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Agradecimentos

Primeiramente, agradecer ao Senhor, fonte da vida, sabedoria e esperança. Aos colegas, docentes,
amigos e familiares, que de uma forma ou de outra, contribuíram e continuam a contribuir para o
nosso crescimento pessoal e profissional. É sempre uma honra e grande ajuda, principalmente,
para nós, sempre que somos convocados a elaborar uma resenha sobre determinado assunto.

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Dedicatória

Aos familiares, amigos, professores e todo mundo que de alguma forma tem nos ajudado nas
nossas vidas.

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Resumo

O presente trabalho vai discorrer de uma forma sistemática, sobre as origens, fontes ou bases que
sustentam as relações diplomáticas. Com isso, pretendemos elucidar de forma clara, objetiva e
cuidadosa os diferentes documentos que servem de apoio e confirmação jurídica as relações
diplomáticas. Abordaremos, desde uma breve análise do ponto de vista histórico e só depois tratar
sobre as fontes do mesmo, desde os Costumes, passando pelos tratados (onde aparece a
Convenção de Viena Sobre Relações Diplomáticas, que, segundo a doutrina, é a fonte principal),
até chegar às leis internas de cada país.

De realçar, que as mesmas não aparecem enumeradas de forma cronológica.

Palavras chave:

Fontes

Análise histórica

Tratados

Direito Diplomático

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Abstract

The present work will discuss in a systematic way, about the origins, sources or bases that sustain
the diplomatic relations. With this, we intend to elucidate in a clear, objective and careful way the
different documents that serve as support and legal confirmation of diplomatic relations. We will
approach, from a brief analysis of the historical point of view and only after dealing with the
sources of the same, from the Customs, passing through the treaties (where the Vienna
Convention on Diplomatic Relations appears, which, according to the doctrine, is the main source) ,
until reaching the internal laws of each country.

It should be noted that they are not listed chronologically.

Key words:

Sources

Historical analysis

Treaties

Diplomatic right

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INTRODUÇÃO

O desenvolvimento da diplomacia confunde-se com a atividade internacional dos Estados que,


durante séculos, representou sobretudo a consecução dos interesses nacionais, delineada no
âmbito da política externa e executada alhures mediante representações consulares e
diplomáticas.

A diplomacia, desde a mais remota antiguidade, constituiu importante instrumento de promoção


dos interesses dos Estados e se consolidou como relevante mecanismo de solução pacífica de
controvérsias nas relações internacionais. Outrossim, desempenhou importante papel no
desenvolvimento das atividades comerciais, originariamente principal objeto da proteção
diplomática.

O presente trabalho, pretende, a luz das pesquisas sobre o contexto histórico do Direito
Diplomático ou Diplomacia, debruçar de forma sistemática as origens ou fontes do mesmo. Em
primeira instância, mergulharemos sobre suas águas históricas, sendo essa a fonte primordial e,
depois, ponto a ponto, trataremos das fontes convencionais, das quais, a Convenção de Viena
Sobre Relações Diplomáticas destaca-se como a principal e um sobrevoou superficial, sobre as
suas alterações ao longo da história.

1. ANÁLISE HISTÓRICA DA DIPLOMACIA

A análise histórica das fontes diplomáticas seria incompleta se não houvesse uma reflexão, ainda
que breve, sobre a origem da diplomacia de forma geral.

Neste início histórico, encontram-se, embora em um estado embrionário, alguns elementos que
irão caracterizar as futuras relações diplomáticas bilaterais.

Segundo a maioria dos internacionalistas, a diplomacia é tão antiga quanto os povos.

No período correspondente à origem da diplomacia, a mesma respondia à exigência fundamental


das comunidades de regular pacificamente as relações entre elas, sejam comerciais, políticas,
religiosas, militares etc.

Na busca pela paz como valor comum e fundamental para a convivência e, sobretudo, para o
desenvolvimento, nasce uma figura importante: os emissários, os quais parte da doutrina
considera como os antepassados dos diplomatas atuais.

As características típicas eram as de uma diplomacia itinerante, sem regras fixas e pouco
organizada. Com base a essa afirmação, dir-se-ia que a Grécia antiga e a Roma, debateram-se por
longo período, sobre o surgimento da necessidade de estabilidade no processo, e as evidências
concretas só surgiram mais tarde em Roma.

Além do caráter itinerante da missão, outra característica típica desse período é o elemento
sagrado que, segundo alguns, dará origem às imunidades diplomáticas. Enfim, tais características
permaneceram até a Idade Média, quando se tem o testemunho de uma verdadeira revolução no
campo das relações diplomáticas.
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Respondendo a uma profunda exigência dessa época, a diplomacia de itinerante passou a
permanente, contribuindo, assim, para caracterizar a função de paz da missão.

2. FONTES DO DIREITO DIPLOMÁTICO

Como bem observa a doutrina, as fontes do direito diplomático podem diferenciar-se em duas
grandes categorias.

De um lado, há as fontes próprias:

Aquelas que agem diretamente sobre o sistema das normas, criando, modificando e extinguindo
as regras existentes.

Do outro, há as fontes impróprias:

Aquelas que constituem um ponto de referência, para estabelecer a formação, a modificação e a


extinção de uma nova norma, e, também, para verificar qual será, uma vez interpretada
corretamente, o alcance jurídico das normas existentes.

Fazem parte da primeira

categoria:

 os costumes;

 os princípios gerais de

direito;

 os tratados.

Típicas da segunda categoria

são:

 a doutrina;

 a jurisprudência;

Enfim, em âmbito nacional, há as leis internas de cada país.

2.1. OS COSTUMES

A maioria das regras de direito diplomático moderno se formaram progressivamente no período


entre o Renascimento e o Congresso de Viena, datado de 1815, por meio da prática diplomática,
legislativa e jurisprudencial dos Estados Europeus.

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Portanto, a fonte originária de tais normas é de natureza consuetudinária.

O costume internacional, segundo a maior parte da doutrina, é o comportamento uniforme e


constante dos Estados, com a convicção da obrigatoriedade e da necessidade do mesmo.

Os elementos que caracterizam essa fonte são dois:

 A diuturnitas: de natureza material, é a prolongada e


constante reiteração de determinados comportamentos.
 A opinio juris sive necessitatis: de natureza psicológica, é a convicção de cumprir um
preceito jurídico e de servir a uma necessidade social.

A definitiva consolidação dos costumes em matéria diplomática, como observa a doutrina, teve a
contribuição de dois elementos concorrentes:

 De um lado, a rede de convenções bilaterais entre os Estados Europeus e os outros países.


Esses acordos geralmente se remetiam ao “direito das gentes” ou ao “direito internacional
geral”, desenvolvendo, todavia, uma função de especificação, na forma escrita de tal direito,
e, às vezes, até prevendo um tratamento mais favorável em relação ao direito geral
mencionado.
 Do outro lado, tratando-se de disciplina de situações bilaterais perfeitamente simétricas, a
reciprocidade foi um importante elemento na formação das normas costumeiras.

Como observa Salmon (1994), é do interesse de todos os membros da comunidade internacional


que as próprias missões no exterior gozem de um estatuto favorável para o cumprimento
harmonioso de suas funções.

Enfim, como ressaltou a doutrina, o costume tem determinadas vantagens:

 Como a flexibilidade e, consequentemente, a possibilidade de se adaptar facilmente às


mudanças das circunstâncias, na sociedade internacional.

Todavia, o mesmo apresenta alguns importantes inconvenientes:

 Como o fato de ser indeterminado e, sobretudo, a reconhecida dificuldade de comprovação


da própria existência.

2.2. OS TRATADOS

A partir da segunda metade do século XIX, os Estados perceberam a necessidade de procurar algo
que pudesse garantir maior segurança jurídica perante as normas consuetudinárias diplomáticas.

Portanto, o tratado era o instrumento que melhor respondia ao cumprimento dessa tarefa e, ao
mesmo tempo, era capaz de buscar o maior número possível de consentimentos.

Dependendo do número de Estados participantes, os tratados podem ser divididos em duas


categorias:

bilaterais:

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Em relação ao direito diplomático, os tratados bilaterais concluídos pelos Estados têm como
objeto, em primeiro lugar, o estabelecimento das relações diplomáticas e, consequentemente, a
instituição da missão diplomática permanente.

Em segundo lugar, os tratados podem modificar le rang de uma legação para a de uma embaixada
ou, ainda, atribuir à missão de um determinado Estado um tratamento mais favorável em relação
às outras que se encontram acreditadas no território.

Enfim, reconhece-se que, embora numerosos, os tratados bilaterais não têm grande importância
nas fontes de direito diplomático devido à recorrente falta de precisão e de detalhes. De fato, a
maioria deles, em matéria de imunidades e privilégios diplomáticos, se remete aos princípios
geralmente reconhecidos pelo direito internacional.

Multilaterais:

No sistema das fontes de direito diplomático, o acordo pode ser chamado a cumprir uma função
geral e, sobretudo, diferente daquela que estabelece normas que regulam questões particulares
entre dois Estados ou um grupo restrito deles.

Por meio do tratado, as regras que se formaram costumeiramente encontram segurança jurídica
na forma escrita.

Portanto, a função de codificação do acordo pode ser cumprida com base em dois critérios
distintos:

 Declarativo: consiste na formulação escrita das normas consuetudinárias.


 Progressivo: não se limita somente a estabelecer os costumes existentes, mas a
desenvolve-los, levando em consideração as exigências mutáveis da comunidade
internacional.

2.2.1. O REGULAMENTO SOBRE A CLASSE ENTRE OS AGENTES DIPLOMÁTICOS, anexo ao


Tratado de Viena de 1815

Considerado pela doutrina como o marco inicial da obra de codificação do direito diplomático
consuetudinário, este regulamento foi completado pelo Protocolo da Conferência de Aix-la
Chapelle de 21 de novembro de 1818.

Essas convenções regulamentaram apenas o complexo e difícil problema das classes e da


precedência dos agentes diplomáticos, colocando fim às controvérsias e aos incidentes graves
dos séculos passados.

Do Regulamento, que consta de sete artigos, participaram somente oito potências signatárias,
mas a grande influência que elas exerciam na Europa daquele tempo contribuiu para sua rápida
difusão e adoção. Essas convenções, devido à geral aceitação e aplicação, são testemunhos
claros de tratados que geram costumes.

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2.2.2. A CONVENÇÃO DE HAVANA DE 1928 SOBRE FUNCIONÁRIOS DIPLOMÁTICOS

Na América Latina, ao contrário de outros países, não foi difícil chegar à adoção de uma
Convenção sobre direito diplomático. Em 1911, por ocasião da recusa do Código de Direito
Internacional Público de autoria de Epitácio Pessoa, julgou-se preferível providenciar a elaboração
de convenções sobre determinados tópicos, usando os artigos do referido projeto do Código como
base dos trabalhos.

Em 1927, o projeto aprovado pela Comissão Internacional de Jurisconsultos Americanos inspirou-


se no trabalho de Pessoa e, em 1928, por ocasião da Sexta Conferência Internacional Americana,
realizada em Havana, converteu-se na Convenção sobre Funcionários Diplomáticos.

A doutrina ressalta que, embora se trate de uma verdadeira codificação do direito diplomático, a
Convenção em questão se apresenta limitada ao espaço, devido a sua aplicação somente a
alguns Estados americanos.

2.2.3. A CONVENÇÃO DE VIENA SOBRE RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS DE 1961

A Convenção de Viena, de 1961, sobre Relações Diplomáticas constitui, segundo a doutrina, a


fonte fundamental do direito diplomático contemporâneo e configura-se como o instrumento mais
bem sucedido no processo de codificação do direito internacional moderno.

Hoje, a quase totalidade dos Estados da comunidade internacional é parte da referida Convenção.

Essa conquista foi fruto de um enorme esforço dos Estados e, sobretudo, de um longo processo
de elaboração. Iniciou-se durante a Sociedade das Nações, passou pela Comissão de Direito
Internacional das Nações Unidas e chegou à conclusão, em Viena, em abril de 1961. Essa
convenção, passou por vários processos até chegar a sua forma final, a que conhecemos hoje:

1. O insucesso da Sociedade das Nações na tentativa de codificação do direito diplomático:

Em 1924, a Sociedade das Nações, na tentativa de contribuir para a progressiva codificação do


direito internacional, criou um Comitê de expertos encarregados de formular uma lista com as
matérias que poderiam ser objeto de futura codificação. Entre as matérias catalogadas, figurava
aquela dos privilégios e das imunidades diplomáticas.

2. Os trabalhos da Comissão de Direito Internacional das Nações Unidas para a codificação


do direito diplomático:

Em 1949, por ocasião da primeira sessão da Comissão de Direito Internacional, criada pela
Assembleia Geral das Nações Unidas, foi elaborada uma lista de tópicos cuja codificação foi
julgada viável e possível. Entre eles, figuravam as Relações e Imunidades Diplomáticas, embora
não fossem considerados prioritários.

3. A Conferência de Viena de 1961 e a Sucessiva Adoção da Convenção sobre Relações


Diplomáticas:
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A reunião de Plenipotenciários, denominada retoricamente “Segundo Congresso de Viena”, reuniu-
se, no Neue Hofburg da capital austríaca em atenção a um convite formulado pelo governo
daquele país, do dia 2 de março até 14 de abril de 1961, e contou com a presença de oitenta e um
Estados, bem como observadores de várias organizações não governamentais e de agências
especializadas.

4. Os Protocolos Facultativos em Anexo à Convenção de Viena de 1961 sobre Relações


Diplomáticas:

Além do texto da Convenção, a Conferência de Viena adotou uma série de outros instrumentos
diplomáticos:

a. o Ato Final como prova da convocação, da estrutura, dos trabalhos e das conclusões
alcançadas na Conferência;
b. as três Resoluções em anexo ao Ato Final.
c. os dois Protocolos Facultativos:

O Protocolo Facultativo sobre a Aquisição de Nacionalidade:

contém o compromisso de excluir os agentes diplomáticos e as respectivas famílias da aplicação


das normas do Estado acreditado em matéria de aquisição de nacionalidade.

O Protocolo Facultativo sobre Solução Compulsória de Controvérsias:

Estabelece a obrigação de submeter as controvérsias que surgem na aplicação da Convenção à


arbitragem internacional ou à competência da Corte Internacional de Justiça.

A primeira Resolução contém a recomendação aos Estados de renunciar à imunidade diplomática


jurisdicional dos próprios agentes nas questões que não envolvem os interesses da missão. A
segunda manifesta a gratidão da Conferência ao governo austríaco pela hospitalidade recebida.

A terceira e última Resolução remete ao projeto de artigos sobre a diplomacia ad hoc ou missões
especiais a um sucessivo exame pela Comissão de Direito Internacional das Nações Unidas;

2.2.4. A DOUTRINA

Por doutrina, entendem-se as posições dos autores, das sociedades eruditas ou dos órgãos, dos
Estados ou das Organizações Internacionais, que são chamados a formular opiniões jurídicas de
modo independente. A respeito das relações diplomáticas, a contribuição da doutrina, na tentativa
de codificação do direito costumeiro, pode ser dividida em duas categorias:

indivíduos e sociedades eruditas.

Na primeira categoria, antes de tudo, deve ser citado o Projeto de Código de Bluntschli, de 1868.
Esse projeto, dividido em capítulos, trata da teoria da extraterritorialidade, do começo das missões
diplomáticas, dos direitos e obrigações pessoais dos enviados e a finalidade das relações
diplomáticas.

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Na segunda categoria, deve-se, primeiramente, evidenciar a preocupação, na tentativa de
codificação dos costumes diplomáticos, de uma das mais autoritárias sociedades eruditas em
matéria de direito internacional: o Institut de Droit International.

Esses estudos, apesar de não terem passado do estado de projeto, permanecem, ainda hoje, como
uma contribuição muito importante para o direito diplomático, devido às profundas reflexões,
experiências e pensamentos dos seus renomados autores.

2.2.5. A JURISPRUDÊNCIA

A jurisprudência é constituída pelo conjunto das decisões jurisdicionais ou arbitrais, seja nacional
ou internacional.

Em âmbito jurídico, constitui-se em uma fonte, à medida que esclarece os pontos obscuros do
direito diplomático, oferecendo ao intérprete um constante ponto de referência sobre
determinadas questões jurídicas como, por exemplo, o sentido correto ou o justo alcance de uma
norma diplomática e a prova da existência de uma determinada norma em matéria.

As decisões internacionais em matéria diplomáticas são raras, mas aquelas pronunciadas pela
Corte Internacional de Justiça como, por exemplo, o Caso do Direito de Asilo (Colômbia v. Peru) e
o Caso relativo ao Corpo Diplomático e Consular dos Estados Unidos em Teerã (EUA v. Irã)
conservam ainda fundamental importância devido a situações jurídicas resolvidas.

2.2.6. AS LEIS INTERNAS DE CADA PAÍS

As leis internas de cada país são muito importantes por serem indicativas do direito diplomático
em vigor em cada ordenamento jurídico nacional.

A maior parte da doutrina as divide em duas grandes categorias:

 as leis internas de competência exclusiva dos Estados;

Respondendo a uma exigência de competência exclusiva ou domínio reservado, portanto, sem


obrigações previstas pelo direito internacional, os Estados podem livremente determinar o
conteúdo das regras internas.

 as regras internas com finalidade de adaptar o ordenamento jurídico nacional ao


internacional.

Com o objetivo de adaptar o ordenamento jurídico interno ao internacional; portanto, encontra-se


prevista em quase todos os Estados.

As dificuldades dos ordenamentos internos, com relativa responsabilidade internacional,


aumentam no caso dos Estados federais, pois, muitas vezes, a execução dos tratados requerem
competências que são exclusivas dos Estados membros da federação enquanto tratam de
competências legislativas ou executivas em matéria fiscal, imobiliária, civil, de polícia etc.
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Alguns exemplos típicos encontram-se no Canadá, nas províncias de Ontário e Quebec, como: a
aplicação, por lei provincial, de impostos aos locais ou ao pessoal diplomático, a interdição,
através de uma lei provincial, para se abrir uma chancelaria em um determinado endereço etc.

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CONCLUSÃO

No seu passado de grande história a diplomacia era inconsistente e pouco sistemática, ao longo
do tempo, a mesma foi ganhando estabilidade e consistência, fruto de trabalho árduo e
configurações completas de suas fontes, que como vimos, não foi nada fácil. Nos nossos dias, já
são aceitas as fontes diplomáticas pré-estabelecidas ao longo do tempo, com a Convenção de
Viena Sobre Relações Diplomáticas destacar-se como a principal.

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Bibliografia

Vincenzo Rocco Sicari, in As Relações Diplomáticas do Direito Internacional

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