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PERCEPÇÃO DO ENFERMEIRO EM
RELAÇÃO À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Tucuruí-PA
2022-1
JAQUELINE DA SILVA SANTOS DE OLIVEIRA
PERCEPÇÃO DO ENFERMEIRO EM
RELAÇÃO À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Tucuruí-PA
2022-1
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, segundo ao
meu pai, mãe, filho e meu marido que estiveram ao meu
lado e me acompanharam todo este tempo de graduação.
AGRADECIMENTO
Agradeço por primeiro lugar a Deus por ter me sustentado do começo ao fim
deste curso, por ele sempre me reerguer quando eu precisava e por ainda o fazer.
Ao meus amados pais agradeço pelo tempo em que esteve presente em vida,
que pela sua presença permanente, amor e dedicação me mostrou com exemplos no
dia a dia, e em especial durante os cinco anos do meu curso, seus ensinamentos me
mantiveram forte e me deram forças para continuar.
Enfim, agradeço a todo incentivo que recebi da parte de cada pessoa que
colaboraram para minha formação, minha gratidão será eterna.
RESUMO
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 7
2. OBJETIVOS ....................................................................................................... 8
3. A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER COMO UM PROBLEMA DE SAÚDE
PÚBLICA ................................................................................................................... 9
4. A UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE .................................................................... 13
5. O CUIDADO DE ENFERMAGEM E A MULHER VITIMA DE VIOLENCIA ....... 16
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 18
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 19
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1. INTRODUÇÃO
A violência contra a mulher, também chamada de violência de gênero é
qualquer atitude que tenha causado sofrimento psicológico, físico ou sexual, ocorre
tanto no espaço privado quanto no espaço público e pode ser cometida por familiares
ou outras pessoas que vivem no mesmo domicílio sendo com relação interpessoal em
que o agressor conviva ou tenha convivido com a mesma, que tenha sofrido entre
outros, maus tratos, violação e abuso sexual (ANDRADE,2008).
Na perspectiva das enfermeiras, a violência contra a mulher foi representada,
majoritariamente, como uma ação de covardia associada à agressão psicológica,
agressão física, tristeza e maus tratos (LEAL, 2009).
A política nacional de atenção básica (PNAB) Caracteriza a APS como um
espaço composto de ações de saúde, com o âmbito individual e coletivo é que
abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico,
o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com a
finalidade de desenvolver uma atenção integral que impacta na situação de saúde e
autonomia das pessoas, bem como nos determinantes e condicionantes de saúde das
coletividades. (BRASIL,2012)
Portanto, o cuidar em enfermagem a mulher na situação de violência doméstica
volta-se para uma ação que exige um domínio da habilidade do profissional, ou seja,
saber-fazer. Entretanto, é nessa relação de ser cuidador e do ser cuidado, que se
incorpora a intersubjetividade, no momento em que é estabelecida uma interação
através da linguagem. Assim, é se cuidar técnico em enfermagem também permite
uma aproximação do ser na sua existência humana (MORAIS, 2010,p.157).
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2. OBJETIVOS
2.1 GERAL
2.2 ESPECIFICOS
Esse passo foi decisivo para que o Brasil viesse a ser condenado
internacionalmente e obrigado a cumprir as recomendações impostas por
aquela Corte Internacional, o que resultou na conclusão do processo e
prisão do agressor de Maria da Penha. Na sequência, foi criada a Lei
Federal nº 11340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, que coíbe a
violência doméstica e familiar através da prevenção e proteção da mulher
em situação de violência e punição do agressor. A Lei Maria da Penha
determina ainda a desconstrução da cultura machista através da educação
e a criação de políticas públicas que atendam a sua implementação
(BRASIL, 2010b, p.178).
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causa de morte e deficiência entre as mulheres, 23% das mulheres do nosso país
estão sujeitas a essa condição que podemos com toda certeza chamar de desumana.
A violência contra a mulher em 40% dos casos resulta em lesões corporais graves
decorrentes de socos, tapas, chutes, encarceramento, queimaduras, espancamentos
e estrangulamentos entre outros, sendo que de mortes e assassinatos os números
são ainda piores 70% das mulheres que foram assassinadas no Brasil foram mortas
por seus maridos ou companheiros (UNIFEMM, s.a).
Durante o período de 2009 a 2012 o Sistema de Informação de Agravos de
Notificação (SINAN) mostrou 256.428 casos de violência registrados, desses 65,94%
são violência contra a mulher tendo como faixa etária com maior número de ocorrência
de 15 a 39 anos e como principal tipo a violência física com 69,13% dos casos,
seguido pela Psicológica/Moral com 25,38% dos casos e a sexual com 15,54%. A
moradia é ainda onde ocorre a maior parte dos casos registrados dessa violência, com
53,80% e os principais agressores são os maridos ou ex-maridos com 35.714 casos.
O atendimento prestado geralmente no serviço de saúde é ambulatorial com 120.961
casos, entretanto 42.120 casos são mais graves e chegam a ser internados e até
mesmo hospitalizados tendo 5.149 que apresentam evolução para óbitos pela
violência (OMS, s.a).
Os dados citados anteriormente confirmam que 17,26% de 10.000 mulheres
brasileiras sofrem algum tipo de violência nos diferentes locais em que convivem tanto
na residência quanto no trabalho (OMS, s.a).
Considerando que a violência doméstica contra a mulher é de fato um grave
problema de Saúde Pública, e que estas mulheres aportam no SUS, faz-se
necessário, conforme Pedrosa e Spink (2011), refletir sobre como estes serviços estão
preparados para atender mulheres nesta situação.
Neste mesmo sentido, Signoreli, Auad e Pereira (2013) sugerem que, por essas
mulheres serem frequentadoras assíduas dos serviços de saúde, por conta dos
agravos associados à violência, reconhecer como os serviços operam no contexto em
relação à mulher, profissional e serviço de saúde, podendo servir como objeto
essencial para a compreensão desde complexo problema, bem como para a
construção de estratégias que visem à minimização das consequências provenientes
da violência.
A atenção disponibilizada à mulher, principalmente na Unidade Básica de
Saúde (UBS) constitui, portanto, elemento essencial para a construção de estratégias
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frente à violência doméstica. Tais métodos auxiliam também, para redução das
mulheres vulneráveis a este quadro e ainda promove a saúde (PEDROSA; SPINK,
2011).
A UBS como atenção primária à saúde, geralmente é a porta de entrada da
população na Rede de Atenção. Por conta desses fatores e por estar inserida na
comunidade, possibilita um maior vínculo da comunidade com a unidade que por sua
vez este poderá ser o primeiro contato da mulher agredida com um serviço de saúde,
seja pela procura de aconselhamento ou mesmo durante uma consulta onde o
profissional suspeite da violência real ou presumida. Desse modo, todas as categorias
profissionais devem estar alerta e dispor de conhecimento para lidar com situações
que configuram violência doméstica e familiar e exijam tomada de decisão.
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A violência contra a mulher não é um ato recente na sociedade, embora
atualmente tenha ganhado grande notoriedade com a criação da lei Maria da Penha
ela ainda persiste em grande escala, porém, é subnotificada e pouco denunciada
devido ao medo e maiores represálias que a vítima sofre, como visto, o enfermeiro
Tem grandes contribuições para o enfrentamento deste problema visto que, um vasto
número de mulheres procura a unidade básica de saúde diariamente. No entanto,
essa rede de atenção à vítima precisa de grandes mudanças principalmente na
comunicação multidisciplinar No que tange o acolhimento e resolutividade da violência
no respaldo jurídico haja vista que o enfermeiro precisa de um treinamento para o
desenvolvimento de Pendências relacionadas ao encaminhamento da vítima que
pode ser facilmente oferecido pela Secretaria de saúde municipal através de
conferências, reuniões, simpósios.
O combate à violência contra a mulher se faz necessário pelo planejamento e
manejo das políticas públicas que sejam mais eficazes e que possam fortalecer o
atendimento em rede no âmbito federal estadual e municipal, dando a mulher
segurança para denunciar para que seja restabelecida a sua Liberdade e direitos
assegurados.
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REFERÊNCIAS
BOTT, Sarah et al. In Latin America and the Caribbean: A comparative analysis of
population-based data from 12 countries. Nw Washington: Organização Pan-
americana da Saúde/organização Mundial de Saúde, 2013. 156 p. Disponível
em:<http://www.paho.org/hq/index.php?option=com_docman&task=doc_view&gid=2
1426&Itemid=>. Acesso em: 13 out. 2015.
compromissoeatitude-ipg.sfo2.digitaloceanspaces.com/2014/02/1_3_criacao-e-
aprovacao.pdf. Acesso em: 02 nov. 2020.
PEDROSA, Claudia Mara; SPINK, Mary Jane Paris. A Violência Contra Mulher no
Cotidiano dos Serviços de Saúde: desafios para a formação médica. Saúde Soc.,
São Paulo, v. 20, n. 1, p.124-135, jan. 2011. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v20n1/15.pdf>. Acesso em: 17 set. 2015.
SCHRAIBER, Lilia et al. Violência dói e não é direito: A violência contra a mulher,
a saúde e os direitos humanos. São Paulo: Unesp, 2005. Disponível em:
<https://books.google.com.br/books?id=E4WZbqDAp5sC&printsec=frontcover&dq=p
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