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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP


CURSO BACHAREADO EM ENFERMAGEM.

STER GABRIELA ROSA FAVARATO


RA:2326026610

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR EM


ENFERMAGEM

TUCURUÍ – PA
2023
STER GABRIELA ROSA FAVARATO
RA:2326026610

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR EM


ENFERMAGEM

Relatório de Estágio em Enfermagem apresentado como requisito parcial


para a integralização curricular.

Orientador: Prof. Aline Chagas

TUCURUÍ – PA
2023
STER GABRIELA ROSA FAVARATO
RA:2326026610

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR EM


ENFERMAGEM

Relatório de Estágio em Enfermagem apresentado como requisito parcial


para a integralização curricular.

Orientador: Prof. Aline Chagas

TUCURUÍ – PA
2023
Sumário
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO: APROXIMAÇÃO TEÓRICO PRÁTICA.................................9
2.1 Apresentação e contextualização das ações gerenciais do enfermeiro da unidade
9
2.1.1 OBSERVAÇÃO E ANÁLISE............................................................................9
2.2 Apresentação e contextualização das ações assistenciais do enfermeiro da unidade
11
2.2.1 ATENDIMENTO EM ENFERMAGEM.........................................................12
2.3 Experiências pessoais...............................................................................................13
2.3.1 A – PROJETO PEDAGOGIA HOSPITALAR................................................13
2.3.2 B – PROGRAMA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E
SANITÁRIA.....................................................................................................................14
2.3.3 C – PROGRAMA DE SÁUDE DA FAMÍLIA - PSF......................................14
2.3.4 D – PROGRAMA MUNICIPAL DE CONTROLE DE ENDEMIAS E
ZOONOSES.....................................................................................................................14
2.4 PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS...........................................................................15
2.4.1 A - SEMINÁRIO MUNICIPAL DE POLÍTICAS ANTIDROGAS................15
2.4.2 B - CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E
NUTRICIONAL (CMSAN).............................................................................................15
2.5 DISCUSSÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS........................................16
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................................19
1 INTRODUÇÃO

O Estágio Supervisionado é um cumprimento da Lei de Diretrizes e Bases da


Educação Nacional (Lei Federal nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996), que define
que todo curso de Licenciatura deve oferecê-lo para a formação de seus profissionais,
que no caso específico do curso de Enfermagem possibilita atuação na área técnica no
campo da saúde e, também, na rede de ensino pública ou privada de nosso país.
O Estágio Supervisionado é uma atividade obrigatória que deve ser realizada
pelo aluno de cursos de Licenciatura que deve cumprir uma carga horária pré-
estabelecida em instituições públicas e/ou privadas sob a orientação e supervisão de
Professor-Orientador e/ou profissionais credenciados.
O Estágio Supervisionado tem por princípios a formação acadêmica, pessoal e
profissional. Cabe a cada Instituição de Ensino Superior (IES) estruturar essa
atividade obrigatória, sempre seguindo critérios gerais definidos pela Legislação
específica e demais normas relativas emitidas pelo Ministério da Educação e Cultura
(MEC). Assim, o Estágio deve ser estruturado de forma a dar continuidade aos
conhecimentos e habilidades adquiridas nas diversas disciplinas e atividades
previamente ministradas pela Instituição de Ensino Superior (IES) a qual o aluno está
vinculado.
O Estagio Supervisionado deverá integrar “teoria e praticas”, componentes
indissociáveis da “práxis” que tem um lado material, propriamente prático, com a
particularidade do que só artificialmente, por um processo de abstração, podemos
isolar (VASQUEZ, 1968).
O presente Relatório de Estágio Supervisionado descreve as características e
práticas observadas, conforme exigência legal do Curso de Enfermagem da
Universidade Anhanguera (UNIDERP)
O Estágio Supervisionado do Curso de Enfermagem deve ser desenvolvido
para oportunizar mais um espaço de aproximação e integração do aluno de
Enfermagem com a realidade dos profissionais de saúde.
Esse Estágio Supervisionado de Enfermagem foi cumprido levando-se
em conta a duração de 1 (um) semestre, correspondendo ao calendário letivo do ano
de 2022, indo do início das aulas, em Março, até o término das mesmas, em Junho.
A carga horária desse Estágio Supervisionado de Enfermagem é
correspondente ao total de 400 (quatrocentas) horas.
O presente Estágio Supervisionado de Enfermagem possibilitou a vivência da
realidade hospitalar, permitindo o cumprimento de atividades diversas, como por
exemplo: passagem de plantão; cumprimento de escalas; atendimento direto aos
pacientes; documentação das prescrições de enfermagem e avaliações da assistência
de enfermagem em documentos anexos ao prontuário do paciente; acompanhamento
de atividades de formação continuada; desenvolvimento de ações de prevenção e
controle de infecção hospitalar e doenças transmissíveis; participação em eventos e
projetos de educação em saúde; e planejamento e avaliação dos serviços executados.
Portanto, houve a preparação completa que possibilita ao aluno de Enfermagem atuar
futuramente no mercado de trabalho, mediante aperfeiçoamento prático, técnico-
científico-cultural e relacionamento profissional.
O produto final do Estágio foi esse Relatório de Estagio Supervisionado de
Enfermagem, que foi realizado no Hospital Regional de Tucuruí e na Unidade de
Pronto Atendimento 24 horas, o aluno-estagiário cumpriu suas atividades, sempre
acompanhado pela supervisão do Professor-Orientador.
Os objetivos propostos foram atingidos tendo em vista que todas as condições
foram disponibilizadas e todas as atividades propostas foram satisfatoriamente
desenvolvidas. Alguns problemas levantados durante a realização das atividades
foram observados e foram sanados a partir de uma intervenção direta do aluno-
estagiário por meio da proposição de metodologias diferenciadas no cumprimento das
atividades e tarefas.
Enfatizamos o total apoio da Direção Geral e da Coordenação de Enfermagem do
Hospital Regional, tendo oferecido primorosa atenção e oportunizando todas as
condições para a realização das atividades propostas.
DIAGNÓSTICO DA UNIDADE HOSPITALAR
Este tópico apresenta com detalhes a caracterização da Unidade Hospitalar
alvo do Estágio Supervisionado de Enfermagem.

IDENTIFICAÇÃO
O Hospital Regional de Tucurui localiza-se na Rua Dos Amazônidas, n.0,
Vila Permanente, CEP 68455-465, Tucurui, Estado do Pará.
O Hospital Regional de Tucuruí é mantido pelo governo estadual do Pará
e é administrado pela Secretaria Estadual de Saúde, nos termos da Legislação em vigor.

CARACTERÍSTICAS DO HOSPITAL REGIONAL DE TUCURUI,


Esse tópico apresenta as dimensões física, de recursos humanos e
financeira do Hospital.

DIMENSÃO FÍSICA
O Espaço Físico do Hospital é amplo e divide-se em: (1) Área Administrativa; e
(2) Área Clínica, conforme detalhes abaixo.
A – ÁREA ADMINISTRATIVA:
- 01 Recepção;
- 01 Sala da Direção Geral;
- 01 Sala de Administração;
- 01 Sala para coordenação;
- 01 Sala para chefia médica;
- 01 Sala para chefia de enfermagem;
- 01 Auditório;
- 01 Copa e cozinha;
- 01 Refeitório;
- 01 Almoxarifado;
- 01 Sala de expurgo;
- 01 Sala de desinfecção de material;
- 01 Depósito de material de limpeza;
- 02 Dormitórios;
- 01 Sala de regulação;
- 01 Sala de transporte social;
- 01 Farmácia;
- 01 Sala de desestress;
- 01 Área para higienização das ambulâncias;
- 01 Estacionamento com 75 vagas. B –
ÁREA CLÍNICA
- 03 Enfermarias;
- 02 Salas de Tratamento;
- 01 Centro Cirúrgico;
- 01 Unidade de Terapia Intensiva - UTI;
- 01 Centro de Tratamento de Queimados;
- 01 Centro de Tratamento Oncológico;
- 01 Sala de Serviços de Ação Social;
- 01 Sala de Espera;
- 12 Consultórios Médicos;
- 09 Gabinetes de Enfermagem;
- 01 Brinquedoteca;
- 01 Classe Hospitalar;
- 01 Capela.

RECURSOS HUMANOS
O Hospital possui o seguinte quadro de profissionais:
- 01 Diretor Geral;
- 03 Coordenadores;
- 25 Médicos;
- 45 Enfermeiros;
- 05 Fisioterapeutas;
- 04 Psicólogas;
- 03 Pedagogas;
- 03 Assistentes Sociais;
- 02 Nutricionistas;
- 02 Biomédicos;
- 15 Técnicos de Enfermagem;
- 10 Auxiliares de Enfermagem;
- 07 Técnicos de Laboratório;
- 02 Administradores;
- 01 Contador;
- 01 Cientista da Computação;
- 01 Jornalista;
- 01 Bibliotecária;
- 25 Assistentes Administrativos;
- 12 Serviços Gerais;
- 06 Motoristas;
- 04 Porteiros;
- 01 Jardineiro;
- 08 Guardas.
Vale destacar que aqui não estão especificados os colaboradores e os
profissionais diversos que atuam como parceiros nas diversas ações e projetos realizados.
Nesse tópico não estão incluídos também os profissionais da Secretaria Estadual de Saúde que
eventualmente realizam atividades de capacitação e acompanhamento das ações
desenvolvidas em âmbito da Unidade Hospitalar.

DIMENSÃO FINANCEIRA
Os recursos financeiros do Hospital Regional de Tucuruí são geridos por
fontes:
Do Governo do Estado do Pará, através da Secretaria Estadual de Saúde,
atende as necessidades financeiras conforme regulamentação legal. Estes recursos chegam ao
Hospital por meio de requisições de materiais de expediente e ou reparos, bem como obras
solicitadas pela equipe gestora e programas e projetos públicos.

PROJETOS E AÇÕES ESPECIAIS


O Hospital Regional de Tucuruí possui uma rica programação de ações e
projetos que seguem o proposto pelo Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI).
Assim, são comemoradas datas especiais, que incluem: datas
comemorativas e feriados, como por exemplo: Dia do Médico, Dia das Mães, Dia das
Crianças, Dia do Enfermeiro, Dia Mundial Sem Tabaco, Dia Mundial de Combate às DST/
AIDS, Semana da Criança e Natal.
Há, ainda, diversos Projetos e Programas em andamento no Hospital, e
outros que são realizados em âmbito municipal e regional e contam com a parceria dos
profissionais do Hospital, a saber:
- Projeto Pedagogia Hospitalar;
- Projeto Doutores da Alegria;
- Programa de Saúde da Família;
- Programa Municipal de Educação Ambiental e Sanitária;
- Programa Municipal de Controle de Endemias e Zoonoses;
- Programa Municipal de Vigilância Ambiental;
2 DESENVOLVIMENTO: APROXIMAÇÃO TEÓRICO PRÁTICA

2.1 APRESENTAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO DAS AÇÕES GERENCIAIS DO


ENFERMEIRO DA UNIDADE

ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE ENFERMAGEM

O presente Estágio Supervisionado de Enfermagem foi realizado, durante o período de


Março a Junho de 2022, no Hospital Regional de Tucuruí e na Upa 24 horas.

As atividades desse Estágio Supervisionado de Enfermagem foram planejadas


previamente, nos semestres anteriores, como parte das Disciplinas Estágio Supervisionado I,
seguindo o roteiro geral do “Projeto de Estágio do Curso de Enfermagem”, que se encontra
referenciado ao final desse documento.

Todas as etapas foram desenvolvidas com acompanhamento do Professor- Orientador


do curso de Enfermagem da Universidade Anhanguera (UNIDERP), que é o profissional
responsável pelo Estágio Supervisionado.

Tudo o que foi realizado durante o período do Estágio Supervisionado de Enfermagem


encontra-se descrito adiante. Assim, essa parte que contém as ações e trabalhos diretamente
relacionados ao Estagio está dividida em: (1) Observação e Análise; (2) Atendimento em
Enfermagem; (3) Participação em Projetos e Programas; (4) Participação em Eventos; e (5)
Discussão das Atividades Desenvolvidas.
2.1.1 OBSERVAÇÃO E ANÁLISE

Assim, de acordo com o “Projeto de Estágio do Curso de Enfermagem”, inicialmente


foram realizadas várias observações no estabelecimento de saúde a fim de obter a maior
quantidade de informações relevantes ao Estágio, por meio da análise de diversos
documentos. Com essas observações foi possível conhecer melhor o histórico e a realidade de
funcionamento dessa instituição.

Nessa primeira fase, houve a investigação de toda a estrutura organizacional e


administrativa do Hospital, averiguando as condições de trabalho, tais como: disponibilidade
de recursos físicos, materiais, financeiros e humanos. Também foi observada a integração da
Unidade de Saúde com a comunidade.

Nas primeiras semanas, verifiquei as instalações prediais da Unidade Hospitalar, tais


como: sala de direção, sala dos Enfermeiros, sala de coordenação, secretaria, dormitórios,
farmácia, depósitos, auditório, cozinha, refeitório etc.

Em consulta ao Departamento de Recursos Humanos da Unidade Hospitalar obtive o


número de servidores administrativos e de apoio que atuam na instituição. E, também,
coletei dados dos recursos materiais disponíveis (computadores, macas, leitos, ambulâncias,
aparelhos de raio-x, ultra-som, etc.).

Vale destacar que essa etapa de “Observação e Análise” não se restringiu só aos
primeiros dias de Estágio, pois ela se prolongou durante todas as demais etapas, permitindo
que a obtenção de informações diversas, tais como: (1) Características dos clientes/pacientes;
(2) Recursos materiais mais utilizados no atendimento em Enfermagem; (3) Indicações
bibliográficas; (4) Procedimentos e técnicas mais utilizadas pelos Enfermeiros e Técnicos em
Enfermagem; (5) Técnicas de Avaliação dos resultados e tratamentos disponibilizados à
clientela atendida pela Unidade Hospitalar; (6) Métodos de controle de infecção hospitalar; e
(7) Principais dificuldades enfrentadas por profissionais de saúde.

Além disso, tive a oportunidade de registrar as seguintes informações: (1) Filosofia


e Missão da Unidade Hospitalar; (2) Calendário de Atendimento; (3) Fluxogramas existentes;
(4) Funcionamento dos diversos órgãos e setores do Hospital; e (5) Integração do Hospital
com outras instituições públicas e privadas.
Ressalta-se que todos esses momentos foram muito importantes e contribuíram com a
formação e ampliação dos saberes. E, não poderia deixar de mencionar que nessa primeira
fase contei com acompanhamento da Professora- Orientadora da UNIDERP Tarciara Teixeira
que colaborou com os seguintes trabalhos: (1) orientação para o preenchimento dos
formulários comprobatórios do Estágio; (2) orientação no levantamento de bibliografia; (3)
orientação na coleta de dados durante a “Observação e Análise” da Unidade Hospitalar; e (4)
preparação da apresentação em “PowerPoint” do Seminário que deverá reunir os dados
coletados e é uma obrigação a ser cumprida como parte da “Disciplina de Estágio
Supervisionado”.

Considero importante destacar que semanalmente dediquei um tempo para fazer


reflexões sobre o andamento do trabalho, verificando se os objetivos propostos para aquele
período foram atingidos, como foi o desempenho geral, se as atividades foram adequadas etc.
Assim, de maneira contínua pude verificar o relacionamento da teoria e prática.

Após essa primeira etapa, foram iniciadas as atividades de atendimento em


Enfermagem, quando foi possível o desenvolvimento de inúmeros trabalhos e procedimentos,
sempre contando com apoio da equipe de profissionais do Hospital Santa Casa de Caridade de
Uruguaiana.

2.2 APRESENTAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO DAS AÇÕES ASSISTENCIAIS DO


ENFERMEIRO DA UNIDADE

Conhecer as ações assistenciais do enfermeiro, sua atuação nas equipes


interdisciplinares, junto a clientela e comunidade, nas instâncias regulatórias e colegiadas e
acompanhá-lo durante a execução.

• Relatar sobre a participação nas atividades assistenciais,


relacionando estas aos protocolos institucionais, programas e políticas de saúde.
• Apresentar uma análise crítica sobre as intervenções, realizar
avaliação e acompanhamento e participar dos direcionamentos, prescrições e planos
assistenciais.
• Realizar aprofundamento técnico cientifico sobre as situações
sob seu acompanhamento, através da realização de leituras complementares e estudos
de caso.

2.2.1 ATENDIMENTO EM ENFERMAGEM

Esse tópico traz com detalhes a descrição das inúmeras atividades e ações de
promoção de saúde, prevenção e de cuidados curativos prestados ao longo do Estágio
Supervisionado de Enfermagem.
Nesse período, tive oportunidade exercer atividades de atendimento em Enfermagem
em muitos departamentos do Pronto Socorro (PS) do Hospital Santa Casa de Caridade de
Uruguaiana, como: Enfermarias, Ambulatórios, Centro de Tratamento Oncológico, Centro de
Tratamento de Queimados, Serviço de Atendimento Móvel Urgente, Unidade de Terapia
Intensiva etc. Além disso, participei de inúmeras atividades externas, em Projetos, Programas
e Eventos específicos.
Nas Enfermarias participei de atividades de atenção primária, secundária e terciária,
atuando na assistência de Enfermagem às crianças e adolescentes, às mulheres, aos adultos e
aos idosos. As atividades desenvolvidas foram as seguintes:
(1) passagem de plantão; (2) realização de escala no período de descanso e lanche dos
funcionários do Hospital; (3) realização de escala completa de trabalho nos turnos diurno e
noturno; (4) prescrição de assistência de enfermagem; (5) encaminhamento de paciente a
exames conforme rotina da instituição; (6) atendimento de Enfermagem na Urgência e
Emergência; (7) atuação em atividades de Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva; (8)
acompanhamento de atividades de educação continuada oferecida aos profissionais locais; (9)
realização de cuidados diretos de Enfermagem para atendimento de pessoas vítimas de
queimaduras graves; (10) participação na prevenção e controle de forma sistemática a
infecção hospitalar e de doenças transmissíveis; e (11) acompanhar o planejamento de
previsão de recursos materiais e humanos.
Ao longo desse tempo, tive a oportunidade de acompanhar consultas médicas em
diferentes áreas (pediatria, ginecologia, obstetrícia, oncologia, dermatologia, cirurgia geral
etc.), permitindo-me assim colocar em prática os meus conhecimentos
e habilidades. Pude aplicar com bastante intensidade o aprendizado de procedimentos de
Enfermagem, tais como a administração de vacinas e fármacos, a pesquisa de glicemia capilar
e a avaliação da pressão arterial. Nesse trabalho, pude perceber os inúmeros problemas nos
quais o clínico se depara no seu dia a dia. Em todos os acompanhamentos aos médicos,
sempre relatei com bastante cuidado na minha agenda pessoal as histórias clínicas e os
registros dos dados colhidos no sistema informático do SIASUS.
Em acompanhamento às atividades do Programa de Saúde da Família (PSF), participei
no assessoramento de consultas realizadas por médicos em comunidades rurais, bem como
colaborei com vários “Agentes Comunitários de Saúde” nos procedimentos de Enfermagem
ao domicílio. No acompanhamento das inúmeras equipes multiprofissional do PSF, ampliei
muito meus conhecimentos e aprimorei minhas habilidades de relacionamento interpessoal,
atuando em muitas atividades diferentes: (1) visitas domiciliares; (2) Oficinas educativas para
casais abordando planejamento familiar; (3) atividades de acompanhamento de gestantes para
falar dos exames do período Pré-Natal; (4) acompanhamento das mulheres puérperas para
falar de aleitamento e vacinação infantil; (5) palestras nas escolas e Igrejas com os
adolescentes e jovens para falar de sexualidade e DST/ AIDS; e (6) atividades com idosos etc.
Nesse trabalho pude constatar a distância a que muitos moradores estão dos serviços de saúde
das cidades e a dificuldade de acessibilidade que têm, principalmente por falta de meio de
transporte.
Participei, ainda, em serviços de Enfermagem no trabalho do Serviço de Atendimento
Móvel Urgente (SAMU).

2.3 EXPERIÊNCIAS PESSOAIS

PARTICIPAÇÃO EM PROJETOS E PROGRAMAS

Durante o período do Estágio Supervisionado de Enfermagem pude acompanhar as


atividades de diversos Projetos e Programas, a saber: (1) Projeto Pedagogia Hospitalar, (2)
Programa Municipal de Educação Ambiental e Sanitária,
(3) Programa de Saúde da Família, (4) Programa Municipal de Controle de Endemias e
Zoonoses.
Logo a seguir, eu apresento algumas informações sobre cada um desses
Projetos e Programas que são desenvolvidos diretamente ou com colaboração de
profissionais do Hospita Regional.

2.3.1 A – PROJETO PEDAGOGIA HOSPITALAR

O Projeto Pedagogia Hospitalar é realizado por uma equipe multidisciplinar de


profissionais do Hospital Regional. Esse Projeto nasceu há cerca de 4 anos para dar
atendimento diferenciado às crianças e adolescentes que estejam hospitalizados por meio da
“Classe Hospitalar”, que nada mais é do que uma extensão da escola ao ambiente hospitalar.
Assim, em termos práticos a “Classe Hospitalar” funciona como uma sala de aula adaptada
ao ambiente hospitalar para atender crianças e adolescentes em internação temporária ou
permanente, garantindo o vinculo com a escola e/ou favorecendo o seu ingresso ou retorno ao
seu grupo escolar correspondente. A “Classe Hospitalar” visa entender as dificuldades dos
pacientes e proporcionar a eles a realização do processo educativo, levando atividades
diversificadas de escrita, leitura, matemática e jogos para garantir o desenvolvimento
intelectual e acompanhamento escolar. Vale destacar que a “Classe Hospitalar” se
complementa com a “Brinquedoteca” e a “Recreação Hospitalar”, pois parte das atividades de
cunho pedagógico e instrucional (como jogos, dança, teatro e música), pode ser desenvolvida
na “Brinquedoteca” ou na programação da “Recreação Hospitalar”.

2.3.2 B – PROGRAMA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SANITÁRIA

O Programa Municipal de Educação Ambiental e Sanitária é um trabalho


desenvolvido pela Prefeitura Municipal, e envolve vários órgãos locais na execução de ações
diversas para garantir a proteção do meio ambiente e melhorar a saúde da população. A
agenda de trabalhos do Programa Municipal de Educação Ambiental e Sanitária inclui a
execução de diversas palestras e atividades nas Escolas públicas e particulares. Nessas
palestras são abordados assuntos que favoreçam a construção de consciência ecológica e
ajudam a esclarecer aos alunos a necessidade de adquirir hábitos para uma vida saudável.
2.3.3 C – PROGRAMA DE SÁUDE DA FAMÍLIA - PSF

O Programa de Saúde da Família (PSF) é o eixo central das políticas públicas de saúde
no Brasil, pois reúne um conjunto de ações extremamente relevantes para garantir esse direito
constitucional de todo brasileiro. Esse trabalho é realizado por uma numerosa equipe de
profissionais da Secretaria Municipal de Saúde, e conta com atuação de muitos parceiros
locais, tais como: Universidade Anhanguera (UNIDERP), Universidade Pitagoras e Gamaliel,
Pastoral da Criança e Igrejas Evangélicas.

2.3.4 D – PROGRAMA MUNICIPAL DE CONTROLE DE ENDEMIAS E ZOONOSES Os

trabalhos do Programa Municipal de Controle de Endemias e Zoonoses


são desenvolvidos pela equipe técnica do departamento municipal de Vigilância Sanitária
(VISA). Nos últimos anos houve uma integração das ações desse Programa com as cidades
circunvizinhas por meio de um Consórcio Municipal, o que possibilitou que os resultados
fossem otimizados. O cronograma do Programa Municipal de Controle de Endemias e
Zoonoses contém uma lista enorme de ações integradas entre todos os órgãos públicos
Federais, Estaduais e Municipais e a comunidade em geral para combate a diversos
problemas, como por exemplo: Dengue, Febre Amarela, Raiva, Doença de Chagas, entre
outras moléstias. A equipe da Vigilância Sanitária faz esse trabalho por meio de visitas aos
estabelecimentos comerciais e domiciliares, limpeza de bocas de lobo, limpeza e roçagem de
lotes baldios, e periodicamente realiza mutirões de limpeza das margens de córregos,
logradouros públicos e todos os possíveis locais com criadouros de mosquitos. Além disso,
há a distribuição de material educativo (folder, adesivo, panfleto, cartilhas, etc.) para
alunos nas Escolas e população em geral em blitz educativas. Outra atividade importante
desse Programa são as campanhas publicitárias de conscientização da população usando todos
os veículos de comunicação da cidade (rádios, programa televisionados, jornais impressos,
revistas e internet).
2.4 PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS

No período de Estágio, pude participar de 02 (dois) eventos coordenados pelos


membros do Conselho Municipal de Saúde, que foram: (1) Seminário Municipal de Políticas
Antidrogas e (2) Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (CMSAN).

2.4.1 A - SEMINÁRIO MUNICIPAL DE POLÍTICAS ANTIDROGAS

O Seminário Municipal de Políticas Antidrogas é um evento anual realizado pelo


Conselho Municipal Antidrogas, que é o órgão local que reúne diversos seguimentos da
sociedade Uruguaianense nos esforços que possam reduzir e prevenir os danos à saúde e à
vida, bem como as situações de violência e criminalidade associadas ao uso prejudicial de
drogas (bebidas alcoólicas, fumo, crack etc.). Esse evento ocorre sempre no auditório da
Câmara de Vereadores de Uruguaiana, e nesse ano contou com a participação de cerca de 250
pessoas. Assim, foram apresentados os trabalhos de educação para prevenir e reduzir os
problemas decorrentes do uso e comercialização de álcool, fumo e entorpecentes em nossa
cidade e região.

2.4.2 B - CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E


NUTRICIONAL (CMSAN)

A Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (CMSAN) foi


organizada pela equipe de técnicos do Conselho Municipal de Saúde e foi realizada no
auditório da Universidade Estadual do Pará (UEPA). O evento contou com a presença de
cerca de 350 pessoas.

2.5 DISCUSSÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS


O Hospital Regional de Tucurui é um hospital referência

e conta com uma das melhores estruturas físicas e de recursos humanos da Região de
tucuruiense. A variedade e qualidade dos serviços de saúde são realmente significativos,
especialmente nessa região tão carente de nossa nação.
Assim, ao longo de todo Estágio pude fazer a relação teoria prática de forma
satisfatória, pois foi possível realizar com êxito todas as atividades propostas inicialmente
pelo Projeto de Estágio Supervisionado, o que me permitiu assimilação de inúmeros
conhecimentos e habilidades.
Por meio de um intenso processo de questionamentos e reflexões pude entender que o
profissional de saúde em geral tem de conhecer o seu potencial de modificar comportamentos
pessoais e coletivos no que se refere à saúde.
Percebi que muitas das doenças observadas no atendimento direto aos enfermos nas
Unidades de Saúde não podem ser compreendidas totalmente a não ser que sejam vistas no
seu contexto pessoal, familiar e social.
Por meio da participação nos diversos Projetos e Programas descobri um mundo
extremamente rico e amplo para explorar o crescimento pessoal e profissional no
atendimento em Enfermagem. Em cada um deles tive um aprendizado extraordinário, o que
aguçou meu interesse pelo aprofundamento na pesquisa científica e na integração dos saberes
próprias das áreas de Enfermagem com outras áreas do conhecimento humano, em especial a
Psicologia e Assistência Social. Esses Programas e Projetos foram: (1) Projeto Pedagogia
Hospitalar, (2) Programa Municipal de Educação Ambiental e Sanitária, (3) Programa de
Saúde da Família, (4) Programa Municipal de Controle de Endemias e Zoonoses.
No “Projeto Pedagogia Hospitalar” e no “Programa Municipal de Educação Sanitária
e Ambiental” eu pude fazer reflexões e críticas dentro do contexto pedagógico. Assim, pude
adquirir uma visão melhor dos conhecimentos teóricos historicamente construídos e as
práticas profissionais do cotidiano, em geral do Enfermeiro, em particular.
Em termos de aprendizado no entendimento das políticas públicas a participação no
Programa Municipal de Controle de Endemias e Zoonoses foi o mais surpreendente. A
princípio, não tinha idéia que iria aprender tanto. No acompanhamento do trabalho realizado
pude ver o avanço dos resultados por meio do planejamento integrado entre as diversas
Prefeituras da região. Muitos problemas que até pouco tempo pareciam impossíveis de serem
solucionados foram paulatinamente vencidos por meio da união dos esforços. Essa estratégia
de fazer a
gestão integrada das políticas públicas de saúde possibilitou um melhor aproveitamento dos
poucos recursos humanos e materiais que os municípios dispõem. Esse tipo de vivência
prática, na qual o estudante de Enfermagem pode acompanhar a construção de um novo
modelo de gestão em saúde pública é realmente relevante para sua formação profissional, pois
permite que o mesmo compreenda melhor como encontrar soluções para problemas
complexos que envolvem múltiplas questões, como é o caso das endemias e zoonoses. Foi
gratificante demais ver na prática como a realidade local pode mudar se os governantes e
políticos quiserem. Quando um trabalho é realizado de forma séria e compromissada todo
mundo sai ganhando. Essa experiência no Programa Municipal de Controle de Endemias e
Zoonoses mostrou-me que é possível fazer a diferença.
No Programa de Saúde da Família (PSF) tive um aprendizado rico e diversificado. Ao
dedicar vários dias em acompanhamento aos “Agentes Comunitários” do PSF em visitas aos
domicílios da zona rural vivi muitas experiências marcantes, que com certeza irei lembrar por
toda minha vida. Nesse trabalho junto ao PSF, pude acompanhar um trabalho de parto, dando
apoio a uma parteira tradicional. Quero destacar que o acompanhamento de um nascimento de
uma belíssima criança, no apoio a essa parteira tradicional, foi realmente a mais emocionante
experiência que tive ao longo de meu Estágio Supervisionado de Enfermagem. Tive também
a oportunidade de conhecer de perto o trabalho da Pastoral da Criança, tão significativo para
muitas comunidades do interior. Além disso, pude colaborar com os trabalhos sociais
desenvolvidos pelos membros da Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ), que
periodicamente desenvolvem ações de apoio às famílias carentes, distribuindo bens
(alimentos, calçados, roupas, remédios etc.) e na realização de palestras sobre comportamento
e sexualidade, que incluem temas como planejamento familiar, aborto, DST/AIDS.
Com relação à participação nos eventos de políticas públicas de saúde, tenho a dizer
que foi uma experiência muito boa. Nos dias do Seminário Municipal de Políticas Antidrogas
pude aprender muito. Sei que nos últimos vinte anos, o consumo de drogas, principalmente o
de bebidas alcoólicas vem aumentando no Brasil. O mesmo tem acontecido com o uso de
maconha, cocaína e crack. Hoje, até mesmo nas pequenas cidades do interior as drogas já se
tornaram realidade, e com elas chegaram também um número muito grande de problemas,
principalmente violência, acidentes e AIDS. Ter participado desse evento foi importante para
ampliar
meu leque de conhecimentos e abriu-me os olhos para entender melhor essa questão. Antes eu
tinha apenas uma visão parcial sobre esse tema tão complexo, mas, agora, após ouvir tantas
palestras e debates aprofundados, pude enxergar melhor o quão necessário é o fortalecimento
de uma rede de atenção às questões relativas ao uso de álcool e outras drogas. Felizmente tive
o privilégio de participar desse evento, o que me faz sentir uma obrigação maior como
profissional de saúde e cidadão marajoara para somar forças às demais iniciativas que estão
em andamento em nosso município e Estado para auxiliar nas Políticas públicas de combate
às drogas.
Na Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (CMSAN) aprendi
muito, o que me faz querer participar de mais eventos nessa temática.
Em tudo isso, pude entender profundamente como o Enfermeiro deve ter
conhecimento não somente das técnicas de Enfermagem, mas também sobre a fisiopatologia
das doenças, sinais e sintomas e fatores socioeconômicos envolvidos no processo saúde-
doença.
Como fechamento de todas as reflexões do aprendizado desse riquíssimo período de
Estágio Supervisionado de Enfermagem no Hospital Santa Casa de Caridade de Uruguaiana
registrei os problemas mais comuns nessa Unidade de Saúde, especificamente, e em nosso
município, de modo geral, que precisavam ser sanados. Assim, em ordem prioritária,
elencamos todos eles abaixo:
- Falta de compromisso político. O Hospital tem recebido apoio menor do que merecido pela
Secretaria Estadual de Saúde;
- Falta de articuladores e coordenadores na área de Comunicação e Marketing. Apesar do
volume de trabalho desenvolvido e grande número de resultados, ainda não há nenhum
trabalho forte na divulgação das ações do Hospital, o que inviabiliza a ampliação de parcerias
e compromete o envolvimento da comunidade no processo de construção das políticas
públicas de saúde;
- A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e as Enfermarias estão recorrentemente lotadas, o
que inviabilizam o trabalho médico. Esse é um problema generalizado que precisa ser sanado
brevemente para se pensar em melhorar os serviços de saúde;
- Alto Índice de Insatisfação por parte dos profissionais de Enfermagem, que apresentam
como maiores queixas a sobrecarga de trabalho, o stress constante e a desmotivação com os
salários;
- Profissionais desatualizados. Infelizmente essa é uma triste realidade que pode ser
percebida facilmente no trabalho de observação do dia a dia da Unidade Hospitalar;
- Trabalho individualizado e isolado entre os diferentes departamentos e profissionais. Não
existem muitas iniciativas no intuito de melhorar as relações interpessoais, especialmente
entre diferentes categorias profissionais (Médicos, Enfermeiros e Servidores
Administrativos);
- Número reduzido de médicos especialistas e outros profissionais (assistente social,
psicólogo, fisioterapeuta, técnicos em radiologia etc.). Esse é um problema que afeta a
maioria das Unidades Hospitalares e leva sobrecarga para o sistema de saúde;
- Problemas na avaliação das ações e resultados. Avaliar sempre é difícil, mas é preciso
repensar o modo como isso tem sido feito;
É certo que o Hospital Santa Casa de Caridade de Uruguaiana está tomando algumas
medidas para sanar esses e outros problemas, o que de certo modo traz certa esperança, mas é
preciso que haja mais investimentos para a melhoria da saúde local. Nisso, vale destacar o
papel da Direção que está atuante no sentido de sensibilizar a Secretaria Estadual de Saúde
para conseguir mais melhorias na infra- estrutura e na capacitação de seus profissionais, entre
outras questões relevantes.
Um aspecto bastante positivo que foi observado se refere ao número de parcerias que
o Hospital possui com órgãos públicos e empresas privadas, como por exemplo: Laboratórios,
Universidades, Secretarias Municipais de Saúde, Igrejas, ONG’s etc. Assim, essas instituições
são chamadas sempre para atenderem programações especificas e contribuem com
conhecimentos e atividades de qualidade o que enriquece as atividades rotineiras da Unidade
Hospitalar.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este Relatório de Estágio Supervisionado em Enfermagem apresenta uma síntese das


atividades desenvolvidas que foram extremamente importantes para o aprimoramento dos
conhecimentos adquiridos durante minha graduação na Universidade Anhanguera
(UNIDERP).

Através de diversas atividades supervisionadas por profissionais extremamente


qualificados e empenhados na transmissão dos conhecimentos e orientação da prática de
atendimento em Enfermagem pude aplicar os inúmeros conhecimentos adquiridos nas
diversas disciplinas ao longo da graduação. Assim, pude aplicar e desenvolver todas as
informações e experiências adquiridas de forma árdua, porém com extrema gratificação, pois
hoje posso concluir que me considero apto e capaz de assumir a responsabilidade de estar na
posição de Enfermeiro.

Após a realização do Estágio pude vislumbrar que essa etapa contribuiu de forma
excepcional para a minha formação no curso Enfermagem. Nesse contexto, vejo que passei a
compreender profundamente a grande responsabilidade que cabe a Enfermagem. Entendo que
o “Enfermeiro” deve ter uma formação geral para atender as necessidades da sociedade no
atendimento básico em saúde, ajudando outros profissionais em cursos técnicos de saúde.
Felizmente, posso dizer que minha formação me dá condições plenas para atuar na saúde, de
modo a oferecer uma instrução que possibilite com minha formação uma atenção holística e
humanizada, quebrando a forma tradicional e fragmentada do processo de ensino-
aprendizagem que separa teoria da prática e que perdurou durante muitas décadas nos cursos
oferecidos em nosso país. O contacto diário com diversos doentes contribuiu não só para
aprofundar os meus conhecimentos sobre a abordagem aos pacientes e suas patologias e
adquirir conhecimentos técnicos próprios da Enfermagem, mas também para o meu
desenvolvimento profissional e pessoal, principalmente no que se refere à possibilidade de
explorar a relação Enfermeiro- doente.

Sou extremamente grato ao apoio que recebi de todos os profissionais do Hospital, que
dispôs de todo material solicitado para atender ao meu trabalho como estagiário. Considero
que todos os objetivos propostos foram atingidos com sucesso
tendo em vista que todas as condições foram disponibilizadas, todas as atividades foram
realizadas e não houve nenhuma falta grave. Alguns poucos problemas levantados durante a
realização das atividades foram sanados satisfatoriamente.

Sei que ficar na posição de observador/ telespectador, só criticando a qualidade da


saúde sem conhecer a realidade dos Hospitais, Policlínicas e Postos de Saúde é fácil. Mas,
essa oportunidade que tive de vivenciar a prática numa instituição de saúde pública,
colocando-me no lugar dos profissionais que lidam diariamente com essa dura realidade
permitiu que eu identificasse as várias causas que contribuem para as deficiências e carências
amplamente difundidas pela mídia em geral.

Podemos dizer que existem situações diferentes e muitos motivos para queremos
mudanças no quadro dos serviços de saúde de nosso município, especificamente, e do Brasil,
em geral, pois ficou evidente que enquanto não for dado o devido valor aos profissionais que
atuam, principalmente, nos estabelecimentos públicos, não haverá como reverter o quadro
alarmante de ineficiência que tem acompanhado a história triste da saúde pública em nosso
país.

Além disso, percebi em alguns casos a falta de comprometimento de alguns


profissionais para com o atendimento humanizado, o que nos deixa de certa forma tristes e até
um pouco revoltados por entendermos que sem uma boa oferta de atendimento em saúde não
existe desenvolvimento social ou econômico.

Observei em vários locais que o quantitativo de pessoal é deficiente e que a


superlotação de pacientes acarreta sobrecarga de trabalho, o que gera stress e,
conseqüentemente, interfere negativamente para que o Enfermeiro possa realizar um
atendimento com tranqüilidade e equilíbrio emocional. Essa carência de recursos humanos
impede que muitos profissionais sejam liberados para participar de cursos de atualização.
Além disso, os baixos salários levam parte dos profissionais de saúde a ingressar numa dupla
ou tripla jornada de trabalho, o que gera um grande desgaste físico e mental.

É certo que as condições de trabalho e os estímulos relacionados ao aprimoramento


profissional também devem fazer parte da pauta de prioridades dos gestores públicos
responsáveis pela saúde, em todos os níveis, municipal, estadual
e federal, melhorando a qualidade do atendimento da população e proporcionando maior
segurança aos trabalhadores de Enfermagem.

Pude perceber que já existem algumas iniciativas bem sucedidas com objetivo de
melhorar os índices de saúde, contudo constatei também que ainda não há uma percepção
clara por muitos profissionais (especialmente por alguns gestores públicos e políticos !!!)
sobre o que se deve fazer para mudar esse cenário.

Sei que temos um longo caminho a percorrer se quisermos uma melhoria de nosso
país, mas não só no sentido de crescer a economia, pois acredito que desenvolvimento vai
bem além, devendo privilegiar o desenvolvimento integral do ser humano.

No mais, posso dizer que saber que existem em andamento várias ações com o
propósito de melhorar a qualidade da saúde me permitem vislumbrar algumas esperanças que
conseguiremos alcançar, num futuro não muito distante, uma situação desejada há muitas
décadas.

Sei que não podemos nos abater frente às dificuldades. Vejo que ingressar no mercado
de trabalho da saúde é um desafio enorme e, por isso mesmo, quero estar disposto para lutar
diariamente, sem perder o foco para vencer os problemas.

Pretendo me envolver com todo coração nessa vida de “Enfermeiro”, pois quero lutar
de corpo, alma e espírito com compromisso sério para construir uma saúde de qualidade. Por
isso, quero ser um profissional aplicado e dedicado que tem como meta a promoção de
mudanças na saúde nacional, por que entendo que a oferta de atendimento humanizado é
responsabilidade de todos que almejam uma vida mais digna os cidadãos de nosso país e do
mundo.
REFERÊNCIAS

SOBRENOME, Nome do autor. Título da obra. Edição. Cidade: Editora, Ano de Publicação.

AAKER, David Austin. Criando e administrando marcas de sucesso. São Paulo: Futura,
1996.

ALVES, Maria Leila. O papel equalizador do regime de colaboração estado-


município na política de alfabetização. 1990. 283 f. Dissertação (Mestrado em
Educação) - Universidade de Campinas, Campinas, 1990. Disponível em:
<http://www.inep.gov.br/cibec/bbe-online/>. Acesso em: 28 set. 2001.

AGUIAR, B.G.C. (Coord.) et al. 2005. Guia de orientações para o enfermeiro residente: Curso de
Pós-Graduação (Especialização), sob a Forma de Treinamento em Serviço (Residência) para
Enfermeiros (Residência em Enfermagem). Brasília: Ministério da Saúde. 60p.

COSTENARO, A.C.; STECCA, J.P. 2004. Motivação profissional: um indicador de qualidade de


vida. Revista Eletrônica de Contabilidade da UFSM, 1 (1): 226-249. Disponível em:
w3.ufsm.br/revistacontabeis/anterior/artigos/vIn01/a13vIn01.pdf

CUNHA, A.C.; VALENTE, G.S.C. 2009. Desvelando o conhecimento dos trabalhadores de


enfermagem acerca dos riscos biológicos na emergência. Revista Eletrônica do Mestrado
Profissional em Ensino de Ciências da Saúde e do Ambiente. Ensino, Saúde e Ambiente, 2
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DAMASCENO, L.A. 2009. O papel do enfermeiro na prevenção da obesidade infantil: uma


revisão bibliográfica. Monografia (Curso de Enfermagem - Faculdade Pitágoras). Linhares.
23p. Disponível em: www.portaldoenfermeiro.com.br/

PINTO, Susana. 2009. Relatório do estágio de opção competências dos pais para promover o
desenvolvimento infantil aos 3 e 5 anos. Escola Superior de Enfermagem São José de Cluny.
Curso de Pós-Licenciatura de Saúde Infantil e Pediatria. Funchal.

VIEIRA, C.S. 2007. Experiências de famílias no seguimento de crianças pré-termo e de baixo


peso ao nascer no município de Cascavel – PR. Tese de Doutorado em Enfermagem em
Saúde Pública. Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto.
230p.

WIKIPÉDIA – A Enciclopédia Livre. 2011. Enfermagem. Disponível em:


http://pt.wikipedia.org/wiki/Enfermagem
29p.
ANEXOS

ANEXO A – Termo de validação do Relatório de Estágio

Incluir o termo de validação digitalizado, conforme estipulado no Plano de Trabalho.


ANEXO - B – PLANO COVID-19

ATIVIDADE I - Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde

Em 2006, a agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério do


Meio Ambiente construir o manual do PGRSS, ancorado na resolução do Conselho
Colegiado (RDC) da Anvisa nº 306/04 e na resolução do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA) nº 58/05, com o objetivo de minimizar a geração e os problemas
derivados do gerenciamento de resíduos sólidos e líquidos, buscando alternativas que
favoreçam a reciclagem, redução de riscos na área de saneamento ambiental e saúde
pública. resíduos sólidos, norma Brasileira (NBR) 10004/2004 da Associação Brasileira
de normas tecnológicos (ABNT), são resíduos sólidos e semissólidos gerados de
atividades industriais, domésticas, hospitalares, comerciais, agrícolas, serviços e
atividades. Incluem-se nesta definição as lamas provenientes de sistemas de
tratamento de águas, as geradas por equipamentos e instalações de controlo da
poluição, bem como determinados líquidos cujas características específicas
impossibilitem a sua descarga na rede pública de esgotos ou em corpos de água, ou
requerem técnicos e intervenção econômica. impossibilidade. soluções com a melhor
tecnologia disponível.
De acordo com a resolução CONAMA nº 358 de 29 de abril de 2005, resíduos
sanitários são todos os resíduos gerados relacionados à assistência à saúde humana
ou animal, incluindo cuidados domiciliares e serviços de campo; laboratórios de análise
de dispositivos médicos, morgues, funerárias e serviços onde são realizadas atividades
de embalsamamento (tanatopraxia e somatoconservação); serviços de medicina legal;
drogarias e drogarias, incluindo manipulação; estabelecimentos de ensino e enquête na
área de centros sanitários de controle de zoonoses; distribuidores de produtos
farmacêuticos; importadores, distribuidores e produtores de equipamentos e controles
para diagnóstico in vitro; unidades móveis de saúde; serviços de acupuntura; serviços
de tatuagem, entre outros.
A gestão de resíduos deve ser baseada na prevenção. Melhores ações
corretivas e usa uma abordagem interdisciplinar. levando em consideração que os
problemas e soluções ambientais não são determinados apenas por fatores
tecnológicos. mas também problemas econômicos, físicos, sociais e políticos e
culturais.
Os programas de gerenciamento de resíduos devem adotar o princípio da
responsabilidade objetiva, segundo o qual o gerador do resíduo permanece
responsável pelo tratamento e destinação adequados (individual ou coletivamente)

Mesmo depois de sair do local de geração de resíduos. Após a coleta e


sistematização de dados e informações, é possível realizar um diagnóstico identificando
os problemas deficiências e lacunas existentes e suas possíveis causas. Esta primeira
etapa abrange todas as fases de gestão. Auxílio no ajuste diagnóstico, incluindo a
elaboração e desenvolvimento de planos de manejo de acordo com a legislação
vigente.No entanto, não é necessária uma revolução nos procedimentos e processos
da CH para alcançar a qualidade na prestação de serviços e garantir a proteção
ambiental, mas sim melhorias nos resultados resultantes de processos contínuos e
escaláveis em que todos estão envolvidos. Isso é importante para maximizar as
oportunidades e reduzir os custos e riscos associados ao descarte de resíduos.
O Plano de Gerenciamento de resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) é um
documento que identifica e descreve as atividades relacionadas ao gerenciamento de
resíduos sólidos e segue as etapas do fluxograma apresentado a seguir.
Geração e segregação: a separação correta e criteriosa permite um tratamento
diferenciado, uma racionalização dos recursos gastos, além de facilitar a reciclagem. Se
for uma mistura de resíduos de diferentes classes, um resíduo não perigoso pode ser
contaminado e tornar-se perigoso, dificultando a sua gestão, bem como aumentando os
custos a ele associados.
Manuseio, embalagem e armazenamento: O manuseio e embalagem adequados
de resíduos ajudam a maximizar as oportunidades de reutilização e reciclagem, pois
alguns resíduos podem não ser recicláveis se embalados incorretamente.
Coleta, transporte, destinação e disposição final: são etapas que exigem muita
atenção no processo de gestão, pois introduzem riscos de alteração da qualidade dos
resíduos gerados, podendo a classe ser modificada caso os resíduos sejam
combinados. É necessário estabelecer mecanismos de controle que permitam a
rastreabilidade e monitoramento dos valores gerados, o que pode influir nos custos de
tratamento e disposição final.
Os objetivos do PGRSS são minimizar a geração de resíduos na fonte adequar a
categorização na fonte controlar e reduzir os riscos ambientais e garantir o manejo e
destinação final adequados, de acordo com a legislação.

Características dos resíduos


Os resíduos sólidos podem ser classificados de várias maneiras. Em relação aos
riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, a NBR 10004/2004 classifica os
resíduos sólidos como:
- Os resíduos classe I, denominados perigosos, são os resíduos que podem oferecer
risco à saúde e ao meio ambiente devido às suas propriedades físicas, químicas ou
biológicas. Eles são caracterizados por uma ou mais das seguintes propriedades:
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade.
- Resíduos classe II denominados não perigosos são subdivididos em duas classes:
classe II-A e classe II-B. Os resíduos classe II-A-não inertes podem ter as seguintes
propriedades: biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água, enquanto
que os resíduos classe II-B-inertes não apresentam nenhum de seus constituintes
solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, com
exceção dos aspectos cor, turbidez, dureza e sabor.

De acordo com a origem e natureza Os resíduos sólidos são classificados em:


resíduos domésticos, Comerciais, resíduos Livres e Feiras, Serviços de Saúde, portos,
aeroportos e Rodoviárias, resíduos Industriais, agrícolas e da edificação Civil.
Porém, dependendo da responsabilidade pela gestão dos resíduos, eles podem
ser agrupados em dois grandes grupos. O primeiro grupo refere-se aos resíduos sólidos
da comunidade incluindo lixo doméstico ou doméstico resíduos comerciais resíduos
públicos.
O segundo grupo inclui os resíduos de fontes especiais: resíduos industriais;
resíduos de construção; resíduos radioativos; resíduos de portos, aeroportos e
terminais ferroviários; resíduos agrícolas; lixo hospitalar.
Além disso, os resíduos podem ainda ser classificados de acordo com suas
propriedades físicas (secas ou úmidas) e composição química (orgânicas ou
inorgânicas).

Classificação de resíduos saudáveis (RSS )


A caraterização e classificação dos resíduos das atividades de saúde (RSS)
consistiu na formação de grupos e subgrupos de resíduos, de acordo com o disposto
nas resoluções vigentes, de acordo com suas características e potenciais riscos à
saúde pública e ao meio ambiente, tendo como principais objetivos:
- Conhecimento das atividades desenvolvidas na unidade de saúde e dos
resíduos aí gerados; - Identificação dos resíduos de saúde gerados em cada setor da
unidade de saúde; - A possibilidade de triagem de resíduos na origem nomeadamente
no que diz respeito aos processos e instalações disponíveis para tratamento e
possíveis formas de os minimizar. De acordo com a RDC / Anvisa nº 306/2004 ), os
resíduos de serviços de saúde podem ser subdivididos em cinco grupos diferentes.

Infectantes – Grupo A

A1
- Cultivo e cepas de microorganismos resíduos da produção de produtos biológicos
exceto hemoderivados Destruição de vacinas vivas ou sua inativação contra
microorganismos. cultura médium e ferramentas para transferir, inocular, inocular ou
inocular as sobras de laboratórios geneticamente alterados.
- resíduos das atividades de vacinação com microrganismos vivos ou atenuados. Isso
inclui frascos de vacina vencidos, conteúdo não utilizável, frascos de vacina vazios ou
sobras de produtos, agulhas e seringas.
- resíduos provenientes da prestação de cuidados de saúde a indivíduos ou animais,
com agentes patogénicos pertencentes à classe de risco 45, microrganismos de
importância epidemiológica ou microrganismos com risco de propagação, presumível
ou definitivamente associados a contaminação biológica, que se apresentem como
mecanismo de transmissão.
- Bolsas de transfusão contendo sangue ou hemoderivados rejeitados por
contaminação, armazenamento inadequado, coleta vencida ou incompleta.
- Restos de amostras de laboratório contendo sangue ou fluidos corporais, recipientes e
materiais contendo sangue ou fluidos de forma livre de processos sanitários.

A2
- carcaças, partes anatômicas, vísceras e outros dejetos de animais submetidos a
procedimentos experimentais com inoculação de microorganismos, bem como seus
invólucros, bem como restos de animais que se suponham portadores de
microorganismos de importância epidemiológica e que estejam expostos ao risco de
difusão, para exame anatomopatológico ou confirmação diagnóstica. - resíduos
contendo microrganismos com alto risco de infecção e alta probabilidade de morte.

A3
- Partes anatômicas (extremidades) do ser humano; produto de fertilização sem sinais
vitais, com peso inferior a 500 gramas ou medida inferior a 25 centímetros ou com
idade gestacional inferior a 20 semanas, que não tenham valor científico ou legal, e que
não tenham sido solicitados pelo paciente ou seus familiares.

A4
- um conjunto de cateteres arteriais cateter intravenoso e uma máquina de hemodiálise
quando descartados. Filtra o ar ou gás aspirado da área contaminada; filtro de
membrana para equipamentos médicos, hospitalares e de enquête, entre outros
produtos similares. recipientes e materiais derivados de processos médicos que não
contenham sangue ou fluidos corporais. resíduos resultantes de procedimentos
cirúrgicos ou estudos anatomopatológicos, peças anatômicas e outros resíduos de
animais não inoculados com microorganismos. Sacola de infusão vazio ou saco o
granel restante.
- Carcaça, partes anatômicas, vísceras e demais escombros de animais que não
tenham sido submetidos a procedimentos experimentais com inoculação de
microorganismos, bem como seus revestimentos.

A5
- órgãos, tecidos, fluidos corporais Objetos pontiagudos ou coisas que causam
cicatrizes e outros materiais obtido de tratamento médico humano ou animal com
suspeita ou confirmação de contaminação com príons.

químicos – Grupo B
resíduos químicos são aqueles que contêm substâncias químicas que podem
representar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas
características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Estes podem
ser divididos em:

Ameaça: São tóxicos. Reativo, inflamável e/ou corrosivo conforme descrito


anteriormente.
Inócuo: criado a partir de atividades laboratoriais clínicas que não apresentam
toxicidade. Sensibilidade, inflamabilidade e/ou natureza corrosiva do Grupo D.

A periculosidade é avaliada pelo risco que estes compostos representam para a saúde
ou para o ambiente tendo em conta as concentrações utilizadas. A partir do exemplo de
resíduos perigosos Temos uma solução de brometo de etídio. Diaminobenzidina (DAB),
formaldeído e fenol-clorofórmio, cianeto, solventes contendo flúor, cloro, bromo ou iodo.
Benzeno e seus derivados e soluções contendo metais como chumbo, mercúrio,
cádmia, etc.
Os produtos químicos geralmente são rotulados com símbolos que sinalizam a natureza
perigosa do produto. Não imprima o emblema em produtos fabricados antes de 1990.
informações sobre as propriedades de cada produto podem ser encontradas nas Fichas
de Dados de Segurança de produtos químicos (FISPQ), conforme NBR 14725 da ABNT
e Portaria / PR 2657/98 e/ou no site do fabricante. MSDS não se aplica a produtos
farmacêuticos e cosméticos.

Radioatividade - Grupo C

Lixo atómico; Derivado da atividade humana contendo radionuclídeos que excedem os


limites de descarte estabelecidos na regulamentação do Conselho Nacional de
Vitalidade Nuclear (CNEN) e não pode ser reutilizado ou destinado. Este grupo inclui
qualquer material de laboratórios de pesquisa e ensino em saúde, laboratórios de
análises clínicas e serviços de medicina nuclear e radioterapia que contenham
radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de descarte. É importante
ressaltar que nenhum resíduo desse grupo é gerado em nenhum setor do hospital de
Clínicas.

Geral - Grupo D
resíduos não perigosos são aqueles que não introduzem nenhum risco biológico,
químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente e podem ser equiparados aos
resíduos domésticos.
Papel higiênico, guardanapos, roupas descartáveis, escombros de alimentos de
pacientes, material utilizado para antissepsia e hemostasia de flebotomia, equipos de
soro e outros produtos similares não classificados como resíduos infectantes do grupo
A.
restos de comer e cozinhar;
resíduos da prefeitura;
resíduos de varrer flores, poda e jardinagem;
resíduos de gesso da saúde.

Objetos pontiagudos - Grupo E


resíduos cortantes: cicatrizes, perfurações ou cortes de uma instalação médica. Este
grupo inclui: agulhas, ampolas, pipetas, lâminas e bisturis, etc.

Obs.: Além dos RSS, os HCs geram outros resíduos que também demandam cuidados
e diferentes formas de coleta, transporte, valorização, tratamento e disposição final.
São eles: - Lixo electrónico e seus componentes;
- bateria;
- lâmpada.
Alguns critérios foram adotados no HC para rotular e identificar as fontes de geração e
quantificar a geração de RSS como segue:
- Classificação dos resíduos sólidos formados de acordo com as exigências da Portaria
CONAMA nº 358 de 29.04.2005 e Anvisa RDC nº 306 de 12.07.2004.

- Identificação das categorias RSS geradas em cada setor.


Adotar a estimativa de RSS como padrão para prever o número suficiente de
contêineres a serem preenchidos por estabelecimento de produção e por grupo e
subgrupo de RSS e para dimensionamento de abrigos internos e abrigos externos de
armazenamento

.SEGREGAÇÃO NA ORIGEM

- Treinar os funcionários que atuam diretamente na geração de resíduos, para


classificá-los, de acordo com a classificação vigente no momento e local de sua
geração, acondicionando-os de acordo com as formações da RDC Anvisa nº 306 e
CONAMA, nº 358; - Classificar e separar em recipientes ou embalagens preconizadas
por normas tecnológicos, cada grupo de RSS gerado;
- Garanta a segregação adequada e tratar os resíduos sólidos contendo sangue
e fluidos corporais como resíduos infecciosos.
- Separe os resíduos infecciosos em recipientes designados. "resíduos
infecciosos";
- Separe os resíduos químicos, identificando cada embalagem como "lixo tóxico"
e outros RSSs que requerem tratamento diferenciado.
- Separar na origem os componentes inertes dos resíduos comuns com
possibilidade de os reciclar, em contêineres adequados e identificados, transportando-
os em segurança e armazenando-os corretamente no abrigo de recicláveis;
- Treinar os funcionários responsáveis pela limpeza e descontaminação sobre os
procedimentos de identificação, categorização e manuseio de RSS, bem como o uso de
EPI no manuseio de qualquer grupo de RSS, de acordo com as especificações da RDC
Anvisa nº 306, resolução nº 358 do CONAMA e NBR ABNT 12010.

TRATAMENTO PRÉVIO

Entende-se por tratamento, em geral, qualquer processo manual, mecânico,


físico, químico ou biológico que modifique as características dos resíduos, visando
minimizar o risco à saúde preservando a qualidade do meio ambiente, a segurança e a
saúde dos trabalhadores.

A transmutação pode ser efectivada na unidade de produção ou em qualquer


outro local, tendo em conta, nestes casos, as condições de transporte seguro entre a
instalação de produção e o local de transmutação. Os sistemas de tratamento de RSS
devem estar sujeitos a licença ambiental, de acordo com a resolução CONAMA 237/97
e estão sujeitos à fiscalização e controle dos órgãos de vigilância sanitária e ambiental.
Ressalta-se que o tratamento dos resíduos infectantes gerados nas dependências do
HC-UFTM é realizado por empresa terceirizada, devidamente homologada para esta
atividade, que emite certificado ao final de todas as etapas (tratamento e disposição
final).

ACONDICIONAMENTO

Descrição do acondicionamento dos Resíduos Gerados


Consiste em acondicionar os resíduos separados em sacos ou recipientes
estanques e resistentes perfurações, quebras e vazamentos. Reprova a NBR
9191/2000 ABNT nos limites de peso de cada mala. Não descarte ou reutilize. A
capacidade dos recipientes de embalagem deve ser compatível com a produção diária
de cada tipo de resíduo. Os recipientes que existem na sala de cirurgia e na sala de
parto não precisam ser totalmente cobertos. Os resíduos líquidos devem ser
acondicionados em recipientes resistentes, rígidos e estanques, confeccionados com
materiais compatíveis com o líqüido armazenado, roscados e hermeticamente
fechados. Os resíduos resultantes são colocados em recipientes impermeáveis
adequados, confinados em abrigos temporários / instalações de limpeza, onde os sacos
não podem ser largados diretamente no chão, e depois colocados no exterior para
recolha em carroças dedicados. determinado pela empresa responsável pelo
tratamento e destinação final.

CRITÉRIOS PARA ACONDICIONAMENTO DE RSS

- Acondicionar o RSS de acordo com cada classe e separadamente no local de origem,


em sacos plásticos, recipientes ou embalagens próprias para cada grupo de resíduos,
conforme normativa RGRSS do HC-UFTM, referenciada nas normas tecnológicos da
ABNT, e em a república Democrática do Congo pela Anvisa e CONAMA, também.
306/2004 e 358/2005;
- Usar um recipiente rígido no ponto de uso para abrir a tampa. Interior liso e rincões
arredondados, estável, lavável à prova de vazamento Habilidade de 60 (sessenta) litros
ou mais com plastico branco sacos para lixo doméstico e recipientes com capacitância
de 20 (vinte) e 30 (trinta) litros para substâncias infecciosos e químicas. usando um
saco plástico branco com o simbolo de infeção e um saco laranja com as palavras
"resíduo de infeção ou produtos químicos", respectivamente;
- Armazenar recipientes suficientes para cada grupo de RSS em cada unidade de
produção e coloque os recipientes em locais estratégicos de descarte, como purga,
quarentena, sala de tratamento, sala de emergência ou outros locais que facilitem o
descarte adequado.
- Fechar completamente os sacos de plastico no final de cada dia, ou quando tiverem
preenchido 2/3 do seu volume. No caso de RSS de alta densidade, utilizar apenas um
volume compatível com a resistência da embalagem para evitar quebras e mantê-la
intacta até o armazenamento final e ulterior manuseio.
- Adoção de técnicos de embalagem pelo RSS Group para manter todo o recipiente
rotulado e hermeticamente fechado para evitar vazamento de resíduos;
- Proteger os resíduos líquidos colocando-os em garrafas ou recipientes resistentes à
corrosão, vidro ou outras embalagens, como caixas de papelão ondulado se frágeis, e
colocá-los em sacos plásticos de “vidro” com cor e superfície externa adequadas.
marcas de identificação ";
- Feche previamente o saco plástico e retire-o imediatamente do grupo gerador até que
seja purgado para armazenamento intermediário, proibindo expressamente sua
abertura ou esvaziamento ou reutilização, bem como sua compactação;
- Embale sacos plásticos ao soprar em recipientes especiais para armazenamento
temporário. Evite tocar o saco plástico no chão.
- Apresentar os resíduos acondicionados para coleta externa em recipientes conforme
as normas tecnológicos da ABNT, Anvisa (RDC 306) e CONAMA (resolução 358)

Armazenamento Temporário (Sala de Utilidades ou Expurgo)


- Uma sala de serviço ou sala de processamento deve armazenar
provisoriamente recipientes contendo resíduos já embalados perto do ponto de
produção para agilizar a coleta dentro da instalação e otimizar o movimento entre os
pontos de produção e coleta. Para coleção externa. Em caso de proximidade entre o
ponto de criação e o armazenamento externo O armazenamento temporário será
descartado.
- A sala de armazenamento de contêineres internos de transporte de resíduos
deve ter piso e paredes lisas e laváveis, possuir ponto de iluminação artificial e área
suficiente para armazenar pelo menos dois contêineres de coleta (contêineres) para
posterior transferência para a área de armazenamento. Se a área for alocada apenas
para coleta de lixo deve ser rotulado como "sala de lixo";
- Nos locais onde a arrecadação temporária é compartilhada com a lavandaria, o
local deve ter área exclusiva de no mínimo 2 m2;
- em local de armazenamento temporário sacos de lixo não podem ser retirados
de contêineres estacionados.
- Os resíduos de fácil putrefação recolhidos por um período superior a 24 horas
de armazenamento devem ser mantidos no frio e, quando tal não for possível,
submetidos a outro modo de conservação;
- A desinfecção dos ralos (lavandarias) é realizada duas vezes ao dia (manhã e
tarde) pelos responsáveis pela limpeza e higienização, e/ou em outros horários, se
necessário;
- A desinfecção será realizada utilizando equipamentos de proteção individual
como uniformes, máscaras, luvas e toninhas de polietileno.

COLETA INTERNA DO PONTO DE GERAÇÃO ATÉ O ARMAZENAMENTO


INTERMEDIÁRIO

- Os sacos de plastico são fechados e recolhidos quando atingem 2/3 da sua


capacidade ou, se for o caso são acondicionados em contentores específicos para
armazenamento temporário, evitando que os resíduos sejam depositados diretamente
no solo; em seguida são recolhidos manualmente pelos funcionários da empresa de
limpeza e higienização, e embarcados em carroças específicos para esta finalidade
para armazenamento externo;
- Retire manualmente o saco plástico com cuidado para não rasgá-lo. Em caso de
acidente ou derramamento, notifique imediatamente o gerente do local (ou unidade)
para limpar e desinfetar o local ao mesmo tempo.
- A remoção manual é realizada utilizando equipamentos de proteção individual como
uniformes, máscaras, luvas e calçados fechados.
- A higiene das mãos é essencial para evitar a infecção cruzada e para a saúde dos
funcionários no ambiente de trabalho.

Coleta e Transporte Interno

A coleta e transporte de resíduos do abrigo intermediário até o abrigo central de


resíduos, é realizada pela equipe de limpeza e higienização em horários fixos,
obedecendo a rotas de transporte especificas afim de não coincidir com o horário de
refeições, visitas, distribuição de roupas limpas.
Coleta Interna do Armazenamento Intermediário até o Depósito de Resíduos
- Os resíduos são acondicionados em sacos plásticos para cada grupo. e em
contêineres de armazenamento temporário em chaminés de ventilação e/ou na sala de
serviço da unidade de energia.
- Os resíduos são recolhidos em abrigos provisórios por pessoal de higiene e
limpeza, e embarcados para o centro de eliminação de resíduos através de um carrinho
de transporte interno, devidamente fechado, identificado pelo símbolo correspondente
ao risco que contém;
- De modo a evitar coincidências na recolha de roupa suja, fornecimento de
refeições, entrega de roupa limpa e horário de visitas, a recolha interior realiza-se
diariamente, cinco vezes por dia, de acordo com os horários abaixo definidos:
 06h30min às 07 horas
 08h30min às 09 horas
 12h30min às 13h45min
 15 horas às 16h45min
 18h30min às 20 horas

A coleta de lixo começa no 3º andar e nos 2º e 1º andares, respectivamente.


- após a transferência Os resíduos são armazenados em armazenamento
externo. Os resíduos biológicos e/ou agudos são colocados em um recipiente especial
para agentes infecciosos. e substâncias de natureza tóxica são colocadas em
recipientes de lixo tóxico. Eles são pesados e coletados diariamente às 7h por uma
empresa terceirizada licenciada.
- Os resíduos gerais lançados em um contêiner especial serão coletados
diariamente às 7h30 por uma empresa terceirizada.
ARMAZENAMENTO EXTERNO (DEPÓSITO DE RESÍDUOS)

Os contêineres que contenham resíduos serão armazenados em depósito,


acondicionados em contêineres específicos para cada grupo de resíduos, que não
poderão ser apagados nem manuseados diretamente no solo, até à realização da fase
de recolha externa, em ambiente exclusivo e de fácil acesso .acesso para cobradores
de veículos..
- O abrigo está identificado como “Depósito de resíduos”, com acesso reservado
a funcionários do setor, que efetuarão o transporte interno das recolhas, estando
proibida a passagem pelas vias públicas, para efetuar o armazenamento de resíduos.
- O tamanho do abrigo de resíduos corresponde à quantidade de resíduos
gerados. e a capacitância de armazenamento corresponde à frequencia de coleta
realizada pela empresa terceirizada contratada.
- O aterro deve ter pavimento e paredes pavimentadas, ser de fácil limpeza, ter
aberturas de ventilação, ser dotado de porta de largura correspondente às dimensões
dos contentores externos de recolha, pontos de electricidade e água, tomadas elétricas
e escoamento de águas residuais canais entregues lá. o sistema de esgoto da usina;
- Os resíduos químicos são armazenados em local exclusivo, em tamanhos
compatíveis com as características quantitativas e qualitativas dos resíduos gerados,
em local específico e específico.
- O armazém de resíduos dispõe de zonas sanitárias especiais onde os
contentores de recolha e outros equipamentos aplicados para a gestão de resíduos
podem ser simultaneamente limpos e desinfetados. A área possui cobertura, dimensões
compatíveis com os equipamentos que serão submetidos a limpeza e desinfecção,
desinfecção diária e limpeza dos funcionários, após a coleta, devidamente
paramentados com máscaras, luvas e toninhas plásticas, desinfetar a área com
detergente neutro e 1 % de sódio hipoclorito.

FLUXO DE COLETA INTERNA DOS RESÍDUOS

- Os resíduos são recolhidos na purga dos geradores pelos funcionários dos


serviços de higiene e limpeza, encaminhados para o aterro sanitário por meio de
carrinho de transporte fechado, com rodas de borracha, para evitar ruídos de
movimentação, capacitância de carga de 400 litros, e um dispositivo para valva de
descarga inferior exclusivamente para resíduos e identificado com o símbolo
correspondente ao risco que contém.

COLETA E TRANSPORTE EXTERNO

A empresa A é responsável pela coleta, tratamento e destinação final dos


resíduos infectantes e tóxicos (grupos A, B, C e E), enquanto a empresa B é
responsável pela coleta e destinação final dos resíduos gerais (grupos D).
- Refira-se que as empresas acima referidas cumprem pré-requisitos ambientais
para o desenvolvimento de serviços contratados.
- A recolha, transporte externo e destino final são efetuados com a definição de
itinerários, frequencia, horários de recolha, horário de funcionamento, material de
recolha, tipo de viatura e contêineres necessários, conforme acordado em contrato com
cada empresa;
- O peso será medido na coleta dos resíduos no destino final.
- A coleta é realizada todos os dias (De segunda a sábado) por cada empresa
em horários diferentes.

TRANSBORDO DOS RESÍDUOS

As empresas terceirizadas responsáveis pela coleta, processamento e


destinação final devem:

- Efetue o descarregamento apenas em locais especiais apropriados. de acordo


com a lei aplicável Cumprimento dos objetivos contratuais declarados em editais.
- Ser aprovado pelos órgãos de saúde, Ministério do Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) e/ou Superintendência Regional do Meio
Ambiente; licença por tipo de classe de desenvolvimento;
- Executar a transferência do RSS com segurança, preservando a integridade da
embalagem, que deve ser realizada em embalagens rígidas resistentes perfurações e
vazamentos, suficientemente impermeáveis à umidade para evitar quebra durante o
transbordo;
- Não permitir o acúmulo de RSS em instalações que devem funcionar apenas
para transferência instantânea de um sistema de transmissão para outro.

TRATAMENTO DOS RESÍDUOS

- O lixo doméstico será encaminhado do depósito externo do HK-UFTM após o


manuseio do lixo doméstico sem tratamento. diretamente para disposição final em um
aterro sanitário autorizado;
- resíduos infectantes são enviados para autoclave para esterilização. e resíduos
infecciosos do Grupo A3, membros humanos e fetos - para incineração e disposição
final em aterro autorizado.
- É importante realçar que a colocação de resíduos infeciosos em fossa séptica
só pode ser efetuada se os mesmos forem sujeitos a um tratamento preventivo, que
assegure a eliminação das propriedades perigosas dos resíduos e a dotação das
características dos resíduos comuns;
- Os resíduos químicos são encaminhados para tratamento e/ou contenção em
função de suas características de toxicidade, inflamabilidade, corrosividade e
bioacumulação. posterior disposição final.
- resíduos químicos sólidos serão encaminhados para ulterior incineração e
descarte.
- Os resíduos químicos líquidos são enviados para reciclagem ou
processamento. e/ou invólucro de acordo com as características de toxicidade;

- Ressaltar que o processo de tratamento é incessantemente monitorado para


garantir a segurança dos resultados e é comprovado pela emissão de certificado de
tratamento e certificado de destinação final emitido mensalmente pelo prestador de
serviço.

DISPOSIÇÃO FINAL

A disposição final dos resíduos infectantes é realizada diretamente no solo,


previamente acondicionado para receber os resíduos após tratamento em autoclave ou
incinerador, respeitando os critérios técnicos de construção e operação, e com licença
ambiental de acordo com a resolução CONAMA nº 237. /97.
- Os resíduos comuns serão apagados na fossa séptica, seguindo o correto processo
sanitário, previsto para os resíduos domésticos ou similares, desde que sejam
garantidas as condições previstas na legislação em vigor.

ATIVIDADE II

2.Referenciamento do paciente para unidade básica de saúde

O cuidado integral durante a hospitalização e no pós-alta depende de uma


importante ferramenta: o planejamento de alta, que trata da transição do paciente para
o domicílio; exigindo uma elaboração multidisciplinar, valorizando a participação da
família e com objetivo de assegurar a continuidade e a qualidade do cuidado no
domicílio, evitando assim as reinternações (DELATORRE et al., 2013; POMPEO et al.,
2007).
Os enfermeiros são parte integrante do planejamento de alta da unidade de
atendimento ao paciente. Seus deveres são essenciais e apreciados, coordenando um
plano de cuidados que permite ao paciente obter os melhores resultados assistenciais
após a alta.
Apesar do planejamento de alta hospitalar ser uma responsabilidade
interdisciplinar, o enfermeiro tem papel fundamental na identificação das necessidades
do paciente, na educação dos familiares e, na coordenação do processo de transição
hospital/domicílio. Este profissional deve avaliar as habilidades do paciente para o
autocuidado e também o interesse e as condições dos familiares, quando necessário,
pois o enfermeiro durante sua formação é instrumentalizado para realizar ações de
educação em saúde e prescrições de cuidados que comporão o planejamento de alta
hospitalar (SUZUKI; CARMONA; LIMA, 2011; DELATORRE et al., 2013).

. Carta de Referência

Pedro, sexo masculino, 83 anos, é tabagista, hipertenso, dislipidêmico, além


disso, faz uso irregular das medicações. Como consequência dessa situação, sofreu
um acidente vascular encefálico isquêmico há cerca de 10 dias, apresentando
sequelas como hemiparesia à esquerda, disartria e disfagia. Após a estabilização do
seu quadro clínico inicial, ainda em ambiente hospitalar, Pedro foi avaliado de forma
multidisciplinar pelo médico, enfermeiro e nutricionista, os quais identificaram que
Pedro apresentava dificuldade de deglutição até mesmo em relação aos alimentos
pastosos. A partir dessa avaliação conjunta, a equipe optou por oferecer nutrição
enteral exclusiva por meio de sonda nasoenteral. Após alguns dias de hospitalização,
Pedro recebeu alta para casa e deverá seguir com a sonda para alimentação enteral
de forma exclusiva até a sua próxima avaliação, que deverá ocorrer em ambiente
ambulatorial.
A Visita domiciliar é o atendimento ao cliente (família, comunidade) em seu
domicilio pelo profissional de saúde (enfermeiro, médico, nutricionista,...), a fim de
diagnosticar, prescrever, intervir ou avaliar, no sentido de promover, proteger e
recuperar a homeostasia do próprio cliente (da família, comunidade).
Deve ser considerada no contexto de educação em saúde por contribuir para a
mudança de padrões de comportamento e, conseqüentemente, promover a qualidade
de vida através da prevenção de agravos à saúde do cliente (família, comunidade);
propicia atendimento holístico por parte dos profissionais, sendo, portanto, importante à
compreensão dos aspectos psico-afetivo-sociais e biológicos da clientela assistida. Na
visita domiciliar foi utilizada com vários propósitos: para avaliar e diagnosticar o estado
de saúde do cliente gastrostomizado; identificar as principais necessidades de ensino
do familiar para prestar cuidados; conhecer o contexto domiciliar no qual se encontra
inserido o sujeito do estudo; estabelecer uma relação empática com o cliente e os
familiares; suprir as necessidades de conhecimento do cuidador no domicílio;
estabelecer, em parceria com o cuidador familiar, um plano assistencial adequado às
necessidades do seu ente querido e a sua realidade sócio-econômica; supervisionar e
avaliar a resposta dos cuidados ensinados, prestados ao cliente, além do atendimento
aos familiares e clientes quando requisitada, mesmo fora dos encontros agendados.
Dentre as muitas vantagens que apresenta esta modalidade de atenção à saúde, na
literatura foram encontradas as seguintes:
● Proporcionar a observação e o conhecimento do indivíduo dentro do seu verdadeiro
contexto ou meio ambiente, caracterizado pelas condições da habitação, de
higiene, saneamento básico e pelas relações afetiva-social, entre os vários
membros da família, que são alguns dos importantes fatores a serem identificados
para a prestação de assistência integral a saúde;
● Facilitar a adaptação do planejamento da assistência de enfermagem de acordo
com a situação socio-econômica da família e com a sua própria experiência de
vida;
● Proporcionar melhor relacionamento do profissional com a família, por ser o método
menos formal e sigiloso em relação aos utilizados nas atividades internas dos
serviços.
● Quando bem utilizada, a visita domiciliar reduz custos hospitalares, melhoram o
prognóstico dos clientes em alguns casos. A visita domiciliar é citada também como
instrumento de trabalho valioso no cuidado de enfermagem, sendo utilizada nas
mais diferentes formas de acompanhamento dos clientes, quer sejam eles: com
agravos crônicos de saúde ou como uma forma de atenção primária à saúde.

INDICAÇÕES DA SONDA NASOENTERAL

As indicações da sonda nasoenteral nesse caso, ocorreram pois a nutrição


enteral é prescrita como uma forma alternativa de alimentação e se dá quando o
paciente não tem condições de se alimentar por via oral, seja por disfagia ou por
alguma impossibilidade do trato digestivo, então ela irá nutrir o paciente da mesma
forma que a via oral, e deve ser o mais fisiológica possível.
Após alta o paciente deverá ficar em observação com o apoio da equipe
multidisciplinar da UBS, que deverá sinalizar quando a alimentação via oral será
permitida, assim como os nutrientes que compõem uma alimentação por via enteral
são, em geral, os mesmos componentes de uma dieta normal, consumida pela via oral.
Mas em situações clínicas específicas, pode haver exigências para modificações nos
tipos de nutrientes utilizados e é nessas horas em que o profissional especializado fará
diferença na saúde do paciente.
Assim sendo, a seleção da composição nutricional mais adequada para o
paciente deve contemplar: fonte e complexidade de nutrientes (carboidratos, lipídeos,
proteínas, fibras, vitaminas e minerais), densidade calórica, osmolaridade,
osmolalidade, fórmula e tipo de administração. Além disso, a hidratação é de extrema
importância e cabe ao nutricionista a correta orientação.
Ao realizar as orientações de preparo para alta do cliente o enfermeiro deve
iniciar o processo educativo para saúde do cliente e da família.
● Educar/ensinar ao cliente e/ao familiar para o cuidado domiciliar: demonstrar ao
cliente ou ao familiar como checar o resíduo gástrico antes da alimentação.
● Orientar e ensinar ao cliente e ao familiar a lavar o cateter pela administração de água
filtrada a temperatura ambiente, antes da alimentação e após, para livrá-lo de
partículas alimentares, que podem decompor-se caso sejam deixadas no cateter.
● Orientar e ensinar ao cliente ou familiar que todas as alimentações são dadas à
temperatura ambiente ou próxima à temperatura do corpo.
● Orientar/ensinar ao cliente ou familiar a consultar o médico e o nutricionista a fim de
propiciar uma dieta adequada às suas necessidades.
Mesmo que o usuário não esteja mastigando alimentos, é de extrema
importância manter a boca, os dentes e a língua bem limpos, escovando-os três vezes
ao dia, pois assim irá evitar cáries e demais infecções.
Hidrate os lábios com manteiga de cacau, quando necessário, para evitar
rachaduras e ressecamentos. A narina, onde foi introduzida a sonda, deve ser limpa
diariamente com um cotonete umedecido, para que não crie crostas e ferimentos no
local.
Verifique diariamente se a sonda está bem fixada na face. Quando necessário
troque a fixação (se estiver deslocada ou suja). Realize o acompanhamento na
Unidade de Saúde para que a troca da sonda seja realizada a cada 30 dias ou
conforme rotina da Unidade.

. RETIRADA ACIDENTAL DA SONDA

Em caso de obstrução (entupimento), rachadura, furo, perda ou saída parcial da


sonda, o cuidador deverá comunicar ao ACS ou enfermeiro da UBS, ou outro serviço
que lhe for indicado, guardando a sonda, lavada com água e sabão e seu guia
metálico, para que o enfermeiro verifique se podem ser reaproveitados.
No casos de outras comnplicações mais graves o cuidador deve acionar o serviçi
de urgência e emergência, para que sejam realizados os atendimentos necessário
junto a equipe de saúde.

Retorno ambulatorial

Muitas dúvidas poderão surgir nos primeiros dias após a alta tais como questões
relacionadas ao tratamento, aparecimento e/ou manutenção de sinais e sintomas e
surgimento de novos problemas. Acreditamos que, nos primeiros meses após a a alta,
o enfermeiro tenha um importante papel na assistência junto ao paciente
revascularizado e seus familiares. Esta assistência pode estar centrada em cuidados
como curativos, administração de medicamentos, fisioterapia e educação visando a
sua recuperação e detecção de problemas.
O enfermeiro, por ser um profissional com maior grau de proximidade com o
paciente e familiares, está mais capacitado para avaliar o processo educativo,
levantando as necessidades educacionais destes indivíduos, suas crenças e valores, o
auto-conhecimento de suas condições de saúde e serviços de apoio existentes para o
processo de reabilitação dos pacientes.
ATIVIDADE III

O papel do Enfermeiro na alta hospitalar

A atuação do enfermeiro no processo de hospitalização e cuidado está vinculada


à oferta de educação em saúde. Esse papel do enfermeiro como educador em saúde
tornou-se uma das principais intervenções junto aos pacientes e familiares de pessoas
dependentes de cuidados, visando à promoção manutenção, prevenção e recuperação
da saúde. Nesse processo, a família e o cuidador são tão importantes quanto o
paciente na busca de cuidados adequados durante a fase de recuperação e
manutenção da saúde constituindo um dos principais momentos da atuação do
enfermeiro no preparo para alta hospitalar, implementando orientações para a
continuidade do cuidado.
As enfermeiras dão orientações de alta para tratamentos que consideram
complexos e requerem adaptação do paciente, como estotomia e cateteres.
O plano de alta é elaborado a partir das necessidades e caprichos tanto do
cliente quanto da família baseado na prognose tratamento e prognose de alta
determinado pelo médico, e é a forma como o enfermeiro expressa seu cuidado aos
seus pacientes.
O enfermeiro tem responsabilidade ética no processo de ensino do paciente e
deve determinar cuidadosamente o que ele precisa saber e encontrar o momento em
que estará pronto para aprender, bem como utilizar intervenções que assegurem a
continuidade do cuidado pessoal.
alta hospitalar responsável é o planejamento e a transferência do cuidado de
uma unidade de saúde (hospitalar ou ambulatorial) para outra, de forma a garantir a
continuidade do cuidado por meio da orientação dos usuários e familiares / cuidadores,
fortalecendo a autonomia do sujeito, garantindo o autocuidado cuidado (BRAZÍLIA,
2017).
Alta qualificada, a atuação do enfermeiro no processo de admissão e cuidado é
aliada às práticas de educação em saúde. Este papel do enfermeiro é exercido junto de
doentes e familiares de pessoas dependentes de cuidados, com o objetivo de
promover, manter, prevenir e restabelecer a saúde (Franco, 2009).
Esse processo é baseado no trabalho de uma equipe multidisciplinar para criar
um cronograma de alta e orientar e educar famílias e cuidadores para garantir alta
segura e autonomia do cliente.
Assim, alta aceitável atende ao princípio da inclusão e supera a fragmentação do
cuidado. Nessa perspectiva, as intervenções, pautadas na evolução das práticas de
saúde, são articuladas entre profissionais, usuários, famílias e rede de saúde.

Orientação para a família cuidar do tubo endotraqueal em casa.

A seguir, prepare os materiais a serem entregues ao cuidador familiar, tendo em


vista as orientações para sondagem nasogástrica em domicílio. Para isso, alguns
pontos devem ser respeitados:
Entrega conteúdo organizado com fácil acessibilidade e visuais atraentes. Usar
sua criatividade e inclui imagens, gráficos e outros recursos que julgar relevantes.
Usar uma linguagem simples, clara e objetiva para ajudar o familiar a entender.
Elaborar um material completo, levando em consideração a possível falta de
experiência desse familiar com o cuidado com sondas.
Incluir todos os cuidados envolvidos na terapia nutricional enteral, desde a
fixação do duto forma e rapidez na administração da dieta preparo e armazenamento
das soluções além de possíveis complicações, sinais de alerta e quando encaminhar o
paciente para a linha de frente do hospital nestes casos.
CUIDADOS DOMICILIARES: NUTRIÇÃO ENTERAL
A dieta enteral requer atenção. Cuidados como a correta conservação
e manipulação da fórmula, higiene, manutenção adequada dos
equipamentos e a administração da dieta são fundamentais para
evitar interrupções no tratamento e prejuízos na recuperação do
paciente.

O primeiro cuidado essencial que devemos salientar é a


SEGURANÇA DO PACIENTE, ou seja, tomar medidas básicas para que o mesmo não sofra
nenhuma complicação desnecessária e que poderia ser evitada.

1º HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

MANTER
TODOS
OS

MATERIAIS QUE O PACIENTE UTILIZA LIMPOS E SECOS


Os materiais como: roupas, roupas de cama, sapatos, etc., devem estar sempre limpos
para que o paciente possa utilizá-los, pois isso diminui o risco de infecções.
3º MANTER O AMBIENTE SEMPRE LIMPO E AREJADO
O ambiente no qual o paciente reside, deve estarsempre limpo e organizado, pois este
simples ato faz com que a segurança do paciente seja mais eficaz, auxiliando na prevenção de
quedas, por exemplo.
4º BANHO DIÁRIO = HIGIENE CORPORAL E BUCAL
O banho e a higiene corporal e bucal são de extrema importância para o cuidado do
paciente. Além de promover conforto e bem-estar, no banho também é possível observar
alterações significativas no paciente. Já a higiene bucal, por mais que o paciente não realize
refeições pela boca, é importante que a mesma seja higienizada pelo menos duas vezes ao dia,
pois minimiza a proliferação de bactérias e remove possíveis sujidades.

5° MEDICAÇÕES
Guarde as medicações em um lugar limpo, arejado, sem incidência de luz solar direta e fora
do alcance de crianças. Sempre administre os medicamentos nas horas e forma corretas,
conforme prescrição médica. Em casos de dúvidas, peça orientação a um profissional da saúde
da unidade básica de saúde mais próxima de sua residência.
6º POSICIONAMENTO DO PACIENTE
Siga sempre as orientações que foram repassadas pela equipe de saúde, pois a mudança
de posição auxilia na prevenção de lesões de pele. Nunca deixe o paciente sozinho, pois esse
simples ato reduz o risco de queda.

SONDA NASOENTERAL
O que é?
As sondas nasoenterais são tubos utilizados na
alimentação do paciente, quando os mesmos estão
impossibilitados de realizar essa atividade por via oral. Sua
inserção é realizada pelas narinas ou boca que podem chegar até
o estômago ou intestino, dependendo da indicação da equipe
médica.
Quem realiza a troca destes dispositivos?
Assondasnasoenteraisdevem ser trocadas pelo enfermeiro
em uma unidade de saúde de referência. Lembrando que se o paciente utiliza a sonda
nasoenteral(quando está indicada a manutenção na posição entérica) é necessário que haja
confirmação da posição pela radiografia.
Qual é a durabilidade dos dispositivos?
A durabilidade das sondasnasoenterais (SNE) é relativa e depende do material da sonda e
dos cuidados para com ela. Casoapresente alterações como rachaduras, sujidades, dobraduras e
rupturas, a sonda deverá ser substituída.

QUAIS SÃO OS CUIDADOS QUE DEVEMOS TER COM AS SONDAS NASOENTERAIS?


a) Cuidados com a pele
As sondasnasoenterais como são inseridas através da narina, possuem fixação na região
facial, sendo assim possuem cuidados específicos.
Abaixo se encontram as principais recomendações de cuidados.
Fixação da sonda
- Deve ser utilizada fita adesiva hipoalergênica (ex: micropore);
- Realizar a limpeza da região da face para melhorar a aderência da fixação;
- Deve ser trocada sempre que apresentarsujidade, descolamento da fixação;
- Sempre trocar a posição da fixação da sonda para não causar irritação ou lesão na pele;
Troca da fixação da sonda
A troca da fixação da sonda deve ser realizada sempre quando apresentar sujidade ou
estiver solta. Para isso, siga os passos abaixo descritos:
1. Retirar a fixação antiga, cuidando sempre para não puxar a sonda junto com a fixação;
2. Limpara região externa donariz com água e sabão, secando bem sem friccionar;
3. Fixar a sonda sem passar próximo aos olhos ou da boca;
4. Tomar cuidado para a sonda não dobrar e não puxar a narina.
b) Manutenção da sonda
 Evitar trações;
 Realizar a lavagem da sonda sempre após a administração de medicação ou dieta;
 Observar a integridade da sonda;
 A limpeza da sonda deve ser com uma seringa através de injeção de jatode água
morna (não pode estar quente), porém tomar cuidado com a pressão excessiva para
não causar danos na sonda e na mucosa do paciente;
 Caso ocorra retirada acidental da sonda nasoenteral, compareça à unidade de saúde
mais próxima com a sonda em mãos.

CUIDADOS COM OS DISPOSITIVOS E SEUS COMPONENTES


Como evitar a obstrução?
 Injetar na sonda 20 ml de água (filtrada ou fervida e em temperatura ambiente) antes
e após a administração de dietas ou medicações.
 Atentar-se na forma correta de administração de medicações via sonda. Converse
com o enfermeiro,médicoou farmacêutico da unidade básica de saúde, caso tenha
dúvidas.
 Caso ocorra a obstrução da sonda, injete 20 ml de água (filtrada ou fervida e morna).
 Utilizar água em jato com o auxílio da seringa até a sonda desobstruir por completo.
 Não ultrapassar 3 tentativas (60 ml).

Cuidados com a administração da dieta, frascos e equipos de alimentação


O cuidador deve ter cuidados importantes durante a administração da dieta, pois se
administrada de forma errada pode ocasionar problemas ao paciente.
Primeiramente devemos relembrar quais são os tipos de dieta existentes no mercado:
1) Dietas caseiras;
2) Dietas industrializadas, divididas em:
 Hiperprotéica;
 Hipercalórica;
 Normocalórica;
 Com fibras;
 Pediátrica.
As dietas devem ser administradas em temperatura ambiente. As dietas industrializadas
que ainda não foram abertas devem ser mantidas em local limpo, livre de umidade e sem
incidência de luz solar direta; após abertas, devem ser mantidas na geladeira e consumidas em
até 24 horas.
As dietas caseiras devem ser mantidas na geladeira. 40 minutos antes do horário da
administração, a quantidade a ser infundida deverá ser retirada da geladeira, para que a mesma
seja administrada em temperatura ambiente.
POSIÇÃO DO PACIENTE DURANTE A INFUSÃO DA DIETA

 O paciente deve estar sentado ou, se estiver


acamado, deve utilizar travesseiros como apoio
nas costas para que fique em posição sentada.
 Caso o paciente possua uma cama
hospitalar, posicionar a cabeceira em 45° a 90°
(posição semifowler ou fowler).
 Não se deve infundir a dieta com o paciente deitado,
pois pode ocasionar complicações como, por exemplo, broncoaspiração e pneumonia.
 Deve manter a posição de fowler/semi-fowler durante a infusão da dieta e até 40 minutos
após o término.
 Caso seja utilizado frasco e equipo para administração da dieta, o frasco deve ser mantido
a 60 cm acima da cabeçado paciente.

Deve-se procurar a unidade básica de saúde mais próxima, quando ocorrer:


ATIVIDADE IV

Dimensionamento do pessoal de enfermagem

A partir do escore total diário, ou seja, da soma do NAS de todos os pacientes da UTI-A,
pôde-se contabilizar a carga de trabalho diária da equipe de enfermagem desse setor, que variou
de 479,7 a 1007,2 pontos, com uma média de 697,3 pontos (DP ± 83,5) e mediana de 687,0
pontos. Assim, foram necessários, pelo menos, 4,8 e, no máximo, 10,1 trabalhadores, por turno,
para prestar a assistência de enfermagem na UTI-A. Em média, isto significa aproximadamente
sete profissionais de enfermagem por turno.
Ao se verificar, dia-a-dia, o número de trabalhadores atuantes na UTI-A e calculada a
diferença com a proposta do NAS, obteve-se que, em apenas, 6 (3,2%) dias o número de
trabalhadores de enfermagem da UTI-A foi superior ao de profissionais estimado pelo NAS. Nos
demais dias (96,8%), a falta foi de até 13,7 trabalhadores em um período de 24 horas, com um
déficit médio de 4,2 trabalhadores (DP ± 2,5) e mediana de 3,9 trabalhadores a menos do que o
dimensionado pelo NAS, nas 24 horas correspondentes.
Em termos numéricos, utilizando-se da fórmula anteriormente apresentada, o
dimensionamento do pessoal de enfermagem da UTI-A, de acordo com a carga de trabalho
pontuada pelo NAS e os ajustes da Resolução COFEN n.º 293/2004, foi calculado da seguinte
forma:
PE = (E. ( NAS/100)) + 15%
PE = (5. (697,3/100)) + 15%
PE = 40,09475
Indicadores da assistência hospitalar
Educação Continuada

Para muitos estudiosos, o planejamento em serviço começa no setor administrativo para as


funções ali localizadas, então fica claro que quando falamos em planejamento, também estamos
trabalhando com estratégias de gestão do cotidiano do trabalho, suas mudanças e organização do
ambiente de trabalho do trabalhador o futuro.
No entanto, o planejamento é composto por diferentes processos, mas deve ser utilizado
principalmente por uma equipe de educação permanente, pois são eles que determinam quando e
como esse programa deve ser implementado, definindo suas formas adequadas de
implementação.
Segundo Leite e Pereira (1991), uma metodologia que contempla a formação continuada
vem se desenvolvendo lentamente dentro da instituição de saúde, diretamente relacionada a
ações de difícil compreensão dos profissionais de enfermagem, para formular propostas que
confessam as necessidades de aprendizagem, inclusive as deficitárias. o apoio da direção da
empresa e principalmente a dificuldade de mensurar o aprendizado na prática.

Com o processo de planejamento dentro de uma unidade de serviço, Ciampone (1991)


revela a existência de diferentes fases ou etapas para perfeita implementação de um projeto de
planejamento de formação continuada.
No entanto, o planejamento começa com o alcance de determinados objetivos, a definição
de estratégias e a partir de uma sequência de decisões previamente estabelecidas, com isso
observam-se as diferentes fases do planejamento:
Fase 1; Conhecimento de sistemas de planejamento em geral. Isso precede a fase inicial
de planejamento, definindo os objetivos e o tempo do processo dentro do sistema de
aprendizagem. Isso geralmente facilita a compreensão dos primórdios do planejamento
organizacional.
Com vários conceitos estabelecidos, considerou-se que uma organização de saúde é
determinada por uma forma que representa um sistema aberto, e entende-se a partir disso, que o
meio físico social sofre influências internas e externas, que podem dar origem o relações de troca
de experiências, insumos materiais, recursos humanos, entre muitos outros.
Com as influências externas, pode-se destacar a relação de prestação de serviços que um
estabelecimento de saúde desenvolve perante a comunidade para o atendimento dos usuários
que solicitam ajuda.

Fase 2; Definição de metas. É entendido como o resultado dos resultados a serem


alcançados no futuro, para isso visa alcançar resultados pré-determinados em um determinado
período ou tempo, sempre buscando resultados positivos, que podem incluir enquête e filantropia.
instituição de saúde, obtendo rentabilidade positiva entre outros projetos futuros que a instituição
queira implementar.

3ª fase; Estabeleça prioridades. Definidos os objetivos, trata-se agora de desenvolver


propostas e possibilidades para abranger e atingir os objetivos propostos, procurando desenvolver
as propostas mais favoráveis para determinadas ações.

4ª etapa; Revisão dos recursos disponíveis. É de fundamental importância estabelecer


prioridades para a consecução dos objetivos traçados, procurando implementar as ações
necessários, conhecendo exatamente todos os recursos disponíveis, sejam eles materiais,
humanos ou económicos, para ambicionar a satisfação de todo o pessoal envolvido.

5ª Fase; Estabelecimento de um plano operacional. O plano operacional pode ser


estabelecido por meio de diferentes planos, que são figurados por estratégias, propostas táticas e
operacionais. As propostas estratégicas estão diretamente relacionadas à empresa como um
todo. Enquanto a proposta operacional é um plano que afeta a unidade de serviço, é um plano de
curto prazo. E como plano tático, consistindo em um plano de médio alcance que abrange um
teatro de operações específico.

6ª Fase; Desenvolvimento Esta fase de planejamento envolve o desenvolvimento


aprovação e implementação do programa mencionado anteriormente. Esta é a fase que inclui
ações e ajustes para desenvolver propostas e projetos adequados para facilitar o alcance das
metas.
7ª Fase; Melhoria Esta é uma fase em que as atividades de avaliação e desenvolvimento
estão diretamente relacionadas. Consequentemente, a forma de avaliação de uma proposta de
planejamento deve ocorrer constantemente e não apenas ao final da execução das propostas,
porém, nesta fase é de fundamental importância ter em mente novas possibilidades de realização
de planos que envolvam a educação avançado.
Ciampone (1991) relatou que um processo definido de planejamento e gestão de serviços
muitas vezes está diretamente relacionado à cultura de cada ambiente em que esse grupo de
organizações está inserido. Com isso, diferentes valores possuem influências mais avançadas
que outros, antes de sua gestão. Sob esse ponto de vista, é comum encontrar instituições que
adotaram o paradigma de serem geridas por um departamento sem interdependência com outros
departamentos.
Com a centralização das funções administrativas, o planejamento, a organização a gestão
e o controle desse processo são realizados por grupos interdisciplinares, cada um
desempenhando seu papel na correta execução dos programas educacionais.

Na área da enfermagem, uma função prioritária do enfermeiro é desenvolver o


planejamento da assistência de enfermagem, que está diretamente relacionado ao paciente e à
determinação do cuidado a ele, em sentido amplo.
O enfermeiro precisa conhecer e antecipar estratégias para sistematizar o trabalho,
antecipar mudanças e dispor de recursos adequados para atingir as metas propostas nos mais
variados níveis de complexidade.
A importância do planejamento na educação continuada é extremamente necessária e tem
sido utilizada pelas empresas na tentativa de ressignificar suas organizações.
Na maioria das vezes, essa iniciativa é vista como um regulador e não um facilitador por
causa do sistema atual. Atualmente, o planejamento é utilizado para organizar as ações
educacionais, que deixam de ser um simples papel regulador para se tornar um ato político,
filosófico, científico e técnico, preparando profissionais para o futuro e visando a transformação
social.
Segundo Moretto (2007), fica claro que o planejamento é fundamental na vida humana, na
educação não é diferente pois o planejamento se estabelece com base nas regras e relações da
produção capitalista. Deve haver um plano para facilitar o trabalho. organizar ideias e
informações.
Gandin (2008) propõe que o planejamento deve servir como uma ferramenta para tornar a
ação humana mais eficiente, para auxiliar na tomada de decisões, mas sobretudo, partindo do
entendimento de alguns conceitos como planejamento, programação e planos.
Em uma instituição é necessário um programa voltado para o desenvolvimento dos
profissionais em suas relações humanos e técnicos. As organizações precisam de profissionais
capacitados para atingir suas metas e objetivos. Isso requer levar em consideração as realidades
institucionais e a função que esse indivíduo desempenha.
Uma das estratégias consiste em trabalhar com o empregado em seu local de trabalho,
facilitando a transformação do potencial do assalariado em comportamentos objetivos, de acordo
com a realidade que cerca.

Gonçalves (2003 apud Silva; Conceição; Leite 2008) considera as etapas de planejamento
de serviços de educação continuada como:

 Diagnóstico.
 Objectivo / metodologia.
 Avaliação / Uso.
 Análise de Recursos e custos.

A fase de concepção dos programas de educação continuada é a porta de entrada para o


seu desenvolvimento, pois o próprio processo educativo é proposto desde a fase de concepção.
De nada adianta identificar as necessidades da equipe de enfermagem e não planejar um
processo para traduzir essas necessidades em aptidões, melhorias e colaboração.
Cursos com formação ou educação continuada que são realizados sem planejamento
muitas vezes não atingem os objetivos esperados. Pois se esses objetivos não estiverem
descritos no planejamento prévio do projeto não subsistir como avaliar os resultados esperados
por meio dos estudos da área Definir.
Outra questão importante a ser mencionada é que diante do olhar crítico do enfermeiro da
unidade do enfermeiro da educação continuada e da própria administração hospitalar, é possível
que muitas necessidades sejam identificadas como diagnóstico para implantação de programas
de treinamento, porém o enfermeiro deve ter participação da formação contínua a análise das
prioridades chegando a um consenso com os restantes membros interessados.
Este processo otimiza custos e permite atender gradativamente todas as suas
necessidades antes do treino. As prioridades podem ser identificadas principalmente no que diz
respeito às consequências dos procedimentos no desenvolvimento do cuidado ao paciente.
Por isso, ao definir as prioridades, é necessário avaliar o quanto essas carências nos
serviços trazem prejuízos aos pacientes e cuidadores, o que é, sem dúvida, o maior objetivo da
continuidade do ensino de enfermagem.
REFERÊNCIAS

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Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências. Órgão emissor:
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Acesso: 12 junho 2023.

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Mineiro (HC-UFTM). Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde – Gerência de
Resíduos/Setor de Hotelaria Hospitalar do HC-UFTM, Uberaba, 2018b. Disponível em:
https://bit.ly/2PK76ZV. Acesso: 12 junho 2023.

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sonda alimentar. Rio de Janeiro (RJ): Instituto nacional de câncer – INCA. Ministério da Saúde,
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perspectiva dos trabalhadores. Cogitare Enferm. Curitiba, v. 21, n. 1, p. 01-08, Jan/mar, 2016.
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