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Exmo. Sr. Dr.

Juiz da MM ___ Vara do Trabalho de Canoas – RS

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RITO SUMARÍSSIMO

xxxxxxx, brasileiro, solteiro, vendedor, CPF sob n°


xxxxxxxxxxx, residente em Cidade/UF, na (endereço
completo), vem respeitosamente, a presença de Vossa
Excelência, através de seus advogados, propor a presente
Reclamatória Trabalhista contra xxxxxxxxxxxxx, pessoa
jurídica de direito privado com CNPJ sob nº xxxxxxxxxxxxxx,
com (endereço completo), pelos fatos e fundamentos a seguir
explicitados:

1. O pacto vigeu de xx/xx/xxxx até xx/xx/xxxx,


na função de xxxxxxxxxx. A remuneração era de R$ 1.006,36
acrescido de comissão, essas que somavam cerca de R$
150,00 (pago extra folha nos primeiros cinco meses) em média
no seu salário, por mês, totalizando cerca de R$ 1.150,00 em
média mensais.
2. O art. 818 da CLT apresenta rol de
incumbência do ônus da prova, sendo que o §2º. Determina
que antes da abertura da instrução e, a requerimento da parte,
deverá ser determinado o ônus probante dos litigantes. Já o
§3º, deduz que tal ônus não poderá ser excessivamente difícil
ou impossível. No que tange ao ônus da prova, na audiência
inaugural deverá ser determinado pelo MM. Magistrado que
toda a prova documental (comprovantes de pagamento de
salários e sua pontualidade, comprovante de pagamento e
gozo de férias, comprovantes de recolhimento de FGTS,
controles de horário, TRCT e comprovante de pagamento, etc.)
pela obrigação da guarda de documentos, é do empregador,
devendo o mesmo acostar tais documentos no prazo
preclusivo de 10 dias após a audiência, nos moldes do art. 400
do CPC.
3. Havendo o pagamento de comissões por
fora, durante todo os cinco primeiros meses de contrato, com
remuneração o valor médio de R$1.150,00 mensais, requer a
integração da verba. Diante disso, requer seja reconhecido o
pagamento das comissões, nos primeiros cinco meses, nos
valores informados, requer a integração ao salário, que
deverão refletir em repousos, feriados, natalinas, férias com
1/3, aviso prévio, tudo com incidência no FGTS e na multa do
FGTS, além dos recolhimentos previdenciários.
4. DA REVERSÃO DO PEDIDO DE
DEMISSÃO EM RESCISÃO INDIRETA: durante o contrato, o
peticionário sempre cumpriu com todas as exigências e
deveres de sua relação de emprego. Mesmo assim, a empresa
no decorrer da relação empregatícia sonegou haveres
trabalhistas do reclamante, conforme os pedidos dessa
exordial. Sempre procurou colaborar de melhor maneira com a
reclamada.
Há somente depósitos de FGTS referente a julho,
agosto e setembro de xxxx, o restante está pendente. De igual
sorte, os salários eram pagos com cerca de 5 dias de atraso,
nos meses finais do contrato. Do mesmo modo, o vale
transporte também era pago fora do prazo. Também como já
exposto, as comissões, nos primeiros cinco meses eram pago
por fora, dessa forma, sonegando haveres trabalhistas do
reclamante.
Enfim, há elementos mais do que suficientes para
ensejar a rescisão indireta. Também, vendo que a ré já
passava situação financeira delicada, visto que era sabido os
atrasos de pagamento do aluguel (tanto é que logo após a
saída do reclamante a loja fechou).
Ocorre que o reclamante, em ato de desespero,
diante do quadro apresentado, pediu demissão, o que requer
reversão, tendo em vista o pedido de rescisão indireta do
contrato de trabalho.
Por isso, com base no art. 483, “d", da CLT, bem
como no Decreto Lei n.º 368/68, requer a reversão do pedido
de demissão em rescisão indireta do contrato de trabalho, com
o consequente pagamento das verbas rescisórias, dentre as
quais destacamos: aviso prévio indenizado, saldo de salário,
13º proporcional, férias vencidas e proporcionais mais 1/3 e
multa de 40% sobre o FGTS. Também requer a liberação do
alvará para saque do FGTS, com a consequente multa de
40%.
5. O reclamante até o presente momento não
recebeu as verbas rescisórias. Destarte, caso o juízo não
entenda ser caso de rescisão indireta, não crível, requer o
pagamento saldo de salário, 13º proporcional, férias vencidas
e proporcionais mais 1/3.
6. Independente da rescisão indireta, faz jus
ao pagamento da multa do artigo 477 Consolidado, em virtude
do não pagamento das verbas rescisórias no prazo correto;
7. Requer a aplicação da multa do artigo 467
consolidado na hipótese do não pagamento das verbas
incontroversas na primeira audiência;
8. Durante o pacto laboral não foram
depositadas as parcelas devidas ao FGTS, motivo pelo qual
requer o pagamento das mesmas, com a consequente multa
de 40% (exceto os meses de julho, agosto e setembro de
2017).
9. O reclamante é pobre, não tendo condições
de arcar com despesas processuais sem o prejuízo do próprio
sustento e de sua família. Requer concessão de AJG com o
consequente pagamento de honorários de AJG desde já
requerido em 15% sobre o valor da condenação.

ISTO POSTO, REQUER: a notificação da


reclamada para, contestar, querendo, a presente ação, pena
de revelia a confissão quanto a matéria de fato ora articulada,
esperando procedência total, com a condenação nos seguintes
pedidos:

A. A juntada dos documentos descritos no item


“2”, conforme fundamentado;
B. A reversão do pedido de demissão em
rescisão indireta do contrato de trabalho, com o consequente
pagamento das verbas rescisórias, dentre as quais
destacamos: aviso prévio indenizado e proporcional, e da
multa de 40% sobre o FGTS. Também requer a liberação do
alvará para saque do FGTS.
C. O reconhecimento das comissões pagas por
fora, nos primeiros cinco meses laborados, com integração
ao salário e os competentes recolhimentos previdenciários e
fundiários aplicáveis à espécie, com reflexos em repousos,
feriados, natalinas, férias com 1/3, aviso prévio, tudo com
incidência no FGTS e na multa do FGTS;
D. O pagamento saldo de salário, 13º
proporcional de 2018, férias vencidas e proporcionais mais
1/3, considerando a projeção do aviso prévio, caso deferida a
rescisão indireta;
E. Requer a aplicação da multa do artigo 477
Consolidado, conforme fundamentado;
F. Requer a aplicação da multa do artigo 467
consolidado (Tal pleito não consta valor na tabela de cálculos
em razão da nova determinação do TRT4);
G. Sendo procedente o pedido de letra “b”,
requer a liberação do alvará para saque do FGTS, com a
consequente multa de 40%.
H. Seja a reclamada condenada a efetuar os
depósitos fundiários mensais inadimplidos desde o começo
da relação de emprego (exceto os meses de julho, agosto e
setembro de 2017);
I.Concessão de AJG e pagamento de honorários à
razão de 15% sobre o valor da condenação em face da
declaração de pobreza (Tal pleito não consta valor na tabela
de cálculos em razão da nova determinação do TRT4);

Protesta por todos os meios de prova em direito


admitidos, em especial, a prova documental, testemunhal e o
depoimento pessoal do reclamado, sob as penas da lei.

Dá à causa o valor de R$ xx.xxxx,00 (conforme


cálculo anexo)

Nestes termos
Pede e espera deferimento,
Cidade, data atual.

Advogado
OAB/UF

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