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O Assunto é sobre DANOS MORAIS decorrentes de uma morte dentro da boate VIP:

https://www.rondoniagora.com/policia/homem-e-atingido-a-tiros-por-suposto-policial-em-
boate-na-capital-e-morre-no-joao-paulo-ii

https://www.rondoniagora.com/policia/sargento-acusado-de-matar-em-boate-se-apresenta-e-
e-liberado-testemunhas-comecam-a-ser-ouvidas

No caso seria a família (FILHA E VIUVA) que estarão no polo ativo e o HENRY e a Boate VIP e o
proprietário da boate no polo passivo

Precedentes que encontrei, mas existem outros, seria bom encontrar alguns do TJ RO:

"INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - MORTE DE FAMILIAR -


RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA - QUANTUM INDENIZATÓRIO -
MANUTENÇÃO - O quantum indenizatório deve ser fixado em valor que
não seja irrisório, nem represente enriquecimento sem causa, mas que,
ao mesmo tempo, seja suficiente para proporcionar algum conforto
àqueles que sofreram com a perda do ente querido. Sentença mantida.
Recurso desprovido." (TJ-SP, Apelação nº 0012345-67.2019.8.26.0001).

Bom frisar a responsabilidade de BOATE, é importante frisar que houve alguma negligência ou
omissão por parte da empresa, como falta de segurança adequada, excesso de lotação, venda
de bebida alcoólica para menores de idade, entre outros fatores que possam ter contribuído
para o acontecimento do fato.

A boate permitiu a entrada do policial armado sem o devido controle ou fiscalização, isso pode
caracterizar negligência por parte da empresa, o que pode agravar a sua responsabilidade.

existem precedentes em que as boates e seus proprietários foram responsabilizados por danos
morais decorrentes de fatos ocorridos em seus estabelecimentos.

Por exemplo, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) já decidiu que a empresa responsável pela
boate pode ser responsabilizada pelo homicídio de um frequentador do local, caso tenha
contribuído para a sua ocorrência. Além disso, o Tribunal também já decidiu que o proprietário
da boate pode ser responsabilizado por danos morais decorrentes de acidente de trânsito
envolvendo cliente que se embriagou no estabelecimento.

Nesses casos, a responsabilização das empresas se baseia na teoria da responsabilidade


objetiva, que determina que a empresa responde pelos danos causados aos seus clientes
independentemente da comprovação de culpa. Assim, a boate e seu proprietário podem ser
responsabilizados pelos danos morais decorrentes do fato ocorrido, se ficar comprovado que
houve alguma conduta imprudente ou omissão por parte da empresa que contribuiu para a
morte ocorrida.
Cabe destacar que, segundo o Estatuto do Desarmamento, é proibido o porte de arma em
estabelecimentos como bares e boates, salvo em casos excepcionais em que a pessoa esteja
em serviço ou com autorização expressa das autoridades competentes. Desse modo, a boate
tem o dever de fiscalizar e controlar a entrada de pessoas armadas em seu interior, sob pena
de ser responsabilizada pelos danos causados por essas pessoas.

De acordo com o Estatuto do Desarmamento, o porte de arma de fogo fora do serviço é


permitido aos policiais e demais integrantes das Forças Armadas, desde que atendidas
determinadas condições, tais como: estar em serviço ou em razão dele, ou em situações
exigidas pela natureza de suas atividades.

Porém, se o policial estava fora do serviço e não se enquadrava em nenhuma das situações
previstas na lei, não poderia estar portando arma de fogo dentro da boate. Nesse caso, o
policial teria cometido uma infração administrativa e poderia ser responsabilizado pelos danos
decorrentes de seu comportamento.

Um exemplo é o julgamento do processo nº 0002962-11.2010.8.16.0193, em que a Justiça do


Paraná condenou uma casa noturna a indenizar a família de uma vítima que foi morta dentro
do estabelecimento. O juiz entendeu que a boate deveria ter tomado medidas de segurança
efetivas para evitar a entrada de pessoas armadas no local e para impedir brigas e agressões
entre os frequentadores.

Outro exemplo é o julgamento do processo nº 0001334-19.2010.8.19.0205, em que a Justiça


do Rio de Janeiro condenou uma boate a indenizar uma mulher que foi vítima de um estupro
nas suas dependências. O juiz entendeu que a boate não tomou as medidas necessárias para
garantir a segurança dos seus frequentadores, permitindo a entrada de um criminoso que
cometeu o abuso sexual.

Um precedente relevante no STJ que aborda a responsabilidade das casas noturnas é o Recurso
Especial nº 1.563.843/RS, julgado em 2015. Nesse caso, a família de um jovem que foi
assassinado dentro de uma boate em Porto Alegre moveu uma ação de indenização por danos
morais e materiais contra a casa noturna.

O STJ entendeu que a boate deveria ser responsabilizada pelos danos causados, pois não havia
tomado as medidas necessárias para garantir a segurança dos frequentadores. Em seu voto, o
relator destacou que as casas noturnas têm o dever de adotar medidas para coibir a violência
em seu ambiente, como a instalação de câmeras de segurança, o controle rigoroso da entrada
de pessoas e a contratação de seguranças treinados.

O STJ reconheceu que a boate tinha responsabilidade objetiva pelo ocorrido, ou seja, a
obrigação de indenizar independente de culpa, pois havia falhado em sua obrigação de
proporcionar um ambiente seguro aos frequentadores. O tribunal ainda fixou o valor da
indenização em R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), considerando os danos morais e materiais
sofridos pela vítima e sua família.

Já no caso do policial, é preciso avaliar se houve excesso de poder ou uso desproporcional da


força, bem como verificar se ele estava em horário de trabalho ou se agiu de forma contrária
ao que determina a legislação.

Outro ponto, MOTIVAÇÃO: o autor do fato agiu com crueldade, vingança ou outro motivo
reprovável, é possível agravar a responsabilidade dos envolvidos.
No caso da boate, é importante verificar se a empresa tinha conhecimento de que o policial
agia com violência ou se ela própria tinha práticas de segurança inadequadas, o que pode
caracterizar culpa grave e houve porque há uma lista no IPL mostrando que a boate tinha
conhecimento das pessoas armadas no local.

Já no caso do policial, se ficar comprovado que ele agiu de forma cruel ou abusiva, isso pode
agravar a responsabilidade do Estado, já que ele agiu na condição de agente público. Nesse
caso, além da responsabilização civil, pode haver também a responsabilização penal, caso seja
configurado um crime.

Um exemplo é o caso julgado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) no
processo nº 2013.023856-0/0001-9, em que um policial militar matou um jovem dentro de
uma boate. O TJSP entendeu que o policial agiu com excesso e abuso de poder ao utilizar sua
arma de fogo em uma situação que não exigia o uso de força letal, e que a boate tinha
responsabilidade objetiva pelo ocorrido, pois permitiu a entrada de um policial armado no
estabelecimento.

O tribunal determinou que a boate e o policial deveriam pagar indenização aos familiares da
vítima pelos danos morais e materiais causados pelo homicídio. O valor da indenização foi
fixado em R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) para cada um dos réus.

Outro exemplo é o caso julgado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) no
processo nº 0029355-04.2011.8.19.0001, em que um policial civil atirou e matou um jovem
dentro de uma boate. O TJRJ entendeu que o policial agiu com excesso e violência, e que a
boate tinha responsabilidade objetiva pelo ocorrido, pois permitiu a entrada de uma pessoa
armada em seu interior.

O tribunal determinou que a boate e o policial deveriam pagar indenização aos familiares da
vítima pelos danos morais e materiais causados pelo homicídio. O valor da indenização foi
fixado em R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais) para cada um dos réus.

No caso pelo valor terá que ser ajuizado na JUSTIÇA COMUM.

Pediremos JUSTIÇA GRATUITA, a filha trabalha em empresa de automóvel, assalariada e a


viúva informal, não tem renda.

Verificar que além das duas o falecido ainda deixou duas crianças dependes, interessante
colocar na peça.

Acho q os fatos podem ser narrados a partir do que está no IPL.

E, vamos nos falando no caminho da construção da peça.

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