingurgitamento mamário, posicionamento do recém-nascido ao seio materno,
além da crença de possuir leite fraco.
Entre as ações criadas para promover o Aleitamento Materno pode-
se incluir a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), foi idealizada em 1990 pela
Organização Mundial da Saúde (OMS), e pelo Fundo das Nações Unidas para a
Infância (UNICEF), para promover, proteger e apoiar o aleitamento materno,
destacando-se entre os dez passos para o sucesso do aleitamento materno. O
objetivo é mobilizar os funcionários dos estabelecimentos de saúde para que mudem
condutas e rotinas responsáveis pelos elevados índices de desmame precoce. Em
1992, o Ministério da Saúde e o Grupo de Defesa da Saúde da Criança, com o apoio
do UNICEF e da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), deram os
primeiros passos.
No Brasil há 335 Hospitais Amigo da Criança, sendo que na região
norte são 21 hospitais e no estado do Tocantins são dois hospitais. Sendo eles:
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que sempre são difíceis por causa da novidade a que a mulher se descobre, com o
fato de passar a ser mãe, considerando também a situação de desconforto ou ainda
o surgimento de fissuras no seio; esses fatores juntamente à falta de incentivo à
prática do aleitamento podem se tornar um agravante para o desmame precoce e
prejudicar no estado nutricional da criança.
Os profissionais de enfermagem devem encontrar, conjuntamente
com as mães, formas de superação das dificuldades vivenciadas, evitando o uso de
linguagem e comunicação rígidas, que as façam se sentir culpadas quando muitas
vezes não dispõem de suporte para amamentar (ICHISATO, 2002).
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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profissionais de saúde: revisão integrativa da literatura. Rev. paul. pediatr., São
Paulo, v. 33, n. 3, p. 355-362, Sept. 2015.
Barreto CA, Silva LR, Christoffel MM. Aleitamento materno: a visão das puérperas.
Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2009;11(3):605- 11.
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que influenciam o desmame precoce breastfeeding: factors affecting the early
weaning Revista Científica FacMais, Volume V, Número 1. Ano 2016/1º Semestre.
ISSN 2238-8427.
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