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DISCUSSIVAS (QUESTÃO 3 e 4)
RESPOSTA:
Os tribunais superiores, quais sejam o SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) e
o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF) têm entendimentos próprios a respeito da
caracterização do crime de bagatela.
Para o STJ é preciso de se considerar o custo de um processo, de forma que não se
justifica a persecução penal por valores irrisórios pois o sistema judiciário está sobrecarregado
e não suporta julgar crimes com insignificância penal na conduta, cujo bem jurídico violado é
irrelevante se comparado ao gasto do dinheiro público na punição deste delito, além do fato
de que os infratores acabam retornando à sociedade menos civilizados e mais propensos a
novos delitos.
Já para o STF Supremo Tribunal Federal, para a caracterização da Bagatela deve-se
ter:
1) A mínima ofensividade da conduta, de forma que a mesma não signifique lesão de
impacto na esfera pessoal e econômica da vítima.
2) A inexistência de periculosidade social do ato, ou seja, não representa perigo de
dano relevante a esfera patrimonial e pessoal do indivíduo.
3) O reduzido grau de reprovabilidade do comportamento, como no caso de furto de
alimentos nos quais é notório que a sociedade tende a mitigar a repreensão moral a este tipo
de conduta.
4) A inexpressividade da lesão provocada.
RESPOSTA:
A questão versa sobre o costume como uma das fontes do direito penal.
Na letra (a) a resposta é não, uma vez que a criminalização das condutas está restrita à
tipicidade legais da mesma, sendo por isso mesmo existente a caracterização da atipicidade
quando a conduta não encontra respaldo na legislação, daí advindo o princípio a reserva legal
na qual é privativo à lei a criminalização das condutas.
Quanto à revogação há correntes diversas, sendo que uma defende que sim o costume
pode revogar norma no caso de não ter mais relevância social. Outra corrente, que não pode
revogar, mas que o juiz pode deixar de aplica-la quando não mais desejada no meio social.
Por fim uma terceira via na qual apenas outra lei pode revogar a lei penal.
Em relação a finalidade dos costumes, o mesmo teria como tal, nortear a interpretação
de legislação penal visto que a mesma é aplicada no meio social onde surgem e se
desenvolvem os costumes.
Após ter sido iniciado o cumprimento definitivo da pena por Sílvio, foi editada,
em 23/04/2018, a Lei nº 13.654/18, que excluiu a causa de aumento pelo
emprego de arma branca no crime de roubo. Ao tomar conhecimento da
edição da nova lei, a família de Sílvio procura um(a) advogado(a).
Não é aplicável a lei penal brasileira, pois como o agente é estrangeiro e a conduta foi
praticada em território também estrangeiro, as exigências relativas à extraterritorialidade
condicionada não foram satisfeitas.
é aplicável a lei penal brasileira, pois o caso narrado traz hipótese de extraterritorialidade
condicionada, sendo irrelevante o fato de ter sido o agente absolvido no estrangeiro.
Analisando o dispositivo acima, pode-se perceber que nele não estão inseridas
as espécies de drogas não autorizadas ou que se encontram em desacordo
com determinação legal ou regulamentar.
12.Relacionando as regras de Direito Penal no tempo com problemas práticos
sobre conflito de normas, assinale a alternativa correta. (0.5 Pontos)
A lei excepcional ou temporária não se aplica ao fato ocorrido durante a sua vigência.
Considera-se praticado o crime no momento do resultado, ainda que outro seja o momento
da ação ou omissão, conforme narra a teoria da ubiquidade.
Lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, desde
que ainda não julgados por sentença condenatória transitada em julgado.
A lei penal posterior, que de qualquer modo prejudicar o agente, aplica-se aos fatos
anteriores.
Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime,
cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.