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Manual de Acolhimento ao Farmacêutico Residente

Residência Farmacêutica
2023 - 2027
Bem-vindo (a)!
É com muito gosto que o recebemos para o primeiro ano do programa da Residência
Farmacêutica 2023. O «acolher» tal como a palavra nos diz significa receber o outro, e
sobretudo promover as melhores condições por forma haver uma boa integração.

Por forma, a apresentar o programa da residência farmacêutica para o ano de 2023, e para
esclarecer algumas questões que foram surgindo no decorrer do procedimento concursal, foi
elaborado este manual de acolhimento para o farmacêutico residente.

Este manual servirá como um pequeno guia para o farmacêutico residente. Todas as dúvidas
que não estejam vertidas neste manual, devem ser remetidas à equipa de apoio técnico do
procedimento concursal para a Residência Farmacêutica – através dos contactos que constam
no final deste documento.

Mensagem do Presidente da ACSS

(Dr. Victor Herdeiro)


ÍNDICE

Índice

1. Apresentação da Residência Farmacêutica ...................................................................... 5

1.1. Órgãos competentes: .................................................................................................. 5

1.2. Orientadores de formação .......................................................................................... 6

1.3. Responsáveis de formação......................................................................................... 6

1.4. Programas de Formação ............................................................................................. 6

2. Normas e procedimentos .................................................................................................... 9

2.1. Vinculação .................................................................................................................... 9

2.2. Causas específicas da cessação do vínculo ............................................................. 9

2.3. Suspensão do programa de residência farmacêutica ............................................ 10

2.4. Transferência de estabelecimento ou serviço de saúde ........................................ 10

2.5. Regime Remuneratório.............................................................................................. 11

3. Informações Gerais ........................................................................................................... 12

3.1. Contactos ................................................................................................................... 12

MANUAL DE ACOLHIMENTO AO FARMACÊUTICO RESIDENTE 3


ÍNDICE DE TABELAS

Índice de Tabelas

Tabela 1. Estabelecimentos e serviços que vão acolher os farmacêuticos residentes no primeiro


ano da residência farmacêutica ...................................................................................... 7

4 MANUAL DE ACOLHIMENTO AO FARMACÊUTICO RESIDENTE


1. APRESENTAÇÃO DA RESIDÊNCIA FARMACÊUTICA

1. Apresentação da Residência Farmacêutica


O progresso das ciências e das tecnologias de saúde exige cada vez mais uma atividade
multidisciplinar que envolve profissionais com diferentes formações específicas e diferenciadas.

Nessa medida, e procurando ir de encontro ao que vem sendo solicitado pelos farmacêuticos,
procedeu-se este ano, pela primeira vez, à abertura do procedimento concursal para o ingresso
na Residência Farmacêutica.

Trata-se de um novo procedimento destinado aos farmacêuticos que pretendam obter o título de
especialista nas áreas de análises clínicas, farmácia hospitalar ou genética humana para o
ingresso nas carreiras farmacêuticas nos estabelecimentos e serviços de saúde, integrados no
Serviço Nacional de Saúde e no âmbito do Ministério da Saúde.

Este regime foi criado através do Decreto-Lei nº 6/2020, de 24 de fevereiro, tendo em vista a
especialização dos profissionais farmacêuticos, com efeitos que se repercutam na qualidade dos
cuidados prestados.

1.1. Órgãos competentes:


• A ACSS na gestão e a coordenação geral da Residência Farmacêutica.
• A Comissão Nacional da Residência Farmacêutica (CNRF), como órgão da Residência
Farmacêutica:
− É constituída por onze farmacêuticos, da área académica e da área profissional, na
qual estão representadas as três áreas de especialização.
− Os elementos que integram a CNRF foram indicados pelo Membro do Governo
responsável pela área da Saúde, pela ACSS e pela Ordem dos Farmacêuticos.
− A sua constituição foi homologada pelo Despacho n.º 5236/2022, de 2 de maio.
• O júri da Prova de Ingresso, responsável pela elaboração da prova de ingresso.
• O júri do concurso, que integra elementos da ACSS e do júri da Prova de Ingresso a quem
compete verificar se estão cumpridos os requisitos para admissão dos candidatos ao
procedimento concursal.
• O júri da avaliação final é de âmbito nacional para cada área de exercício profissional,
constituído por um presidente, dois vogais efetivos e dois vogais suplentes, que será
nomeado pela ACSS.

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1. APRESENTAÇÃO DA RESIDÊNCIA FARMACÊUTICA

1.2. Orientadores de formação


▪ A quem compete a orientação personalizada e permanente da formação e a sua
integração nas equipas de trabalho das atividades assistenciais, de investigação e ensino,
de acordo com os programas de formação.
▪ São nomeados pelo órgão dirigente máximo do serviço ou estabelecimento de formação,
de entre especialistas na respetiva área de exercício profissional, sob proposta do diretor
ou responsável pelo serviço.

1.3. Responsáveis de formação


▪ Nos períodos em que o programa de residência farmacêutica decorra em estabelecimento
ou serviço de saúde diferente daquele onde o farmacêutico residente foi colocado, é
nomeado um responsável de formação, a quem compete exercer as funções do orientador
de formação, em articulação com este último.
▪ São nomeados pelo órgão dirigente máximo do serviço ou estabelecimento de formação
sob proposta do diretor ou responsável pelo serviço no estabelecimento onde vai realizar
a formação.

Nota: Cada orientador ou responsável de formação não pode assumir a responsabilidade da


residência farmacêutica de mais do que quatro farmacêuticos, devendo assegurar, a todo o
tempo, as condições exigidas para a qualidade do processo formativo.

1.4. Programas de Formação


Os programas de formação nas mencionadas áreas têm a duração de 4 anos, que decorrem em
estabelecimentos e serviços de saúde reconhecidos como idóneos para o efeito.

Encontram-se publicados nas Portarias n.º 173/2021, n.º 174/2021 e n.º 175/2021 de 20 de agosto,
respetivamente para as áreas de Análises Clínicas, Farmácia Hospitalar e Genética Humana.

Com a finalidade de garantir o cumprimento integral do programa e proporcionar uma formação


quantitativa e qualitativa diversificada, os farmacêuticos residentes podem frequentar estágios,
parte de estágio ou atividades formativas em estabelecimentos ou serviços de saúde diferentes
daqueles em que foram colocados.

6 MANUAL DE ACOLHIMENTO AO FARMACÊUTICO RESIDENTE


1. APRESENTAÇÃO DA RESIDÊNCIA FARMACÊUTICA

Tabela 1. Estabelecimentos e serviços que vão acolher os farmacêuticos residentes no primeiro ano da
residência farmacêutica

Estabelecimentos e serviços de saúde idóneos | 2023


Administração Regional de Saúde Lisboa e Vale do Tejo I.P.
Centro Hospitalar Barreiro Montijo, E.P.E.
Centro Hospitalar da Povoa de Varzim/Vila do Conde, E.P.E.
Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga, E.P.E.
Centro Hospitalar de Leiria, E.P.E.
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, E.P.E.
Centro Hospitalar de Setúbal, E.P.E.
Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, E.P.E.
Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, E.P.E.
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, E.P.E.
Centro Hospitalar do Médio Ave, E.P.E.
Centro Hospitalar do Oeste, E. P. E.
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E.
Centro Hospitalar Universitário do Porto, E.P.E.
Centro Hospitalar Médio Tejo, E.P.E.
Centro Hospitalar Tondela-Viseu, E.P.E.
Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira, E.P.E.
Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, E.P.E.
Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte, E. P. E.
Centro Hospitalar Universitário de São João, E.P.E.
Centro Hospitalar Universitário do Algarve, E.P.E.
Hospital da Luz Lisboa
Hospital da Senhora da Oliveira/Guimarães, E.P.E.
Hospital de Braga, E.P.E.
Hospital de Loures, E.P.E.
Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira, E.P.E.R.
Hospital Distrital da Figueira da Foz, E.P.E.
Hospital Distrital de Santarém, EP.E.
Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, E.P.E.R.
Hospital Dr. Nélio Mendonça
Hospital Espírito Santo – Évora, E.P.E.
Hospital Garcia de Orta, E.P.E.
Hospital Lusíadas Lisboa
Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, E.P.E.
Hospital Vila Franca de Xira, E.P.E.
Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, I.P.
Instituto Português Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, E.P.E.
Instituto Português Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E.
Instituto Português Oncologia do Porto Francisco Gentil, E.P.E.
Unidade Local de Saúde Alto Minho, E.P.E.
Unidade Local de Saúde Baixo Alentejo, E.P.E.

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1. APRESENTAÇÃO DA RESIDÊNCIA FARMACÊUTICA

Estabelecimentos e serviços de saúde idóneos | 2023


Unidade Local de Saúde Castelo Branco, E.P.E.
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, E. P. E.
Unidade Local de Saúde Guarda, E.P.E.
Unidade Local de Saúde Norte Alentejano, E.P.E.
Fonte: ACSS

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2. NORMAS E PROCEDIMENTOS

2. Normas e procedimentos

2.1. Vinculação
De acordo com o previsto no n.º 1 do artigo 29.º do Decreto-Lei n.º 6/2020, de 24 de fevereiro “Os
farmacêuticos residentes ficam vinculados à ARS, I. P., ou à região autónoma da área do
estabelecimento ou serviço de saúde onde foi criada a vaga, mediante a celebração de contrato
de trabalho em funções públicas a termo resolutivo incerto ou em regime de comissão de serviço,
no caso de o farmacêutico residente ser titular de um vínculo de emprego público por tempo
indeterminado previamente constituído.”

Os contratos de trabalho em funções públicas a termo resolutivo incerto ou em regime de comissão


de serviço, celebrados no âmbito da Residência Farmacêutica, vigoram pelo período de duração
estabelecido para o respetivo programa de residência farmacêutica, incluindo repetições e
suspensões.

Nota: Os trabalhadores dos hospitais com natureza de Entidade Pública Empresarial (EPE)
integrados no SNS celebram, em regra, contratos de trabalho ao abrigo do Código do Trabalho,
motivo pelo qual não se lhes aplica a comissão de serviço.

2.2. Causas específicas da cessação do vínculo


De acordo com o artigo 30.º do Decreto-Lei n.º 6/2020, de 24 de fevereiro o que pode determinar
a cessação do contrato de trabalho em funções públicas a termo resolutivo incerto ou da comissão
de serviço são as seguintes razões:

• A não comparência, sem motivo justificado, às avaliações contínuas ou final;


• A não apresentação no dia útil imediatamente seguinte ao término da suspensão prevista
no n.º 4 do artigo 33.º;
• A não compensação das faltas justificadas ou dos períodos de suspensão da formação,
estabelecidas nos programas de formação;
• Sempre que, a contar da data do início da residência farmacêutica, tenha decorrido um
período superior ao previsto para a duração do respetivo programa de residência
farmacêutica, acrescido de mais 50 %;
• Na sequência do programa intensivo de formação, volte a obter uma classificação inferior
a 10 valores em qualquer das provas da avaliação final da residência farmacêutica.

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2. NORMAS E PROCEDIMENTOS

Contudo, existem exceções tais como:

a) A proteção no âmbito da parentalidade;


b) As faltas justificadas por doença;
c) O período de suspensão a que se refere o n.º 1 do artigo 33.º do supramencionado
decreto-lei.

2.3. Suspensão do programa de residência farmacêutica

Em casos excecionais e fundamentados em razões de interesse público, devida e


tempestivamente justificados e aceites, o conselho diretivo da ACSS, I. P., pode autorizar a
suspensão da frequência do programa de residência farmacêutica, por período igual ou superior
a três meses e com um limite máximo igual a metade da duração do mesmo, com os efeitos
previstos para a licença sem remuneração.

A frequência da residência farmacêutica é ainda suspensa por motivo previsto na lei que determine
a suspensão do contrato de trabalho em funções públicas a termo resolutivo incerto,
nomeadamente com fundamento no regime da proteção da parentalidade ou em motivo de
doença, ao abrigo do disposto no artigo 33.º do Decreto-Lei n.º 6/2020, de 24 de fevereiro.

2.4. Transferência de estabelecimento ou serviço de saúde

De acordo com o preceituado no artigo 33.º do Decreto-Lei n.º 6/2020, de 24 de fevereiro, o


farmacêutico residente deve concluir o programa de formação, na respetiva área de exercício
profissional, no estabelecimento ou serviço de saúde em que foi colocado inicialmente.

Contudo, a mobilidade para outro estabelecimento ou serviço de saúde pode, entre outras causas,
devidamente justificadas, pode vir a ser motivada pela perda de idoneidade ou capacidade
formativa do mesmo serviço.

É da competência da ACSS, I. P., autorizar a mobilidade, sendo o farmacêutico residente colocado


em estabelecimento ou serviço de saúde indicado pela Comissão Nacional da Residência
Farmacêutica, considerando as capacidades formativas disponíveis e a proximidade do
estabelecimento de colocação.

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2. NORMAS E PROCEDIMENTOS

2.5. Regime Remuneratório

Conforme o Decreto-Lei n.º 84-F/2022, de 16 de dezembro, o regime remuneratório dos


farmacêuticos na residência farmacêutica corresponde ao 15.º nível da tabela remuneratória única,
no valor de 1 268,04 €.

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3. INFORMAÇÕES GERAIS

3. Informações Gerais
Para mais detalhes devem consultar:

• Site da ACSS sobre esta matéria, em constante atualização (https://www.acss.min-


saude.pt/2018/03/27/carreira-farmaceutica/);
• Decreto-Lei n.º 6/2020, de 24 de fevereiro que veio definir o regime de especialização dos
profissionais farmacêuticos;
• Portarias n.º 173/2021, n.º 174/2021 e n.º 175/2021 de 20 de agosto, respetivamente para
as áreas de Análises Clínicas, Farmácia Hospitalar e Genética Humana.

3.1. Contactos

E-mail: residenciafarma@acss.min-saude.pt

Tel. Geral: 21 792 58 00 | Fax: 21 792 58 48

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