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AO DOUTO JUÍZO DA ____ VARA DO TRABALHO DE ____

MÁRIO DE ANDRADE, Mario de Andrade,


xxxxxxxxxxx, Secretário, inscrito no CPF sob o nº xxxxxxxxxxx,
xxxxxxxx@gmail.com, CTPS xxxxxxxxxxxx, PIS nº xxxxxxxxxxxx, residente e
domiciliado em xxxxxxxxxx, xxxxxxxxxxxx, xxxxxxxxxxx, na cidade de
xxxxxxxxxxx, xxxxxxxx, xxxxxxxxx, vem à presença de vossa excelência, por
meio de seu advogado, infra assinado, (procuração e endereço em anexo),
com fulcro no artigo 840, § 1º da CLT, ajuizar:

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

pelo rito xxxx , em face de OSVALD DE ANDRADE LTDA, em face de Osvald


de Andrade LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº
xxxxxxxxxxxx, xxxxxxxxxxxx, com sede em xxxxxxxxxxxx, xxxxxxxxxxxx, xxxxx,
xxxxxxxx, xxxxxxxx, pelos motivos e fatos que passa a expor.

I. PRELIMINAR

1 - DA JUSTIÇA GRATUITA
A reforma trabalhista, ao alterar o artigo 790 da CLT, trouxe
expressamente o cabimento do benefício à gratuidade da justiça ao dispor:
Artigo 790 §§ 3° e 4º - É facultado aos juízes, órgãos julgadores e
presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a
requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a
traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao
dobro do mínimo legal, ou declararem, sob as penas da lei, que não estão em
condições de pagar as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou
de sua família." (NR)
Diante do exposto, requer os benefícios da justiça gratuita.

II. MÉRITO
1. DO CONTRATO DE TRABALHO
O reclamante foi contratado pela reclamada em janeiro de 2023, para
exercer a função de secretário.
Recebia mensalmente o valor de 2.000,00 reais para trabalhar 44 horas
semanais. Foi despedido sem justa causa em junho de 2023.
Ocorre que nem o FGTS tão quanto o INSS foram recolhidos pelo
empregador.
2 - DOS DIREITOS DO RECLAMANTE
O reclamante, ao ser admitido pela reclamada em janeiro de 2023, para
o exercício da função de secretário, estabeleceu com esta uma relação de
emprego regida pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), devendo,
portanto, ter seus direitos resguardados e observados em conformidade com a
legislação vigente.

2.1 - DA REMUNERAÇAO
O reclamante tinha como contraprestação salarial o valor de R$ 2.000,00
(dois mil reais) mensais, conforme estabelecido no contrato de trabalho. Esse
valor deve ser considerado como salário-base para fins de cálculos de verbas
rescisórias, horas extras, adicionais e demais direitos trabalhistas.

II.2 - DA DISPENSA SEM JUSTA CAUSA


Em junho de 2023, o reclamante foi demitido sem justa causa, conforme
alegado na exordial.
De acordo com o disposto nos artigos 487 a 504 da CLT, a dispensa
sem justa causa gera o direito a diversas verbas rescisórias, tais como, saldo
de salário, aviso prévio, 13º salário proporcional e férias proporcionais com
acréscimo de 1/3.
Tais verbas recisórias não foram honradas pela reclamada.
Diante do exposto, requer a condenação da reclamada ao pagamento do
saldo do salário, aviso prévio, 13º salário proporcional, férias proporcionais com
acréscimo de 1/3.

2.3 - DO FGTS
O reclamado durante todo o pacto laboral nunca depositou o FGTS na
conta vinculada do reclamante.
Nos termos do artigo 15 da Lei nº 8.036/90, o empregador é obrigado a
depositar, em conta vinculada do empregado, o valor correspondente a 8%
(oito por cento) da remuneração deste no mês anterior, a título de Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A ausência de recolhimento deste
benefício configura grave infração às normas trabalhistas, ensejando
reparação, tanto destes valores como também em virtude da demissão sem
justa causa, a responsabilidade referente à multa de 40% (quarenta por cento)
sobre o valor do FGTS conforme art.18, §1º, da lei n° 8036/1990.
Diante do exposto, requer a condenação da reclamada para efetuar o
depósito do FGTS de 8%, tendo por base o salário do reclamente,
correspondentes a todo o período da relação de emprego (janeiro de 2023 a
julho de 2023), além de 40% da multa sobre os depósitos deste período por
conta da rescisão sem justa causa do contrato de trabalho.

2.4 - DO NÃO RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES


PREVIDENCIÁRIAS
Conforme cópia que colaciona em anexo, à reclamada deixou de realizar
o devido recolhimento das contribuições previdenciárias junto ao INSS.
A Lei nº 8.212/91, bem como, o disposto no artigo 276, do Decreto 3.048
de 1999 dispõe que é dever do empregador realizar o recolhimento das
contribuições previdenciárias incidentes sobre a remuneração do trabalhador. A
omissão nesse dever implica em prejuízo ao empregado, que pode ter sua
proteção previdenciária comprometida.
Diante do exposto, requer a condenação da reclamada ao recolhimento
das parcelas referentes ao INSS.

2.5 – DA MULTA POR ATRASO NO PAGAMENTO DE VERBAS


RECISÓRIAS
Até o ajuizamento desta reclamação trabalhista a reclamada não havia
realizado o pagamento das verbas recisórias.
O Artigo 477 da CLT versa sobre a aplicação da multa por atraso no
pagamento da rescisão e verbas rescisórias, bem como a comunicação da
dispensa aos órgãos competentes. E conforme o disposto neste artigo em seu
§ 8º, o reclamado estará sujeito ao pagamento de multa em favor do
reclamante, em valor correspondente ao seu salario devidamente corrigido pelo
índice de variação do BTN.
Diante do exposto, requer a condenação da reclamada ao pagamento da
multa por atraso no pagamento das verbas recisórias.

2.6 - LIBERAÇÃO DA GUIA DO SEGURO DESEMPREGO OU


INDENIZAÇÃO CORRESPONDENTE
O reclamente encontra-se desempregado e não recebeu a guia do
seguro desemprego.
O seguro desemprego é um benefício de caráter alimentar de suma
importância para o trabalhador que foi dispensado sem justa causa, e de
acordo com a Súmula nº 389, II, do TST a falta de entrega das guias
correspondentes ao seguro desemprego assegura ao obreiro o pagamento de
indenização.
Diante do exposto, requer a condenação da reclamada ao pagamento da
indenização correspondente.

3. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DE SUCUMBÊNCIA

O reclamante está sendo representado por advogado particular.


O artigo 791-A da CLT, assegura que ao advogado serão devidos
honorários de sucumbência fixados entre o mínimo de 5% e o máximo de 15%
sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico
obtido, ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.
Requer a fixação dos honorários de sucumbência, em razão de estar o
reclamante sendo representado por advogado particular conforme o disposto
no artigo 791-A, §2º da CLT.

4 - DO PEDIDO

Diante do exposto, requer:


1) Deferimento da assistência jurídica gratuita, conforme disposto no
art. 790 da CLT;
2) Julgar procedente a presente Reclamação Trabalhista,
determinando o pagamento das verbas rescisórias, sendo elas o saldo de
salário, o aviso prévio, férias proporcionais incluindo o 1/3 proporcional de
férias, 13° salário proporcional, todos referentes aos dias trabalhado entre os
meses de janeiro a junho do corrente ano;
3) Condenar o reclamado a recolher as contribuições
previdenciárias e os devidos valores do FGTS, bem como pagamento da multa
de 40% sobre o valor do saldo do FGTS;
4) Condenar o reclamado ao pagamento da multa pelo não
pagamento obrigatório das verbas rescisórias e comunicação da dispensa aos
órgãos competentes, conforme art. 477 da CLT, no valor do salário percebido
pelo reclamante;
5) Condenar o reclamado ao pagamento dos honorários
sucumbenciais, no valor de 15% da condenação e das custas processuais.

5 – REQUEIRMENTOS FINAIS
Diante do exposto, requer:
1) Notificar a reclamada para que dentro do prazo determinado em
lei apresente a sua contestação, sob pena de revelia e confissão quanto
à matéria de fato;
2) Protesta promover o alegado por todos os meios dos direitos
permitidos para produção de provas, em especial a prova documental, o
depoimento pessoal e a oitiva de testemunhas;
3) Que todas as verbas acima sejam calculadas com a incidência de
juros e correção monetária, na forma da lei.

Dá-se á causa o valor de R$ xxx

Nestes termos,

Pede deferimento.

Local/Data

ADVOGADO/OAB

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