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UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM

ANA MARIA PORFIRIO ALVES

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR EM


ENFERMAGEM

TUCURUÍ/PA
2023

0
ANA MARIA PORFIRIO ALVES

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR EM


ENFERMAGEM

Relatório de Estágio em Enfermagem apresentado como


requisito parcial para a integralização curricular.

Orientador: Prof. Eliana Priscila Azevedo da Silva

TUCURUÍ/PA
2023

1
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 4
2 DESENVOLVIMENTO: APROXIMAÇÃO TEÓRICO PRÁTICA ........................... 6
2.1 Apresentação e contextualização das ações gerenciais do enfermeiro da
unidade ....................................................................................................................... 6
2.2 Apresentação e contextualização das ações assistenciais do enfermeiro da
unidade ....................................................................................................................... 7
2.3 Experiências pessoais ...................................................................................... 8
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 11
4 ANEXOS ............................................................................................................ 12
4.1 ANEXO – A termo de validação do relatório de estagio .............................. 12
4.2 ANEXO - B – PLANO COVID-19 .................................................................... 13
4.2.1 ATIVIDADE I - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde .......... 13
4.2.2 Características dos resíduos ....................................................................... 15
4.2.3 Classificação de resíduos saudáveis (RSS ) .............................................. 16
4.2.4 Infectantes – Grupo A ................................................................................. 17
4.2.5 Radioatividade - Grupo C............................................................................ 20
4.2.6 .SEGREGAÇÃO NA ORIGEM .................................................................... 21
4.2.7 TRATAMENTO PRÉVIO ............................................................................. 22
4.2.8 ACONDICIONAMENTO .............................................................................. 22
4.2.9 CRITÉRIOS PARA ACONDICIONAMENTO DE RSS ................................ 23
4.2.10 COLETA INTERNA DO PONTO DE GERAÇÃO ATÉ O
ARMAZENAMENTO INTERMEDIÁRIO .................................................................... 25
4.2.11 Coleta e Transporte Interno ........................................................................ 25
4.2.12 ARMAZENAMENTO EXTERNO (DEPÓSITO DE RESÍDUOS).................. 27
4.2.13 FLUXO DE COLETA INTERNA DOS RESÍDUOS ...................................... 28
4.2.14 COLETA E TRANSPORTE EXTERNO....................................................... 28
4.2.15 TRANSBORDO DOS RESÍDUOS .............................................................. 28
4.2.16 TRATAMENTO DOS RESÍDUOS ............................................................... 29
4.2.17 DISPOSIÇÃO FINAL................................................................................... 30
4.3 ATIVIDADE II .................................................................................................. 30
4.3.1 2.Referenciamento do paciente para unidade básica de saúde ................. 30
4.3.2 . Carta de Referência .................................................................................. 31

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4.3.3 INDICAÇÕES DA SONDA NASOENTERAL .............................................. 33
4.3.4 . RETIRADA ACIDENTAL DA SONDA ....................................................... 34
4.3.5 Retorno ambulatorial ................................................................................... 34
4.4 ATIVIDADE III ................................................................................................. 35
4.4.1 O papel do Enfermeiro na alta hospitalar .................................................... 35
4.4.2 Orientação para a família cuidar do tubo endotraqueal em casa. ............... 36
4.5 ATIVIDADE IV ................................................................................................ 43
4.5.1 Dimensionamento do pessoal de enfermagem ........................................... 43
4.5.2 Indicadores da assistência hospitalar ......................................................... 44
4.5.3 Educação Continuada ................................................................................. 45
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 50

3
1 INTRODUÇÃO

O trabalho de enfermagem, assim como o trabalho em saúde, lida com o objeto


humano, sendo uma atividade relacional que se dá sempre no encontro com outro
sujeito, integrando a prestação de serviços à saúde. O profissional enfermeiro, inserido
no trabalho em saúde, deve se apropriar de uma postura inovadora, ser crítico-criativo,
e consciente de suas responsabilidades ética, política e profissional. Para isso, é
necessário que desenvolva competências gerais, e as competências só se manifestam
na atividade prática, ou seja, para o acadêmico de enfermagem, durante o estágio
supervisionado, onde é avaliado quanto às competências nele utilizadas.

A vivência do estágio supervisionado propicia ao acadêmico de enfermagem o


desenvolvimento de diferentes habilidades e competências necessárias à sua
formação. O contexto do trabalho estimula o desenvolvimento da autonomia,
responsabilidade, liberdade, criatividade, compromisso, domínio da prática e de seu
papel social, aprofundamento e contextualização dos conhecimentos, assumindo uma
práxis transformadora.

Neste contexto, o presente relatório trata-se do Estágio Supervisionado do curso


de Enfermagem, realizado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e no Hospital
Municipal de Tucuruí no qual consiste em um estabelecimento de saúde tipo Hospital
Geral que executa serviços de saúde na localidade da cidade Tucuruí - PA. O estágio
ocorreu na ala da Maternidade, onde na unidade foram feitas observações,
coparticipação e intervenção em diversos procedimentos. Na unidade é realizado o
atendimento à mulher antes, durante e depois do parto até sua alta. No decorrer do
Estágio, foi vivenciado como acadêmico de enfermagem o cuidado integral a puérperas,
recém-nascidos e gestantes de alto de risco na Maternidade. Os partos na unidade
acontecem de duas formas: parto normal e parto Cesário. Pude também executar
diferentes ações como, orientações em relação à amamentação, realização do teste do
pezinho, curativos, coleta de sangue para exames laboratoriais, banhos em recém-
nascidos, admissão e encaminhamentos de pacientes, visita de enfermagem,
passagem de plantão, dentre outros.

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O grupo que estava inserido era composto por cinco acadêmicos com a
supervisão da enfermeira preceptora. Ao chegar no hospital fizemos a visita em todas
as alas para conhecer o espaço, em seguida a preceptora explicou as tarefas
realizadas por cada funcionário, e explicou como funciona o atendimento quando o
paciente chega até sua alta. Diante disso tudo, pude compreender que o trabalho do
enfermeiro dentro da instituição é de suma importância, pois em todos as alas cada
enfermeiro tem uma função que faz com que a instituição funcione de forma organizada
e eficiente, além disso pude perceber que é essencial que esse profissional esteja
altamente capacitado com o conhecimento apto ao seu trabalho.

Através do estágio é possível vivenciar as práticas de enfermagem em diversos


setores e assim podemos aprender mais ainda sobre a nossa profissão. Reforçando
está ideia que cito Rigobelo et al. (2018, p. 2):

O estágio compreende o período em que o aluno tem a chance de


crescimento pessoal e profissional, mediante o desenvolvimento de
ações vivenciadas, crítica e reflexivamente, propiciando maior
segurança ao aluno no término do curso de graduação e início da
atuação profissional.

Este relatório está composto de um desenvolvimento onde será descrito alguns


dos momentos durante o estágio. E seguido de conclusão. Posteriormente em anexos
no final deste relatório, está o Plano de Covid-19 seguido do relatório dos estudos de
caso.

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2 DESENVOLVIMENTO: APROXIMAÇÃO TEÓRICO PRÁTICA

2.1 APRESENTAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO DAS AÇÕES GERENCIAIS DO


ENFERMEIRO DA UNIDADE

O trabalho do enfermeiro no contexto hospitalar é amplo e com dimensões


múltiplas tendo como objetivo o cliente a quem se presta os cuidados podendo este ser
direto ou indireto.

A gerência de enfermagem engloba tanto a do cuidado direto ao cliente internado


e as ações/atividades inerentes a assistência indireta. A heterogeneidade da prática de
enfermagem, qual seja, a imprecisão do objeto de trabalho dos enfermeiros,
particularmente às múltiplas faces de sua dimensão gerencial (PEDUZZI e HUSMANN,
2005).

Gerenciar as ações no cuidado é uma tarefa privativa do enfermeiro, é enraizada


em uma prática que enfatiza as questões burocráticas, que atualmente ainda interfere
na questão do processo de trabalho, realizar o gerenciamento das ações e
imprescindível para o adequado direcionamento de forma a garantir a qualidade da
assistência a puérpera (CASSIANO, et al., 2015).

Na maternidade, o enfermeiro gerencia o cuidado de modo a facilitar a


assistência de enfermagem oferecida à parturiente, ao bebê e aos familiares. Tanto
nesse contexto como nas demais unidades de cuidado, utiliza-se ferramentas
gerenciais que são capazes de auxiliar na organização, planejamento, coordenação,
delegação ou prestação dos cuidados, supervisão, previsão e provisão de recursos,
capacitação da equipe, desenvolvimento de medidas educativas com a família,
interação com outros profissionais, além de ocupar espaços de articulação e
negociação, permitindo a implementação de melhorias do cuidado (MAZIERO et al.,
2014).

Consideramos então que a gerência é a maneira de utilizar diversos recursos

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organizacionais - humano, materiais, financeiros, de informação e tecnologia - para
alcançar objetivos e atingir elevado desempenho. É o processo de planejar, organizar,
dirigir e controlar o uso dos recursos organizacionais para alcançar determinados
objetivos de maneira eficiente e eficaz, os autores neoclássicos reiteram as funções
administrativas: planejamento, organização, direção e controle, reiterando o chamado
processo administrativo (CHIAVENATO, 2000).

Dessa forma compreende-se que o trabalho do enfermeiro dentro da instituição é


de suma importância, uma vez que este profissional deve estar altamente capacitado
para exercer tal ato.

2.2 APRESENTAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO DAS AÇÕES ASSISTENCIAIS DO


ENFERMEIRO DA UNIDADE

Dentre as atividades desenvolvidas no campo de estágio as consultas de


enfermagem seguiam o padrão sugerido pelo Ministério da Saúde de acordo com
programa que o cliente necessitava. Durante o estágio realizei procedimentos privativos
do enfermeiro, tais como: Acompanhamento da evolução de partos; Registro
antropométrico do RN; Admissão no CC; Assistência de enfermagem na sutura média;
Curativo infectado; Encaminhamento de Puérpera e RN para internação;
Encaminhamento para o hospital Regional via SAMU; Evolução de Enfermagem;
Evolução de Enfermagem; Internação-Alta hospitalar; Medicação- Diluição e
administração de fármacos; Monitorização do paciente; Observação do parto cesárea;
Reposição de material via CME; Sala vermelha-Checagem do Carrinho de emergência;
Checagem do monitor multiparametros; Triagem-Classificação de risco. e em minha
opinião o maior ganho foi de conhecimento, porque quando a gente vem com uma
habilidade teórica é normal que que haja uma troca uma escuta e com isso percebi a
aproximação do que estavam em volta relacionando com as teorias favorecendo assim
um ótimo relacionamento e aprendizado.

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2.3 EXPERIÊNCIAS PESSOAIS

O estágio supervisionado em enfermagem proporciona a nós alunos uma visão


para além da sala de aula, pois no campo de prática o mesmo pode aplicar e
desenvolver métodos que foram aprendidos na teoria. Pode possibilitar ao aluno uma
gama de possibilidades de intervenções e uma nova perspectiva sobre o campo de
prática, pois são várias as vivências e aprendizados. O estágio supervisionado garante
ao discente uma oportunidade de se autodescobrir como profissional, de conviver com
outros colegas de profissão, de vivenciar habilidades como responsabilidades que lhes
são conferidas e liderança de equipe, tão essenciais para a formação do futuro
enfermeiro.

No estágio tivemos a chance de realizar leitura de prontuários, anamnese,


exame físico e evolução do paciente (tudo sob a supervisão da professora/ supervisora
de estágio). Tivemos a oportunidade, conhecimentos das rotinas do setor. Recebemos
orientações e pesquisamos sobre as patologias e medicamentos utilizados pelo
paciente durante sua internação. O período de estágio foi de grande importância, para
que tivéssemos a chance de aprender a conviver com enfermeiros e pacientes no
ambiente hospitalar, onde avaliamos culturas e valores éticos no campo da
enfermagem.

Neste contexto, foram executadas diferentes ações como, orientações em


relação à amamentação, realização do teste do pezinho, curativos, coleta de sangue
para exames laboratoriais, banhos em recém-nascidos, admissão e encaminhamentos
de pacientes, visita de enfermagem, passagem de plantão, dentre outros.

A vivência que mais se destacou para mim foi o banho no recém-nascido, pois se
trata de uma ação que eu não tive contato antes na graduação. O banho é de extrema
importância para a saúde do RN, além de ser uma ação oportuna para esclarecer
dúvidas da família, realizar educação em saúde e examinar o recém-nascido.

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Com essa experiência pude aprender mais do que a técnica em si, já que além
da segurança adquirida, desenvolvi habilidade para inspecionar a pele do recém-
nascido no momento do banho. Também aprendi e orientei puérperas e famílias sobre
a higienização correta do coto umbilical, considerando o contexto das diferentes
crenças e costumes culturais que envolvem esse cuidado.

Vale destacar dois desafios dessa minha experiência no Alojamento Conjunto:


primeiramente a vivência limitada de minha parte no contexto de neonatologia. Acredito
que as temáticas de saúde do recém-nascido e de saúde da mulher não são muito
exploradas na graduação de enfermagem, pois a teoria é pontual na sala de aula, e as
práticas são escassas. Portanto, foi no estágio supervisionado que vivenciei minha
primeira experiência de cuidado direcionado a neonatos, lidando com medos,
inseguranças e novas descobertas.

Outro desafio está relacionado ao déficit de materiais necessários e/ou


relacionados com o momento do banho como, por exemplo, a falta de uma balança
exclusiva do Alojamento, uma vez que a balança utilizada para pesar os recém-
nascidos antes do banho pertence ao Centro Obstétrico. Quando há muita demanda
nesse setor, a balança nem sempre pode ser emprestada ou, quando é disponibilizada,
a pesagem é realizada de forma fragmentada.

Foi proveitoso ter contato com o cuidado da mulher e do recém-nascido, sendo


de extrema relevância cada experiência nesse campo de estágio. É sempre oportuno a
realização de educação continuada para os profissionais se atualizarem, esclarecerem
dúvidas, realizarem uma prática de cuidado baseada em evidências, se empoderarem e
melhorar a assistência de enfermagem.

O aumento da cobertura, a melhoria da qualidade do atendimento nos serviços


de saúde e a orientação adequada a gestantes representam estratégias a serem
priorizadas para a obtenção da eficácia da assistência e para a redução da
morbimortalidade materna e infantil.

Sentimentos como medo e insegurança foram comuns na prática vivenciada por


9
nós acadêmicos, porém, a rotina nos fez mais seguro quanto aos procedimentos,
tornando possível controlar os sentimentos em relação às medidas a serem tomadas
junto ao paciente, possibilitando assim uma ampla aprendizagem, contribuindo
positivamente para a qualidade das ações e segurança do paciente, de nós estudantes
e da equipe multiprofissional, permeando desde a educação tanto junto à equipe de
enfermagem como a voltada para o paciente e seu familiar, além do desenvolvimento
de atividades de supervisão, coordenação e o cuidado técnico especializado.

O Estágio Curricular Supervisionado, indispensável na formação de docentes


nos cursos da saúde é um processo de aprendizagem necessário a um profissional que
deseja realmente estar preparado para enfrentar os desafios de uma carreira e deve
acontecer durante todo o curso de formação acadêmica, no qual os estudantes são
incentivados a conhecerem unidades de saúde entrando em contato com a realidade
sociocultural da população e da instituição (SCALABRIN; MOLINARI, 2013).

O estágio supervisionado proporcionou a experiência da atuação do enfermeiro


frente à saúde pública e diante desse aspecto, puderam-se vivenciar momentos que,
acima de tudo, permitiu um amadurecimento pessoal e profissional. Tanto as
experiências negativas quanto as positivas trazem um aprendizado e uma evolução
para a profissão, ainda mais quando se fala em cuidar de outra vida ou respeitar as
diferenças que cada indivíduo traz consigo.

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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A prática do estágio vivenciada pelo acadêmico de enfermagem no contexto


social e do trabalho, onde se depara com situações reais e diferenciadas, é que o
impulsiona a exercer e amadurecer o seu papel profissional com mais qualidade,
habilidade e segurança, ao articular o conhecimento teórico com o fato vivenciado.

O período de estágio foi de grande importância para que eu tivesse a chance de


aprender a conviver com os diferentes profissionais de saúde (médicos, enfermeiros,
técnicos, etc.) e pacientes no hospitalar, e onde pude avaliar culturas e valores éticos
no campo da enfermagem.

No campo de estágio. Tive ainda a oportunidade de correlacionar a teoria com a


prática, onde pude adquirir os conhecimentos necessários para a minha formação
profissional básica, e passei a ter mais confiança e segurança no desenvolvimento das
atividades, que até então só eram vistas na teoria, dentro das salas de aula.

Desta forma, o estágio contribuiu para a minha formação, ao me ajudar a fixar os


conhecimentos teóricos à prática do dia a dia, permitindo assim uma visão crítica de
cada caso que surgiu no decorrer deste período tão produtivo.

Concluiu-se que os sentimentos apresentados por nós acadêmicos se


relacionam ao impacto inicial da vivência de uma nova realidade. Inicialmente, a falta de
prática desperta um certo temor ao realizar as mais diversas atividades em um setor
onde atende gestantes de alto risco. Ao longo do estágio, ao adquirir conhecimento
técnico-prático, nós estudantes temos que fazer uma reflexão crítica que leva a
autoconfiança, possibilitando assim um amplo desenvolvimento de habilidades
pertinentes as práticas de enfermagem.

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4 ANEXOS

4.1 ANEXO – A TERMO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO DE ESTAGIO

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4.2 ANEXO - B – PLANO COVID-19

4.2.1 ATIVIDADE I - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde

Em 2006, a agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério do


Meio Ambiente construir o manual do PGRSS, ancorado na resolução do Conselho
Colegiado (RDC) da Anvisa nº 306/04 e na resolução do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA) nº 58/05, com o objetivo de minimizar a geração e os problemas
derivados do gerenciamento de resíduos sólidos e líquidos, buscando alternativas que
favoreçam a reciclagem, redução de riscos na área de saneamento ambiental e saúde
pública. resíduos sólidos, norma Brasileira (NBR) 10004/2004 da Associação Brasileira
de normas tecnológicos (ABNT), são resíduos sólidos e semissólidos gerados de
atividades industriais, domésticas, hospitalares, comerciais, agrícolas, serviços e
atividades. Incluem-se nesta definição as lamas provenientes de sistemas de
tratamento de águas, as geradas por equipamentos e instalações de controlo da
poluição, bem como determinados líquidos cujas características específicas
impossibilitem a sua descarga na rede pública de esgotos ou em corpos de água, ou
requerem técnicos e intervenção econômica. impossibilidade. soluções com a melhor
tecnologia disponível.
De acordo com a resolução CONAMA nº 358 de 29 de abril de 2005, resíduos
sanitários são todos os resíduos gerados relacionados à assistência à saúde humana
ou animal, incluindo cuidados domiciliares e serviços de campo; laboratórios de análise
de dispositivos médicos, morgues, funerárias e serviços onde são realizadas atividades
de embalsamamento (tanatopraxia e somatoconservação); serviços de medicina legal;
drogarias e drogarias, incluindo manipulação; estabelecimentos de ensino e enquête na
área de centros sanitários de controle de zoonoses; distribuidores de produtos
farmacêuticos; importadores, distribuidores e produtores de equipamentos e controles
para diagnóstico in vitro; unidades móveis de saúde; serviços de acupuntura; serviços
de tatuagem, entre outros.
A gestão de resíduos deve ser baseada na prevenção. Melhores ações
corretivas e usa uma abordagem interdisciplinar. levando em consideração que os

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problemas e soluções ambientais não são determinados apenas por fatores
tecnológicos. mas também problemas econômicos, físicos, sociais e políticos e
culturais.
Os programas de gerenciamento de resíduos devem adotar o princípio da
responsabilidade objetiva, segundo o qual o gerador do resíduo permanece
responsável pelo tratamento e destinação adequados (individual ou coletivamente)

Mesmo depois de sair do local de geração de resíduos. Após a coleta e


sistematização de dados e informações, é possível realizar um diagnóstico identificando
os problemas deficiências e lacunas existentes e suas possíveis causas. Esta primeira
etapa abrange todas as fases de gestão. Auxílio no ajuste diagnóstico, incluindo a
elaboração e desenvolvimento de planos de manejo de acordo com a legislação
vigente.No entanto, não é necessária uma revolução nos procedimentos e processos
da CH para alcançar a qualidade na prestação de serviços e garantir a proteção
ambiental, mas sim melhorias nos resultados resultantes de processos contínuos e
escaláveis em que todos estão envolvidos. Isso é importante para maximizar as
oportunidades e reduzir os custos e riscos associados ao descarte de resíduos.
O Plano de Gerenciamento de resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) é um
documento que identifica e descreve as atividades relacionadas ao gerenciamento de
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resíduos sólidos e segue as etapas do fluxograma apresentado a seguir.
Geração e segregação: a separação correta e criteriosa permite um tratamento
diferenciado, uma racionalização dos recursos gastos, além de facilitar a reciclagem. Se
for uma mistura de resíduos de diferentes classes, um resíduo não perigoso pode ser
contaminado e tornar-se perigoso, dificultando a sua gestão, bem como aumentando os
custos a ele associados.
Manuseio, embalagem e armazenamento: O manuseio e embalagem adequados
de resíduos ajudam a maximizar as oportunidades de reutilização e reciclagem, pois
alguns resíduos podem não ser recicláveis se embalados incorretamente.
Coleta, transporte, destinação e disposição final: são etapas que exigem muita
atenção no processo de gestão, pois introduzem riscos de alteração da qualidade dos
resíduos gerados, podendo a classe ser modificada caso os resíduos sejam
combinados. É necessário estabelecer mecanismos de controle que permitam a
rastreabilidade e monitoramento dos valores gerados, o que pode influir nos custos de
tratamento e disposição final.
Os objetivos do PGRSS são minimizar a geração de resíduos na fonte adequar a
categorização na fonte controlar e reduzir os riscos ambientais e garantir o manejo e
destinação final adequados, de acordo com a legislação.

4.2.2 Características dos resíduos

Os resíduos sólidos podem ser classificados de várias maneiras. Em relação aos


riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, a NBR 10004/2004 classifica os
resíduos sólidos como:
- Os resíduos classe I, denominados perigosos, são os resíduos que podem oferecer
risco à saúde e ao meio ambiente devido às suas propriedades físicas, químicas ou
biológicas. Eles são caracterizados por uma ou mais das seguintes propriedades:
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade.
- Resíduos classe II denominados não perigosos são subdivididos em duas classes:
classe II-A e classe II-B. Os resíduos classe II-A-não inertes podem ter as seguintes

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propriedades: biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água, enquanto
que os resíduos classe II-B-inertes não apresentam nenhum de seus constituintes
solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, com
exceção dos aspectos cor, turbidez, dureza e sabor.

De acordo com a origem e natureza Os resíduos sólidos são classificados em:


resíduos domésticos, Comerciais, resíduos Livres e Feiras, Serviços de Saúde, portos,
aeroportos e Rodoviárias, resíduos Industriais, agrícolas e da edificação Civil.
Porém, dependendo da responsabilidade pela gestão dos resíduos, eles podem
ser agrupados em dois grandes grupos. O primeiro grupo refere-se aos resíduos sólidos
da comunidade incluindo lixo doméstico ou doméstico resíduos comerciais resíduos
públicos.
O segundo grupo inclui os resíduos de fontes especiais: resíduos industriais;
resíduos de construção; resíduos radioativos; resíduos de portos, aeroportos e
terminais ferroviários; resíduos agrícolas; lixo hospitalar.
Além disso, os resíduos podem ainda ser classificados de acordo com suas
propriedades físicas (secas ou úmidas) e composição química (orgânicas ou
inorgânicas).

4.2.3 Classificação de resíduos saudáveis (RSS )

A caraterização e classificação dos resíduos das atividades de saúde (RSS)


consistiu na formação de grupos e subgrupos de resíduos, de acordo com o disposto
nas resoluções vigentes, de acordo com suas características e potenciais riscos à
saúde pública e ao meio ambiente, tendo como principais objetivos:
- Conhecimento das atividades desenvolvidas na unidade de saúde e dos
resíduos aí gerados; - Identificação dos resíduos de saúde gerados em cada setor da
unidade de saúde; - A possibilidade de triagem de resíduos na origem nomeadamente
no que diz respeito aos processos e instalações disponíveis para tratamento e

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possíveis formas de os minimizar. De acordo com a RDC / Anvisa nº 306/2004 ), os
resíduos de serviços de saúde podem ser subdivididos em cinco grupos diferentes.

4.2.4 Infectantes – Grupo A

A1
- Cultivo e cepas de microorganismos resíduos da produção de produtos biológicos
exceto hemoderivados Destruição de vacinas vivas ou sua inativação contra
microorganismos. cultura médium e ferramentas para transferir, inocular, inocular ou
inocular as sobras de laboratórios geneticamente alterados.
- resíduos das atividades de vacinação com microrganismos vivos ou atenuados. Isso
inclui frascos de vacina vencidos, conteúdo não utilizável, frascos de vacina vazios ou
sobras de produtos, agulhas e seringas.
- resíduos provenientes da prestação de cuidados de saúde a indivíduos ou animais,
com agentes patogénicos pertencentes à classe de risco 45, microrganismos de
importância epidemiológica ou microrganismos com risco de propagação, presumível ou
definitivamente associados a contaminação biológica, que se apresentem como
mecanismo de transmissão.
- Bolsas de transfusão contendo sangue ou hemoderivados rejeitados por
contaminação, armazenamento inadequado, coleta vencida ou incompleta.
- Restos de amostras de laboratório contendo sangue ou fluidos corporais, recipientes e
materiais contendo sangue ou fluidos de forma livre de processos sanitários.
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A2
- carcaças, partes anatômicas, vísceras e outros dejetos de animais submetidos a
procedimentos experimentais com inoculação de microorganismos, bem como seus
invólucros, bem como restos de animais que se suponham portadores de
microorganismos de importância epidemiológica e que estejam expostos ao risco de
difusão, para exame anatomopatológico ou confirmação diagnóstica. - resíduos
contendo microrganismos com alto risco de infecção e alta probabilidade de morte.

A3
- Partes anatômicas (extremidades) do ser humano; produto de fertilização sem sinais
vitais, com peso inferior a 500 gramas ou medida inferior a 25 centímetros ou com idade
gestacional inferior a 20 semanas, que não tenham valor científico ou legal, e que não
tenham sido solicitados pelo paciente ou seus familiares.

A4
- um conjunto de cateteres arteriais cateter intravenoso e uma máquina de hemodiálise
quando descartados. Filtra o ar ou gás aspirado da área contaminada; filtro de
membrana para equipamentos médicos, hospitalares e de enquête, entre outros
produtos similares. recipientes e materiais derivados de processos médicos que não
contenham sangue ou fluidos corporais. resíduos resultantes de procedimentos
cirúrgicos ou estudos anatomopatológicos, peças anatômicas e outros resíduos de
animais não inoculados com microorganismos. Sacola de infusão vazio ou saco o
granel restante.
- Carcaça, partes anatômicas, vísceras e demais escombros de animais que não
tenham sido submetidos a procedimentos experimentais com inoculação de
microorganismos, bem como seus revestimentos.

A5
18
- órgãos, tecidos, fluidos corporais Objetos pontiagudos ou coisas que causam
cicatrizes e outros materiais obtido de tratamento médico humano ou animal com
suspeita ou confirmação de contaminação com príons.

químicos – Grupo B
resíduos químicos são aqueles que contêm substâncias químicas que podem
representar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas
características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Estes podem
ser divididos em:

Ameaça: São tóxicos. Reativo, inflamável e/ou corrosivo conforme descrito


anteriormente.
Inócuo: criado a partir de atividades laboratoriais clínicas que não apresentam
toxicidade. Sensibilidade, inflamabilidade e/ou natureza corrosiva do Grupo D.

A periculosidade é avaliada pelo risco que estes compostos representam para a saúde
ou para o ambiente tendo em conta as concentrações utilizadas. A partir do exemplo de
resíduos perigosos Temos uma solução de brometo de etídio. Diaminobenzidina (DAB),
formaldeído e fenol-clorofórmio, cianeto, solventes contendo flúor, cloro, bromo ou iodo.
Benzeno e seus derivados e soluções contendo metais como chumbo, mercúrio,
cádmia, etc.
Os produtos químicos geralmente são rotulados com símbolos que sinalizam a natureza
perigosa do produto. Não imprima o emblema em produtos fabricados antes de 1990.
informações sobre as propriedades de cada produto podem ser encontradas nas Fichas
de Dados de Segurança de produtos químicos (FISPQ), conforme NBR 14725 da ABNT
e Portaria / PR 2657/98 e/ou no site do fabricante. MSDS não se aplica a produtos
farmacêuticos e cosméticos.

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4.2.5 Radioatividade - Grupo C

Lixo atómico; Derivado da atividade humana contendo radionuclídeos que excedem os


limites de descarte estabelecidos na regulamentação do Conselho Nacional de
Vitalidade Nuclear (CNEN) e não pode ser reutilizado ou destinado. Este grupo inclui
qualquer material de laboratórios de pesquisa e ensino em saúde, laboratórios de
análises clínicas e serviços de medicina nuclear e radioterapia que contenham
radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de descarte. É importante
ressaltar que nenhum resíduo desse grupo é gerado em nenhum setor do hospital de
Clínicas.

Geral - Grupo D
resíduos não perigosos são aqueles que não introduzem nenhum risco biológico,
químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente e podem ser equiparados aos
resíduos domésticos.
Papel higiênico, guardanapos, roupas descartáveis, escombros de alimentos de
pacientes, material utilizado para antissepsia e hemostasia de flebotomia, equipos de
soro e outros produtos similares não classificados como resíduos infectantes do grupo
A.
restos de comer e cozinhar;
resíduos da prefeitura;
resíduos de varrer flores, poda e jardinagem;
resíduos de gesso da saúde.

Objetos pontiagudos - Grupo E


resíduos cortantes: cicatrizes, perfurações ou cortes de uma instalação médica. Este
grupo inclui: agulhas, ampolas, pipetas, lâminas e bisturis, etc.

Obs.: Além dos RSS, os HCs geram outros resíduos que também demandam cuidados
e diferentes formas de coleta, transporte, valorização, tratamento e disposição final.
São eles: - Lixo electrónico e seus componentes;

20
- bateria;
- lâmpada.
Alguns critérios foram adotados no HC para rotular e identificar as fontes de geração e
quantificar a geração de RSS como segue:
- Classificação dos resíduos sólidos formados de acordo com as exigências da Portaria
CONAMA nº 358 de 29.04.2005 e Anvisa RDC nº 306 de 12.07.2004.

- Identificação das categorias RSS geradas em cada setor.


Adotar a estimativa de RSS como padrão para prever o número suficiente de
contêineres a serem preenchidos por estabelecimento de produção e por grupo e
subgrupo de RSS e para dimensionamento de abrigos internos e abrigos externos de
armazenamento

4.2.6 .SEGREGAÇÃO NA ORIGEM

- Treinar os funcionários que atuam diretamente na geração de resíduos, para


classificá-los, de acordo com a classificação vigente no momento e local de sua
geração, acondicionando-os de acordo com as formações da RDC Anvisa nº 306 e
CONAMA, nº 358; - Classificar e separar em recipientes ou embalagens preconizadas
por normas tecnológicos, cada grupo de RSS gerado;
- Garanta a segregação adequada e tratar os resíduos sólidos contendo sangue
e fluidos corporais como resíduos infecciosos.
- Separe os resíduos infecciosos em recipientes designados. "resíduos
infecciosos";
- Separe os resíduos químicos, identificando cada embalagem como "lixo tóxico"
e outros RSSs que requerem tratamento diferenciado.
- Separar na origem os componentes inertes dos resíduos comuns com
possibilidade de os reciclar, em contêineres adequados e identificados, transportando-
os em segurança e armazenando-os corretamente no abrigo de recicláveis;
- Treinar os funcionários responsáveis pela limpeza e descontaminação sobre os

21
procedimentos de identificação, categorização e manuseio de RSS, bem como o uso de
EPI no manuseio de qualquer grupo de RSS, de acordo com as especificações da RDC
Anvisa nº 306, resolução nº 358 do CONAMA e NBR ABNT 12010.

4.2.7 TRATAMENTO PRÉVIO

Entende-se por tratamento, em geral, qualquer processo manual, mecânico,


físico, químico ou biológico que modifique as características dos resíduos, visando
minimizar o risco à saúde preservando a qualidade do meio ambiente, a segurança e a
saúde dos trabalhadores.

A transmutação pode ser efectivada na unidade de produção ou em qualquer


outro local, tendo em conta, nestes casos, as condições de transporte seguro entre a
instalação de produção e o local de transmutação. Os sistemas de tratamento de RSS
devem estar sujeitos a licença ambiental, de acordo com a resolução CONAMA 237/97
e estão sujeitos à fiscalização e controle dos órgãos de vigilância sanitária e ambiental.
Ressalta-se que o tratamento dos resíduos infectantes gerados nas dependências do
HC-UFTM é realizado por empresa terceirizada, devidamente homologada para esta
atividade, que emite certificado ao final de todas as etapas (tratamento e disposição
final).

4.2.8 ACONDICIONAMENTO

Descrição do acondicionamento dos Resíduos Gerados


Consiste em acondicionar os resíduos separados em sacos ou recipientes
estanques e resistentes perfurações, quebras e vazamentos. Reprova a NBR
9191/2000 ABNT nos limites de peso de cada mala. Não descarte ou reutilize. A
capacidade dos recipientes de embalagem deve ser compatível com a produção diária
de cada tipo de resíduo. Os recipientes que existem na sala de cirurgia e na sala de

22
parto não precisam ser totalmente cobertos. Os resíduos líquidos devem ser
acondicionados em recipientes resistentes, rígidos e estanques, confeccionados com
materiais compatíveis com o líqüido armazenado, roscados e hermeticamente
fechados. Os resíduos resultantes são colocados em recipientes impermeáveis
adequados, confinados em abrigos temporários / instalações de limpeza, onde os sacos
não podem ser largados diretamente no chão, e depois colocados no exterior para
recolha em carroças dedicados. determinado pela empresa responsável pelo
tratamento e destinação final.

4.2.9 CRITÉRIOS PARA ACONDICIONAMENTO DE RSS

- Acondicionar o RSS de acordo com cada classe e separadamente no local de origem,


em sacos plásticos, recipientes ou embalagens próprias para cada grupo de resíduos,
conforme normativa RGRSS do HC-UFTM, referenciada nas normas tecnológicos da
ABNT, e em a república Democrática do Congo pela Anvisa e CONAMA, também.
306/2004 e 358/2005;
- Usar um recipiente rígido no ponto de uso para abrir a tampa. Interior liso e rincões
arredondados, estável, lavável à prova de vazamento Habilidade de 60 (sessenta) litros
ou mais com plastico branco sacos para lixo doméstico e recipientes com capacitância
de 20 (vinte) e 30 (trinta) litros para substâncias infecciosos e químicas. usando um
saco plástico branco com o simbolo de infeção e um saco laranja com as palavras
"resíduo de infeção ou produtos químicos", respectivamente;
- Armazenar recipientes suficientes para cada grupo de RSS em cada unidade de
produção e coloque os recipientes em locais estratégicos de descarte, como purga,
quarentena, sala de tratamento, sala de emergência ou outros locais que facilitem o
descarte adequado.
- Fechar completamente os sacos de plastico no final de cada dia, ou quando tiverem
preenchido 2/3 do seu volume. No caso de RSS de alta densidade, utilizar apenas um
volume compatível com a resistência da embalagem para evitar quebras e mantê-la

23
intacta até o armazenamento final e ulterior manuseio.
- Adoção de técnicos de embalagem pelo RSS Group para manter todo o recipiente
rotulado e hermeticamente fechado para evitar vazamento de resíduos;
- Proteger os resíduos líquidos colocando-os em garrafas ou recipientes resistentes à
corrosão, vidro ou outras embalagens, como caixas de papelão ondulado se frágeis, e
colocá-los em sacos plásticos de “vidro” com cor e superfície externa adequadas.
marcas de identificação ";
- Feche previamente o saco plástico e retire-o imediatamente do grupo gerador até que
seja purgado para armazenamento intermediário, proibindo expressamente sua
abertura ou esvaziamento ou reutilização, bem como sua compactação;
- Embale sacos plásticos ao soprar em recipientes especiais para armazenamento
temporário. Evite tocar o saco plástico no chão.
- Apresentar os resíduos acondicionados para coleta externa em recipientes conforme
as normas tecnológicos da ABNT, Anvisa (RDC 306) e CONAMA (resolução 358)

Armazenamento Temporário (Sala de Utilidades ou Expurgo)


- Uma sala de serviço ou sala de processamento deve armazenar
provisoriamente recipientes contendo resíduos já embalados perto do ponto de
produção para agilizar a coleta dentro da instalação e otimizar o movimento entre os
pontos de produção e coleta. Para coleção externa. Em caso de proximidade entre o
ponto de criação e o armazenamento externo O armazenamento temporário será
descartado.
- A sala de armazenamento de contêineres internos de transporte de resíduos
deve ter piso e paredes lisas e laváveis, possuir ponto de iluminação artificial e área
suficiente para armazenar pelo menos dois contêineres de coleta (contêineres) para
posterior transferência para a área de armazenamento. Se a área for alocada apenas
para coleta de lixo deve ser rotulado como "sala de lixo";
- Nos locais onde a arrecadação temporária é compartilhada com a lavandaria, o
local deve ter área exclusiva de no mínimo 2 m2;
- em local de armazenamento temporário sacos de lixo não podem ser retirados
de contêineres estacionados.
24
- Os resíduos de fácil putrefação recolhidos por um período superior a 24 horas
de armazenamento devem ser mantidos no frio e, quando tal não for possível,
submetidos a outro modo de conservação;
- A desinfecção dos ralos (lavandarias) é realizada duas vezes ao dia (manhã e
tarde) pelos responsáveis pela limpeza e higienização, e/ou em outros horários, se
necessário;
- A desinfecção será realizada utilizando equipamentos de proteção individual
como uniformes, máscaras, luvas e toninhas de polietileno.

4.2.10 COLETA INTERNA DO PONTO DE GERAÇÃO ATÉ O ARMAZENAMENTO


INTERMEDIÁRIO

- Os sacos de plastico são fechados e recolhidos quando atingem 2/3 da sua


capacidade ou, se for o caso são acondicionados em contentores específicos para
armazenamento temporário, evitando que os resíduos sejam depositados diretamente
no solo; em seguida são recolhidos manualmente pelos funcionários da empresa de
limpeza e higienização, e embarcados em carroças específicos para esta finalidade
para armazenamento externo;
- Retire manualmente o saco plástico com cuidado para não rasgá-lo. Em caso de
acidente ou derramamento, notifique imediatamente o gerente do local (ou unidade)
para limpar e desinfetar o local ao mesmo tempo.
- A remoção manual é realizada utilizando equipamentos de proteção individual como
uniformes, máscaras, luvas e calçados fechados.
- A higiene das mãos é essencial para evitar a infecção cruzada e para a saúde dos
funcionários no ambiente de trabalho.

4.2.11 Coleta e Transporte Interno

A coleta e transporte de resíduos do abrigo intermediário até o abrigo central de


resíduos, é realizada pela equipe de limpeza e higienização em horários fixos,

25
obedecendo a rotas de transporte especificas afim de não coincidir com o horário de
refeições, visitas, distribuição de roupas limpas.
Coleta Interna do Armazenamento Intermediário até o Depósito de Resíduos
- Os resíduos são acondicionados em sacos plásticos para cada grupo. e em
contêineres de armazenamento temporário em chaminés de ventilação e/ou na sala de
serviço da unidade de energia.
- Os resíduos são recolhidos em abrigos provisórios por pessoal de higiene e
limpeza, e embarcados para o centro de eliminação de resíduos através de um carrinho
de transporte interno, devidamente fechado, identificado pelo símbolo correspondente
ao risco que contém;
- De modo a evitar coincidências na recolha de roupa suja, fornecimento de
refeições, entrega de roupa limpa e horário de visitas, a recolha interior realiza-se
diariamente, cinco vezes por dia, de acordo com os horários abaixo definidos:
✓ 06h30min às 07 horas
✓ 08h30min às 09 horas
✓ 12h30min às 13h45min
✓ 15 horas às 16h45min
✓ 18h30min às 20 horas

A coleta de lixo começa no 3º andar e nos 2º e 1º andares, respectivamente.


- após a transferência Os resíduos são armazenados em armazenamento
externo. Os resíduos biológicos e/ou agudos são colocados em um recipiente especial
para agentes infecciosos. e substâncias de natureza tóxica são colocadas em
recipientes de lixo tóxico. Eles são pesados e coletados diariamente às 7h por uma
empresa terceirizada licenciada.
- Os resíduos gerais lançados em um contêiner especial serão coletados
diariamente às 7h30 por uma empresa terceirizada.

26
4.2.12 ARMAZENAMENTO EXTERNO (DEPÓSITO DE RESÍDUOS)

Os contêineres que contenham resíduos serão armazenados em depósito,


acondicionados em contêineres específicos para cada grupo de resíduos, que não
poderão ser apagados nem manuseados diretamente no solo, até à realização da fase
de recolha externa, em ambiente exclusivo e de fácil acesso .acesso para cobradores
de veículos..
- O abrigo está identificado como “Depósito de resíduos”, com acesso reservado
a funcionários do setor, que efetuarão o transporte interno das recolhas, estando
proibida a passagem pelas vias públicas, para efetuar o armazenamento de resíduos.
- O tamanho do abrigo de resíduos corresponde à quantidade de resíduos
gerados. e a capacitância de armazenamento corresponde à frequencia de coleta
realizada pela empresa terceirizada contratada.
- O aterro deve ter pavimento e paredes pavimentadas, ser de fácil limpeza, ter
aberturas de ventilação, ser dotado de porta de largura correspondente às dimensões
dos contentores externos de recolha, pontos de electricidade e água, tomadas elétricas
e escoamento de águas residuais canais entregues lá. o sistema de esgoto da usina;
- Os resíduos químicos são armazenados em local exclusivo, em tamanhos
compatíveis com as características quantitativas e qualitativas dos resíduos gerados,
em local específico e específico.
- O armazém de resíduos dispõe de zonas sanitárias especiais onde os
contentores de recolha e outros equipamentos aplicados para a gestão de resíduos
podem ser simultaneamente limpos e desinfetados. A área possui cobertura, dimensões
compatíveis com os equipamentos que serão submetidos a limpeza e desinfecção,
desinfecção diária e limpeza dos funcionários, após a coleta, devidamente
paramentados com máscaras, luvas e toninhas plásticas, desinfetar a área com
detergente neutro e 1 % de sódio hipoclorito.

27
4.2.13 FLUXO DE COLETA INTERNA DOS RESÍDUOS

- Os resíduos são recolhidos na purga dos geradores pelos funcionários dos


serviços de higiene e limpeza, encaminhados para o aterro sanitário por meio de
carrinho de transporte fechado, com rodas de borracha, para evitar ruídos de
movimentação, capacitância de carga de 400 litros, e um dispositivo para valva de
descarga inferior exclusivamente para resíduos e identificado com o símbolo
correspondente ao risco que contém.

4.2.14 COLETA E TRANSPORTE EXTERNO

A empresa A é responsável pela coleta, tratamento e destinação final dos


resíduos infectantes e tóxicos (grupos A, B, C e E), enquanto a empresa B é
responsável pela coleta e destinação final dos resíduos gerais (grupos D).
- Refira-se que as empresas acima referidas cumprem pré-requisitos ambientais
para o desenvolvimento de serviços contratados.
- A recolha, transporte externo e destino final são efetuados com a definição de
itinerários, frequencia, horários de recolha, horário de funcionamento, material de
recolha, tipo de viatura e contêineres necessários, conforme acordado em contrato com
cada empresa;
- O peso será medido na coleta dos resíduos no destino final.
- A coleta é realizada todos os dias (De segunda a sábado) por cada empresa
em horários diferentes.

4.2.15 TRANSBORDO DOS RESÍDUOS

As empresas terceirizadas responsáveis pela coleta, processamento e


destinação final devem:

- Efetue o descarregamento apenas em locais especiais apropriados. de acordo


28
com a lei aplicável Cumprimento dos objetivos contratuais declarados em editais.
- Ser aprovado pelos órgãos de saúde, Ministério do Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) e/ou Superintendência Regional do Meio
Ambiente; licença por tipo de classe de desenvolvimento;
- Executar a transferência do RSS com segurança, preservando a integridade da
embalagem, que deve ser realizada em embalagens rígidas resistentes perfurações e
vazamentos, suficientemente impermeáveis à umidade para evitar quebra durante o
transbordo;
- Não permitir o acúmulo de RSS em instalações que devem funcionar apenas
para transferência instantânea de um sistema de transmissão para outro.

4.2.16 TRATAMENTO DOS RESÍDUOS

- O lixo doméstico será encaminhado do depósito externo do HK-UFTM após o


manuseio do lixo doméstico sem tratamento. diretamente para disposição final em um
aterro sanitário autorizado;
- resíduos infectantes são enviados para autoclave para esterilização. e resíduos
infecciosos do Grupo A3, membros humanos e fetos - para incineração e disposição
final em aterro autorizado.
- É importante realçar que a colocação de resíduos infeciosos em fossa séptica
só pode ser efetuada se os mesmos forem sujeitos a um tratamento preventivo, que
assegure a eliminação das propriedades perigosas dos resíduos e a dotação das
características dos resíduos comuns;
- Os resíduos químicos são encaminhados para tratamento e/ou contenção em
função de suas características de toxicidade, inflamabilidade, corrosividade e
bioacumulação. posterior disposição final.
- resíduos químicos sólidos serão encaminhados para ulterior incineração e
descarte.
- Os resíduos químicos líquidos são enviados para reciclagem ou
processamento. e/ou invólucro de acordo com as características de toxicidade;

29
- Ressaltar que o processo de tratamento é incessantemente monitorado para
garantir a segurança dos resultados e é comprovado pela emissão de certificado de
tratamento e certificado de destinação final emitido mensalmente pelo prestador de
serviço.

4.2.17 DISPOSIÇÃO FINAL

A disposição final dos resíduos infectantes é realizada diretamente no solo,


previamente acondicionado para receber os resíduos após tratamento em autoclave ou
incinerador, respeitando os critérios técnicos de construção e operação, e com licença
ambiental de acordo com a resolução CONAMA nº 237. /97.
- Os resíduos comuns serão apagados na fossa séptica, seguindo o correto processo
sanitário, previsto para os resíduos domésticos ou similares, desde que sejam
garantidas as condições previstas na legislação em vigor.

4.3 ATIVIDADE II

4.3.1 2.Referenciamento do paciente para unidade básica de saúde

O cuidado integral durante a hospitalização e no pós-alta depende de uma


importante ferramenta: o planejamento de alta, que trata da transição do paciente para
o domicílio; exigindo uma elaboração multidisciplinar, valorizando a participação da
família e com objetivo de assegurar a continuidade e a qualidade do cuidado no
domicílio, evitando assim as reinternações (DELATORRE et al., 2013; POMPEO et al.,
2007).
Os enfermeiros são parte integrante do planejamento de alta da unidade de
atendimento ao paciente. Seus deveres são essenciais e apreciados, coordenando um
plano de cuidados que permite ao paciente obter os melhores resultados assistenciais
após a alta.
30
Apesar do planejamento de alta hospitalar ser uma responsabilidade
interdisciplinar, o enfermeiro tem papel fundamental na identificação das necessidades
do paciente, na educação dos familiares e, na coordenação do processo de transição
hospital/domicílio. Este profissional deve avaliar as habilidades do paciente para o
autocuidado e também o interesse e as condições dos familiares, quando necessário,
pois o enfermeiro durante sua formação é instrumentalizado para realizar ações de
educação em saúde e prescrições de cuidados que comporão o planejamento de alta
hospitalar (SUZUKI; CARMONA; LIMA, 2011; DELATORRE et al., 2013).

4.3.2 . Carta de Referência

Pedro, sexo masculino, 83 anos, é tabagista, hipertenso, dislipidêmico, além


disso, faz uso irregular das medicações. Como consequência dessa situação, sofreu
um acidente vascular encefálico isquêmico há cerca de 10 dias, apresentando
sequelas como hemiparesia à esquerda, disartria e disfagia. Após a estabilização do
seu quadro clínico inicial, ainda em ambiente hospitalar, Pedro foi avaliado de forma
multidisciplinar pelo médico, enfermeiro e nutricionista, os quais identificaram que
Pedro apresentava dificuldade de deglutição até mesmo em relação aos alimentos
pastosos. A partir dessa avaliação conjunta, a equipe optou por oferecer nutrição
enteral exclusiva por meio de sonda nasoenteral. Após alguns dias de hospitalização,
Pedro recebeu alta para casa e deverá seguir com a sonda para alimentação enteral
de forma exclusiva até a sua próxima avaliação, que deverá ocorrer em ambiente
ambulatorial.
A Visita domiciliar é o atendimento ao cliente (família, comunidade) em seu
domicilio pelo profissional de saúde (enfermeiro, médico, nutricionista,...), a fim de
diagnosticar, prescrever, intervir ou avaliar, no sentido de promover, proteger e
recuperar a homeostasia do próprio cliente (da família, comunidade).
Deve ser considerada no contexto de educação em saúde por contribuir para a
mudança de padrões de comportamento e, conseqüentemente, promover a qualidade
de vida através da prevenção de agravos à saúde do cliente (família, comunidade);

31
propicia atendimento holístico por parte dos profissionais, sendo, portanto, importante à
compreensão dos aspectos psico-afetivo-sociais e biológicos da clientela assistida. Na
visita domiciliar foi utilizada com vários propósitos: para avaliar e diagnosticar o estado
de saúde do cliente gastrostomizado; identificar as principais necessidades de ensino
do familiar para prestar cuidados; conhecer o contexto domiciliar no qual se encontra
inserido o sujeito do estudo; estabelecer uma relação empática com o cliente e os
familiares; suprir as necessidades de conhecimento do cuidador no domicílio;
estabelecer, em parceria com o cuidador familiar, um plano assistencial adequado às
necessidades do seu ente querido e a sua realidade sócio-econômica; supervisionar e
avaliar a resposta dos cuidados ensinados, prestados ao cliente, além do atendimento
aos familiares e clientes quando requisitada, mesmo fora dos encontros agendados.
Dentre as muitas vantagens que apresenta esta modalidade de atenção à saúde, na
literatura foram encontradas as seguintes:
● Proporcionar a observação e o conhecimento do indivíduo dentro do seu verdadeiro
contexto ou meio ambiente, caracterizado pelas condições da habitação, de
higiene, saneamento básico e pelas relações afetiva-social, entre os vários
membros da família, que são alguns dos importantes fatores a serem identificados
para a prestação de assistência integral a saúde;
● Facilitar a adaptação do planejamento da assistência de enfermagem de acordo
com a situação socio-econômica da família e com a sua própria experiência de vida;
● Proporcionar melhor relacionamento do profissional com a família, por ser o método
menos formal e sigiloso em relação aos utilizados nas atividades internas dos
serviços.
● Quando bem utilizada, a visita domiciliar reduz custos hospitalares, melhoram o
prognóstico dos clientes em alguns casos. A visita domiciliar é citada também como
instrumento de trabalho valioso no cuidado de enfermagem, sendo utilizada nas
mais diferentes formas de acompanhamento dos clientes, quer sejam eles: com
agravos crônicos de saúde ou como uma forma de atenção primária à saúde.

32
4.3.3 INDICAÇÕES DA SONDA NASOENTERAL

As indicações da sonda nasoenteral nesse caso, ocorreram pois a nutrição


enteral é prescrita como uma forma alternativa de alimentação e se dá quando o
paciente não tem condições de se alimentar por via oral, seja por disfagia ou por
alguma impossibilidade do trato digestivo, então ela irá nutrir o paciente da mesma
forma que a via oral, e deve ser o mais fisiológica possível.
Após alta o paciente deverá ficar em observação com o apoio da equipe
multidisciplinar da UBS, que deverá sinalizar quando a alimentação via oral será
permitida, assim como os nutrientes que compõem uma alimentação por via enteral
são, em geral, os mesmos componentes de uma dieta normal, consumida pela via oral.
Mas em situações clínicas específicas, pode haver exigências para modificações nos
tipos de nutrientes utilizados e é nessas horas em que o profissional especializado fará
diferença na saúde do paciente.
Assim sendo, a seleção da composição nutricional mais adequada para o
paciente deve contemplar: fonte e complexidade de nutrientes (carboidratos, lipídeos,
proteínas, fibras, vitaminas e minerais), densidade calórica, osmolaridade,
osmolalidade, fórmula e tipo de administração. Além disso, a hidratação é de extrema
importância e cabe ao nutricionista a correta orientação.
Ao realizar as orientações de preparo para alta do cliente o enfermeiro deve
iniciar o processo educativo para saúde do cliente e da família.
● Educar/ensinar ao cliente e/ao familiar para o cuidado domiciliar: demonstrar ao
cliente ou ao familiar como checar o resíduo gástrico antes da alimentação.
● Orientar e ensinar ao cliente e ao familiar a lavar o cateter pela administração de água
filtrada a temperatura ambiente, antes da alimentação e após, para livrá-lo de
partículas alimentares, que podem decompor-se caso sejam deixadas no cateter.
● Orientar e ensinar ao cliente ou familiar que todas as alimentações são dadas à
temperatura ambiente ou próxima à temperatura do corpo.
● Orientar/ensinar ao cliente ou familiar a consultar o médico e o nutricionista a fim de
propiciar uma dieta adequada às suas necessidades.

33
Mesmo que o usuário não esteja mastigando alimentos, é de extrema
importância manter a boca, os dentes e a língua bem limpos, escovando-os três vezes
ao dia, pois assim irá evitar cáries e demais infecções.
Hidrate os lábios com manteiga de cacau, quando necessário, para evitar
rachaduras e ressecamentos. A narina, onde foi introduzida a sonda, deve ser limpa
diariamente com um cotonete umedecido, para que não crie crostas e ferimentos no
local.
Verifique diariamente se a sonda está bem fixada na face. Quando necessário
troque a fixação (se estiver deslocada ou suja). Realize o acompanhamento na
Unidade de Saúde para que a troca da sonda seja realizada a cada 30 dias ou
conforme rotina da Unidade.

4.3.4 . RETIRADA ACIDENTAL DA SONDA

Em caso de obstrução (entupimento), rachadura, furo, perda ou saída parcial da


sonda, o cuidador deverá comunicar ao ACS ou enfermeiro da UBS, ou outro serviço
que lhe for indicado, guardando a sonda, lavada com água e sabão e seu guia
metálico, para que o enfermeiro verifique se podem ser reaproveitados.
No casos de outras comnplicações mais graves o cuidador deve acionar o serviçi
de urgência e emergência, para que sejam realizados os atendimentos necessário
junto a equipe de saúde.

4.3.5 Retorno ambulatorial

Muitas dúvidas poderão surgir nos primeiros dias após a alta tais como questões
relacionadas ao tratamento, aparecimento e/ou manutenção de sinais e sintomas e
surgimento de novos problemas. Acreditamos que, nos primeiros meses após a a alta,
o enfermeiro tenha um importante papel na assistência junto ao paciente
revascularizado e seus familiares. Esta assistência pode estar centrada em cuidados

34
como curativos, administração de medicamentos, fisioterapia e educação visando a
sua recuperação e detecção de problemas.
O enfermeiro, por ser um profissional com maior grau de proximidade com o
paciente e familiares, está mais capacitado para avaliar o processo educativo,
levantando as necessidades educacionais destes indivíduos, suas crenças e valores, o
auto-conhecimento de suas condições de saúde e serviços de apoio existentes para o
processo de reabilitação dos pacientes.

4.4 ATIVIDADE III

4.4.1 O papel do Enfermeiro na alta hospitalar

A atuação do enfermeiro no processo de hospitalização e cuidado está vinculada


à oferta de educação em saúde. Esse papel do enfermeiro como educador em saúde
tornou-se uma das principais intervenções junto aos pacientes e familiares de pessoas
dependentes de cuidados, visando à promoção manutenção, prevenção e recuperação
da saúde. Nesse processo, a família e o cuidador são tão importantes quanto o
paciente na busca de cuidados adequados durante a fase de recuperação e
manutenção da saúde constituindo um dos principais momentos da atuação do
enfermeiro no preparo para alta hospitalar, implementando orientações para a
continuidade do cuidado.
As enfermeiras dão orientações de alta para tratamentos que consideram
complexos e requerem adaptação do paciente, como estotomia e cateteres.
O plano de alta é elaborado a partir das necessidades e caprichos tanto do
cliente quanto da família baseado na prognose tratamento e prognose de alta
determinado pelo médico, e é a forma como o enfermeiro expressa seu cuidado aos
seus pacientes.
O enfermeiro tem responsabilidade ética no processo de ensino do paciente e
deve determinar cuidadosamente o que ele precisa saber e encontrar o momento em

35
que estará pronto para aprender, bem como utilizar intervenções que assegurem a
continuidade do cuidado pessoal.
alta hospitalar responsável é o planejamento e a transferência do cuidado de
uma unidade de saúde (hospitalar ou ambulatorial) para outra, de forma a garantir a
continuidade do cuidado por meio da orientação dos usuários e familiares / cuidadores,
fortalecendo a autonomia do sujeito, garantindo o autocuidado cuidado (BRAZÍLIA,
2017).
Alta qualificada, a atuação do enfermeiro no processo de admissão e cuidado é
aliada às práticas de educação em saúde. Este papel do enfermeiro é exercido junto de
doentes e familiares de pessoas dependentes de cuidados, com o objetivo de
promover, manter, prevenir e restabelecer a saúde (Franco, 2009).
Esse processo é baseado no trabalho de uma equipe multidisciplinar para criar
um cronograma de alta e orientar e educar famílias e cuidadores para garantir alta
segura e autonomia do cliente.
Assim, alta aceitável atende ao princípio da inclusão e supera a fragmentação do
cuidado. Nessa perspectiva, as intervenções, pautadas na evolução das práticas de
saúde, são articuladas entre profissionais, usuários, famílias e rede de saúde.

4.4.2 Orientação para a família cuidar do tubo endotraqueal em casa.

A seguir, prepare os materiais a serem entregues ao cuidador familiar, tendo em


vista as orientações para sondagem nasogástrica em domicílio. Para isso, alguns
pontos devem ser respeitados:
Entrega conteúdo organizado com fácil acessibilidade e visuais atraentes. Usar
sua criatividade e inclui imagens, gráficos e outros recursos que julgar relevantes.

36
Usar uma linguagem simples, clara e objetiva para ajudar o familiar a entender.
Elaborar um material completo, levando em consideração a possível falta de
experiência desse familiar com o cuidado com sondas.
Incluir todos os cuidados envolvidos na terapia nutricional enteral, desde a
fixação do duto forma e rapidez na administração da dieta preparo e armazenamento
das soluções além de possíveis complicações, sinais de alerta e quando encaminhar o
paciente para a linha de frente do hospital nestes casos.

37
CUIDADOS DOMICILIARES: NUTRIÇÃO ENTERAL
A dieta enteral requer atenção. Cuidados como a
correta conservação e manipulação da fórmula, higiene,
manutenção adequada dos equipamentos e a
administração da dieta são fundamentais para evitar
interrupções no tratamento e prejuízos na recuperação
do paciente.

O primeiro cuidado essencial que devemos salientar é a SEGURANÇA DO


PACIENTE, ou seja, tomar medidas básicas para que o mesmo não sofra nenhuma
complicação desnecessária e que poderia ser evitada.

1º HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

37
2º MANTER TODOS OS MATERIAIS QUE O PACIENTE UTILIZA LIMPOS E
SECOS
Os materiais como: roupas, roupas de cama, sapatos, etc., devem estar
sempre limpos para que o paciente possa utilizá-los, pois isso diminui o risco de
infecções.
3º MANTER O AMBIENTE SEMPRE LIMPO E AREJADO
O ambiente no qual o paciente reside, deve estarsempre limpo e organizado,
pois este simples ato faz com que a segurança do paciente seja mais eficaz,
auxiliando na prevenção de quedas, por exemplo.
4º BANHO DIÁRIO = HIGIENE CORPORAL E BUCAL
O banho e a higiene corporal e bucal são de extrema importância para o
cuidado do paciente. Além de promover conforto e bem-estar, no banho também é
possível observar alterações significativas no paciente. Já a higiene bucal, por mais
que o paciente não realize refeições pela boca, é importante que a mesma seja
higienizada pelo menos duas vezes ao dia, pois minimiza a proliferação de bactérias
e remove possíveis sujidades.

38
5° MEDICAÇÕES
Guarde as medicações em um lugar limpo, arejado, sem incidência de luz
solar direta e fora do alcance de crianças. Sempre administre os medicamentos nas
horas e forma corretas, conforme prescrição médica. Em casos de dúvidas, peça
orientação a um profissional da saúde da unidade básica de saúde mais próxima de
sua residência.
6º POSICIONAMENTO DO PACIENTE
Siga sempre as orientações que foram repassadas pela equipe de saúde,
pois a mudança de posição auxilia na prevenção de lesões de pele. Nunca deixe o
paciente sozinho, pois esse simples ato reduz o risco de queda.

SONDA NASOENTERAL
O que é?
As sondas nasoenterais são tubos utilizados
na alimentação do paciente, quando os mesmos
estão impossibilitados de realizar essa atividade por
via oral. Sua inserção é realizada pelas narinas ou
boca que podem chegar até o estômago ou
intestino, dependendo da indicação da equipe
médica.
Quem realiza a troca destes dispositivos?
Assondasnasoenteraisdevem ser trocadas pelo enfermeiro em uma unidade
de saúde de referência. Lembrando que se o paciente utiliza a sonda
nasoenteral(quando está indicada a manutenção na posição entérica) é necessário
que haja confirmação da posição pela radiografia.
Qual é a durabilidade dos dispositivos?
A durabilidade das sondasnasoenterais (SNE) é relativa e depende do
material da sonda e dos cuidados para com ela. Casoapresente alterações como
rachaduras, sujidades, dobraduras e rupturas, a sonda deverá ser substituída.

39
QUAIS SÃO OS CUIDADOS QUE DEVEMOS TER COM AS SONDAS
NASOENTERAIS?
a) Cuidados com a pele
As sondasnasoenterais como são inseridas através da narina, possuem
fixação na região facial, sendo assim possuem cuidados específicos.
Abaixo se encontram as principais recomendações de cuidados.
Fixação da sonda
- Deve ser utilizada fita adesiva hipoalergênica (ex: micropore);
- Realizar a limpeza da região da face para melhorar a aderência da fixação;
- Deve ser trocada sempre que apresentarsujidade, descolamento da fixação;
- Sempre trocar a posição da fixação da sonda para não causar irritação ou
lesão na pele;
Troca da fixação da sonda
A troca da fixação da sonda deve ser realizada sempre quando apresentar
sujidade ou estiver solta. Para isso, siga os passos abaixo descritos:
1. Retirar a fixação antiga, cuidando sempre para não puxar a sonda junto
com a fixação;
2. Limpara região externa donariz com água e sabão, secando bem sem
friccionar;
3. Fixar a sonda sem passar próximo aos olhos ou da boca;
4. Tomar cuidado para a sonda não dobrar e não puxar a narina.
b) Manutenção da sonda
• Evitar trações;
• Realizar a lavagem da sonda sempre após a administração de
medicação ou dieta;
• Observar a integridade da sonda;
• A limpeza da sonda deve ser com uma seringa através de injeção de
jatode água morna (não pode estar quente), porém tomar cuidado com
a pressão excessiva para não causar danos na sonda e na mucosa do
paciente;
• Caso ocorra retirada acidental da sonda nasoenteral, compareça à
unidade de saúde mais próxima com a sonda em mãos.

40
CUIDADOS COM OS DISPOSITIVOS E SEUS COMPONENTES

Como evitar a obstrução?


• Injetar na sonda 20 ml de água (filtrada ou fervida e em temperatura
ambiente) antes e após a administração de dietas ou medicações.
• Atentar-se na forma correta de administração de medicações via
sonda. Converse com o enfermeiro,médicoou farmacêutico da unidade
básica de saúde, caso tenha dúvidas.
• Caso ocorra a obstrução da sonda, injete 20 ml de água (filtrada ou
fervida e morna).
• Utilizar água em jato com o auxílio da seringa até a sonda desobstruir
por completo.
• Não ultrapassar 3 tentativas (60 ml).

Cuidados com a administração da dieta, frascos e equipos de


alimentação
O cuidador deve ter cuidados importantes durante a administração da dieta,
pois se administrada de forma errada pode ocasionar problemas ao paciente.
Primeiramente devemos relembrar quais são os tipos de dieta existentes no
mercado:
1) Dietas caseiras;
2) Dietas industrializadas, divididas em:
• Hiperprotéica;
• Hipercalórica;
• Normocalórica;
• Com fibras;
• Pediátrica.
As dietas devem ser administradas em temperatura ambiente. As dietas
industrializadas que ainda não foram abertas devem ser mantidas em local limpo,
livre de umidade e sem incidência de luz solar direta; após abertas, devem ser
mantidas na geladeira e consumidas em até 24 horas.
As dietas caseiras devem ser mantidas na geladeira. 40 minutos antes do
horário da administração, a quantidade a ser infundida deverá ser retirada da
geladeira, para que a mesma seja administrada em temperatura ambiente.

41
POSIÇÃO DO PACIENTE DURANTE A INFUSÃO DA DIETA

• O paciente deve estar sentado ou, se estiver


acamado, deve utilizar travesseiros como
apoio nas costas para que fique em posição
sentada.
• Caso o paciente possua uma cama
hospitalar, posicionar a cabeceira em 45° a
90° (posição semifowler ou fowler).
• Não se deve infundir a dieta com o paciente deitado, pois pode ocasionar
complicações como, por exemplo, broncoaspiração e pneumonia.
• Deve manter a posição de fowler/semi-fowler durante a infusão da dieta e até
40 minutos após o término.
• Caso seja utilizado frasco e equipo para administração da dieta, o frasco deve
ser mantido a 60 cm acima da cabeçado paciente.

Deve-se procurar a unidade básica de saúde mais próxima, quando ocorrer:

42
4.5 ATIVIDADE IV

4.5.1 Dimensionamento do pessoal de enfermagem

A partir do escore total diário, ou seja, da soma do NAS de todos os pacientes


da UTI-A, pôde-se contabilizar a carga de trabalho diária da equipe de enfermagem
desse setor, que variou de 479,7 a 1007,2 pontos, com uma média de 697,3 pontos
(DP ± 83,5) e mediana de 687,0 pontos. Assim, foram necessários, pelo menos, 4,8
e, no máximo, 10,1 trabalhadores, por turno, para prestar a assistência de
enfermagem na UTI-A. Em média, isto significa aproximadamente sete profissionais
de enfermagem por turno.
Ao se verificar, dia-a-dia, o número de trabalhadores atuantes na UTI-A e
calculada a diferença com a proposta do NAS, obteve-se que, em apenas, 6 (3,2%)
dias o número de trabalhadores de enfermagem da UTI-A foi superior ao de
profissionais estimado pelo NAS. Nos demais dias (96,8%), a falta foi de até 13,7
trabalhadores em um período de 24 horas, com um déficit médio de 4,2
trabalhadores (DP ± 2,5) e mediana de 3,9 trabalhadores a menos do que o
dimensionado pelo NAS, nas 24 horas correspondentes.
Em termos numéricos, utilizando-se da fórmula anteriormente apresentada, o
dimensionamento do pessoal de enfermagem da UTI-A, de acordo com a carga de
trabalho pontuada pelo NAS e os ajustes da Resolução COFEN n.º 293/2004, foi
calculado da seguinte forma:
PE = (E. ( NAS/100)) + 15%
PE = (5. (697,3/100)) + 15%
PE = 40,09475

43
4.5.2 Indicadores da assistência hospitalar

44
4.5.3 Educação Continuada

Para muitos estudiosos, o planejamento em serviço começa no setor


administrativo para as funções ali localizadas, então fica claro que quando falamos
em planejamento, também estamos trabalhando com estratégias de gestão do
cotidiano do trabalho, suas mudanças e organização do ambiente de trabalho do
trabalhador o futuro.
No entanto, o planejamento é composto por diferentes processos, mas deve
ser utilizado principalmente por uma equipe de educação permanente, pois são eles
que determinam quando e como esse programa deve ser implementado, definindo
suas formas adequadas de implementação.
Segundo Leite e Pereira (1991), uma metodologia que contempla a formação
continuada vem se desenvolvendo lentamente dentro da instituição de saúde,
diretamente relacionada a ações de difícil compreensão dos profissionais de
enfermagem, para formular propostas que confessam as necessidades de

45
aprendizagem, inclusive as deficitárias. o apoio da direção da empresa e
principalmente a dificuldade de mensurar o aprendizado na prática.

Com o processo de planejamento dentro de uma unidade de serviço,


Ciampone (1991) revela a existência de diferentes fases ou etapas para perfeita
implementação de um projeto de planejamento de formação continuada.
No entanto, o planejamento começa com o alcance de determinados
objetivos, a definição de estratégias e a partir de uma sequência de decisões
previamente estabelecidas, com isso observam-se as diferentes fases do
planejamento:
Fase 1; Conhecimento de sistemas de planejamento em geral. Isso precede a
fase inicial de planejamento, definindo os objetivos e o tempo do processo dentro do
sistema de aprendizagem. Isso geralmente facilita a compreensão dos primórdios do
planejamento organizacional.
Com vários conceitos estabelecidos, considerou-se que uma organização de
saúde é determinada por uma forma que representa um sistema aberto, e entende-
se a partir disso, que o meio físico social sofre influências internas e externas, que
podem dar origem o relações de troca de experiências, insumos materiais, recursos
humanos, entre muitos outros.
Com as influências externas, pode-se destacar a relação de prestação de
serviços que um estabelecimento de saúde desenvolve perante a comunidade para
o atendimento dos usuários que solicitam ajuda.

Fase 2; Definição de metas. É entendido como o resultado dos resultados a


serem alcançados no futuro, para isso visa alcançar resultados pré-determinados em
um determinado período ou tempo, sempre buscando resultados positivos, que
podem incluir enquête e filantropia. instituição de saúde, obtendo rentabilidade
positiva entre outros projetos futuros que a instituição queira implementar.

3ª fase; Estabeleça prioridades. Definidos os objetivos, trata-se agora de


desenvolver propostas e possibilidades para abranger e atingir os objetivos
propostos, procurando desenvolver as propostas mais favoráveis para determinadas
ações.

46
4ª etapa; Revisão dos recursos disponíveis. É de fundamental importância
estabelecer prioridades para a consecução dos objetivos traçados, procurando
implementar as ações necessários, conhecendo exatamente todos os recursos
disponíveis, sejam eles materiais, humanos ou económicos, para ambicionar a
satisfação de todo o pessoal envolvido.

5ª Fase; Estabelecimento de um plano operacional. O plano operacional pode


ser estabelecido por meio de diferentes planos, que são figurados por estratégias,
propostas táticas e operacionais. As propostas estratégicas estão diretamente
relacionadas à empresa como um todo. Enquanto a proposta operacional é um
plano que afeta a unidade de serviço, é um plano de curto prazo. E como plano
tático, consistindo em um plano de médio alcance que abrange um teatro de
operações específico.

6ª Fase; Desenvolvimento Esta fase de planejamento envolve o


desenvolvimento aprovação e implementação do programa mencionado
anteriormente. Esta é a fase que inclui ações e ajustes para desenvolver propostas e
projetos adequados para facilitar o alcance das metas.

7ª Fase; Melhoria Esta é uma fase em que as atividades de avaliação e


desenvolvimento estão diretamente relacionadas. Consequentemente, a forma de
avaliação de uma proposta de planejamento deve ocorrer constantemente e não
apenas ao final da execução das propostas, porém, nesta fase é de fundamental
importância ter em mente novas possibilidades de realização de planos que
envolvam a educação avançado.
Ciampone (1991) relatou que um processo definido de planejamento e gestão
de serviços muitas vezes está diretamente relacionado à cultura de cada ambiente
em que esse grupo de organizações está inserido. Com isso, diferentes valores
possuem influências mais avançadas que outros, antes de sua gestão. Sob esse
ponto de vista, é comum encontrar instituições que adotaram o paradigma de serem
geridas por um departamento sem interdependência com outros departamentos.
Com a centralização das funções administrativas, o planejamento, a
organização a gestão e o controle desse processo são realizados por grupos

47
interdisciplinares, cada um desempenhando seu papel na correta execução dos
programas educacionais.

Na área da enfermagem, uma função prioritária do enfermeiro é desenvolver


o planejamento da assistência de enfermagem, que está diretamente relacionado ao
paciente e à determinação do cuidado a ele, em sentido amplo.
O enfermeiro precisa conhecer e antecipar estratégias para sistematizar o
trabalho, antecipar mudanças e dispor de recursos adequados para atingir as metas
propostas nos mais variados níveis de complexidade.
A importância do planejamento na educação continuada é extremamente
necessária e tem sido utilizada pelas empresas na tentativa de ressignificar suas
organizações.
Na maioria das vezes, essa iniciativa é vista como um regulador e não um
facilitador por causa do sistema atual. Atualmente, o planejamento é utilizado para
organizar as ações educacionais, que deixam de ser um simples papel regulador
para se tornar um ato político, filosófico, científico e técnico, preparando profissionais
para o futuro e visando a transformação social.
Segundo Moretto (2007), fica claro que o planejamento é fundamental na vida
humana, na educação não é diferente pois o planejamento se estabelece com base
nas regras e relações da produção capitalista. Deve haver um plano para facilitar o
trabalho. organizar ideias e informações.
Gandin (2008) propõe que o planejamento deve servir como uma ferramenta
para tornar a ação humana mais eficiente, para auxiliar na tomada de decisões, mas
sobretudo, partindo do entendimento de alguns conceitos como planejamento,
programação e planos.
Em uma instituição é necessário um programa voltado para o
desenvolvimento dos profissionais em suas relações humanos e técnicos. As
organizações precisam de profissionais capacitados para atingir suas metas e
objetivos. Isso requer levar em consideração as realidades institucionais e a função
que esse indivíduo desempenha.
Uma das estratégias consiste em trabalhar com o empregado em seu local de
trabalho, facilitando a transformação do potencial do assalariado em
comportamentos objetivos, de acordo com a realidade que cerca.

48
Gonçalves (2003 apud Silva; Conceição; Leite 2008) considera as etapas de
planejamento de serviços de educação continuada como:

➢ Diagnóstico.
➢ Objectivo / metodologia.
➢ Avaliação / Uso.
➢ Análise de Recursos e custos.

A fase de concepção dos programas de educação continuada é a porta de


entrada para o seu desenvolvimento, pois o próprio processo educativo é proposto
desde a fase de concepção.
De nada adianta identificar as necessidades da equipe de enfermagem e não
planejar um processo para traduzir essas necessidades em aptidões, melhorias e
colaboração.
Cursos com formação ou educação continuada que são realizados sem
planejamento muitas vezes não atingem os objetivos esperados. Pois se esses
objetivos não estiverem descritos no planejamento prévio do projeto não subsistir
como avaliar os resultados esperados por meio dos estudos da área Definir.
Outra questão importante a ser mencionada é que diante do olhar crítico do
enfermeiro da unidade do enfermeiro da educação continuada e da própria
administração hospitalar, é possível que muitas necessidades sejam identificadas
como diagnóstico para implantação de programas de treinamento, porém o
enfermeiro deve ter participação da formação contínua a análise das prioridades
chegando a um consenso com os restantes membros interessados.
Este processo otimiza custos e permite atender gradativamente todas as suas
necessidades antes do treino. As prioridades podem ser identificadas principalmente
no que diz respeito às consequências dos procedimentos no desenvolvimento do
cuidado ao paciente.
Por isso, ao definir as prioridades, é necessário avaliar o quanto essas
carências nos serviços trazem prejuízos aos pacientes e cuidadores, o que é, sem
dúvida, o maior objetivo da continuidade do ensino de enfermagem.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Resolução RDC nº 222, de 28 de março de 2018. Regulamenta as Boas


Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras
providências. Órgão emissor: ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
2018a. Disponível em: https://bit.ly/30S1a7e. Acesso: 12 junho 2023.

BRASIL. Ministério da Educação. Hospital de Clínicas da Universidade Federal do


Triângulo Mineiro (HC-UFTM). Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de
Saúde – Gerência de Resíduos/Setor de Hotelaria Hospitalar do HC-UFTM,
Uberaba, 2018b. Disponível em: https://bit.ly/2PK76ZV. Acesso: 12 junho 2023.

BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Orientações aos


pacientes que usam sonda alimentar. Rio de Janeiro (RJ): Instituto nacional de
câncer – INCA. Ministério da Saúde, 1996-2014. Disponível em: . Acesso em: 13
junho 2023.

BRONDANI, J. E.; et. al. Desafios da referência e contrarreferência na atenção em


saúde na perspectiva dos trabalhadores. Cogitare Enferm. Curitiba, v. 21, n. 1, p.
01-08, Jan/mar, 2016. Disponível em: https://bit.ly/3gTEc5k. Acesso em: 12 junho
2023.

FAUSTO, M. C. R; et. al. Itinerários terapêuticos de pacientes com acidente vascular


encefálico: fragmentação do cuidado em uma rede regionalizada de saúde. Rev.
Bras. Saude Mater. Infant. Recife, v.17, supl. 1, p. S63-S72, 2017. Disponível em:
https://bit.ly/3aoFrHh. Acesso em: 12 junho 2023.

NETTINA, S. M. Prática de enfermagem. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara


Koogan, 2017. Parte 2, Unidade 5, Capítulo 20. [Minha Biblioteca]
SMELTZER, S.C.; BARE, B.G. Brunner & Suddarth: tratado de enfermagem
médico cirúrgica. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. [Minha
Biblioteca]

UENO, E.; KOFFKE, M.; VOIGT, V. R. Perfil de pacientes hospitalizados em uso de


terapia enteral. BRASPEN J. São Paulo, v. 33, n. 2, p. 194-8, 2018. Disponível em:
https://bit.ly/31MMBRW. Acesso em: 12 junho. 2023.

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