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Exmo. Sr. Dr.

Juiz do Trabalho da ____ Vara do Trabalho da Cidade de Niterói

BIANCA, nacionalidade..., estado civil..., profissão ..., filho de ..., nascido em ...,
portador da Carteira de Trabalho e Previdência Social nº ..., Série ..., e da Carteira de
Identidade nº ..., expedida pela ..., inscrito no CPF sob o nº ... e no PIS sob o nº ...,
residente e domiciliado na ..., Bairro..., Cidade/Estado (endereço completo) ..., CEP: ...,
vem, por seu procurador ao final assinado (nome do advogado, e-mail e endereço), na
forma da procuração em anexo e com escritório na ..., Bairro ..., Cidade/Estado ..., CEP:
... , para onde deverão ser remetidas as notificações, independente das que deverão
ser remetidas ao Reclamante, com base no art. 840 parágrafo 1º da CLT , ingressar a
presente
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA DE RITO SUMARÍSSIMO

(conforme disposto no art. 852 A até I, da CLT)

em face de ANA, inscrita no CNPJ sob o nº ..., situada na ..., Bairro, Cidade/Estado ...,
CEP: ..., pelos motivos que passa a expor:

Inicialmente, informa ao Juízo que não submete previamente a presente reclamatória


a uma Comissão de Conciliação Prévia, com amparo no inciso XXXV, do art. 5º da nossa
Carta Magna, requerendo a V.Exª o prosseguimento do feito.

DOS FATOS

A reclamante BIANCA BASTOS foi admitida aos 20.04.2010, para trabalhar


como cuidadora de idosos, na residência da família ALENCAR. A prestação ocorria na
cidade de Niterói/RJ, de segunda a sexta-feira, das 09:00 às 18:00h e sábados das
09:00 às 13:00h.

A empregada possuía uma hora para refeição e descanso, de segunda a sexta.


O salário mensal era de R$ 1.800,00. Ocorre que, a partir do dia 20.04.2020, a
empregada passou a trabalhar em regime de horas extras, sendo liberada às 19:00h.

Contudo, foi demitida sem justa causa, tendo cumprido o aviso até 20.04.2021,
data em que sua patroa ANA, ora reclamada, anotou a baixa em CTPS. As verbas
rescisórias foram pagas, mas ao tentar sacar o FGTS a empregada se surpreendeu com
a ausência de depósitos por todo o contrato de trabalho, além de não ter recebido
pelas horas extras.

DO DIREITO

DO FGTS:
A reclamante informa que trabalhou durante 11 (onze) anos na residência da
reclamada e verificou que ficou não tinha recebido os depósitos fundiários por todo
contrato, ocorre que tal direito se tornou efetivamente obrigatório para categoria a
partir de outubro de 2015 com o advento da Lei Complementar 150/2015.

“Art. 21. É devida a inclusão do empregado


doméstico no Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS), na forma do regulamento a ser
editado pelo Conselho Curador e pelo agente
operador do FGTS, no âmbito de suas competências,
conforme disposto nos arts. 5o e 7o da Lei no 8.036,
de 11 de maio de 1990, inclusive no que tange aos
aspectos técnicos de depósitos, saques, devolução
de valores e emissão de extratos, entre outros
determinados na forma da lei.
Parágrafo único. O empregador doméstico somente
passará a ter obrigação de promover a inscrição e
de efetuar os recolhimentos referentes a seu
empregado após a entrada em vigor do
regulamento referido no caput.”

Desta forma, devem ser comprovados os efetivos depósitos dos últimos 5


(cinco) anos do contrato de trabalho, a partir do ajuizamento da presente ação. Deve,
portanto, ser fornecido pela ré o TRCT (Termo de Rescisória de Contrato de Trabalho)
para levantamento dos valores, devendo ainda comprovar o pagamento do percentual
correspondente à multa rescisória da reclamante.

“Art. 22. O empregador doméstico depositará a


importância de 3,2% (três inteiros e dois décimos
por cento) sobre a remuneração devida, no mês
anterior, a cada empregado, destinada ao
pagamento da indenização compensatória da perda
do emprego, sem justa causa ou por culpa do
empregador, não se aplicando ao empregado
doméstico o disposto nos §§ 1o a 3o do art. 18 da
Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990.”
DAS HORS EXTRAS:

Ainda, a reclamante que prestou serviço durante muitos anos na residência da parte
reclamada, a partir de 20/04/2020 começou a prestar horas extras (1 hora por dia de
segunda a sexta) até o final de contrato de trabalho de 20/04/2021.

Portanto, merecer receber pelos períodos informados, devendo serem pagos com
acréscimos de 50%, conforme disposto no art. 2º, § 1º da Lei Complementar 150/2015.

“Art. 2. A duração normal do trabalho doméstico


não excederá 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e
quatro) semanais, observado o disposto nesta Lei.
§1º. A remuneração da hora extraordinária será, no
mínimo, 50% (cinquenta por cento) superior ao
valor da hora normal.”

DOS PEDIDOS

Em face ao exposto, requer:


a) Seja comprovado o depósito do FGTS, bem como o da multa rescisória e fornecidas
as guias para saque de tais valores;
b) Sejam pagos 1 hora extra a cada dia de trabalho de segunda a sexta de 20/04/2021
até 20/04/2021 c/ acréscimo de 50%.

REQUERIMENTOS FINAIS

Requer a expedição de notificação postal da Reclamada, para ciência da presente, bem


como para comparecer à audiência, oportunidade em que deverá oferecer
contestação, sob pena de revelia e confissão ficta;

Requer a procedência da presente ação;


Requer provar os fatos alegados por todos os meios de provas em direito admitidas,
em especial o depoimento da reclamada, a prova testemunhal, juntada de
documentos, perícia e tudo o mais que se fizer necessário, com aplicação do art. 3º, VII
da IN 39 do TST, bem assim do art. 373, parágrafo 1º do CPC e art. 818, parágrafo 1º da
CLT.

VALOR DA CAUSA

Atribui-se à causa o valor de R$......

Nestes termos,
pede deferimento.
Local e data.

Advogado
OAB

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