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AO JUÍZO DA VARA TRABALHISTA DE CAMPINAS/SP.

SOCIEDADE EMPRESÁRIA ÔMEGA S/A, CNPJ nº, endereço eletrônico, estabelecida na rua, nº, bairro,
Campinas, SP, CEP, vem por seu advogado infra assinado, endereço eletrônico, com escritório na rua,
nº, bairro, cidade, estado, CEP, propor

AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

pelo procedimento especial, em face de JOÃO DA SILVA, nacionalidade, casado, pedreiro, identidade,
CPF, CTPS nº, série, PIS, filho de , data de nascimento, endereço eletrônico, domiciliado na rua, nº,
bairro, cidade, estado, CEP, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

1. DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO

A Justiça do trabalho é competente para processar e julgar qualquer ação oriunda de relação de
trabalho, como determina o art.114, I/CF. No presente caso, a discussão envolve pagamento de
verbas a um empregado. Logo, é de competência da justiça laboral, por se tratar de discussão
trabalhista.
Apesar de a ação de consignação em pagamento não estar prevista na CLT, mas nos artigos 539 a 549
do CPC, o artigo 769/CLT autoriza o uso subsidiário da legislação processual civil, quando houver
omissão da norma celetista, razão pela qual se faz uso da presente ação na seara trabalhista.

O primeiro parágrafo do item Das verbas a serem consignadas pode ser deslocado para um último
parágrafo deste item ou permanecer lá!!!

2. DOS FATOS E FUNDAMENTOS

O consignatário foi contratado pela consignante, em 05/01/2018, para exercer a função de pedreiro.
Contudo, diante da necessidade de redução do quadro de pessoal, a consignante concedeu ao
consignatário aviso prévio, em 10/10/2018, na forma indenizada. (Este ficou muito triste com a
situação e ainda tentou apelar junto à direção da consignante para que não fosse dispensado, pois
tinha esposa e dois filhos menores para criar. Porém, não só motivada pela crise, mas também
porque o trabalho do consignatário não se mostrava de boa qualidade, a consignante manteve a
extinção, tal qual havia manifestado originalmente). Esta parte pode ser omitida!!!!
Foi marcado, então, o dia 15/10/2018 para o pagamento das verbas rescisórias devidas e a entrega
dos documentos hábeis para o requerimento de outros direitos, no próprio local de trabalho,
oportunidade na qual o consignatário faria, também, a retirada dos seus pertences pessoais.

Ocorre que, nesse dia, a consignante não tinha em caixa o dinheiro suficiente para realizar a quitação
do devido e, por isso, pediu desculpas ao consignatário, anotou a dispensa na sua CTPS e solicitou
que ele retornasse 60 dias após, para que fossem feitos o pagamento e a retirada dos pertences.

No dia marcado, o consignatário não compareceu. A consignante tentou contato telefônico e foram
enviados dois telegramas para o endereço informado pelo consignatário na ficha de registro de
empregados, mas tudo em vão. Até mesmo os ex-colegas de trabalho enviaram mensagens para o
Facebook do consignatário, na tentativa de fazê-lo ir à sociedade empresária para o acerto de contas,
mas igualmente não houve sucesso. No vestiário da consignante, no armário anteriormente usado
pelo consignatário, foram encontradas algumas fotografias dele com a esposa e uma camisa do seu
time de futebol.

Em razão da extinção do contrato de trabalho sem justa causa e por não ter comparecido o
consignatário para receber as verbas de fim do contrato de trabalho e retirar os objetos que lhe
pertenciam se faz necessária a propositura da presente ação de consignação em pagamento.

3. DAS VERBAS E OBJETOS A SEREM CONSIGNADOS

Estabelece o art. 335, I/CC que cabe o uso da consignação em pagamento sempre que alguém
precisar pagar valores a outra pessoa ou entregar objetos que pertençam a esta pessoa e ela não vier
recebê-los. No presente caso, apesar de a consignante ter marcado data para recebimento das
verbas e ter realizado diversas tentativas de contato, o consignatário não compareceu para
recebimento dos haveres a que tinha direito. Deste modo, não restou à consignante outra alternativa
que se valer da propositura da presente ação de consignação em pagamento, a fim de ver extinta
suas obrigações, em conformidade com o art. 546/CPC e 334/CC.

Pode ser deslocado para o item da Competencia!!!!

Como o consignatário laborou durante dez dias do mês de outubro de 2018, tem o mesmo direito a
receber salário pelos dias trabalhados, conforme art. 457 /CLT. Sendo assim, são devidos 10 dias de
saldo de salário no valor de R$.....
Por seu contrato de trabalho ter tido duração menor que um ano, faz jus a aviso prévio indenizado
de 30 dias, como determina o art. 487, §1º/CLT, no valor de R$.....
Estabelece o art. 146, parágrafo único/CLT que ao término do contrato de trabalho o empregado tem
direito a férias proporcionais de 1/12 por cada mês de serviço. Uma vez que teve contrato de
trabalho de 05.01.18 a 09.11.18, também tem direito a férias proporcionais de 10/12, acrescidas do
terço constitucional, no valor de R$....
Igualmente tem direito a 1/12 de décimo terceiro salário por cada mês de contrato de trabalho,
como dispõem os arts. 1º, §1º e 3º, da Lei 4090/62. Desta forma, devem ser pagos 10/12 de
gratificação natalina no valor de R$......
Como a consignante não realizou o pagamento das verbas de fim do contrato de trabalho no prazo
de 10 dias, estabelecido no §6º do art. 477 /CLT, deve ainda a multa do §8º do referido artigo, no
valor de um salário do consignatário, correspondente a R$....
Porque a extinção contratual ocorreu sem justa causa, a consignante deseja entregar a
documentação necessária para que o consignatário possa levantar o FGTS e dar entrada no seguro
desemprego, assim como a comprobatória do depósito da multa de 40% do FGTS, nos moldes dos
arts. 18, §1º, e 20, I, da lei 8036/90.
Faz-se ainda necessária a devolução dos pertences do consignatário deixados dentro do armário da
consignante, a saber, algumas fotografias dele com a esposa e uma camisa de seu time de futebol.

4. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS


Após a Reforma Trabalhista, todos os advogados, mesmo atuando em causa própria, tem direito a
honorários sucumbenciais, conforme art. 791-A/CLT. Do mesmo modo, estabelece o art. 546/CPC
ser cabível a condenação do consignatário em custas e honorários advocatícios. Sendo assim, requer
a condenação do consignatário em custas e honorários de 15% sobre o valor da causa.

5. DOS PEDIDOS

Ante o exposto, requer:

Autorização para depósito, em 05 dias, do valor de R$ e entrega das guias de FGTS e seguro
desemprego, fotos e camisa do time pertencentes ao consignatário;
A notificação do consignatário para levantar o depósito ou comparecer à audiência e apresentar
defesa, sob pena de revelia e confissão;
A declaração de extinção das obrigações de pagar as verbas rescisórias assim como de entregar
as guias de FGTS e seguro desemprego, fotos e camisas de time;
A condenação do consignatário em custas e honorários sucumbenciais de 15% sobre o valor da
causa.

6. DAS PROVAS

Requer a produção de todos os meios de prova admitidos em Direito, especialmente a documental,


documental superveniente, testemunhal e depoimento pessoal do consignatário.

7. DO VALOR DA CAUSA

Dá-se à causa o valor de R$ .

Nestes termos,
Pede deferimento.

Local e data
Advogado/OAB

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