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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DO TRABALHO DA VARA DE CABO

FRIO/RJ

JOÃO, brasileiro, solteiro, auxiliar de galpão, portador da carteira de identidade nº


___________ e do CPF nº ___________, residente e domiciliado na Rua _________, nº
________, na cidade de Cabo Frio, e-mail não informado, por meio de sua patrona que assina
eletronicamente, com procuração anexa, com endereço profissional indicado no rodapé desta
exordial, local em que recebe as comunicações de estilo, com amparo na Constituição Federal
(artigos 1º, III e IV; 5º, XXXIV, XXXV e LXXIV; 7º; e 114), vem, respeitosamente, perante
Vossa Excelência, propor

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

Em face MEGATRON LTDA., pessoa jurídica de direito privado, com sede na Rua
_________, nº ________, na cidade de Caxias, CNPJ nº_______, pelos fundamentos de fato
e de direito a seguir aduzidos.

1. DO CONTRATO DE TRABALHO
O reclamante João foi contratado pela empresa Megatron em 02 de março de 2019
para exercer a função de auxiliar de galpão, com o salário de R$1.500,00 (mil e quinhentos
reais), porém não teve sua carteira assinada. Apesar de ter sido contratado como auxiliar de
galpão, João operava empilhadeira, contava e verificava estoque, fazia a limpeza do
local, dentre outras atividades, acumulando diversas funções.
O reclamante deveria trabalhar de segunda a sexta-feira, das 08:00hs às 17hs, tirando
1 hora de almoço, mas, na verdade, sempre trabalhou das 08:00hs às 19hs e nunca
conseguiu tirar 1 hora completa de almoço, tendo sempre que realize suas refeições em 30
minutos, pois não havia ninguém para substituí-lo.
Em 14 de abril de 2021, o reclamante foi demitido sem receber aviso prévio e suas
verbas trabalhistas. Também não teve o FGTS depositado durante o pacto laboral e não pôde
dar entrada no seguro-desemprego por culpa da empresa, que não registrou seu trabalho.

2. DO RECONHECIMENTO DO VÍNCULO DE EMPREGO


Durante a jornada de trabalho o Reclamante não usufruía de horário de almoço ou
descanso. No decorrer de todo o labor não recebeu contracheque, não marcou pontos, não
teve a CTPS assinada.
De forma ardilosa, os empregadores privam seus trabalhadores deste tipo de
informação, pois sabem que sem prova dos fatos narrados, e sem informação terá dificuldade
para ajuizar ação.
Toda a ação constata-se flagrante desrespeito ao estatuído no art. 29, caput, da
Consolidação das Leis do Trabalho, o que acabou prejudicando a reclamante, inclusive, na
contagem do período para sua aposentadoria.
A reclamada, talvez com o intuito de fraudar os créditos trabalhistas, pretende fazer
crer que não há vínculo empregatício durante este período. Não há como dar guarida a esta
pretensão, eis que a relação jurídica do reclamante, com a reclamada, preenche todos os
requisitos do art. 3º da CLT, a saber:
a) Pessoa Física - o reclamante realizou serviços com
exclusividade para a reclamada.
b) Não eventualidade - o reclamante laborou em serviço de
natureza permanente e essencial à reclamada.
c) Subordinação - o reclamante dependia de ordens diretas da
reclamada para realizar suas tarefas, dependendo
economicamente deste trabalho para sobreviver. O reclamante
esteve, tecnicamente, sob as ordens hierárquicas da reclamada,
configurando assim, a relação de emprego.
d) Salários - o reclamante percebia salário da reclamada
pactuado no início da relação de trabalho.
O reclamante não teve a sua CTPS assinada desde o início da relação de trabalho,
portanto, constata-se uma irregularidade praticada pela reclamada, que deverá incorrer na
multa prevista no art. 55 da Consolidação das Leis do Trabalho, por infringir o preceituado
no art. 13 e seus parágrafos do mesmo dispositivo legal. Neste sentido se posiciona a
jurisprudência.
FALTA DE ANOTAÇÃO DA CTPS. A irregularidade ou a falta
de anotação do contrato de trabalho na Carta de Ofício do
trabalhador torna obrigatória a comunicação aos órgãos
públicos prejudicados e/o um responsável pelas consequentes
penalidades administrativas. (CEF gestora do FGTS, DRT e
INSS) inclusive por iniciativa ex officio.
Neste contexto, requer o reconhecimento do vínculo trabalhista, com a devida
anotação na CTPS do obreiro na função de forneiro, com data inicial do vínculo em 02 de
março de 2019 a 14 de abril de 2021, e salário de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais).

3. DAS VERBAS TRABALHISTAS


O Reclamante faz jus ao recebimento das verbas trabalhistas, tais como: aviso prévio,
o saldo de salário de abril de 2021, 13º salário integral e proporcional e férias integrais e
proporcionais acrescidas de mais de 1/3. O FGTS + 40% não foi recolhido e nem liberado de
todo o vínculo.

Diante do não pagamento das parcelas rescisórias, é devido à multa do art. 477, §8º da
CLT, bem como a multa do art. 467 da CLT, caso o Reclamante não pague as parcelas
incontroversas até a primeira audiência.

4. DO 13º SALÁRIO
Reclamada deve ser condenada ao pagamento do 13º salário referente aos anos de
2019/2021 o que corresponde ao valor de R$3.693,86 (três mil e seiscentos e noventa e três
reais e oitenta e seis centavos) com a projeção do aviso prévio de 36 dias, conforme o artigo
7º, inciso VIII da CF c/c os artigos 1º e 3º da Lei 4.090/62, sendo:
a) MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT SOBRE 13º SALÁRIO: R$329,17 (trezentos
e vinte e nove reais e dezessete centavos).

5. AVISO PRÉVIO
Faz jus ao aviso prévio de 36 dias e seu cômputo no tempo de trabalho para todos os
fins de direito.
O art. 487, § 10 da CLT, art. 7º, XXXI da Constituição Federal e ainda a Lei 12.
506/2011 estabelecem o dever do empregador de indenizar o empregado quando aquela deixa
de cumprir o aviso prévio deve a Reclamada ser condenada ao pagamento de R$1.895,99 (mil
e oitocentos e noventa e cinco reais e noventa e nove centavos).
a) MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT SOBRE AVISO PRÉVIO: R$948,00
(novecentos e quarenta e oito reais).

6. REPOUSO SEMANAL REMUNERADO

Conforme alhures, o reclamante recebia sua remuneração sem ter a carteira


assinada, sendo que jamais foram adimplidas as verbas relativas
ao repouso semanal remunerado previsto no inciso XV do artigo 7º da CF e no artigo 1º da
Lei nº 605 /49.

Desta forma, requer seja o reclamado condenado ao pagamento do repouso semanal


remunerado na forma prevista no artigo 7º, b, da Lei nº 605 /49, durante todo o pacto
laboral, considerando a evolução do valor da hora desde admissão até a rescisão contratual.

a) REPOUSO SEMANAL REMUNERADO: R$5.889,27 (cinco mil e oitocentos e


oitenta e nove reais).
b) 13º SALÁRIO SOBRE REPOUSO SEMANAL REMUNERADO: R$496,46
(quatrocentos e noventa e seis reais e quarenta e seis centavos).
c) AVISO PRÉVIO SOBRE REPOUSO SEMANAL REMUNERADO: R$237,00
(duzentos e trinta e sete reais).
d) FÉRIAS +1/3 SOBRE REPOUSO SEMANAL REMUNERADO: R$354,25
(trezentos e cinquenta e quatro reais e vinte e cinco centavos).
7. DAS FÉRIAS
A Reclamada também não pagou o valor total devido pelas férias proporcionais
referentes ao período de 17/07/2020 a 07/10/2022, já com a projeção do aviso prévio de 36
dias, previsto no art. 7º, inciso XVII da CF/88, nos Artigos 146 e 147 da CLT e na Súmula
328 do C. Tribunal Superior do Trabalho.
Assim, a Reclamada deve ser condenada ao pagamento de R$ 3.973,79, já acrescido
do 1/3 constitucional, sendo:
a) MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT SOBRE FÉRIAS + 1/3: R$ 1.106,7

8. SALDO DE SALÁRIO
Tendo o Reclamante laborado 31 dias no mês sua dispensa, tem direito ao
recebimento de R$737,33 (setecentos e trinta e sete reais e trinta e três centavos), a título de
saldo de salário.
a) MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT SOBRE SALDO DE SALÁRIO: R$368,66
(trezentos e sessenta e oito reais e sessenta e seis centavos).

9. DO FGTS – FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, instituído pela


Lei 5.107/1966, é regido pela Lei 8.036/1966, é regido pela Lei 8.036/1990. 

A legislação impõe o dever do empregador a efetuar o depósito, em conta 


bancária vinculada, a importância correspondente a 8% da remuneração paga ou 
devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas
de  que tratam os artigos 457 e 458 da CLT (comissões, gorjetas gratificações, etc.) e a 
gratificação de Natal a que se refere a Lei 4.090/1962, com as modificações da Leis 
4.749/1965. 

a) FGTS 8%: R$3.761,70 (três mil e setecentos e sessenta e um reais e setenta


centavos). 

Deve se levar em conta também a multa sobre o FGTS 40% e a multa do


artigo 467 da CLT sobre FGTS: 

b) MULTA SOBRE FGTS 40%: R$1.444,01 (mil e quatrocentos e quarenta e


quatro reais e um centavos). 
c) MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT SOBRE O FGTS: R$722,00 (setecentos e
vinte e dois reais) 

A Reclamada deverá, ainda, providenciar e entregar ao Reclamante as guias e


documentos necessários para o levantamento junto à CEF, ou então, diante de
impossibilidade, requer que seja realizado o pagamento de forma indenizada da
parte não depositada, bem da expedição de alvará por este E. Juízo para
levantamento dos valores que se encontram em conta vinculada. 

10. DA MULTA DO ART. 477 DA CLT:

Além de não ter computado todas as parcelas devidas ao Reclamante


por ocasião da rescisão do contrato de trabalho, a empresa Reclamada tentou burlar
os Direitos Trabalhistas. 

Assim, tendo em vista que a dispensa se deu sem justa causa, o que
será finalmente decretado no curso desta Reclamatória, ultrapassado está o prazo
para o pagamento das verbas rescisórias, vencidas em 20/05/2021, ou seja, não houve
o pagamento no prazo determinado na legislação. 

Por não ter efetuado o pagamento integral das verbas rescisórias no


prazo estabelecido no art. 477, parágrafo 6º, alínea b, da CLT, requer a condenação
da Reclamada ao pagamento da multa prevista no parágrafo 8º.

a) MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT: R$737,33 (setecentos e trinta e sete reais


e trinta e três centavos).

11. DA MULTA DO ART. 467 DA CLT:

De acordo com o Art. 467 da CLT, havendo controvérsia no tocante às verbas


rescisórias, fica o empregador obrigado a pagar ao trabalhador a parte incontroversa, sob
pena de pagá-las acrescidas de 50% (cinquenta por cento), vejamos: 

Art. 467. “Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre


o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador,
à data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas
verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de 50% (cinquenta por cento). 

Assim, ao deixar de pagar a multa de 40% do FGTS não depositado na conta do


Reclamante, a Reclamada é responsável por indenizá-la conforme o art. 467 da CLT.
Com efeito, resta claro que além dos valores não recolhidos do FGTS, e a Multa de
40% (quarenta por cento) não paga, a Reclamada ainda deverá pagar ao Reclamante a título
de indenização, a Multa imposta pelo Art. 467 da CLT, valor esse a ser apurado em
liquidação. 
a) MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT SOBRE 13º SALÁRIO: R$329,17
(trezentos e vinte e nove reais e dezessete centavos).
b) MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT SOBRE AVISO PRÉVIO: R$948,00
(novecentos e quarenta e oito reais).
c) MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT SOBRE FÉRIAS + 1/3: R$1.316,66 (mil
e trezentos e dezesseis reais e sessenta e seis centavos).
d) MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT SOBRE SALDO DE SALÁRIO:
R$368,66 (trezentos e sessenta e oito reais e sessenta e seis centavos).
e) MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT SOBRE MULTA SOBRE FGTS:
R$722,00 (setecentos e vinte e dois reais).

12. DANOS MORAIS

Segundo a doutrina e a jurisprudência majoritária, a falta de assinatura na CTPS gera


dano moral para o trabalhador, antes a insegurança decorrente desse ato omissivo. Nesse
compasso a boa doutrina dos mestres Christiano Abelardo Fagundes e Léa Cristina B. da
Silva Paiva, in verbis. 

“O ato comissivo do empregador de não proceder à assinatura da CTPS pode, sim,


causar danos morais aos empregados, mormente quando tal omissão impossibilita a
contratação de crédito no comércio ou tornar impossível a prova experiência
profissional. Por isso, a CLT determina que a CTPS seja anotada no prazo máximo
de 48 (quarenta e oito) horas. Imprescindível ponderar, ainda, que a falta de
assinatura na CTPS traz um sentimento de menos valia para o trabalhador, um
sentimento de estar à margem do mercado de trabalho formal (in Manual dos
Direitos Trabalhistas do Empregado e Empregador, pág. 78, 1º Ed., 2014, LT, São
Paulo). 

O Reclamante por não ter sua CTPS assinada não teve acesso aos benefícios previstos
na legislação trabalhista, ademais, por não ter sido concedido ao autor aviso prévio, este foi
pego de surpresa no momento de sua demissão. 

E isto, não ocorreria se o reclamado adotasse as medidas necessárias no momento da


admissão de seus empregados. Ao contrário, estaria o autor assegurado de todos os seus
direitos trabalhistas, inclusive do seguro desemprego. 

Importante mencionar, que o fato do reclamante concordar em trabalhar sem ter sua


CTPS devidamente assinada, por certo, não decorreu de sua aceitação pacífica, com
modificação ou inexecução das cláusulas contratuais, mas sim do intuito claro de preservar o
seu emprego. 

O reclamante laborou anos para a reclamada, sempre cumpriu sua função com


primazia, entretanto foi demitido, sem direito a absolutamente nada. 

Ademais, não resta dúvida que o reclamado tinha ciência da relação de emprego
existente entre ambos. Porém, no intuito claro de mascarar o vínculo, este efetuava os
pagamentos de forma diária. E mais, nem mesmo no momento de a demissão reparar seu
erro, sentindo-se o reclamante HUMILHADO e LESADO de seus mais básicos direitos.

 O dano moral, à luz da Constituição Federal, é a agressão à dignidade humana capaz


de romper o equilíbrio psicológico do indivíduo. 

Destarte, requer a condenação do reclamado em indenização por DANO MORAL de


natureza LEVE, cujo quantum indenizatório deve ser arbitrado por este Douto Juízo em
importe não inferior a R$5.000,00 (cinco mil reais). 

13. DOS HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA (LEI 13467/17). 


Os honorários advocatícios são uma justa e necessária recomposição das perdas e
danos em razão da mora do crédito trabalhista, de natureza alimentar e necessária à
sobrevivência digna do trabalhador, a teor do disposto no art. 1º, III, da Constituição Federal. 

Neste sentido, a Lei 13.467/17, inseriu o art. 791-A, na CLT, resguardando ao


advogado, ainda que atuando em causa própria, honorários de sucumbência sobre o valor que
resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível
mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. 

Dessa forma, deverá o Reclamado ser condenado no pagamento dos  honorários de


sucumbência, a ser fixado por este Juízo em valor não inferior a 15%  sobre o valor que
resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido  ou, não sendo possível
mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, nos termos  dos artigos 791-A, da CLT (Lei
13.467/17). 

Lado outro, por ferir direitos fundamentais à assistência judiciária  gratuita e integral,
prestada pelo Estado, bem como o princípio de proteção ao  salário, insculpidos no art. 5º,
LXXIV, e 7º, X, da Constituição Federal, e considerando  que há na presente demanda (vide
tópico pedido expresso de reconhecimento da  declaração incidental de inconstitucionalidade
das expressões contidas no § 4º, do  art. 790-B da CLT, no § 4º do art. 791-A da CLT e no §
2º do art. 844 da CLT), no caso  de indeferimento total do pedido, deverá ser declarada a
suspensão da exigibilidade do pagamento, na forma do art. 791-A, § 4º, da CLT, com redação
dada pela Lei  13.464/17, no valor estimado em R$ 8.402,52. 

14. DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDÊNCIÁRIA:

A Reclamada tem o dever legal de pagar as contribuições previdenciárias de seus


empregados, segundo a Lei 8. 212/91, desta forma requer-se que a reclamada comprove as
contribuições previdenciárias de todo o pacto laboral. 

15. DA CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS:

A Reclamada deve ser condenada ao pagamento de juros e correção monetária,


conforme a Súmula 381 do E. Tribunal Superior do Trabalho. 381 do E. Tribunal Superior do
Trabalho.

16. JUSTIÇA GRATUITA: 

Informa o Reclamante que se encontra em frágil situação financeira e não possui


condições para arcar com as custas do processo sem que isso afete seu próprio sustento e o de
sua família. Em face da hipossuficiência do Reclamante (declaração em anexo), requer-se o
benefício da justiça gratuita, nos termos das Leis. 

17. DOS PEDIDOS:

Diante os fatos e fundamentos expostos, requer: 


Requer a citação da Reclamada para apresentar defesa, no prazo legal, sob pena de
revelia. 

Requer que a Reclamada em audiência, além dos documentos que


entender necessários, contracheques salariais da Reclamante, livro de registo de empregados,
comprovantes de descontos realizados, comprovantes de pagamento, sob pena de confissão. 

Requer que a presente Reclamatória Trabalhista seja julgada


totalmente PROCEDENTE, condenando a Reclamada ao Reconhecimento de
Vínculo Empregatício e ao pagamento das verbas rescisórias e seus reflexos, com base
no salário de R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais), com a devida atualização
monetária, juros, honorários advocatícios, custas processuais e demais cominações legais,
sendo elas:

 
⮚ 13º SALÁRIO  R$ 3.693,86

⮚ MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT SOBRE 13º SALÁRIO  R$ 329,17

⮚ ADICIONAL DE PERICULOSIDADE 30%  R$ 12.345,14

⮚ 13º SOBRE O ADICIONAL DE PERICULOSIDADE 30%  R$ 1.108,16

⮚ AVISO PRÉVIO SOBRE ADICIONAL DE PERICULOSIDADE 30%  R$ 568,80

⮚ FÉRIAS + 1/3 SOBRE O ADICIONAL DE PERICULOSIDADE 30%  R$ 1.434,78

⮚ INTERVALO INTRAJORNADA R$ 280,66

⮚ 13º SALÁRIO SOBRE INTERVALO INTERJORNADAS R$ 23,47

⮚ AVISO PRÉVIO SOBRE INTERVALO INTERJORNADAS R$ 11,27

⮚ FÉRIAS + 1/3 SOBRE INTERVALO INTERJORNADAS R$ 30,47

⮚ REPOUSO SEMANAL REMUNERADO E FERIADO SOBRE R$ 58,51


INTERVALO INTERJORNADAS

⮚ REPOUSO SEMANAL REMUNERADO R$ 5.889,27

⮚ 13º SALÁRIO SOBRE REPOUSO SEMANAL REMUNERADO R$ 496,46

⮚ AVISO PRÉVIO SOBRE REPOUSO SEMANAL REMUNERADO R$ 237,00

⮚ FÉRIAS +1/3 SOBRE REPOUSO SEMANAL REMUNERADO R$ 354,25

⮚ INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL  R$ 5.000,00

⮚ SALDO DE SALÁRIO  R$ 737,33


⮚ MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT SOBRE SALDO DE SALÁRIO  R$ 368,66

⮚ MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT  R$ 737,33

⮚ FGTS 8%  R$ 3.761,70

⮚ MULTA SOBRE FGTS 40%  R$ 1.444,01

⮚ MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT SOBRE FGTS  R$ 722,00

⮚ SEGURO DESEMPREGO  R$ 3.761,70

⮚ AVISO PRÉVIO R$ 1.895,99

⮚ MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT SOBRE AVISO PRÉVIO R$ 948,00

⮚ REQUER A CONDENAÇÃO DAS RECLAMADAS AO PAGAMENTO R$ 8.019,85


DOS HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA NO PERCENTUAL NÃO
INFERIOR A 15% (QUINZE POR CENTO), SOBRE OS VALORES DA
CONDENAÇÃO.

Requer seja concedida ao Reclamante a JUSTIÇA GRATUITA, nos moldes do art.


790, §3º da CLT, para que assim tenha plenas condições de exercer seu direito constitucional
de acesso ao judiciário, sem prejuízo do sustento próprio ou familiar, conforme
fundamentação; 
Requer como obrigação de fazer que a Reclamada proceda as anotações na CTPS do
Obreiro, fazendo constar a admissão em 02 de março de 2019 e a demissão em 20 de maio
de 2021, com a devida projeção do aviso prévio de 36 dias. 

O Reclamante pretende provar o alegado por todos os meios de provas em direito


admitidos, bem como a oitiva de testemunhas. 

Condenar a Reclamada ao pagamento de custas e despesas processuais.

Ainda como obrigação de fazer requer também as guias para saque do FGTS e
habilitação no Seguro Desemprego, sob cominação de pena de indenização de 5 (cinco)
parcelas no valor de R$1.219,97 (mil e trezentos e dezenove reais e noventa e sete centavos)
cada; 

18. DEMAIS PEDIDOS

REQUER SEJAM DESCONTADOS TODOS OS VALORES COMPROVADAMENTE


PAGOS, A FIM DE EVITAR O ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA.
 
A exclusão do cômputo dos juros de mora na base de cálculo do imposto de renda
retido na fonte, nos termos da Orientação Jurisprudencial nº 400, da SDI-1, do.  TST;
 
Em vista das irregularidades verificadas, foram expedidos ofícios ao Ministério
Público do Trabalho, Delegacia Regional do Trabalho e Órgãos competentes do INSS e
FGTS, inclusive a Caixa Econômica Federal, para as devidas combinações de estilo, na forma
da Lei. 
Requer ainda que as intimações e publicações sejam endereçadas exclusivamente à advogada
subscritora da presente ação, sob pena de nulidade, nos termos da Súmula nº 427, do c. TST. 

Protesta e requer provar o alegado por todos os meios de prova em direitos  admitidos,
tais como a juntada de novo documentos, expedição de ofício,  depoimento pessoal das
representantes legais da reclamada, sob pena de confissão  (Enunciado 74 do c. TST), oitiva
de testemunhas a serem oportunamente arroladas e  documentos novos (artigo 397 do CPC),
bem como qualquer outro meio que o curso  e instrução do processo faça necessário.

19. VALOR DA CAUSA


 
Dá-se a causa o valor de R$63.577,60 (sessenta e três mil e quinhentos e setenta e sete
reais e sessenta centavos). 

Nesses termos, pede deferimento. 

Porto Velho, 24 de abril de 2023. 

Nome
00.000 OAB/UF

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