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IMERSÃO Autora: Angela Sirino


Copyright 2018 Autor da Fé Editora
Categoria: Vida cristã Diagramação: Cainã Meucci
Capa: Daniel Gonçalves
Primeira edição – 2018 Preparação e revisão: Nathália Lambert
Todos os direitos reservados. Leonardo Bueno
É proibida a reprodução total ou
parcial sem a permissão Coordenação editorial: Filipe Mouzinho
escrita dos editores.

As citações bíblicas foram extraídas


da edição Almeida Corrigida e Fiel
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APRESENTAÇÃO
Amado(a),

Seja bem-vindo(a) a este mundo fascinante de descober-


tas e desenvolvimento em busca de uma transformação pes-
soal. Ele irá afetar todas as áreas, te conduzindo a uma vida
abundante.

Te convidamos a se entregar por completo a este tempo


de imersão. Que você esteja de coração aberto a fim de cres-
cer em conhecimento, inteligência e sabedoria.

Sabemos que será uma experiência fascinante e singular.


Após esta leitura, você será ainda mais impulsionado a “fa-
zer a diferença” e a inspirar sua geração. Além da leitura,
te convido a passar por um de nossos cursos recheados de
processos terapêuticos e de ferramentas incríveis. Elas te
levarão a desfrutar de um mergulho dentro de si mesmo,
descobrindo quem é você, qual é sua missão e seu propósito
de vida.
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Mais do que se descobrir, você entenderá que pode ir


muito além do que sonha, pensa ou imagina.

Seja bem-vindo(a) a esta maravilhosa leitura.

Angela Sirino
Psicanalista clínica, master coach, escritora, palestrante, pastora e
presidente da ONG Mulheres Fazendo a Diferença. É casada com o
empresário Osmildo Sirino e é mãe de três filhos.
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SUMÁRIO
Introdução..................................................... 9

Capítulo 1
Quem é você?................................................... 19

Capítulo 2
Importância do conhecimento...................... 55

Capítulo 3
Fé, ciência e ação............................................. 75

Capítulo 4
Otimizando seu tempo................................... 123

Capítulo 5
O que paralisa nossas atitudes?................... 145
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Capítulo 6
Desenvolvendo a resiliência........................... 179

Conclusão...................................................... 185
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INTRODUÇÃO
C om certeza você já ouviu a frase “cada um por si,
Deus por todos”. Uma mentalidade um tanto quan-
to egoísta, não é? Essa ideia pode dar certo na teoria, mas
na prática não funciona muito bem. Quem anda sozinho
pode até ir mais rápido, mas nem sempre vai mais longe.
Como diz a Bíblia: “Se alguém quiser prevalecer contra um,
os dois lhe resistirão, o cordão de três dobras não se rompe
com facilidade” (Ec. 4:12).

É mais fácil crescer juntos do que sozinho. Ninguém pre-


cisa puxar o tapete do outro para desfilar na mesma passa-
rela. Há lugar para todos se destacarem. Imagine se pensás-
semos que o sucesso do outro também é o nosso. Imagine se
nossa mentalidade fosse reprogramada para entender que
nossa missão deve ser ajudar, amparar, amar e cuidar do ou-
tro. Imagine se fôssemos um exército de pessoas com esse
pensamento! Seríamos uma potência de sucesso, além de
muito mais felizes.

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I M E R S Ã O

Um dos motivos pelos quais não conseguimos pensar


assim é porque a grande maioria das pessoas não se aceita
como realmente é. Me refiro a você e a mim também. Geral-
mente, pensamos que, se tivéssemos os dons, os talentos e as
qualidades da outra pessoa, tudo seria diferente.

Vamos ainda mais longe: fantasiamos uma vida com pais


diferentes, com outra condição financeira, nos imaginamos
morando em outra casa, em outro país, tendo outros filhos.
Pasmem, mas alguns imaginam que a vida seria muito mais
feliz se fossem casados com outra pessoa.

Infelizmente, muitos buscam uma soma de fatores, si-


tuações e pessoas que consideram perfeitas para a sua fe-
licidade. É comprovado que as pessoas hoje vivem mais na
fantasia e na frustração do que na realidade e no conten-
tamento. Entre os fatores que colaboram para isso estão as
redes sociais e toda a mídia digital. Lá podemos ser quem
sonhamos, e não quem somos na realidade.

Todo esse avanço tecnológico tem também o seu lado


ruim, que afeta todos nós direta ou indiretamente, prin-
cipalmente nossos adolescentes e jovens. Sobre eles existe
uma cobrança exagerada de ser como os outros, parecidos
com os mais populares. São pressionados a viver os mesmos
estilos de vida, se veem compelidos a mostrar isso em suas
redes sociais, contrariando até mesmo os princípios que re-

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A N G E L A S I R I N O

ceberam de seus pais. Quantos se sentem forçados a fazer


coisas com as quais sequer concordam simplesmente para
se sentir parte do grupo?

Todo ser humano é independente da educação que re-


cebeu e tem o “livre-arbítrio”. Assim, fica cada vez mais di-
fícil ajudá-los. Eles ficam à mercê de ensinos, ideologias e
grupos de amizades, acabam se perdendo, esquecem quem
realmente são.

Essa rotina frenética de navegar nas redes sociais e o


ciclo vicioso de pertencer a tantos grupos através de tan-
tos aplicativos, tal como o WhatsApp, sutilmente tende
a mudar nosso pensamento a respeito de quem somos,
bem como nossos objetivos de vida. Somos velhos, adul-
tos, jovens, adolescentes e crianças, todos tendentes a
consumir qualquer tipo de informação que, em grande
parte, rouba nosso intelecto e mina nossa inteligência.
Sem percebermos, nos tornamos meros reprodutores de
pensamentos que, na maioria das vezes, são rasos, com
legendas fracas.

Hoje pensamos algo, amanhã já não concordamos com


a mesma coisa, e assim vai. Passamos horas olhando o
que os outros fazem – ou postam que fazem –, gastamos
tempo investigando quem é mais popular, quem errou ou
acertou, quem pecou ou está santo, quem caiu ou está

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de pé. Seguimos os filhos, o marido ou a esposa uns dos


outros só para dar uma espiadinha na vida alheia. Quan-
do achamos uma suposta “falha”, nós amamos divulgar e
julgar. Também acabamos seguindo muitas pessoas para
sermos seguidos de volta, amamos uma foto com alguém
influente, curtimos aquilo com que muitas vezes nem
concordamos, mas o fazemos para que nossos seguidores
possam aumentar diariamente.

O que acontece é que esse perfil que mostra “quem eu


sou” nas redes sociais parece ser mais importante do que
“quem eu realmente sou na vida real”. Prova disso são as
centenas de pessoas que compram programas que visam
promover sua imagem através de fakes e marketing de
guerrilha com seguidores irreais.

Do dia para a noite, a pessoa consegue milhares de se-


guidores, não por um fato ou evento em si, mas através da
compra da prestação de serviços de inúmeros aplicativos
usados para vender sua imagem como um produto.

A internet tem muitas ofertas de prestação de serviços


para promover a sua imagem. Marqueteiros de plantão ex-
plicam o que deve ou não ser feito para alcançar seu públi-
co-alvo. Vemos anúncios tais como: “Saiba como conquistar
X.XXX seguidores com este método!”.

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O foco não é mais quem somos na íntegra, e sim quem


precisamos ser para alcançarmos nossos objetivos. A meta
é o que devo postar para vender melhor a minha imagem,
que filtro devo colocar, não importa quem realmente eu sou
nos bastidores. O mais importante é me promover e obter
algum tipo de lucro em cima disso. Claro que o que digo
não é generalizado, temos as exceções. Entretanto, a maio-
ria não é de exceções. Quantas pessoas estão perdendo sua
identidade no meio do caminho?

O triste é que, conforme o número de seguidores co-


meça a crescer, as pessoas costumam a deixar de ser
quem são. A identidade enfraquece, os valores passam
a ser transitórios, se tornam escravos do popularismo
virtual e social, viciados em se informarem até sobre o
horário das postagens e sobre o que se deve postar para
obter mais seguidores. Lamentável e triste é a realidade
que vivemos em meio às nossas próprias famílias, ami-
gos, igreja e sociedade. Oremos para que nossa geração,
sejam os adultos, jovens ou adolescentes, acorde e prote-
ja sua identidade, e que eles não sejam um “algoritmo”,
mas eles mesmos, pensadores, intelectuais, formadores
de opinião e célebres influenciadores.

É assustadora a quantidade de pessoas que se encontram


frustradas e decepcionadas, sonhando com uma vida que
não existe e deixando de viver a que lhes foi presenteada por

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Deus. Estão deixando de amar pessoas que realmente são


especiais e importantes para sua felicidade.

Dos clientes que atendo em meu consultório de psica-


nálise clínica, 40% pensam ou já pensaram em morrer, só
não verbalizam a palavra “suicídio”. Uma pesquisa recente
informa que entre 20 a 30% da população brasileira toma
medicação para ansiedade e/ou antidepressivos. Procuram
remédios para cuidar do que é aparentemente físico e vão
à igreja, mas na maioria das vezes se esquecem de cuidar
das suas emoções. Não buscam conhecer quem são e como
podem se organizar emocionalmente. Esquecem-se de que
precisam começar de dentro para fora.

Esse sentimento depressivo com impulso de morte infe-


lizmente afeta a sociedade. Qualquer um pode ser vítima da
depressão: os membros da igreja, nossos amigos e familia-
res, talvez até nós mesmos.

Quando ministro essa mensagem na igreja, pergunto:


“Quem já andou sem destino? Pegou o carro e saiu sem sa-
ber para onde iria. Já teve vontade de dormir e não levantar?
Já teve vontade de desaparecer do mapa? Já sentiu o coração
muito abafado, apertado, com a sensação que iria morrer de
tanta angústia? Já teve crise de ansiedade?”. Mais de 50% do
auditório se manifesta, e isso detecta uma geração cansada
emocionalmente, muitas vezes desmotivada com a vida.

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Não podemos nos esquecer que esse cansaço faz par-


te da nossa jornada aqui na Terra. Está escrito: “Até os
jovens se cansam e se fadigam, os moços caem, mas os
que esperam no Senhor subirão como águias, correrão, e
não se cansarão” (Is. 40:30-31). Não há problema em nos
cansarmos na nossa caminhada, a questão é perder a es-
perança e nossa identidade.

Cada um de nós nasce com um potencial incrível dado


por Deus. Entretanto, a maioria morre sem saber disso e
sem usá-lo. “Tanto morre em vida como morre nas emo-
ções”. Não deixe que a maior das dádivas que temos como
seres humanos, a de emocionar-se, se asfixie dentro de você,
provocando sua morte emocional. Pessoas de oitenta anos
podem ter mais disposição e vitalidade do que pessoas com
vinte. As emoções são responsáveis pela energização dos
nossos órgãos vitais.

Vamos mergulhar em uma maravilhosa jornada em bus-


ca de saber quem é você. Vamos identificar corretamente
o tipo de pensamento que temos a nosso respeito, se está
ajustado ou desajustado. A partir daí, vamos procurar agir
de forma construtiva, na intenção de vivermos a plenitude
da vida abundante que Deus tem para nós.

Esses momentos terapêuticos vividos a partir de agora,


através deste conteúdo, vão te encorajar e te inspirar a viver

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um tempo novo em sua vida. Queremos que você decole,


seja feliz, tenha sucesso e possa expressar tudo isso para as
pessoas que vivem ao seu redor. Que você tenha um estilo
de vida contagiante. Melhor ainda, que você possa ajudar
dezenas, centenas e, quem sabe, milhares de pessoas.

Com certeza você vai parar de enxergar somente o que


deseja ver e fará um mergulho dentro de si mesmo. Recor-
dará momentos vividos em sua existência; passará a enten-
der o adulto que você é, relembrando a infância que você vi-
veu; vai descobrir os seus mecanismos de defesa, que são as
muralhas que nós mesmos levantamos nas nossas emoções
para nos protegermos nos relacionamentos, e que muitas
vezes nos separam das pessoas.

No fim, você vai descobrir que cada luta, decepção ou


crise que viveu trouxe uma grande lição de vida. Você vai
aprender a ressignificar lembranças amargas e dolorosas.
Será mais tolerante consigo mesmo e com os outros.

Você se tornará mais humano, entenderá que nosso su-


cesso passa por uma estrada com muitos problemas, cheia
de vales e montanhas, altos e baixos, e que tudo isso faz par-
te do processo de sermos vencedores. Sua inteligência emo-
cional será aguçada e despertada o suficiente para mudar a
rota de suas atitudes.

Pessoa feridas ferem pessoas.

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Pessoas curadas curam pessoas.

Pessoas amadas amam pessoas.

Pessoas chatas chateiam pessoas.

Pessoas amargas geram amargura nas pessoas.

Quem você é interfere diretamente na vida daqueles que


estão ao seu redor.

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QUEM É VOCÊ?
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C A P Í T U L O 1

QUEM É VOCÊ?

Seja feliz com quem você é. Quem você queria ser talvez não
lhe fizesse feliz.

Existe uma técnica chamada “cuidar da sua própria vida”.


Precisamos conhecê-la e dominá-la profundamente.

D esde pequenos, pouco a pouco, vamos forjando


nossa identidade. Às vezes nos deixamos levar pela
forte personalidade dos outros, até que, no final, consegui-
mos descobrir nossa própria identidade, que será única.
Como cristãos, sabemos o que Deus pensa de nós e temos
consciência do nosso propósito de vida.

Deus investe positivamente em nossa identidade. Ele nos


valoriza e nos impulsiona a viver e a crer no melhor desta
terra, e ainda nos faz sonhar com lugares altos aonde pode-
mos chegar. Ele, em sua Palavra, se revela a nós como um
Pai incrível, como um Deus que nos ama de forma extraor-
dinária, e como um impulsionador para gerar projetos ex-
traordinários em nós e através de nós.

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Leia o que diz a sua Palavra: “Antes que Ele nos formasse
ainda no ventre de nossa mãe, ele nos consagrou, nos san-
tificou e nos deu por profeta as nações” (Jr. 1:5). Esse é um
dos textos mais lindos da Bíblia, porque fala não só de um
chamado, mas do propósito de Deus para mim e para você.

Antes que eu e você existíssemos, Deus já nos conhe-


cia e tinha um projeto para nós. Talvez alguns de nós não
tenhamos sido planejado pelos pais, mas saiba que fomos
todos planejados por Deus! O verso mencionado diz “te
consagrei”. Em outras versões, consta “te santifiquei”. Con-
sagrar é dedicar-se a Deus, e santificar é se separar para o
uso exclusivo Dele. É como se Ele estivesse dizendo: “Eu te
separei para ser exclusivamente meu! Jeremias, você nas-
ceu com o propósito de ser o meu profeta, a minha voz
para as nações!”.

Deixe-me te dizer uma grande verdade: existem pessoas


que são separadas por Deus desde o ventre materno para
fazer a Sua vontade. Podemos ser reis, profetas, levitas ou
sacerdotes. Isso significa que, dentro do ministério chama-
do profissão (aquela que eu tiver aqui na Terra), seremos
usados para a glória do Senhor. Portanto, ser chamado, se-
parado e santificado não é apenas ser pastor ou cantor, mas
é ser um administrador, um terapeuta, um médico ou um
advogado cheio de Deus. Meu marido costuma dizer que
Ele o disfarçou de empresário bem-sucedido para alcançar
pessoas para o Reino de Deus e, através de sua vida, exalar o
bom perfume de Cristo.

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Só para completar essa linha de raciocínio da nossa iden-


tidade vista aos olhos de Deus, Ele quer fazer em nossa vida
infinitamente mais do que pensamos ou pedimos. Ele quer
nos levar a viver muito além do que podemos pensar ou so-
nhar (Ef. 3:21, 1 Co. 2:9). Imagine onde chegaríamos se nos
enxergássemos como Deus nos vê.

Não estamos convictos de quem nós somos, por isso a


dúvida, a insegurança, o desânimo, o medo e os pensamen-
tos negativos tentam gerar dentro de nós uma sensação de
decidir crer que “existimos sem existir.”

Uma série de pensamentos tentam nos dirigir a um vazio


interior, uma solidão aterrorizante. Muitos de nós vivemos
rodeados por outros, em meio a um aglomerado diário de
pessoas, porém nos sentimos vazios e solitários.

Interessante é que, mesmo nos considerando cristãos,


podemos também viver uma crise existencial. As pergun-
tas que insistem em nos incomodar durante esse período
de crise de identidade são: “Quem sou eu? Qual o propósito
da minha vida? O que o futuro me reserva? Como fundarei
minha existência? Que legado deixarei?”.

Passamos por várias crises ao longo de nossas vidas. Isso


nem sempre é algo negativo. Se soubermos viver esse mo-
mento respaldados pela Palavra de Deus, com certeza enten-
demos que tudo pode contribuir para o nosso crescimento.
Na verdade, as crises de identidade podem nos ajudar a en-

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I M E R S Ã O

contrar o caminho correto para fortalecer a nossa persona-


lidade e formar uma imagem segura de quem nós somos.

A adolescência é considerada uma fase difícil, talvez a


mais complicada de um ser humano, pois é quando a crise
de identidade se agrava. Nessa fase, cada adolescente está
procurando seu próprio “eu”. Geralmente ele se rebela con-
tra tudo e todos, fala mal das pessoas e se deixa levar pelas
amizades. Tudo isso tem uma explicação lógica, que é pro-
curar quem ele realmente é!

Os pais, no fundo, são parte desse problema, princi-


palmente se vivem no contexto religioso, com doutrinas
legalistas baseadas na lei, na culpa e na intolerância, e
não na graça. Eu que o diga! Somos muito cobrados a ser
perfeitos, não admitimos falhas em nós mesmos ou em
nossos filhos.

Sofremos mais pela crucificação de terceiros do que


pela compreensão da fase que eles atravessam. É claro
que também sofremos pela tentativa de compreender o
que eles estão vivendo e pelo medo de que, nessa fase,
sobrevenham sobre eles problemas que possam compro-
meter o seu futuro.

Se não entendermos o que está acontecendo com os


nossos filhos na adolescência, a crise irá se agravar. Con-
tudo, se tivermos paciência, preparando os nossos filhos
antecipadamente de uma maneira apropriada, a crise po-
derá ser amenizada.

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Entenda que não existe educação 100% perfeita. Não há


como não nos decepcionarmos com os nossos filhos, pois
eles não irão suprir todas as nossas expectativas, e não
adianta nos culparmos. Cada escolha é individual.

Não se culpe se você faz parte do processo da crise de


identidade na formação dos seus filhos. Todos nós quebra-
mos a cabeça e nos decepcionamos, e eles irão passar por
caminhos semelhantes aos nossos. Oremos para que Deus
os guarde e para que eles possam ter uma experiência pes-
soal de conversão com Cristo.

Geralmente, a crise de identidade mais forte aconte-


ce por volta dos 15 anos. Nessa fase, eles não estão sufi-
cientemente seguros de quem são, mas acreditam estar,
e começam a testar suas asas para ver se realmente estão
crescendo. Sua curiosidade sobre o mundo irá incluir dú-
vidas das quais nós, como pais, não iremos gostar, e con-
flitos serão muitas vezes inevitáveis.

Essa crise de identidade da adolescência acontece justa-


mente pelo fato de que o adolescente nos testa. Ele está se
vestindo de uma forma diferente da que ensinamos porque
está tentando experimentar outras identidades, o que pode
deixar os pais muito chocados e preocupados. Eu que o
diga! Quantas vezes já me senti frustrada, decepcionada e
fracassada na educação dos meus filhos? Quantas vezes me
perguntei onde errei? Não pelo fato de ter tido decepções
grandes com os meus filhos, mas pelo fato de não com-
preender o porquê de tamanha curiosidade em conhecer

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outras coisas para definir e sanar a crise existencial de cada


um deles.

Foi então que senti Deus ministrar no meu coração a


seguinte dúvida: “Onde ele havia errado na educação de
Adão?”. Pois Adão e Eva tiveram uma crise de identidade
para provar se o que Deus havia falado realmente proce-
dia ou não. Apesar de serem filhos de Deus e educados pelo
Criador, falharam e decepcionaram o Pai. Essa ideia me traz
consolo. Não podemos nos esquecer de que o ser humano
tem o livre-arbítrio, o poder da decisão.

Voltando à crise de identidade do adolescente, nós, pais,


ficamos preocupados se essas novas mudanças podem ter
o risco de ser permanentes, não somente uma experiência
temporária, que é o que acontece na maioria dos casos. Mui-
tos adolescentes usam roupas inapropriadas, cabelo bagun-
çado e se enchem de tatuagens, procurando experimentar
papéis diferentes daqueles que aprenderam em casa.

Precisamos entender que essa geração é muito tendente a


esses experimentos, faz parte da rápida evolução que a ciên-
cia trouxe sobre nós. O problema do adolescente e do jovem
moderno pode se agravar quando ele não vê bons exemplos
em casa. Mas se o seu lar for fortalecido com exemplos fir-
mes e constantes de amor e ensino, com certeza eles volta-
rão às suas origens.

Quando a crise de identidade acontece na fase adulta, por


volta dos 40, os estragos são maiores. Acontece com muitos

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adultos, visto que se privaram de sonhos e fizeram tantas re-


núncias ao longo da vida: muitos se casaram bem cedo, outros
viveram problemas financeiros na juventude. De repente, eles
se perguntam sobre o que fizeram da vida. Bate uma vontade
meio desesperadora de recuperar “a juventude que ficou para
trás”, e muitos se perdem em uma crise, não sabem nem por
que vivem esse momento, o que fazer e como sair dele.

Quando a crise de identidade acontece na adolescência, ela


costuma ser aceita, pois é compreensível que o jovem está ape-
nas um degrau a mais do que uma criança. Mas quando a crise
acontece por volta de 40 anos, nós agimos como se fôssemos
jovens desvairados: temos vontade de experimentar a vida que
achamos que havíamos perdido. Esses períodos de crise exis-
tencial não devem nos assustar, embora saibamos que eles
podem ser assustadores. No entanto, devemos saber que,
em algumas ocasiões, eles são necessários para continuar-
mos construindo nossa verdadeira identidade.

Nossa oração hoje é para que esses períodos instáveis não


durem muito tempo.

“Eu preciso estar disposto a abandonar o que sou para me


tornar o que eu quero ser”.

“Há duas maneiras de viver a vida: a primeira é vivê-la


como se os milagres não existissem, a outra é acreditar que
tudo é um milagre.”
(Albert Einstein)

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Acho essas duas frases de Albert Einstein fantásticas. Elas


podem nos fazer repensar nossa atitude em relação à vida!

Geralmente, nos consideramos vítimas de tudo o que


nos acontece. Acreditamos que não temos a capacidade de
influenciar o destino e, às vezes, o que percebemos como
negativo nos angustia de tal forma que não conseguimos
identificar a beleza da vida e as oportunidades que ela nos
traz. Por isso, se somos medrosos, ansiosos ou tímidos,
precisamos estar dispostos a abandonar esses vícios do
nosso eu que são prejudiciais para buscar nos tornarmos
aquilo que queremos ser.

O medroso não tem ausência de medo, apenas apren-


deu a enfrentá-lo. Não há luz sem escuridão, não há
alegria sem tristeza, não há coragem sem medo, nem
força sem fraqueza. Quando conhecemos quem somos,
nossos defeitos e qualidades, podemos ter inteligência
emocional e sabedoria para minimizar defeitos e poten-
cializar qualidades. Veja só outros pensamentos do gê-
nio Albert Einstein:

“Você não é um fracassado enquanto não parar de tentar”.

“O mundo que criamos é um processo do nosso pensamento


e não pode ser mudado sem mudarmos o nosso pensamento.”

Agora, para fechar com chave de ouro, veja o que a Bí-


blia afirma:

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A N G E L A S I R I N O

“Assim como você pensa na sua alma, assim você é.”


Provérbios 23:7

Você é o que acredita ser! A Bíblia diz isso, e a ciência


também afirma o mesmo. Nossos pensamentos são alta-
mente poderosos, tanto que são capazes de transformar a
nossa vida positiva ou negativamente, porque nossas atitu-
des são reflexo de nossos pensamentos.

Observe que tipo de pensamentos você vem cultivan-


do. Quem você acredita ser? Quais são seus pensamentos
diários? São positivos? Se sim, que maravilha! Você está
no caminho certo. Mas se a sua vida não está sendo sa-
tisfatória, comece a rever os seus pensamentos e mude-
-os. Eles são a chave para que suas realizações aconteçam.
Nós temos o poder de nos engrandecer ou diminuir em
arrogância ou prepotência!

A Física Quântica já constatou que nossos pensamentos


podem influenciar quem somos e quem nos tornamos. A
Bíblia afirmou isso há milhares de anos. Portanto, se você
pensar que é uma pessoa feliz, capaz e realizada tanto pro-
fissional quanto pessoalmente, será capaz de criar essa rea-
lidade para você!

Você passará a ver as coisas que acontecem contigo


como aprendizado. Entenderá por que Paulo, um homem
cheio de Deus, já ensinava isso e via tudo sempre tra-
balhando para o seu bem. Lembre-se do famoso verso

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I M E R S Ã O

bíblico: “Tudo coopera para o bem daqueles que amam a


Deus.” (Rm 8:28).

A PNL (Programação Neurolinguística) frisa sobre a


ideia de que o que imaginamos influencia aquilo que nos
tornamos. Consequentemente, priorizar em nossa vida a
adequação de nossos pensamentos para o correto e positivo
nos ajudará a criar a vida que tanto sonhamos viver. Isso é
uma verdade científica e bíblica.

Construir a essência da nossa identidade está cada vez


mais complexo, porque o nosso mundo é carregado de in-
formações, estímulos e mensagens contraditórias ao que
aprendemos. São constantes os bombardeios de ideologias
sem fundamento e publicações absurdas que, querendo ou
não, envolvem nossas mentes. Ficamos sobrecarregados
com tanta informação. Sutilmente, pouco a pouco, diaria-
mente, cada pessoa vai se construindo. Nossa identidade
pessoal é um castelo que construímos através dos ensinos
recebidos em nosso lar durante toda a infância, através da
educação escolar, dos ensinos ministrados em nossa co-
munidade religiosa e de tudo o que vivemos no ambiente
em que crescemos.

A partir de agora, vamos mergulhar na jornada de saber


“quem é você”.

Mergulhar é a ação ou efeito de imergir(-se), é o ato ou


resultado do processo de mergulhar, a submersão. E esse é

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A N G E L A S I R I N O

justamente o nosso objetivo, pois iremos mergulhar em


nós mesmos, em nossa identidade.

Quem é você? Quais são os pensamentos que você tem


a respeito de si mesmo? Quais são suas maiores qualida-
des? Quais são seus maiores defeitos? Qual é o propósito
de sua vida? Qual nota, de zero a dez, você mereceria?
Por quê?

Vamos fazer uma análise. Responda essas perguntas a lápis:

1 - QUEM É VOCÊ?

Eu sou _________________________________________

Eu sou _________________________________________

Eu sou _________________________________________

Ainda investigando suas emoções, responda:

2 - O QUE VOCÊ TEM?

Eu tenho _________________________________________

Eu tenho _________________________________________

Eu tenho_________________________________________

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I M E R S Ã O

3 - QUEM É VOCÊ? ONDE VOCÊ DESEJA CHEGAR?


QUAL É O SEU PROPÓSITO DE VIDA?

Eu quero _________________________________________

Eu quero _________________________________________

Eu quero _________________________________________

Se você respondeu a primeira pergunta sobre quem você


é, com seu nome, filiação, estado civil, tamanho da família,
endereço e/ou profissão, isso significa que, por enquanto,
sua mente está como um arquivo de dados cadastrais, como
os que ficam registrados nos arquivos de qualquer empre-
sa. Até o Google deve saber sobre esses dados. Entenda que
você é muito mais do que um cadastro no banco de dados
de um computador. Você é uma pessoa especial, com qua-
lidades magníficas. Você é importante para muitas pessoas,
traz sentido e motivação à vida de muitos...

Vamos refazer esse questionário. Vou te dar uma mãozinha.


Em cada item abaixo, escreva sobre você. Pode ser sobre seus
pontos positivos ou negativos, afinal de contas, estamos em
descoberta de quem é você.

1 - QUEM É VOCÊ? EM CADA ITEM, DIGA SEUS


PONTOS FORTES E FRACOS.

Eu sou ___________________________________________

Eu sou ___________________________________________

Quando conhecemos quem somos, já estamos dando o pri-


meiro passo para mudarmos para melhor. Se na pergunta dois

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A N G E L A S I R I N O

você respondeu coisas como: eu tenho uma casa, um carro, uma


empresa, uma carteira de trabalho, etc., saiba que essas informa-
ções estão na declaração do seu imposto de renda e também no
Senhor Google. Só para te lembrar, você é muito mais do que isso,
e o seu valor não está no que você tem, mas sim no que você é.

Responda novamente:

1 - QUEM É VOCÊ?

Eu sou ___________________________________________

Eu sou ___________________________________________

Eu sou ___________________________________________

2 - O QUE VOCÊ TEM?

Eu tenho ___________________________________________

Eu tenho ___________________________________________

Eu tenho ___________________________________________

3 - QUEM É VOCÊ? ONDE VOCÊ DESEJA CHEGAR?


QUAL É O SEU PROPÓSITO DE VIDA?

Eu quero ____________________________________________

Eu quero ______________________________________________

Eu quero ______________________________________________

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I M E R S Ã O

“Diz, como o homem pensa no seu coração, e assim ele é...”


Provérbios 23:7a

Talvez você tenha encontrado uma lista de defeitos, erros


e falhas na sua identidade interior e esteja carregado de cul-
pa, remorso, condenações e traumas. Mas não seja tão duro
consigo mesmo.

Devemos trabalhar na nossa mente e trazer ressignifica-


ção às lutas que passamos na vida para analisarmos nossas
crenças limitantes. Precisamos entender qual parte da nossa
alma precisa ser reformada.

Sobre os que te rodeiam, quem essas pessoas dizem que


você é?

O QUE SEUS PAIS DIZEM SOBRE VOCÊ?


_________________________________________________________
________________________________________________________

SEU CÔNJUGE OU NAMORADO(A)?


_________________________________________________________
________________________________________________________

SEUS MELHORES AMIGOS?


_________________________________________________________
________________________________________________________

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A N G E L A S I R I N O

ELES ESTÃO CERTOS?


_________________________________________________________
________________________________________________________

Se os pensamentos a seu respeito forem muito negati-


vos, não se esqueça de que “pessoas feridas ferem, e pessoas
curadas são instrumentos de cura”. Isso é só para te dizer
que nem sempre o que dizem a nosso respeito é 100% real.
Por isso, é muito importante saber quem realmente somos e
estarmos firmados em nossa identidade, construída de for-
ma correta e alicerçada na Palavra de Deus, sempre visando
construir uma pessoa melhor.

Todo ser humano tem conflitos

Quando analisamos uma família numerosa, geralmen-


te ouvimos o filho mais velho reclamar que foi muito co-
brado, o caçula reclamar que foi muito mimado e que
acabou ficando com o resto das coisas, e o filho do meio
se sente esquecido, sem posição de destaque. Veja que
ninguém escapa das comparações, das vitimizações. São
poucos os que consegue se sentir amados, admirados, ta-
lentosos e especiais. Uns reclamam de falta de amor, ou-
tros reclamam de excesso. Poucos acreditam que foram
amados de forma equilibrada.

Os conflitos gerados entre pais e filhos são assustadores.


Entenda que isso, de fato, acontece muito. Nem todos es-
ses conflitos têm legitimidade, muitos são fantasiosos, e por
mais que os nossos pais tenham sua parcela de erro, preci-

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I M E R S Ã O

samos entender que eles aprenderam a ser pais com seus


próprios filhos, e a maioria não se prepara para isso. É óbvio
que irão errar em algumas coisas e acertar em outras, er-
ram tentando acertar.

Acho fantástica a afirmação do filosofo Bert Helling: “Os


nossos pais nos deram o que ninguém poderia nos dar: a
vida. E nos deram o suficiente para chegarmos até aqui:
cuidado, segurança, alimentação, carinho, educação e ensi-
namentos. Olhar com amor para eles exatamente como são
significa “tomá-los” (honrá-los). Devemos aceitá-los como
são, reconhecê-los como grandes e nos reconhecermos
como os pequenos, pois essa relação traz ordem ao sistema.
Nós crescemos, tomamos a sua força e seguimos para a vida.
Quem não aceita seus pais como são, ou sente que não rece-
beu o suficiente deles terá muita dificuldade em seguir o seu
caminho, crescer e aprender”.

Claro que temos casos assustadores de pais desequilibra-


dos e abusivos. Porém, de uma maneira geral, precisamos
entender que filhos não são iguais, e o tratamento também
não deve ser.

O amor é o mesmo, ou pelo menos deveria ser. Quando


digo que os filhos não devem ser tratados iguais, me refiro
à diferença por causa do temperamento de cada um e da
linguagem de amor particular. Por exemplo, uma das lin-
guagens de amor da minha filha primogênita é passear no
shopping, ainda que seja para olhar vitrines. Ela ama comer
doces e sentar tomar para café em algum lugar chique e re-

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quintado. Ama fotos, ama ser presenteada com joias, roupas


e bolsas de grife. Gosta de estudar assuntos da faculdade,
aprecia se envolver com pessoas e causas sociais.

Minha filha do meio, minha princesa, não gosta muito


de shopping, a menos que possa ter um tempo para visitar
as livrarias. Se você for presenteá-la no dia do aniversário,
não escolha roupa, bolsa ou sapato: dê livros. Ela é amante
de livrarias e bibliotecas, ama se envolver com tudo que está
ligado à cultura. Docinhos geralmente são bem-vindos na
época da TPM. Ela gosta de Fini e ama pipoca. Gosta de
tomar energético e, se deixar, ela quer viver no seu mundo,
isolada no meio de muita leitura e busca de conhecimento.

Meu caçula gosta de jogos, comida e pipoca. Costuma


deitar do meu lado só para assistir a um filme, gosta de ficar
em casa. Muitas coisas são peculiares da idade atual, pois ele
é um pré-adolescente.

Compartilhei tudo isso apenas para você entender que


seus pais te amam e sempre irão te amar, ainda que do jeito
deles. Na caminhada da vida, famílias talvez não saibam se
expressar porque não entenderam a sua linguagem de amor,
ou talvez foram feridos e estão inconscientemente machu-
cados, dando aos filhos aquilo que receberam. Todos os pais
erram tentando acertar, “inclusive eu”.

A culpa, o medo e a imagem errada de quem somos nos


levam a atitudes que podem ser negativas, que muitas ve-
zes não correspondem àquilo que realmente somos. Quan-

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tas coisas nós já fizemos a fim de sermos aceitos, apesar de


não querermos?

E como se forma a imagem a nosso respeito?

Pelo ambiente onde nascemos, vivemos, crescemos e tra-


balhamos. Ouvimos histórias, aprendemos com o exemplo, e
tudo isso vai nos formando. Quem já ouviu: “Se você apanhar
na rua e não bater de volta, apanha aqui em casa de novo”? Ou
ainda, quem sabe, você já ouviu a seu respeito: “Oh pessoa da
natureza ruim”, e cresceu acreditando que você é uma pessoa
ruim, e às vezes a pessoa que disse isso usou o termo “natureza
ruim” por não saber falar corretamente, querendo dizer que
você é uma pessoa de temperamento “mais forte”.

Quantos, na sua infância, ouviram palavras como: “Pra-


ga, leso, burro, manteiga derretida, nenhum homem/mu-
lher vai te aguentar, esposa/marido nenhum vai suportar
viver com você, desajeitado, sonso”.

Recordo-me de uma paciente cuja mãe dizia: “Por que


você não morreu, em vez da sua irmã, quando era crian-
ça?”. Infelizmente, essa palavra tão dura fez com que ela de-
senvolvesse uma rejeição assustadora, não apenas por parte
materna, pois se sentia rejeitada por todos.

Outra paciente tinha o costume de usar uma lente de con-


tato verde ou azul, e certa vez eu a vi com os olhos naturais,
que são castanhos. Ela ficou desconcertada e sem graça,
como se não quisesse me olhar nos olhos. Eu estranhei e, no
decorrer da conversa, ela me disse que usava lente azul por

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A N G E L A S I R I N O

que perdeu uma irmã gêmea que era muito parecida com
ela, porém de olhos azuis. Toda vez que sua mãe a apre-
sentava a outras pessoas, dizia que a menina tinha uma gê-
mea que faleceu na infância e que era mais bonita, por ter
olhos azuis. Aquela mulher cresceu e se tornou adulta, mas
a criança permanecia dentro dela, e ela achava que os olhos
azuis a fariam mais bonita, talvez mais aceita. Ledo engano.

Antigamente, quando apreciava o modelo de um sapato,


eu tinha mania de comprar, no mesmo dia, dois ou três pa-
res iguais. Não conseguia entender o porquê disso, foi então
que me lembrei que, quando eu era criança, minha mãe me
deu o apelido de “pé de ferro”. Eu peguei trauma de estragar
sapatos, até descobrir que a minha forma inconsciente de
guardar sapatos que eu gostava tanto vinha disso. De fato,
como o ser humano pensa em seu coração, assim ele vai
agir, de acordo com aquilo que ele pensa a seu respeito.

Quantas coisas que não queremos fazer realizamos sim-


plesmente porque não temos segurança em nossa identida-
de? Quantas pessoas usam máscaras, parecem um camaleão
mudando de cor de acordo com a circunstância em que es-
tão? Quantas pessoas têm extrema baixa autoestima, lem-
brando-se de tudo de ruim que já ouviram? A mente traz
lembranças e palavras que deveriam ser esquecidas.

Nós nos esquecemos de que também ouvimos palavras


que ajudaram a construir a nossa imagem. Ouvimos: “Lin-
dinha, fofura, dengo da mamãe, princesa, filho lindo, mara-
vilhoso, cara do pai, é tão linda como a mãe...”.

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I M E R S Ã O

É só você pensar bem que, com certeza, encontrará na


sua mente palavras e frases maravilhosas, que de certa for-
ma contribuíram para construir a nossa imagem. Infeliz-
mente, temos dificuldade em lembrar daquilo que foi bom,
mas facilmente nos lembramos do que foi ruim. Todos nós
temos uma criança interior no nosso eu, todos temos um
passado resolvido ou não. Eu te pergunto: ainda há muitas
lembranças que você traz a memória? Elas te ajudam a su-
perar os problemas ou te deprimem? Elas te encorajam ou te
amedrontam, te impulsionam ou te paralisam? Ou será que
você traz na memória palavras e frases que te escravizaram,
que te paralisam e atrapalham até hoje? Você precisa desco-
brir o potencial que Deus colocou em você! Lembre-se de
que o nosso coração é um depósito de lembranças boas e
ruins. Escolha selecionar as boas.

Responda:

1- QUAL FOI O ELOGIO MAIS FASCINANTE QUE


VOCÊ OUVIU NA SUA VIDA?

Elogio:
_________________________________________________________
________________________________________________________

Período da vida:
_________________________________________________________
________________________________________________________

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2 - QUAL FOI O FATO OU EVENTO MAIS FORMIDÁVEL


QUE VOCÊ VIVEU? O PIOR E O MELHOR.

O PIOR:

Na infância
_________________________________________________________
________________________________________________________

Na juventude
_________________________________________________________
________________________________________________________

Na fase adulta
_________________________________________________________
________________________________________________________

O MELHOR:

Na infância
_________________________________________________________
________________________________________________________

Na juventude
_________________________________________________________
________________________________________________________

Na fase adulta
_________________________________________________________
________________________________________________________

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3 - VOCÊ TEVE DIFICULDADE DE SE LEMBRAR?


__________________________________________________________

4 - QUAL FOI O ÚLTIMO ELOGIO QUE VOCÊ


RECEBEU DO SEU CÔNJUGE? QUANDO? __/__/_____
_________________________________________________________
________________________________________________________

5 - QUAL FOI O ÚLTIMO ELOGIO QUE VOCÊ


RECEBEU DE SEUS FILHOS? QUANDO? __/__/_____
_________________________________________________________
________________________________________________________

6 - QUAL FOI O ÚLTIMO ELOGIO QUE VOCÊ


RECEBEU DE UMA PESSOA AMIGA? QUANDO?
__/__/_____
_________________________________________________________
________________________________________________________

Diante de tudo que você respondeu acima, analise a si


mesmo.

7 - O QUE ACONTECEU DE RUIM ERA REALMENTE


TÃO GRAVE? AFETA SUAS ATITUDES NO PRESENTE?
________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________

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A N G E L A S I R I N O

8 - O QUE ACONTECEU DE BOM INFLUENCIOU


ALGUMA DE MINHAS ATITUDES NO PRESENTE?
ESCREVA SOBRE ISSO.

_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________

9 - COMO VOCÊ SE COMPORTA DIANTE DAS


CRÍTICAS QUE RECEBE?
_________________________________________________________
________________________________________________________

10 - COMO VOCÊ SE COMPORTA DIANTE DOS


ELOGIOS? VOCÊ OS CELEBRA? VOCÊ SE COBRA
DIZENDO: “ATÉ QUE ENFIM”? OU VOCÊ EXPRESSA
QUE NÃO ACREDITA NO QUE A PESSOA DISSE,
ACHANDO QUE ELA ESTÁ APENAS TENTANDO
TE AGRADAR?
_________________________________________________________
________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________

Após responder tudo, volte para a primeira pergunta e se in-


vestigue, perguntando: “Por que eu faço assim? Por que penso
assim?”. Pergunte-se até encontrar uma origem e explicação
para as suas atitudes. Isso te ajudará a se compreender e a ter
uma mudança, se for necessária. Lembre-se do meu caso de

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I M E R S Ã O

comprar muitos pares do mesmo sapato. Descobri que minha


“mania” era, na verdade, uma atitude incoerente, inadequada
e acionada por um gatilho emocional de algo que vivi e me
marcou na infância. O adultério repetitivo pode “parecer algo
comum” quando a pessoa viveu vendo isso de uma forma tran-
quila em sua família durante um tempo de sua vida.

Pessoas que não sabem quem são e não resgatam sua


identidade têm alguns problemas no decorrer da caminha-
da. Os mais comuns são:

1 - Vivem a vida presos às emoções e sentimentos, são


governados pelo momento, pela alegria ou pela tristeza,
e vivem uma vida cheia de altos e baixos emocionais. São
inconstantes, não olham a razão e o óbvio;

2 - Vivem como um camaleão. São inconstantes e inseguros.


Adequam-se a qualquer ambiente ou situação para se sentirem
parte do grupo. Inclusive, fazem uso de bebidas e drogas,
além de manter outros vícios;

3 - Não têm vontade e opinião própria. Do tipo “Maria vai


com as outras”;

4 - Vivem atrás de profecias. Consultam os signos, gurus,


cartomantes, etc.

5 - Vivem imitando outras pessoas e trocam de herói


constantemente;

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6 - Apresentam compulsão por comida, roupas, comprar


e afins;

7 - São arrogantes e orgulhosos;

8 - Cometem tolices, afastam as pessoas de si, não constroem


relacionamentos sólidos porque se acham melhores e
mais inteligentes do que os outros. Consideram sua verdade
absoluta;

9 - Se tornam seletivos, só se relacionam com quem


acham conveniente;

10 - São fortes candidatos à depressão e ao isolamento.

Para finalizar o capítulo, vamos fazer mais uma análise


pessoal:

1. QUEM VOCÊ É NA ESSÊNCIA?

Quais são as emoções e sentimentos que te guiam?


_________________________________________________________
________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________

Quais são suas motivações e medos?


_________________________________________________________
________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________

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O que inspira você?


________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________

Qual frase te define?


_________________________________________________________
________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________

Quais são os seus sonhos?


_________________________________________________________
________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________

2. O QUE TE FAZ FELIZ?

O que faz você se sentir feliz e realizado?


_________________________________________________________
________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________

Quando se sente assim?


_________________________________________________________
________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________

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3. QUAL O SEU PROPÓSITO DE VIDA?

O que te faz levantar todos os dias para ir trabalhar?


_________________________________________________________
________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________

O que te motiva a viver?


_________________________________________________________
________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________

4. QUAIS SÃO OS SEUS DONS E TALENTOS?

O que eu tenho de melhor?


_________________________________________________________
________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________

Quais habilidades fazem você se destacar?


________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________

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5. QUAIS SÃO OS SEUS PONTOS DE MELHORIA?

Quais são as crenças, comportamentos e atitudes limitan-


tes que sabotam meus resultados?
_________________________________________________________
________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________

O que você está fazendo para melhorar isso?


_________________________________________________________
________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________

6. ONDE E COMO VOCÊ QUER ESTAR DAQUI A


CINCO OU DEZ ANOS?

Local:
_________________________________________________________
________________________________________________________

Vida social:
_________________________________________________________
________________________________________________________

Vida ministerial:
_________________________________________________________
________________________________________________________

Trabalho:
_________________________________________________________
________________________________________________________

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Família:
_________________________________________________________
________________________________________________________

Suas atitudes estão caminhando para que você alcance


seus objetivos?
_________________________________________________________
________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________

7. QUAIS SÃO AS MINHAS PRINCIPAIS CONQUISTAS?

O que eu conquistei que me traz orgulho?


_________________________________________________________
________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________

Quais são os resultados que eu conquistei até aqui?


_________________________________________________________
________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________

Meus resultados contribuíram para melhorar o mundo?


_________________________________________________________
________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________

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8 - SOU RECONHECIDO EM MINHA VIDA? EM


QUAIS ÁREAS?
_________________________________________________________
________________________________________________________

_________________________________________________________
________________________________________________________

_________________________________________________________
________________________________________________________

_________________________________________________________
________________________________________________________

9 - COMO SOU VISTO PELAS PESSOAS AO MEU


REDOR?

Sou respeitado, querido e amado por minha família, amigos,


cônjuge?
_________________________________________________________
________________________________________________________

_________________________________________________________
________________________________________________________

_________________________________________________________
________________________________________________________

_________________________________________________________
________________________________________________________

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10. QUAL LEGADO QUERO DEIXAR PARA O


MUNDO?

O que eu quero deixar para o mundo?


_________________________________________________________
________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________

Qual é a minha herança? Como eu quero que as pessoas


se lembrem de mim quando eu não estiver mais aqui?
_________________________________________________________
________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________

E aí, gostou de se conhecer um pouco mais? Essas per-


guntas são maravilhosas, não é mesmo? Responda e faça seu
próprio feedback, potencializando os seus resultados. Você
é uma pessoa incrível e pode ir muito além do que imagina.

Amo uma canção da Jamily que é muito conhecida. Ela


nos preenche de fé, coragem e esperança. Veja:

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I M E R S Ã O

Acredite, é hora de vencer


Essa força vem dentro de você
Você poder até tocar o céu se crer
Acredite que nenhum de nós
Já nasceu com jeito para super-herói
Nossos sonhos a gente é quem constrói
É vencendo os limites
Escalando as fortalezas
Conquistando o impossível pela fé
Campeão, vencedor
Deus dá asas, faz teu voo
Campeão, vencedor
Esta fé que te faz imbatível
Te mostra o teu valor

Acredite que nenhum de nós


Já nasceu com jeito para super-herói
Nossos sonhos a gente é quem constrói
É vencendo os limites
Escalando as fortalezas
Conquistando o impossível pela fé

Campeão, vencedor
Deus dá asas, faz teu voo
Campeão, vencedor
Esta fé que te faz imbatível
Te mostra o teu valor

Tantos recordes
Você pode quebrar

5 2
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A N G E L A S I R I N O

As barreiras
Você pode ultrapassar e vencer

Campeão, vencedor
Deus dá asas, faz teu voo
Campeão, vencedor
Esta fé que te faz imbatível
Te mostra o teu valor
Campeão, vencedor
Deus dá asas, campeão, vencedor
Esta fé que te faz imbatível
Te mostra o teu valor

Sugiro que você adicione essa canção à sua playlist. Ou-


ça-a constantemente, pois ela te ajudará a reprogramar sua
maneira de pensar e agir.

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DO CONHECIMENTO
IMPORTÂNCIA
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C A P Í T U L O 2

A IMPORTÂNCIA
DO CONHECIMENTO

Ministério Fazendo a Diferença

“Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um


autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas
ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É
agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida”.
(Augusto Cury)

“O meu povo padece por falta de conhecimento.”


Oséias 4:6

O conhecimento é necessário para a evolução, o su-


cesso, a proteção e a vitalidade do ser humano em
qualquer área de sua vida. A partir dele podemos nos tornar
pessoas mais sábias e inteligentes.

Você sabe quem você é? Se conhece de verdade? Sabe os mo-


tivos por trás de algumas de suas atitudes? Conhece a origem
de seus medos, inseguranças e ansiedades? Sabe o porquê de

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I M E R S Ã O

algumas atitudes, tais como ter o costume de começar algo e


não terminar? Consegue entender o que desengatilha algumas
reações, sejam elas boas ou ruins? Sabe onde elas tiveram início
e como acabar com elas? Sabe por que você recrimina algumas
atitudes em outra pessoa e não entende o motivo?

Por exemplo, eu acho um absurdo uma pessoa chegar à minha


casa e abrir a minha geladeira. Vejo como uma atitude desrespei-
tosa, deselegante e folgada! Se eu visitar a casa de alguém, jamais
faria isso! Para aquele que abre a geladeira na casa de alguém,
esse comportamento pode ser normal. Abordei uma amiga que
fazia isso, e ela disse que não se importaria caso alguém abrisse
sua geladeira. Ela considera essa pessoa prática e bem resolvida.
Ela disse que pensa que quem o faz está se sentindo à vontade.

Para uma pessoa, uma determinada atitude pode soar


como algo tranquilo, enquanto para outra a mesma ação soa
como algo absurdo. Por que isso acontece?

Gosto de uma frase que eu acho ser fundamental para


entendermos isso: “Nunca julgue o adulto que eu sou sem
primeiro saber a criança que eu fui” (autor desconhecido).

A personalidade e o modo de se comportar de um ser


humano adulto é o resultado de ensinos, regras, cultura
e dogmas que lhe foram impostos durante as fases de seu
crescimento. Soma-se ainda a genética, o temperamento, as
crenças limitantes e as experiências vividas, sejam elas boas
ou ruins. Diga-se de passagem, nos tornarmos adultos é
uma transformação bastante exigente. Requer compromis-

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so, responsabilidade e determinação. Recordo-me de quan-


do uma das minhas filhas, ao iniciar a jornada do ensino
médio com 14 anos, me disse assustada: “Mamãe, não é fácil
ser adulta, a gente precisa entender isso muito rápido” (ri-
sos). Pura verdade!

Ser um adulto saudável não é uma tarefa fácil, espe-


cialmente se levarmos em consideração como está sen-
do formada a sociedade atual. Nota-se que é cada vez
mais comum conhecermos adultos que não amadurece-
ram. Quando atendo algumas pessoas em meu consul-
tório, percebo que vários mais parecem crianças feridas
que habitam em corpos de adultos, tenham eles 25, 35
ou 60 anos de idade. Também vemos crianças vestidas de
adulto, mas que têm pouco amadurecimento emocional.

Embora não seja uma regra absoluta, é comprovado cienti-


ficamente que as experiências vividas na nossa infância podem
influenciar na maneira como lidamos com os relacionamentos
posteriores, bem como na leitura das coisas que acontecem ao
nosso redor. Essa leitura que faremos posteriormente é funda-
mental para nossas vidas. Afinal de contas, já diziam que “tudo
depende dos olhos de quem vê” (autor desconhecido).

De fato, em determinada situação, alguém pode pensar es-


tar sendo perseguido e vitimizado, enquanto outra pessoa na
mesma situação enxerga uma possibilidade de crescimento e
aprendizado. A Palavra de Deus diz: “A lâmpada do corpo são
os olhos. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz.
Se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em
trevas.” (Mt 6:22-23).

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I M E R S Ã O

A visão fisiológica funciona como defesa para o corpo,


ou seja, quem tem uma boa visão dificilmente cairá em
abismos. A visão interna, através da alma, discerne o bem
do mal, o certo do errado e ajuda na prevenção de doenças
emocionais. Uma visão doentia, porém, não permite que o
indivíduo enxergue seus próprios defeitos, suas limitações e
suas possibilidades de mudança visando o crescimento.

As experiências vividas em nossa infância e adolescência, te-


nham sido elas boas ou ruins, afetam nossa qualidade de vida
quando somos adultos. Também exercem influência em como
trataremos os nossos filhos, cônjuges, amigos e colegas de tra-
balho, e afetam a forma como lidamos com as adversidades.

Precisamos entender que a estrada da vida não é toda


plana, ou seja, essa estrada tem montes e vales. Ninguém
tem uma vida sem problemas, sem dificuldades, sem lutas
e sem aborrecimentos. É um engano acharmos que deve-
ríamos ser isentos de problemas pelo fato de sermos cris-
tãos. Engana-se quem pensa que na jornada da vida com Cris-
to só encontraremos flores, gramados verdes, alegria e paz. Na
própria Palavra vemos: “No mundo tereis aflições” (João 16:33).
Ele não nos prometeu vida fácil e tranquila, mas prometeu es-
tar ao nosso lado e nos garantiu que sempre seremos vitorio-
sos. Não são poucos os avisos na Palavra de Deus: “Esforça-te
e tem bom ânimo” (Mateus 14:27), “Se a mim me perseguiram,
também perseguirão a vós” (João 15:20), “Não temas que eu te
ajudo” (Isaías 41:13), e assim por diante. Jesus venceu o mun-
do, e nós, com Sua presença sempre conosco, também iremos
vencê-lo. Mas o que fazer diante das crises, lutas e pro-
blemas? Algumas opções sempre estarão diante de nós:

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1 - Agiremos reproduzindo os mesmos comportamentos


que conhecemos, como uma espécie de bate e volta;

2 - Nos entregaremos à depressão e ao isolamento, fugindo


dos possíveis conflitos;

3 - Agiremos diferente, tentando ressignificar os fatos


ocorridos no passado, buscando forças para crescer e
vencer diariamente, sendo exemplo de superação.

Precisamos entender que não podemos voltar ao passa-


do e mudar o que aconteceu conosco. Mágoas, amargura
e depressão são sentimentos que possivelmente sondaram
nossas vidas como resultado de um passado traumático.
Entretanto, podemos nos DEPRIMIR, ou podemos SUPE-
RAR. Depende de cada um de nós. Muitas pessoas sofrem
de traumas emocionais que podem afetar as suas vidas de
forma negativa, como acontece, por exemplo, com a Pertur-
bação de Stress Pós-Traumática (PSPT).

Um trauma emocional está ligado a qualquer lembrança


que desencadeie, consciente ou inconscientemente, atitudes
atuais que tenham efeitos negativos duradouros no indiví-
duo, afetando os seus relacionamentos. Pode ser um evento
passado ou muito atual. Pode ter acontecido várias vezes,
ou apenas uma vez. Pode ter-lhe acontecido diretamente,
ou a pessoa pode ter sido uma mera testemunha, isto é, ter
visto acontecer a outra pessoa. Tudo isso afeta nosso nível
de satisfação na vida e abala nossa autoestima. Por falar nis-

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so, vamos fazer um teste bem simples. Pontue de 0 a 10, em


ordem crescente, com base em sua própria vida. Vamos lá:

TESTE EMOCIONAL

1. Você tem pesadelos sobre coisas que lhe aconteceram


ou que observou no seu passado?
_________________________________________________
_________________________________________________

2. Você tem flashbacks (imagens ou sensações) de


acontecimentos traumáticos passados como se estivessem
acontecendo agora?
_________________________________________________
_________________________________________________

3. Você tem reações impulsivas (em gatilho) em relação a


pessoas, lugares ou experiências desencadeadas por
recordações do passado?
_________________________________________________
_________________________________________________

4. Você evita coisas que te lembram acontecimentos


traumáticos?
_________________________________________________
_________________________________________________

5. Você se afasta das pessoas devido a sentimentos de


ansiedade, insegurança ou medo?
_________________________________________________
_________________________________________________

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6. Você tem a tendência de ficar insensível ou de obstruir


suas emoções?
_________________________________________________
_________________________________________________

7. Você sente um medo intenso, raiva ou outros sentimentos


negativos sem motivo aparente?
_________________________________________________
_________________________________________________

8. Você tem dificuldade em concentrar-se?


_________________________________________________
_________________________________________________

9. Você está constantemente alerta para situações que lhe


possam acontecer?
_________________________________________________
_________________________________________________

10. Você tem problemas de memória ou dificuldade no


raciocínio na hora de resolver problemas?
_________________________________________________
_________________________________________________

Some os pontos e os divida por 10. Por exemplo, se tota-


lizou 75, dividindo por 10 terá 7,5.

Se dividíssemos 10 em três partes iguais, a avaliação seria


mais ou menos assim:

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3,3 = Poucos traumas


6,6 = Muitos traumas
9,9 = Traumas extremos

Você encontrará uma porcentagem referente ao quanto


os traumas afetam o seu estado emocional. Esta é uma sim-
ples avaliação que te fará mexer na sua memória, trazendo
algumas lembranças que talvez devam ser tratadas. Lembre-
-se que todos nós carregamos marcas nas nossas emoções.

Nossas emoções são uma combinação de manifestações


que acontecem em nossas mentes e em nossos corpos. Quan-
do as emoções tóxicas são reprimidas e não recebem trata-
mento, elas viram doenças psicossomáticas. O que não vira
palavra se transforma em doença. Todos nós sabemos, ou
deveríamos saber, que a soma de quaisquer tipos de senti-
mentos e pensamentos negativos, incluindo situações mal re-
solvidas, geram problemas ainda maiores do que somente o
estresse. É comprovado que afeta também nossa saúde física.

E como isso funciona? Muito simples: acumulamos


dentro de nós tudo aquilo de que deveríamos nos livrar.
Acumulamos estresse, preocupações, sentimentos negati-
vos, enfim, tudo o que não deveríamos guardar. Isso gera
a tal falada somatização. Você concorda comigo que, se
seu corpo está com algum problema, ele deveria encontrar
uma forma de te avisar? Isso envolve o sistema muscular,
o sistema respiratório, o sistema cardiovascular, dentre
outros. Apesar de mudar de pessoa para pessoa, a soma-

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tização é explicada cientificamente. Raiva, tristeza, medo


e uma série de emoções tóxicas causam alterações no or-
ganismo, liberando ou inibindo a produção de substâncias
como adrenalina, cortisol e serotonina.

Quando a pessoa fica durante muito tempo submetida


a uma situação que gera emoções tóxicas, ela desencadeia
mudanças no sistema nervoso autônomo, responsável
pelos batimentos cardíacos, pela temperatura corporal,
pela digestão, pela respiração e pela sexualidade. Além
disso, provoca mudanças no sistema endócrino, que pro-
duz uma série de hormônios, e no sistema imunológico,
responsável pela defesa do organismo. Desse modo, a ba-
gunça no corpo começa e os sintomas aparecem. O local
escolhido depende da herança genética de cada pessoa. O
indivíduo tende a somatizar nas áreas do corpo que estão
mais fragilizadas ou já tiveram um problema no passa-
do. Por isso precisamos, sempre que for necessário, fa-
zer uma limpeza em nosso lixo interior, livrando-nos do
que pode nos trazer danos maiores. Precisamos nos amar
mais e resolver nossos conflitos interiores para que nosso
corpo e nossa mente não façam a somatização, gerando
possíveis doenças.

A Bíblia e as doenças psicossomáticas

A Bíblia também fala sobre as doenças psicossomáticas e


sobre a importância de cuidar de nossas emoções. Vejamos
alguns textos logo a seguir.

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1 - “Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas e que


tenhas saúde, assim como vai bem a tua alma” (3 João 1:2).

Observe as palavras grifadas, pois elas representam as


suas emoções.

2 - “Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns


pelos outros, para que sarareis; a oração feita por um justo
pode muito em seus efeitos” (Tiago 5:16). Observe as pala-
vras grifadas: confessai equivale a falar de seus problemas;
culpa está relacionada às suas falhas e erros, os sentimen-
tos tóxicos originados de situações que afloram esse gatilho
emocional; e a Palavra diz que, ao falar sobre seus proble-
mas e reconhecê-los, você irá sarar.

Psicólogos, psicanalistas, psiquiatras e tantos outros estu-


diosos da alma humana usam outras palavras para contex-
tualizar esse verso. Veja só:

CONFESSE = Fale, faça virar palavra.

CULPA = Sentimento que gera um sintoma e, possivelmente,


uma doença emocional e física.

PARA QUE SARAREIS = Cura.

“O que não vira palavra vira doença.”

3 - “O coração alegre serve de bom remédio, mas o espírito


abatido virá a secar os ossos” (Provérbios 17:22). Observe as
palavras: ALEGRIA = saúde, ABATIMENTO = doença.

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4 - “Assim o meu coração azedou, e sinto picadas nos meus


rins” (Salmo 73:21, Bíblia Anote). Já na versão Almeida
Atualizada, substituiu-se a palavra azedou por amargura, e
rins por coração. São emoções tóxicas que adoecem a alma
e o corpo.

5 - “Favo de mel são as palavras suaves: doces para a alma


e saúde para os ossos” (Provérbios 16:24). Acho que o grifo
dispensa comentários, não é?

O corpo físico é um reflexo das emoções, crenças e pensa-


mentos. Sempre que algo não vai bem, o corpo encontra um
meio de sinalizar que há um problema. É assim que surgem
as doenças e dores emocionais.

De um simples resfriado a um câncer terminal, as doen-


ças são manifestações do inconsciente, que precisa sinalizar
questões internas mal resolvidas. Por isso os versos bíbli-
cos citados acima enfatizam tanto sobre a importância das
emoções positivas, pois emoções desordenadas levam ao
desequilíbrio emocional e desencadeiam doenças. É im-
portante compreender as causas emocionais associadas aos
problemas de saúde e identificar o que a doença está sinali-
zando para, assim, mudar os comportamentos e encontrar a
cura para o problema.

Vejamos as principais causas emocionais das doenças:

Alergias: aparecem naqueles que estão sempre ner-


vosos e irritados com as atitudes das outras pessoas.

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Se você tem alergias, procure ser mais calmo e com-


preensivo com aqueles que o rodeiam.

Anemia: está relacionada à falta de confiança em si


mesmo.

Doenças respiratórias: se desenvolvem em pessoas


que sempre estão desesperadas, correndo, e que gos-
tam de fazer tudo ao mesmo tempo.

Artrite: está associada à mania de perfeição. Pessoas


muito insistentes e críticas tendem a desenvolver este
problema.

Asma: complexo de culpa e repressão de emoções


(ex: engolir o choro).

Problemas na bexiga: aparecem em pessoas que


ficam guardando suas dores.

Bulimia: ódio de si mesmo e crença de não ser bom


o suficiente, desejo do corpo perfeito, ligada à baixa
autoestima.

Câncer: associado a ressentimentos profundos; falta


de perdão.

Problemas na coluna: geralmente aparecem em pes-


soas que gostam de fazer tudo sozinhas.

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Doenças do coração: desenvolvidas por pessoas que


não vivem do amor e da felicidade.

Problemas na gengiva: os dentes estão associados à


família e, em geral, pessoas que se responsabilizam
por todas as decisões familiares são propensas a ter
problemas nas gengivas.

Dores: estão associadas à culpa e ao medo de ser


punido.

Problemas digestivos: estão relacionados à dificulda-


de de assumir novas ideias e experiências.

Doenças do fígado: são apresentadas por pessoas que


acumulam raiva e rancor.

Problemas na garganta: associados ao medo das mu-


danças, dificuldade de falar o que pensa e frustração.

Gastrite: se manifesta em pessoas que guardam os


problemas apenas para si, são introvertidas e demons-
tram uma falsa calma e tranquilidade.

Problemas no joelho: inflexibilidade, ego inflado e


medo de mudanças.

Obesidade: insegurança.

Problemas nas pernas: medo de enfrentar as coisas


novas do dia a dia.

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Doenças nos pés: dificuldade em compreender a si


próprio.

Retenção de líquidos: intuição forte que não é


respeitada.

Problemas nos rins: acúmulo de mágoas, tristeza


e dores.

Tumor: feridas antigas que não foram curadas.

Úlcera: medo de não ser bom o suficiente.

Varizes: associadas à incapacidade de aceitar as con-


dições que lhe são impostas.

Essa lista pode nos ajudar a nos libertarmos de senti-


mentos que nos fazem adoecer. Você viu que a Palavra de
Deus também nos mostra que emoções mal resolvidas tra-
zem doenças para o corpo.

Vamos fazer uma rápida avaliação para descobrirmos se


temos um perfil psicossomático?

Responda as afirmações somente com “sim” ou “não”.


Anote suas respostas:

1 - Às vezes choro sem conseguir entender exatamente o


motivo.
____________

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2 - Consigo disfarçar muito bem quando estou com raiva.


____________

3 - É fácil para os outros perceberem quando estou feliz.


____________

4 - Às vezes me pego sonhando acordado(a).


____________

5 - Não tenho dificuldade para nomear aquilo que sinto.


____________

6 - É bom “fantasiar” um pouco sobre as coisas.


____________

7 - Gosto de conversas objetivas e diretas.


____________

8 - Frequentemente fico confuso(a) sobre qual emoção


estou sentindo.
____________

9 - As pessoas mais próximas de mim têm dificuldade de


entender como me sinto.
____________

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10 - A raiva é o sentimento mais frequente em minha vida.


____________

11 - Acho que é uma perda de tempo ficar me perguntando


sobre o porquê das coisas.
____________

12 - Quase não sonho quando durmo.


____________

Agora conte quantos “sim” e quantos “não” você respondeu.

S I M ________________________

NÃO ________________________

Se o resultado da subtração do maior valor pelo menor for:

Até 3 pontos: Seu perfil não se parece com o de pes-


soas que sofrem de doenças psicossomáticas. Você pro-
vavelmente é o tipo de pessoa que está em sintonia com
suas emoções.

De 4 a 5 pontos: Você tem alguma dificuldade de iden-


tificar ou nomear as suas emoções. Isso pode resultar em
algumas manifestações físicas. Aprender a identificar e dar
vazão ao que sente o ajudará a não sofrer desconforto físico
diante de problemas que são, na verdade, mais de origem
psicológica do que biológica.

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6 ou mais pontos: Ao que tudo indica, você tem muita di-


ficuldade para entender o que se passa em seu íntimo, de no-
mear suas emoções e de admitir o que sente. Seu corpo pro-
vavelmente mostra sinais de desgaste diante de tanta emoção
reprimida. Recomenda-se procurar ajuda especializada.

(Fonte: Edição 2037 da Revista Veja).

O processo de cura está dentro de nós e pode ser alcan-


çado por meio da compreensão de nossa própria história de
vida. Um dos caminhos mais eficazes para se proteger das
doenças psicossomáticas e preencher os vazios emocionais é
o desenvolvimento da inteligência emocional, ou seja, pre-
cisamos aprender a cuidar das nossas emoções para termos
uma vida equilibrada e saudável. Entretanto, dominar nossas
emoções é algo que precisa ser trabalhado dia a dia. Quantas
vezes tomamos decisões equivocadas, sem pensar, por pres-
sões ou ansiedades? Quantas pessoas ferimos com palavras e
atitudes, nas mesmas circunstâncias emocionais, cujas conse-
quências dificilmente foram restauradas?

As emoções são forças poderosíssimas e, muitas vezes,


determinantes de uma vida. A Palavra de Deus fala da im-
portância dos sentimentos humanos e nos exorta a termos
sabedoria e conhecimento para controlarmos nossas emo-
ções. Deus prometeu dar-nos descanso, paz e liberdade por
nossas cargas emocionais. Cristo promete descanso para
aqueles que estão cansados e oprimidos (Mt 11:28). O Es-
pírito Santo nos ajuda a controlar as emoções, cultivando o
fruto do Espírito (Gl 5:22-23).

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Aprender a controlar as nossas emoções é algo que deve ser


trabalhado em nossas vidas todos os dias. Para alcançar esse
objetivo, existem fundamentos que devem estar presentes:

Intimidade com Deus: A partir do momento em que


abrimos o nosso coração e deixamos que o Pai nos conforte,
nunca mais seremos os mesmos. Sua confiança é facilmente
influenciada por Sua Palavra e pelo Seu Poder, então já não
importa mais o que está por vir, pois a sua confiança deve
ser a de que Ele fará Sua perfeita vontade em sua vida.

Domínio próprio: Deus nos deu um espírito de domínio


próprio porque sabe que precisamos disso para podermos
viver em santidade e crescer espiritualmente. Como lemos
em 2 Tm 1:7: “Porque Deus não nos deu o espírito de temor,
mas de fortaleza, e de amor, e de moderação”.

Deus nos chama a fazermos mudanças em nossas vidas,


para termos nossas emoções restauradas a fim de que flo-
resçam. Nem sempre a culpa é dos outros. Peça para Deus
te ajudar a identificar os problemas emocionais em sua vida
e suas causas. Se pecar, confesse ao Senhor e receba o seu
perdão! Se sente rancor ou amargura, peça que ele te ajude
a perdoar! Se sofre de ansiedade, confie que o Pai está no
controle de sua vida!

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FÉ, CIÊNCIA E
AÇÃO
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C A P Í T U L O 3

FÉ, CIÊNCIA E AÇÃO

“Examinai todas as coisas, retende o que é bom.”


1 Tessalonicenses 5:21

A palavra “examinar” tem o mesmo significado de es-


tudar, explorar, investigar, observar ou analisar algo
atentamente e detalhadamente.

Alguém certa vez disse: “Um texto fora do contexto é pre-


texto para heresias”. De fato é. Imagine se pegássemos esse
verso e interpretássemos assim:

Examinai a novela e retende o bem.

Examinai a pornografia e retende o bem.

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Examinai uma literatura macabra e retende o bem.

Seria um raciocínio absurdo e ofensivo para a nossa fé cris-


tã. Até porque o contexto Bíblico onde o verso se encaixa é
bem claro: “Examinai tudo. Retenha o que é bom. Abstende-
-vos de toda a aparência do mal. E o mesmo Deus de paz vos
santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, se-
jam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de
nosso Senhor Jesus Cristo.” (1 Tessalonicenses 5:21-23).

Citei esse verso pois, neste capítulo, vamos estudar a fé e


a ciência caminhando em parceria. Falar sobre a ciência da
Psicologia e de fé é uma associação polêmica.

Quando estudei psicanálise clínica, passei por crises, pen-


sei em desistir, me assustei com alguns tópicos, fiquei brava,
lia muitas coisas absurdas e várias vezes quis argumentar
com um dos meus professores, que era um pastor batista.

A frase que ele mais me dizia era: “Angela, estude, leia, exa-
mine tudo e retenha só o que for bom. Existem coisas que você
vai aprender aqui que serão fundamentais para te ajudar a fim
de obter resultados eficazes quando você for cuidar de pessoas”.

Ele sabiamente dizia que em todas as áreas havia princí-


pios e conceitos que iam contra a nossa fé, mas pediu que eu
tivesse senso critico para aproveitar o que era bom. A Psico-
logia e a Psicanálise tratam de assuntos das nossas emoções
e como elas afetam nossas mentes e corpos. A Psicologia

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pode ser um bom auxiliar ao ministério pastoral por se es-


pecializar no lado emocional.

O psicólogo e o psicanalista ajudam as pessoas a lidar


com questões mentais, emocionais e relacionais. Podem
dar conselhos para termos bons relacionamentos com ou-
tras pessoas e ajudar a superar traumas. Também podem
ajudar a diagnosticar problemas mentais e de aprendiza-
gem, além de indicar tratamento adequado. Muitos psicó-
logos trabalham também com pessoas que precisam fazer
escolhas importantes, como a carreira que seguirão, e estes
profissionais as ajudam a definir melhor o que querem e
gostam de fazer.

“Bem-aventurados os que buscam conselhos.”


(Provérbios 15:22)

Os psicólogos e psicanalistas utilizam muitas técnicas


para ajudar as pessoas. Nem todas são compatíveis com a
Bíblia, por isso é importante entender bem o que vai acon-
tecer antes de aceitar fazer uma terapia (1 Tessalonicenses
5:21). Sugiro que procure um profissional cristão.

Mas a verdade é que uma fé que está firmada e é madura


não se deixa abalar por ideias e conhecimentos humanos.
A verdade é que, se você conhece Jesus de verdade, enxerga
tudo ao seu redor a partir da perspectiva Dele! Dessa forma,

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você consegue examinar tudo e reter o que é bom, o que vai


ser útil para ajudar o próximo.

A questão é que Deus criou o homem e a sua psique. Eu


creio que Ele é o criador de tudo, e porque Ele fez tudo, Ele é o
maior cientista de todos! As pessoas precisam de saúde emo-
cional, todos nós precisamos entender que, da mesma forma
que cuidamos de nosso corpo e espírito, precisamos cuidar de
nossa alma! Precisamos de psicólogos, psicanalistas e psiquia-
tras cristãos, de bom senso, para que nossa sociedade melhore.

A Bíblia nos encoraja a termos a mente de Cristo: Sua


visão espiritual, Seus valores e Sua submissão à vontade do
Pai. Sem a mente de Cristo, certamente não saberemos reter
o que é bom. Examinar tudo não significa guardar tudo e
acreditar em todas as ideologias; esse verso te ensina a pen-
sar e a exercer senso crítico.

Vamos iniciar uma linda jornada analisando, estudando e


escrevendo um filme maravilhoso, chamado “Minha vida res-
taurada para florescer”. Lembre-se de que, para obtermos um
maravilhoso resultado final, possivelmente teremos que reedi-
tar algumas cenas em nossa mente e teremos que colocar me-
nos (ou mais) emoções em algumas partes do enredo. Enfim,
vamos olhando, analisando, tirando ervas daninhas, regando
aqui, podando ali, e logo esse belo jardim estará completamen-
te restaurado e florescendo. Atenção: Fé, ciência e ação.

Ops...! Mas o correto não é luz, câmera e ação? Sim, mas


vamos adequar algo aqui:

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1- LUZ = FÉ

Jesus é a luz do mundo. A luz elimina a escuridão, tor-


na tudo visível e nos permite ver o caminho. Jesus ilumina
nossos corações e nos revela o pecado e a salvação, Ele nos
mostra o caminho para Deus. Isso só se explica pela FÉ. Luz
e fé estão intimamente ligadas uma à outra.

Nós também podemos ser luz para o mundo. Somos fi-


lhos de Deus, por isso vivemos na luz e podemos mostrar
Cristo ao mundo através de nossas atitudes.

Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue nunca


andará em trevas, mas terá a luz da vida.” (João 8:12).

Acho muito forte esta frase: “Pregue o evangelho em todo


tempo. Se necessário, use palavras” (São Francisco de Assis).

Dentro do contexto emocional de sermos restaurados para


florescer, sugiro que nos deleitemos neste verso bíblico que está
no Salmo 18, versículo 28: “Tu, Senhor, manténs acesa a minha
lâmpada; o meu Deus transforma em luz as minhas trevas”.

As situações em que nos encontramos como seres hu-


manos não são totalmente claras para nós. Ficamos pare-
cendo peixes fora do aquário. Muitas vezes nos encontra-
mos sem liberdade e sem saber o caminho a seguir. Nós
realmente não entendemos todos os atos da vida nem

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onde realmente estamos no universo, muito menos o que


de fato devemos fazer.

Resumidamente, somos como lâmpadas sem chama, per-


didas no escuro e sem saber que direção seguir.

Não é o ideal, mas acontece. Deveríamos ter tido alguma


chama em nossas lâmpadas, mas nós as apagamos há muito
tempo. Perdemos a capacidade de ver nossas situações pelo
que elas são. Perdemos nossa capacidade de iluminar a direção
diante de nós e encontrar o nosso caminho. Agimos como se
soubéssemos o caminho, mas apenas tropeçamos na escuridão.

Nós precisamos de ajuda. Do lado de fora e ainda mais


da ajuda de cima.

Precisamos de alguém ou algo para reavivar nossas lâm-


padas. Alguém que tenha a visão do todo, que consiga en-
xergar o que está em oculto, que nos mostre o que não con-
seguimos enxergar. Nada melhor que o Pai Celeste para nos
trazer essa luz através da nossa vida de intimidade com Ele e
da meditação em sua Palavra. Por isso o salmista diz: “Man-
tém acessa a minha lâmpada”. O pedido é do salmista, mas
não podemos nos esquecer de que manter a lâmpada acesa
é uma atitude de decisão própria, individual.

“Transforma em luz as minhas trevas” (v. 28b). Que coisa


linda! Só Ele pode clarear nosso caminho, trazendo luz para
não tropeçarmos em pedras ou cairmos em despenhadeiros.

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A N G E L A S I R I N O

Portanto, o primeiro passo para fazer o extraordinário


filme da nossa vida é a luz. Depois, câmera e ação. Ops,
deixe-me reforçar algo aqui, afirmando um conceito da
programação neurológica dentro de nossos princípios
cristãos: fé, câmera e ação significam, respectivamente, fé
naquele que nos fortalece (Fl. 4:13) e mantém a minha luz
acesa (Is 60:1 e Sl 119:105), me guiando pelo caminho pelo
qual devo andar (Sl 71:17). Quem anda com Ele andará na
luz (1 Jo 1:7). Essa receita nos levará a uma vida de sucesso
em todas as áreas. Acho que você concorda, não é?

Vejamos adiante se os outros aspectos estão alinhados ao


nosso raciocínio.

2 - CÂMERA

É usada para projetar uma imagem, seja de alguém, de algo,


de um objeto, de uma paisagem ou de um caminho. A partir
das imagens colhidas, podemos fazer uma análise daquilo que
é visto e planejar novos ângulos, mudar as cenas, melhorar a
aparência, traçar metas, objetivos e destinos e programar um
novo enredo para o filme de nossa vida.

Perceba que a câmera está intimamente ligada à luz. A


câmera funciona como se fosse um tipo de espelho refletin-
do a imagem de quem somos. Através da câmera podemos
congelar a nossa imagem e nos analisar friamente.

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I M E R S Ã O

Uma câmera nos lembra um filme. Nossa vida é compa-


rada a um filme no qual somos o protagonista. Portanto,
façamos desse filme, que é a vida, uma história com fortes
emoções, grandes experiências e várias lembranças (sejam
elas boas ou ruins). As boas a gente celebra; com as ruins,
aprendemos. Em breve poderemos dizer: missão cumprida
e final feliz, apesar dos problemas, lutas e dores.

Gostaria de finalizar este tópico com este verso bíblico: “Mas


todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a
glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na
mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (II Co 3.18).

“Com rosto descoberto e refletindo como um espelho”.


Isso quer dizer: sem máscaras, sem maquiagem, sem filtro,
sem aplicativos que melhoram nossa aparência, mas sim
com transparência, mostrando a nós mesmos quem real-
mente somos. Isso descreve de uma forma coloquial o que
vem a ser um rosto descoberto, sincero, transparente.

Esse texto nos revela a importância do espelho. Mas caso


ele falte, a câmera desempenha muito bem essa função. A
Palavra de Deus adverte que nós devemos resplandecer
como astros no mundo. “Para que sejais irrepreensíveis e
sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração
corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros
no mundo.” (Filipenses 2:15). Todos sabem que os astros não
têm luz própria. Do mesmo modo, o cristão, como um espe-

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A N G E L A S I R I N O

lho, depende da luz do Senhor para brilhar. Por isso mesmo


precisamos refletir a glória de Deus.

Podemos dizer que esse verso se encaixa perfeitamente


na comparação que fizemos com os três passos para iniciar
a gravação do filme mais especial que já vimos, a história
da nossa vida, que talvez jamais seja escrita em uma revista,
um livro, ou até mesmo jamais será transmitida como um
belo filme nas telas de uma televisão.

Nossa vida, apesar dos altos e baixos – sendo uma histó-


ria de suspense, ação, comédia ou drama –, daria um lindo
livro, ou quem sabe um filme extraordinário, cuja história
vale a pena ser contada de geração a geração e narrada com
detalhes aos nossos filhos, netos, bisnetos e tataranetos.

Jamais podemos nos esquecer de que até mesmo os filmes


de drama têm o poder de inspirar pessoas a ter esperança em
dias melhores, que certamente irão chegar. Na prática, na vida
real, sabemos muito bem disso. “O choro pode até durar uma
noite inteira, mas a alegria vem ao amanhecer.” (Salmo 30:5).

3 - AÇÃO

“Quem observa o vento nunca semeará; e o que olha para as


nuvens nunca segará.”
(Eclesiastes 11:4)

Você já percebeu que muitas pessoas se colocam numa


posição de extrema passividade diante de algumas situ-

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ações? Em vez de tomar uma decisão, agir ou enfrentar


as dificuldades, elas simplesmente se sentam e veem o
tempo passar.

O versículo fala exatamente sobre essa questão de ser pas-


sivo. Aquele que fica olhando para o vento, em vez de plan-
tar ou lançar as sementes, nunca vai colher nada, porque
não tomou atitude.

O nada também é uma semente. Se você nada semear,


nada colherá. Isso pode parecer simples demais, mas é uma
verdade tremenda! Por isso, descruze os braços, peça a
orientação de Deus e mãos à obra! Em alguns momentos da
vida, Deus espera a nossa atitude!

São as atitudes, e não as circunstâncias, que determinam


o valor de cada um. O que você diz são apenas palavras.
Lembre-se do ditado popular: “Não adianta quilos de co-
nhecimento se não temos gramas de atitude”. De fato, de
que vale o conhecimento sem atitude? Tem muita gente
querendo colher e pouca gente querendo plantar.

Existe um acrônimo conhecido como CHA, muito usado


no mercado corporativo. Esse acrônimo pode ser utilizado
como uma excelente ferramenta para nos fazer enxergar o
quanto a atitude é de suma importância para o sucesso em
qualquer área da nossa vida.

CHA é usado para enfatizar a importância do Conheci-


mento, da Habilidade e da Atitude. É uma maneira de pro-

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curar definir o sentido de competência a partir de um refe-


rencial com o qual ela possa ser mensurada.

O C significa conhecimento sobre um determinado as-


sunto. É o saber.

O H significa habilidade para produzir resultados com o


conhecimento que se possui. Diz respeito à pessoa conse-
guir fazer algum uso real do conhecimento que tem, produ-
zindo algo efetivamente. É o saber fazer.

O A significa atitude assertiva e proativa, é a iniciativa.


Diz respeito ao indivíduo não esperar as coisas acontecerem
ou alguém ter que dar ordens, e fazer o que percebe que
deve ser feito por conta própria. É o querer fazer.

Em síntese, essa teoria explica que não basta ter conhe-


cimento e habilidade sobre um assunto, mas é necessário
saber, saber fazer e querer fazer. A maior dificuldade das
pessoas tem sido em relação à “atitude”.

A atitude é tudo!

Na vida temos que ter atitude. Quero compartilhar com


você um texto bem legal, que, de uma forma bem simples,
pode nos fazer entender ainda melhor a importância da ati-
tude. O texto é a narrativa de alguém sobre um fato em que
a atitude foi decisiva.

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I M E R S Ã O

O João era o tipo de homem que qualquer pessoa gostaria


de conhecer. Estava sempre de bom humor e tinha sempre
algo de positivo para dizer. Se alguém lhe perguntasse como
estava, a resposta seria logo:
– Cada dia melhor!

Era um gerente especial. Os empregados o seguiam de


restaurante em restaurante, só por causa da sua atitude. Era
um motivador nato: se um colaborador tinha um mau dia,
o João dizia-lhe sempre para ver o lado positivo da situação.

Fiquei tão curioso com o seu estilo de vida que, um dia.


perguntei-lhe:
– João, como você pode ser uma pessoa tão positiva o
tempo todo? Como é que consegue isso?
Respondeu-me:
– Cada manhã, ao acordar, digo para mim mesmo:
“João, hoje tens duas escolhas, podes ficar de bom humor
ou de mau humor”. E escolho ficar de bom humor. Cada
vez que algo de ruim acontece, posso escolher fazer-me de
vítima ou aprender alguma coisa com o ocorrido. Sempre
escolho aprender algo. Sempre que alguém reclama, posso
escolher aceitar a reclamação ou mostrar o lado positivo
da vida.

Nunca mais me esqueci do que o João me disse, e lembra-


va-me sempre dele quando fazia uma escolha.

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A N G E L A S I R I N O

Anos mais tarde, soube que o João cometera um erro,


deixando a porta de serviço aberta pela manhã, e foi sur-
preendido por assaltantes. Dominado, enquanto tentava
abrir o cofre com as mãos tremendo de nervosismo, desfez
a combinação do segredo. Os ladrões entraram em pânico,
dispararam e o atingiram.

Por sorte, João foi encontrado a tempo de ser socorrido


e levado para um hospital. Depois de 18 horas de cirurgia e
semanas de tratamento intensivo, teve alta, ainda com frag-
mentos de balas alojados no corpo.

Passado um tempo, encontrei-o mais ou menos por aca-


so. Quando lhe perguntei como estava, logo me respondeu
com o seu habitual ar bem disposto:
– Ótimo, se melhorar estraga!

Contou-me o que tinha acontecido e perguntou se eu


queria ver as suas cicatrizes. Recusei-me a ver os seus fe-
rimentos, mas perguntei-lhe o que lhe tinha passado pela
cabeça na ocasião do assalto.
– A primeira coisa que pensei foi que devia ter trancado a
porta. Então, deitado no chão e ensanguentado, lembrei-me
que tinha duas escolhas: poderia viver ou morrer. Escolhi viver!
– Não teve medo? – perguntei.
– Olha, os paramédicos foram ótimos, diziam-me que
tudo ia dar certo e que eu ia ficar bom. Mas quando cheguei

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à sala de emergência e vi a expressão dos médicos e enfer-


meiras, fiquei apavorado. Eles pensavam que eu iria morrer,
podia ver isso em seus rostos. Decidi que tinha de fazer algo.
– E o que fizeste? – perguntei.
– Bem, havia uma enfermeira que fazia muitas pergun-
tas. Perguntou-me se eu era alérgico a alguma coisa. Eu res-
pondi que sim. Todos pararam para ouvir a minha resposta.
Tomei fôlego e gritei: “Sou alérgico a balas!”. Entre o riso
geral, disse-lhes: “Eu escolho viver. Operem-me como um
ser vivo, não como um morto!”.

O João sobreviveu graças à persistência dos médicos, mas


também graças à sua atitude.

Aprendi que todos os dias temos a opção de viver plena-


mente e tomar decisões, pois serão essas atitudes que trarão
benefícios para nossas vidas. Afinal de contas, a atitude é tudo.

Ciência e fé podem andar juntas

De acordo com a Psicologia, a Psicanálise e a Psiquiatria,


o ser humano é organizado de forma tricotômica, ou seja, é
composto de “espírito, mente e corpo”. Essa ideia também é
defendida pela maior parte dos teólogos. Por isso um pro-
fissional da área psicológica pode acrescentar muito ao ser
humano. Prefiro um profissional genuinamente cristão, pois
ele irá utilizar a fé cristã como base para os tratamentos,

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empregando a formação acadêmica, as técnicas e as ferra-


mentas aprendidas como suporte.

Os meus pacientes já sabem que sou cristã, por isso pos-


so falar de Deus, do Espírito Santo e até do Diabo. Os co-
nhecimentos bíblicos me auxiliam a conduzir o tratamento,
respeitando a fé da pessoa e utilizando dessa mesma fé para
obter a melhora do sofrimento que a aflige. E, diga-se de
passagem, a fé é extremamente fundamental.

Precisamos entender que nem todos os problemas de uma


pessoa estão ligados à parte espiritual. Não peca o cristão
que, diante da suspeita de estar com uma doença ou conflito
na mente, procura um psicólogo, psicanalista ou psiquiatra.
Apesar da boa vontade de pastores e conselheiros da igreja,
algumas questões da mente não se resolvem apenas na con-
versa espiritualizada e na oração. Por exemplo, sabemos que
a depressão pode ter raízes muito mais que emocionais, até
mesmo físicas, quando existe uma desregulação hormonal
das substâncias importantes para o bom funcionamento do
cérebro. Nesses casos se faz necessário um profissional que
entre com medicação.

Eu sempre fui apaixonada por estudar. Sou muito curio-


sa, passo dias e horas entretida com as páginas de livros ou
navegando na internet, sempre buscando conhecimento.
Chego a trocar o dia pela noite. Esse exemplo inspirou meus

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filhos, que amam um livro e são apaixonados pelos estudos.


O único problema é que, geralmente, em família, temos o
costume de trocar o dia pela noite (risos).

Sou daquele tipo de pessoa que se alimenta espiritualmente


orando e cantando louvores a Deus, mas me alimento muito
mais estudando. É notória na minha face a expressão de con-
tentamento quando estou mergulhada em busca de conheci-
mento. Quando estou estudando, às vezes converso sozinha,
lágrimas rolam na minha face e até transbordo na presença de
Deus. Foi estudando assim que descobri ser possível fazer uma
junção entre conhecimento bíblico e ciência. Tive essa certeza
quando, alguns anos atrás, fui em busca de ampliar meus co-
nhecimentos, agregando estudos na área da Psicologia a fim
de ter mais eficácia no aconselhamento pastoral. Encontrei na
Psicanálise um caminho extraordinário para me ajudar a ter
mais êxito no trabalho com pessoas. O estudo do assunto con-
seguiu chamar minha atenção. Excluí conceitos que não eram
convergentes à minha fé cristã e retive o que era bom.

Ao estudar o que é ensinado nas ciências ligadas ao com-


portamento humano, consegui alinhar muita coisa sobre o
que é ensinado também na Teologia, em especial aqueles
assuntos que se relacionam diretamente com a Psicologia
e o aconselhamento pastoral. É possível alinhar fé e ciên-
cia quando se trata de aconselhamento pastoral, e é muito

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proveitoso usar os métodos psicanalíticos de terapia como


instrumento válido em sessões de gabinete pastoral. Os re-
sultados são alcançados de forma mais rápida e eficaz.

Tem sido muito saudável manter uma via de comunica-


ção entre a Palavra de Deus e o que aprendo com a Psicaná-
lise, e ainda acrescento o que aprendi nos vários cursos de
coaching que fiz.

Também vale a pena lembrar que Freud era de origem


judaica. Desde pequeno lia a Torá (O Pentateuco) e, por in-
crível que pareça, embora se dizendo ateu, muitas das teo-
rias apresentadas pelo pai da Psicanálise tem uma origem
bíblica. Vejamos algumas frases de Freud e a ideia bíblica:

Freud: O pensamento é o ensaio da ação.

Bíblia, Provérbios 23:7: “Como o homem pensa no seu in-


terior assim ele é”.

Pensamos sobre quem somos e agimos a partir daí.

Freud: Podemos nos defender de um ataque, mas somos


indefesos a um elogio.

Bíblia, Romanos 12:10: “Amai-vos cordialmente uns aos


outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns
aos outros.”

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Quem ama suporta, ajuda e elogia. A arma mais poderosa


que nos deixa indefesos de fato é o amor.

Freud: O caráter de um homem é formado pelas pessoas


com as quais ele escolheu conviver.

“Diga-me com quem tu andas e direi quem tu és”.

Bíblia, Salmo 1:1: “Bem-aventurado o homem que não


anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos
pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.”

Temos a tendência de parecer com quem andamos.

Freud: Um dia, quando olhares para trás, descobrirás que


os dias mais belos foram aqueles em que escolhestes lutar.

Bíblia, Eclesiastes 7:3: “A tristeza é melhor do que o riso,


porque o rosto triste melhora o coração.”

Os dias difíceis trazem grandes aprendizados.

Freud abandonou o Judaísmo e foi um homem de muitos


conflitos. Nota-se, por sua biografia, que ele era vaidoso e
pretensioso, porém, ao ler os seus livros e analisar suas teses,
percebemos que sua mente era repleta dos ensinos judaicos
baseados no Velho Testamento (na Torá).

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Ele os mesclou com temas polêmicos e desenvolveu altera-


ções sobre discursos relacionados à alma, o espírito e a von-
tade. Estou explicando tudo isso para que passemos a olhar a
ciência sem tanto preconceito, analisando palavra por palavra,
teoria por teoria, buscando tirar proveito daquilo que pode
ser útil para um conselheiro cristão no exercício de sua função.

Nossas atitudes são guiadas mais pelas nossas emoções


do que pela razão. Isso muda a partir do momento em que
nós nos conhecemos.

A Psicanálise contemporânea está voltada para mostrar ao


ser humano a importância do conhecimento dessas emoções
e como podemos lidar com elas de forma saudável e madura.
Para tanto, precisamos mexer em nossas lembranças. Talvez
você não se lembre nitidamente do conteúdo das experiências
que te marcaram, mas provavelmente não se esqueceu do que
sentiu. Você procurou inconscientemente um mecanismo de
defesa do seu eu interior para se proteger de situações futuras.
Volto a dizer, pode ser que tenha feito isso de forma incons-
ciente. Para entender melhor sobre tudo isso, vejamos primeiro
como funciona a psique humana.

Qual a diferença entre Ego, Superego e Id?

O Ego, o Superego e o Id são instâncias que formam a


psique humana, de acordo com a Teoria da Personalidade.

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I M E R S Ã O

O Id é o componente nato dos indivíduos, ou seja, as pes-


soas nascem com ele. Consiste nos desejos, vontades e pulsões
primitivas, formados principalmente pelos instintos e desejos
orgânicos pelo prazer. Podemos chamar o Id de nossa natureza
adâmica, remetendo ao pecado que entrou na humanidade lá
no Éden. É a soma dos meus desejos bons e ruins que precisam
ser controlados. A partir do Id se desenvolvem as outras partes
que compõem a personalidade humana: Ego e Superego.

O Ego surge a partir da interação do ser humano com


a sua realidade, adequando os seus instintos primitivos (o
Id) com o ambiente em que vive. O Ego é o mecanismo res-
ponsável pelo equilíbrio da psique, procurando regular os
impulsos do Id ao mesmo tempo em que tenta satisfazê-los
de modo menos imediatista e mais realista.

Graças ao Ego, a pessoa consegue manter a sanidade da


sua personalidade. Seria mais ou menos assim: analisar mi-
nhas vontades, observar a realidade e ver o que é politica-
mente correto. O Ego começa a se desenvolver já nos pri-
meiros anos de vida do indivíduo. Eu quero, mas não posso
fazer, não é conveniente.

Esse pensamento te lembra algo? Isso me lembra de Roma-


nos 7:15-20: “Pois o que faço, não o entendo; porque o que que-
ro, isso não pratico; mas o que aborreço, isso faço. E, se faço o
que não quero, consinto com a lei, que é boa. Agora, porém,

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não sou mais eu que faço isto, mas o pecado que habita em
mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não
habita bem algum; com efeito o querer o bem está em mim,
mas o efetuá-lo não está. Pois não faço o bem que quero, mas o
mal que não quero, esse pratico. Ora, se eu faço o que não que-
ro, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim”.

Paulo vivia esse conflito, tinha suas vontades e travava


uma guerra interior entre decidir fazer o que era certo e o
que era errado.

O Superego se desenvolve a partir do Ego. Consiste na repre-


sentação dos ideais e valores morais e culturais do indivíduo.
O Superego atua como um conselheiro para o Ego, alertando-
-o sobre o que é ou não moralmente aceito, de acordo com os
princípios que foram absorvidos pela pessoa ao longo de sua
vida. O Superego é o homem com domínio próprio, com cons-
ciência dos valores e crenças que devem ser mantidos.

Resumo da Teoria da Personalidade freudiana:

ID: Eu quero isso agora.

EGO: Eu preciso fazer um pouco de planejamento e ajus-


tes para conseguir isso.

SUPEREGO: Eu não posso ter isso. Quero, mas não pos-


so, pois não é certo.

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I M E R S Ã O

De acordo com estudos, o Superego começa a se desen-


volver a partir do quinto ano de vida, quando o contato com
a sociedade começa a se intensificar (através da escola, por
exemplo) e as relações sociais passam a ser melhor interpre-
tadas pelas pessoas.

Em suma, esses três componentes da formação da persona-


lidade – Id, Ego e Superego – são as representações da impul-
sividade, da racionalidade e da moralidade, respectivamente.

MECANISMO DE DEFESA

Deus, ao criar o ser humano, projetou para ele uma vida


abundante. Fomos feitos à Sua imagem e semelhança, e fomos
colocados num jardim de delícias, num ambiente existencial
onde nada nos faltaria. Ele projetou dar-nos autoridade e po-
der para dominar sobre toda Sua maravilhosa criação.

No Éden ainda possuíamos comunhão íntima e contí-


nua com Deus. Aquele era o projeto perfeito planejado pelo
Criador. Infelizmente, a desobediência levou Adão e Eva a
serem expulsos do paraíso e trouxe o pecado e a morte para
o mundo (Romanos 5:12). Pior, quebrou a comunhão que
tinham com Deus.

A partir dali, o ser humano estava no mundo, longe de Deus,


sujeito à sua própria realidade; à mercê do pecado. Apareceram
então as tão famosas crises conjugais, problemas familiares, a

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inveja, a ganância, a mentira, o ódio, a morte, o trabalho árduo,


a idolatria, as limitações múltiplas e uma vida destituída da gló-
ria de Deus (Romanos 3:23). Tudo isso passou a fazer parte
dessa realidade caída de geração a geração.

O ser humano não estava preparado para sofrer, não era


essa a “programação” divina. No entanto, após a sua que-
da, ele se viu inserido num contexto de sofrimento, fruto
de um mundo contaminado pelo pecado, pela rebeldia con-
tra o Pai Criador. E agora, o que fazer? Maravilhosamente,
Deus proveu, através da Lei e dos sacrifícios pelos pecados,
uma oportunidade para que o ser humano se voltasse para
Ele. Em Cristo, muito mais perfeitamente, pela sua obra ex-
piatória, o próprio Deus se fez porta para conduzir toda a
humanidade de volta ao paraíso, ao céu. Mas, ainda assim,
os seres humanos carregam sua natureza caída e pecamino-
sa, sujeita a erros e carente da graça divina constantemente,
sem a qual nada podemos fazer (João 15:5).

Entretanto, nem sempre conseguimos aceitar essa con-


dição nem entender a nós mesmos no que tange aos nos-
sos sentimentos e emoções. Em vez de encararmos nossos
problemas e buscarmos resolver nossos conflitos, acabamos
buscando formas dissimuladas e inconscientes de aneste-
siarmos nossas emoções, mentindo para nós mesmos. Bus-
camos algo para fugir da realidade e negar o sofrimento hu-
mano, e nos utilizamos de mecanismos de defesa.

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I M E R S Ã O

No entanto, negar o próprio sofrimento é negar a realida-


de existencial humana. Esquecemo-nos de que o próprio Jesus
também sofreu (Hebreus 5:8; 1 Pedro 4:1). Essa negação do so-
frimento traz uma ilusória sensação de alívio e segurança, ao
passo que produz uma vida infrutífera e isenta de crescimento
em todos os níveis (intrapessoal, interpessoal e social) e áreas
(racional, emocional, espiritual e fisiológica). Protelar o pro-
cesso de autoconhecimento e restauração emocional nos leva a
ter uma vida sem sentido e sem graça.

OS VÁRIOS MECANISMOS DE DEFESA

Eles fazem parte da nossa realidade de vida. Veja quais


são os principais mecanismos de defesa e descubra se você
se encaixa em algum deles. As descrições e os exemplos aju-
darão a compreender melhor cada um deles.

1 - Repressão

Descrição: Impede que pensamentos perigosos ou dolo-


rosos cheguem à consciência (geralmente, é inconsciente).
É como se nossa mente estivesse programada para dar um
apagão quando tentarmos nos lembrar do fato traumático.
Pode acontecer de termos uma crise temporária em função
de um acidente traumático. Memórias reprimidas não desa-
parecem e podem ter um efeito acumulativo, reaparecendo
como ansiedade ou comportamento disfuncional.

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A N G E L A S I R I N O

Memórias reprimidas costumam aparecer em forma de


sonhos ou erros ao falar (lapso de língua).

Exemplo: Uma criança que sofre um abuso sexual por um dos


pais na infância mais tarde não se lembra do fato, mas apresenta
problemas para formar relacionamentos. Tive uma paciente que
quase foi abusada pelo irmão. Quase! Ela conseguiu correr e se
livrar dele a tempo. Ela também sofreu assédio pelas mãos do pai
durante a infância, mas não tocava no assunto.

Ela não conseguia ter relacionamentos amorosos, apesar


de ser uma mulher prendada em seus dotes culinários e ter
uma boa aparência física. Era boa de assunto, mas fugia de
relacionamentos. Tinha várias amizades, mas o namoro não
fazia parte de seus objetivos de vida. Disse que preferia cui-
dar das irmãs, da mãe, dos sobrinhos, das coisas da igreja.

Quando eu perguntava sobre o pai, havia um silêncio, uma


tristeza estampada na face dela, e então geralmente saía um co-
mentário mais ou menos assim: “Não converso com ele, meu pai
sempre foi um homem mau, ruim para minha mãe, ruim para
as filhas. Ele tem que colher toda a maldade que plantou na vida”.
Mesmo falando isso, não mencionava o assédio. Até que, certa
vez, acionamos alguns gatilhos emocionais com técnicas especí-
ficas, e foi então que ela disse: “Não me lembro, mas acho que ele
deve ter tentado abusar de mim e de minhas irmãs”.

Conversa vai, conversa vem e, de fato, ela se lembrou de que o


pai tentou abusar dela, bem como um dos irmãos. Foi então que

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I M E R S Ã O

ela entendeu o motivo pelo qual sempre correu do sexo mascu-


lino. Outro fato comum e bem simples se refere às mulheres que
têm fobia grave de baratas, mas não se lembram da primeira vez
que tiveram medo delas ou viram outra pessoa com um terrível
ataque de pânico pelo mesmo motivo.

2 - Sublimação

Descrição: Descartar desejos desmedidos ou impulsos


inaceitáveis por meio de atividades construtivas. Muitos
esportes e jogos são sublimações de impulsos agressivos.
A sublimação é provavelmente o mais útil dos mecanis-
mos de defesa, pois ela pega a energia de algo que tem seu
potencial prejudicial e transforma em algo bom e útil.

Exemplo: Estou com raiva, então resolvo dar aquela faxina.


Bato nos armários, quebro o rodo, desconto minha raiva nos
móveis, utensílios e sujeiras, porém ninguém sai prejudicado.

Outro exemplo é de uma pessoa que tem fortes impulsos


sexuais, mas torna-se artista, canalizando o desejo sexual
para a arte, música, esporte ou hobbies.

3 - Negação

Descrição: Proteger-se de uma realidade desagradável


recusando-se a admiti-la. Na maioria das vezes, é incons-
ciente. Às vezes a pessoa se torna aquele cego que não quer

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A N G E L A S I R I N O

ver, ou seja, faz vista grossa diante de uma determinada si-


tuação. Geralmente, a pessoa proíbe aquela lembrança na
memória. A repressão e a negação são dois mecanismos de
defesa que, geralmente, todos nós usamos.

Exemplo: Alcoólatras que se negam a aceitar sua depen-


dência. O mentiroso se nega a dizer a verdade ou a dizer que
simplesmente mentiu e depois se desculpar.

4 - Racionalização

Descrição: Substituir ações e pensamentos baseados em moti-


vos inaceitáveis por razões socialmente aceitáveis. Quem utiliza
desse mecanismo de defesa geralmente se enche de créditos pes-
soais, se projetando como alguém de sucesso e muito inteligente,
e sempre culpa os outros quando lhe apontam suas falhas.

Exemplo: Justificar a cola em uma prova dizendo que


todo mundo faz isso. Uma pessoa evita o pagamento de im-
posto e depois justifica que o dinheiro arrecadado é muito
mal administrado pelo governo. Eu tropeço e caio. Depois,
ao levantar, justifico que estou tonta. Uma pessoa pode até
mesmo justificar sua “religiosidade” como vontade de Deus.

5 - Intelectualização

Descrição: Ignorar os aspectos emocionais de uma ex-


periência dolorosa, concentrando-se em pensamentos abs-

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I M E R S Ã O

tratos, palavras, teorias ou ideias. Concentra-se em fatos


e lógica, tenta-se ser extremamente racional e ignora-se o
emocional. A intelectualização tenta proteger contra a an-
siedade. É conhecida como isolamento de afetos, tornando
a pessoa emocionalmente fria.

Exemplo: A pessoa ignora a dor emocional, o afeto e as boas


lembranças enquanto discute academicamente as razões do
seu divórcio. Uma pessoa descobre um câncer e pede detalhes
sobre a probabilidade de sobrevivência, usando os termos téc-
nicos, como carcinoma em vez de câncer, estado terminal em
vez de fatal. Discute assuntos dessa natureza com frieza.

6 - Projeção

Descrição: Motivações ou impulsos inaceitáveis são transfe-


ridos para outros. A pessoa distorce a realidade em benefício
próprio de tal modo que chega a acreditar na sua criação. A
pessoa tenta se esconder e se proteger da realidade.

Exemplo: Não admitir ao parceiro que o acha atraente


e, ao mesmo tempo, mostrar ciúme exagerado. Acaba cha-
mando o outro de ciumento enquanto ele é que é. Não as-
sume compromisso e culpa o outro, dizendo que é ele quem
dificulta as coisas. E ai de você se confrontá-lo.

A pessoa é desorganizada e jura que foi o outro quem ba-


gunçou. Pessoas que fazem algo de errado e culpam o outro

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A N G E L A S I R I N O

quando são advertidas, dizendo que este o pirraçou, ou até


simulam que estão doentes.

7 - Formação reativa

Descrição: Recusar-se a admitir necessidades, pensa-


mentos e sentimentos inaceitáveis, exagerando no extremo
oposto, ou seja, tem desejo de dizer algo, mas diz o oposto.

Exemplo: A pessoa se utiliza de uma simpatia exagerada quan-


do, na verdade, está se sentido hostil (com raiva da pessoa).

Geralmente, a pessoa usa esse mecanismo quando quer


cobrir algo inaceitável. O foco é desviar a atenção para en-
cobrir algo indesejável. Padrões extremos de formação de
raiva podem levar à paranoia e ao transtorno obsessivo
compulsivo (TOC). Isso acontece quando a pessoa fica pre-
sa a um círculo de repetição de comportamentos que ela
sabe que está errado.

Mostrar-se arrogante, espalhafatoso e convencido quan-


do, na verdade, se sente inferior e com baixa autoestima.
Uma pessoa está brava com uma colega, mas acaba sendo
muito simpática com ela.

Uma pessoa gay pode agir como um heterossexual pro-


míscuo a fim de esconder sua realidade homossexual.
Uma pessoa diz odiar gays quando, na verdade, tem essa

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I M E R S Ã O

orientação sexual. Uma pessoa se enfurece quando vê uma


cena de abuso sexual quando, na verdade, fantasia partici-
par de tal prática.

8 - Regressão

Descrição: Responder a uma situação ameaçadora de


forma apropriada a uma idade ou nível de desenvolvimen-
to anterior, geralmente como na infância ou adolescência.
Muitas vezes envolve tomar a posição de criança em algu-
ma situação problemática em vez de agir de uma forma
mais adulta.

Exemplo: Morder canetas no momento de ansiedade. Ter


ataques de choro quando fica chateado com um amigo. Uri-
nar na roupa depois de grande. Assumir postura infantil,
abraçando o bichinho de pelúcia, o travesseiro ou adotando
posição fetal, balançando e chorando.

Atendi uma paciente que urinava na roupa com 14 anos e


mantinha conversas completamente infantis. Ao conversar
com a mãe e pesquisar sobre fatos traumáticos que ela viveu
na infância, ela me disse que a filha havia perdido o pai aos
7 anos de idade. Diante das minhas indagações, a mãe con-
firmou o quanto o relacionamento dos dois era próximo.

Após a morte do pai, ela se recusava a falar no assunto e não


aceitava que ele houvesse partido. Nesse caso, ela manteve a

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A N G E L A S I R I N O

mente cativa a uma crença de que, se continuasse como crian-


ça, se parasse no tempo, a dor da realidade seria menor.

9 - Deslocamento

Descrição: Substituir um impulso ou objeto original por


outro menos ameaçador. É uma forma de liberar a energia
negativa de uma forma aparentemente mais segura.

Exemplo: Gritar com um colega após ter sido criticado


por seu chefe (o colega não me demite, o chefe sim; assim, a
raiva é deslocada para quem é mais seguro). Brigar com os
filhos ou com o cônjuge quando alguém te magoou e você
não tem como fazer isso com a outra pessoa.

10 - Transferência

Descrição: É a transferência de atitudes emocionais que a


pessoa teve com relação aos pais ou pessoas importantes em
sua vida pessoal a outra pessoa, até mesmo ao profissional
de saúde psicológica.

A manifestação pode ser em forma de ódio, afeição ou


ambivalência entre os dois (amor x ódio).

Contratransferência é a resposta inconsciente da pessoa


que ajuda a outra (paciente-cliente; na igreja, líder-mem-
bro) através do desejo hostil ou sexual inconsciente. Por

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I M E R S Ã O

isso, não é conveniente que o aconselhamento seja feito en-


tre pessoas de sexos opostos. A contratransferência também
pode se manifestar através de um sentimento negativo com
relação a um paciente que atrapalha ou impede o processo
de acompanhamento.

Exemplo: Sou de personalidade firme e lembro a mãe da


pessoa que estou aconselhando, por isso ela não quer ser
atendida por mim. Sou uma pessoa mal resolvida e ataco o
meu líder com hostilidade.

Exemplo: A pessoa tem um desejo enorme de ter o amor,


a aprovação e a proteção do pai, mas não consegue. Então
ela procura um namorado 15, 20 anos mais velho em busca
de um pai, e não de um namorado.

Uma pessoa apega-se a uma professora ou líder de igreja


que lembra o senso materno que não foi suprido pela mãe.
Já tive uma funcionária que me considerava por um tempo
como se eu fosse sua mãe. Ela chagava a ficar triste quando
percebia o meu relacionamento com minhas filhas.

Uma mulher pode se apaixonar pelo patrão ou por um pas-


tor atencioso, mesmo não sendo correspondida ou casada. Esse
homem a lembra da figura protetora que o pai ou o marido
deveria ser. Ressaltando que isso acontece muito quando a mu-
lher que transferiu tal sentimento se encontra em um relacio-
namento no qual o homem não supre suas carências. Quando

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A N G E L A S I R I N O

uma pessoa odeia a outra gratuitamente, justificando que não


foi com a cara dela ou que o santo não bateu, é provável que
essa pessoa a lembre de alguém que já a magoou no passado.

11 - Compensação

Descrição: Tem por característica a tentativa do indiví-


duo de equilibrar suas qualidades e deficiências. Por exem-
plo, uma pessoa que não tem boas notas e se consola por
ser bonita, e às vezes chega a exagerar na forma de se vestir
para compensar o que não faz com sucesso. Portanto, mais
do que criticar as formas indecentes de muitas pessoas se
vestirem, precisamos analisar os motivos.

12 - Deslocamento

Descrição: Está sempre ligado a uma troca, no sentido de


que a representação muda de lugar. Esse mecanismo também
compreende situações em que o todo é tomado pela parte.

Exemplo: alguém que teve um problema com um advoga-


do passa a rejeitar todos esses profissionais. Ou ainda, num
sonho, uma pessoa aparece, mas na verdade está represen-
tando outra pessoa.

13 - Expiação

Descrição: É o mecanismo psíquico de cobrança. O sujei-


to se vê cobrado a pagar pelos seus erros no exato momento
em que os comete, com a esperança de que estes serão ime-
diatamente ou magicamente anulados.

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I M E R S Ã O

15 - Identificação

Descrição: É o mecanismo baseado na assimilação de carac-


terísticas de outros, que se transformam em modelos para o in-
divíduo. Esse mecanismo é a base da constituição da persona-
lidade humana. Como exemplo, podemos citar o momento em
que as crianças assimilam características parentais para, poste-
riormente, poderem se diferenciar. Esse momento é importan-
te e tem valor cognitivo, à medida que permite a construção de
uma base em que a diferenciação pode ou não ocorrer.

16 - Isolamento

Descrição: É o mecanismo em que um pensamento ou


comportamento é isolado dos demais, de forma que fica des-
conectado de outros pensamentos. É uma defesa bastante
comum em casos de neurose obsessiva. Os exemplos desse
mecanismo são diversos: a pessoa cria fórmulas e ideias que
buscam a cisão temporal com os demais pensamentos na ten-
tativa de defesa contra a pulsão de se relacionar com o outro.
Alguns criam o hábito de leitura, excesso de trabalho, excesso
de estudo, etc., tudo como fuga e maneira de se isolar.

17 - Negação

Descrição: É a defesa que se baseia em negar a dor e outras


sensações de desprazer. É considerado um dos mecanismos
de defesa menos eficazes. Podemos citar como exemplo o

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A N G E L A S I R I N O

comportamento de crianças de mentir, negando ações que


realizaram que gerariam castigos. Pode levar a uma fantasia
como fuga, ou seja, cria uma historia imaginária.

Tipos de atitudes que provocam sentimentos negativos


para com o outro:

Dependente adulador: São os que fazem pedidos insistentes.

Bajulador: deseja a atenção toda para si, tenta comprar


as pessoas com presentes e agrados. Tem as pessoas como
fonte de afeto inesgotável. Demonstra gratidão excessiva e
não poupa elogios.

Agressivos: Nesse caso, a pessoa tenta controlar o outro.


Usa de intimidação, desvalorização e do sentimento de cul-
pa para chamar a sua atenção.

Manipulador: Age no relacionamento com os outros ba-


seado em tudo estar egoisticamente do seu agrado. Se o ou-
tro fizer o que ele quer, tem o seu amor e o seu respeito; caso
não faça, ele o maltrata e rejeita.

Quando aprendemos sobre tudo isso, podemos entender


e ajudar as pessoas com mais facilidade. E também nos aju-
dar! A maioria dessas atitudes é inconsciente. Muitas vezes,
essas emoções e atitudes não são frequentes, apenas passa-
geiras, acionadas por um gatilho emocional. Infelizmente,

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nesses raros momentos tomamos decisões que irão afetar


para sempre as nossas vidas.

Os desafios do ambiente externo em conflito com nos-


sas pulsões internas (desejos, forte vontade) nos ameaçam
diariamente por meio da ansiedade. Podem nos levar a ge-
rarmos conflitos com pessoas íntimas ou ameaças à nossa
autoestima, gerando constrangimento, culpa, decepção e
assim por diante. Por esse motivo, geralmente adotamos
alguns mecanismos de defesa, muito vezes de uma forma
inconsciente, tentando distorcer nossa realidade para nos
protegermos contra as pulsões dolorosas ou ameaçadoras
que provêm das nossas vontades.

Mas como tratar essa realidade quando falamos de pes-


soas cristãs? Será que, pelo fato de possuirmos o Espírito
Santo, o Consolador, não estaríamos imunes de fazer uso
dos mecanismos de defesa do ego?

Sim e não. Sim, deveríamos estar, porque uma vida no


Espírito produz o amor, que é o vínculo da perfeição (Co-
lossenses 3:14). Por não estarmos mais destituídos da glória
de Deus, e sim debaixo da Sua maravilhosa graça, podemos
presumir que o cristão tem todas as condições de andar na
verdade, de assumir as suas falhas, de enfrentar as suas do-
res e sofrimentos de uma maneira diferente dos que estão
no mundo, longe de Deus e de sua vontade.

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A N G E L A S I R I N O

Paulo, diante da limitação imposta por Deus em vista ao


seu aperfeiçoamento, não criou mecanismos para se defen-
der ou justificar-se, mas acreditou que a graça do Senhor se-
ria suficiente para lhe dar o poder necessário à vitória diária
(2 Coríntios 12:1-10).

Às vezes nos questionamos acerca do motivo de a realidade


humana (adâmica) continuar presente na vida dos que se con-
vertem através dos desejos da carne e de suas limitações. Inte-
ressante é que Deus não nega essa realidade e não despreza as
nossas emoções, mas espera que nós alcancemos a maturidade
espiritual, o que demanda autoconhecimento, desejo de mudan-
ça e tempo. Esse é um processo muitas vezes lento e doloroso.

Através de Sua Palavra, Ele nos dá instruções para que nos


desarmemos dos nossos mecanismos de defesa e do nosso
egocentrismo para que possamos dar lugar aos mecanis-
mos de santificação do Espírito Santo. Por isso é necessário
curar-se dessas manias e desses mecanismos para trazer ao
nível consciente as situações que precisam ser tratadas. Sem
consciência das nossas falhas, não há como buscar a cura.

Quando falamos em usar os mecanismos de santificação


do Espírito no lugar daqueles que usamos para proteger o
nosso ego, não estamos falando em negar a dor, afinal de
contas, não podemos usar a fé como fuga da realidade. A
vida com Deus nos proporciona um estímulo sobrenatu-
ral para tratar nossas crises existenciais. De fato, o Espírito

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Santo de Deus pode nos libertar dos nossos mecanismos de


defesa para tratar de forma direta e sadia o nosso ego.

Sem uma intervenção divina sobre a natureza pecamino-


sa do ser humano, qualquer tentativa de regeneração será
frustrada. Os psicólogos seculares possuem o seu mérito ao
estudar, pesquisar e trabalhar, de maneira séria e aprofun-
dada, as questões existenciais do ser humano, buscando en-
contrar respostas que possam aliviar a sua dor. Mas somente
Deus conhece com profundidade verdadeira o coração e a
alma humana, somente Ele é capaz de tratá-la e libertá-la
através da verdade, dia após dia. Por isso o aconselhamento
cristão é tão eficaz, tratando da realidade de cada um e em-
basando-se nas teorias existenciais seculares, mas sempre
tendo como sua base primária a Bíblia, que é infalível.

Entretanto, ainda que pareça um paradoxo, a mesma fé


que pode libertar o ser humano de sua crise existencial pode
transformar-se em mais um mecanismo de defesa, o de fuga
da realidade. Muitas pessoas abraçam a fé cristã, crendo em
Deus e na Sua Palavra, não porque foram impactadas com
o evangelho e entenderam a necessidade de se arrepende-
rem dos seus pecados para alcançar a salvação das suas al-
mas, tampouco porque entenderam que precisam conhecer
a Deus e vivenciá-lo através de um compromisso sincero e
irrestrito com Sua pessoa, vontade e mandamentos. O que
move essas pessoas a Deus é o desejo de encontrar na fé, na
religião, uma forma de anestesiar a sua ansiedade, de trans-

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A N G E L A S I R I N O

portar para o sobrenatural as suas responsabilidades frente


aos problemas e sofrimentos da vida.

Infelizmente, algumas pessoas que agem assim enxergam


em Deus apenas uma forma rápida e poderosa de aliviar as
suas dores, como se Deus fosse um comprimido. Elas to-
mam-no, “lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade” (1 Pe-
dro 5:7), como uma forma de transportar para Deus todos
os seus infortúnios e não mais precisar lidar com eles, pois
Deus tudo fará (cf. Isaías 61:1-3; Salmo 37:5).

Essas pessoas desejam que Deus resolva todos os seus


problemas, isentando-as de qualquer esforço, operando o
milagre. Alguns chegam a enxergar em Deus a chance de
transferir para o mundo sobrenatural a sua culpabilidade e a
sua responsabilidade diante dessa culpa e do sofrimento por
ela causado. É a lei do autoengano (cf. 1 João 1:8).

Em primeiro lugar, há quem culpe a Deus porque pensa


que Ele poderia livrá-lo do mal, mas escolheu não livrar.
Deus se torna o seu bode expiatório. Em segundo lugar, ele
culpa o Diabo pelos seus pecados e tenta justificar-se diante
de Deus, fazendo-se de mera vítima, afinal de contas, o Dia-
bo é o devorador, o mentiroso, o inimigo, o tentador.

Muitas pessoas se escondem por trás da máscara da fé,


utilizando a sua crença para esconder algo podre que exis-
te dentro de si (cf. Mt 23:27). É o que podemos observar
em certos pastores extremamente moralistas, que se veem

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envolvidos em escândalos de adultério, prostituição e cor-


rupção. Eles vivem uma vida incompatível com a sua fé,
reprimindo os seus impulsos pecaminosos através de uma
pregação veemente contra essas práticas.

Outros pregam uma fé ilusória, oferecendo-a como uma


fonte inesgotável de alegria. Surge daí a crença de que crente
não sofre, de que ele com Jesus sempre será feliz. No culto, o
pastor pergunta se alguém está feliz com Jesus, e todos levan-
tam as suas mãos, mas a realidade é que muitos que ali estão
não são felizes verdadeiramente. Essas pessoas têm Jesus em
suas vidas, mas também passam por tribulações e tristezas,
que acabam sendo mascaradas por medo ou por vergonha.

Esse tipo de pensamento impede que muitos cristãos en-


carem suas mazelas existenciais e resolvam seus problemas
interiores. Talvez isso explique a grande quantidade de sui-
cídios de líderes evangélicos nos último anos, bem como o
aumento de escândalos no meio dos cristãos.

Por fim, de fato a fé oferece ao ser humano soluções para os


seus maiores anseios. O problema está na forma como as pes-
soas buscam essa fé, isto é, na sua motivação. Em vez de buscar
o Deus que pode lhes proporcionar, o ser humano se concentra
apenas na solução, sem se importar com Deus de fato. Deus é
visto apenas como um meio, um instrumento para a satisfação
do seu ego. A compreensão é esta: “Se tenho Deus, não tenho
mais o que temer, todos os meus problemas acabaram”.

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Entendemos que Deus é poderoso para fazer muito mais


do que tudo que pedimos ou pensamos (Efésios 3:20). Ele
mesmo nos exorta a buscar e a pedir para sermos abenço-
ados (Mateus 7:7), porque sente prazer em nos dar boas
coisas (Mateus 7:11). Mas não podemos, de forma alguma,
usar a fé com o único objetivo de aliviar as nossas dores, de
resolver todos os nossos problemas, de fugir da realidade
ou de sublimar o nosso sofrimento. Muitos pregadores têm
oferecido essa solução imediata e fácil para os problemas
mais profundos do ser humano, apresentando um Deus que
está à mercê da vontade do homem, disposto a fazer com
que ele jamais sofra novamente. Em muitas teorias (e não na
Teologia), por exemplo, é dito que o crente não adoece de
maneira alguma, e afirmam que depressão é coisa do Diabo.

Também há pessoas que buscam fórmulas simples e rápi-


das para amenizar a sua dor, fórmulas que lhe apresentem
esquemas eficazes de como ser feliz sem muito esforço. Por
outro lado, existem muitos teólogos e autores de autoaju-
da que apresentam essas fórmulas que enganam as pessoas
com a ilusão de que é possível viver num mundo sem dor
e de que, como num passe de mágica, é possível resolver as
questões mais complexas e profundas da existência humana.

Devemos nos ater à realidade de que o sofrimento existe


e é necessário, pois faz parte da dinâmica do ser humano.
Atribulações produzem perseverança e maturidade. No en-
tanto, também não é errado querer ser feliz e desejar resol-

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ver as crises que aparecem, os problemas que nos cercam. O


erro está na forma errada como encaramos o sofrimento e
nos tipos de soluções que procuramos.

O sofrimento bem compreendido e bem administrado


é benéfico. Ele é como um elevador: entramos nele e po-
demos escolher para onde vai nos levar, para cima ou para
baixo. A gente é que aperta o botão, a atitude é nossa.

Muitas pessoas confundem a alegria que Paulo cita em


Fl 4:4, de estar alegre no Senhor através da espiritualidade,
com a ausência de sofrimento. Eu me pergunto: onde elas
buscam essa verdadeira alegria? Em que base alicerçam a
sua espiritualidade? Normalmente, a alegria é buscada na-
quelas coisas que são passageiras, na satisfação dos prazeres
pessoais, na conquista de bens materiais, na saúde perfeita,
não no Senhor. A espiritualidade torna-se uma negação da
realidade humana, dos sentimentos inerentes a todos nós,
sentimentos esses que nos fazem ser o que somos.

Clamemos ao Senhor para que o nosso ego seja controla-


do pelo Espírito Santo.

Deus nos dá a capacidade de, em alguns acontecimen-


tos da nossa vida, enxergar a realidade e saber discerni-la.
Embora tenhamos a Palavra de Deus em mãos e sejamos
exortados a confiar plenamente nela e no seu poder, ela não
garante que as soluções para os nossos problemas serão da
maneira que entendemos. Portanto, ao lidar com as nossas
crises, muito mais que usar a Bíblia como um escudo ou
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A N G E L A S I R I N O

uma arma de ataque contra as nossas agressões existenciais,


devemos conhecê-la profundamente (Colossenses 3:16).
Nela encontraremos respostas, mas não todas. Há coisas
que só entenderemos na eternidade. Eu acredito que, quan-
do chegarmos lá, nem vamos mais querer respostas.

Por fim, precisamos deixar os fiéis cientes de que o nosso


vazio existencial precisa ser preenchido por Deus através de
um relacionamento íntimo com o Espírito Santo. Sem esse
relacionamento, sem esse estar diante de Deus, não há cresci-
mento adequado. Para cada crise haverá um questionamento
e uma direção diferente em busca de uma solução, se é que ela
realmente existe. Uma depressão pós-divorcio será tratada de
maneira diferente de um abuso sexual; a frustração sobre um
casamento mal resolvido não será tratada da mesma maneira
que a frustração de um adolescente ao perder a sua primei-
ra namorada. Cada problema é único e especial. Mas há um
ponto comum entre todas as crises: a realidade muda quando
o ego é controlado pelo Espírito Santo.

O Espírito não trabalhará de maneira irracional na vida de


cada um, mas seguindo uma dinâmica celeste, levando em con-
ta cada realidade, trabalhando medos, frustrações, lembranças
amargas, dúvidas, iras e mecanismos de defesa. O Espírito nos
transformará na imagem e semelhança de Deus através da Sua
maravilhosa graça, do seu mover poderoso.

Aleluia!

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I M E R S Ã O

Ao findar a leitura deste capítulo, você consegue “exami-


nar suas emoções” e identificar em quais mecanismos você
se encaixa? Consegue identificar algo que já viveu na vida
que te fez usá-lo como defesa?

1 - MECANISMO DE DEFESA: ____________________

FATO:
_________________________________________________
_________________________________________________

O que costuma acionar o gatilho emocional:


_________________________________________________
_________________________________________________

2 - MECANISMO DE DEFESA: ____________________

FATO:
_________________________________________________
_________________________________________________

O que costuma acionar o gatilho emocional:


_________________________________________________
_________________________________________________

3 - MECANISMO DE DEFESA: ____________________

FATO:
_________________________________________________
_________________________________________________

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A N G E L A S I R I N O

O que costuma acionar o gatilho emocional:


_________________________________________________
_________________________________________________

4 - MECANISMO DE DEFESA: ____________________

FATO:
_________________________________________________
_________________________________________________

O que costuma acionar o gatilho emocional:


_________________________________________________
_________________________________________________

O bom de tudo isso é que, a partir do momento que des-


cobrimos quais são os mecanismos de defesa que mais usa-
mos, também costumamos descobrir quais situações acio-
nam o nosso gatilho emocional.

Desejo que cada um de nós aprenda a levar cativa sua


mente a Cristo. Ele nos dá mecanismos de perdão, aceita-
ção, amor, aprovação e santificação capazes de nos fazer
pessoas curadas e restauradas.

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OTIMIZANDO SEU
TEMPO
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C A P Í T U L O 4

OTIMIZANDO SEU
TEMPO

“Não temos como refazer o passado, mas o futuro está à


nossa disposição, para ganharmos ou perdermos.”
(Lyndon Johnson)

“Ensina-nos a contar os nossos dias de tal maneira que


alcancemos um coração sábio.”
Salmo 90:12

V ocê se identificou com alguns dos mecanismos de de-


fesa? Descobriu quais te atrapalham a lidar com situ-
ações que, por algum motivo, parecem ameaçadoras? Você
percebeu que são processos subconscientes, ou mesmo incons-
cientes, que permitem à nossa mente encontrar uma solução
para conflitos não resolvidos no nível da consciência. Essas
soluções podem ser positivas ou negativas, pois geralmente as
bases dos mecanismos de defesa são as angústias, o medo e a

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I M E R S Ã O

ansiedade, e quanto mais angustiados e ansiosos estivermos,


mais ativados esses mecanismos ficam.

O problema é que nem sempre somos capazes de resolver


um conflito de forma coerente, imediata e direta, pois nos-
sos problemas pessoais “não podem ser resolvidos somente
através da razão”. Isso se dá pelo fato de que os problemas
pessoais têm um envolvimento emocional, que diminui nos-
sa objetividade. Consequentemente, somos levados a resolvê-
-los de forma indireta e tortuosa, buscando um ajustamento
a fim de adaptar-nos às exigências que nos são impostas pela
sociedade em que vivemos, pela educação familiar que tive-
mos e pelas informações que recebemos em nosso meio de
convívio religioso, na maioria dos casos legalista.

Por isso, quando conhecemos os mecanismos de defesa


do nosso “eu”, somos mais perspicazes em analisar quais
deles temos usado e como melhorar nossa vida cotidiana.
Podemos ser, no dia a dia, mais tolerantes e compreensivos
com nós mesmos e com o próximo. Podemos até ajudar
uns aos outros.

Amo quando o salmista descreve um verso que faço questão


de aplicar aqui: “Ensina-nos a contar os nossos dias de tal manei-
ra que alcancemos um coração sábio” (Salmo 90:12).

Que bom que esse precioso trecho está registrado nas


Escrituras! É disso que precisamos: aprender a contar os
nossos dias, ou melhor, a “viver os nossos dias”. Não es-
tou falando de tentar saber quantos anos viveremos, mas

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A N G E L A S I R I N O

de compreender que precisamos viver exalando o perfu-


me de Cristo, desfrutando de nossa passagem pela vida,
gerando amor, alegria, vivendo a plenitude da vida abun-
dante que Ele projetou para nós aqui, apesar de passar-
mos por problemas.

Podemos dizer que “contar nossos dias com sabedoria”


é aprender a aproveitá-los da melhor forma possível. Até
porque a Bíblia também nos ensina que nossa ansiedade
pode mudar muito pouco os problemas. Em Mateus 6:27
está escrito: “Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acres-
centar um côvado ao curso de sua vida?”. Nenhum de nós
pode aumentar um minutinho sequer dos nossos dias na
Terra, podemos apenas aproveitar cada instante precioso,
não nos esquecendo de:

1. Ser gratos a Deus pela vida, pelo dia, pela noite, pelo
teto, pela família, pelos incontáveis motivos;

2. Divulgar em todo tempo o amor de Deus e o sacrifício


de Cristo na cruz por todos nós;

3. Trabalhar, estudar, cuidar da família, mas também des-


cansar, porque Ele supre os seus amados enquanto dormem
(Sl.127:2)

4. Crer e esperar a volta de Cristo, porque assim como


todas as demais promessas a seu respeito se cumpriram, um
dia Ele voltará, de fato, individualmente, para cada um de
nós, findando nossos dias aqui.

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I M E R S Ã O

Nosso “tempo” é muito precioso, ele é composto de se-


gundos, minutos, horas, dias, semanas, meses e anos... Por
isso, aprender a contar os dias é de suma importância. O
gerenciamento do tempo é fundamental para alcançarmos
o sucesso.

Quero compartilhar com vocês uma ferramenta de coa-


ching chamada TRÍADE DO TEMPO. Ela irá nos ajudar a
administrar melhor os nossos dias, visto que você já deve ter
detectado quais mecanismos de defesa atrapalham, parali-
sam, limitam ou atropelam seus relacionamentos. A tríade é
um modelo atualizado de classificação que mostra em gráfi-
cos e porcentagem como utilizamos nossas horas. O tempo
é uma parte inseparável da nossa vida; manhã, tarde e noite,
passado, presente e futuro.

Essa ferramenta será de suma importância para a sua


vida, pois com o tempo mais otimizado e com atitudes mais
conscientes, nos tornamos mais produtivos e, consequente-
mente, passamos a ter uma vida mais equilibrada.

Essa ferramenta divide o tempo em três esferas: “impor-


tante, urgente e circunstancial”.

IMPORTANTE

- Atividades que são relevantes em sua vida;


- Trazem resultado a curto, médio e longo prazo;
- As coisas importantes têm prazo para execução e nunca
são urgentes.

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A N G E L A S I R I N O

É a esfera da estrada certa, mas que nem sempre prio-


rizamos como “importante”. Repare, por exemplo, a ida a
um cardiologista para fazer um check-up. É uma tarefa im-
portante, que deve ser feita em determinado período com
hora e dia marcado. Mas não damos tanta ênfase como algo
importante e, se sofremos um infarto, a consulta passa a ser
urgente. Nesse caso, a tarefa importante tornou-se urgente,
pois não foi cumprida no tempo previsto.

URGENTE

- Atividades para as quais o tempo está curto ou se esgotou;


- Chegam em cima da hora, não podem ser previstas e
normalmente geram estresse e pressão; ex: relatórios
inesperados, problemas de saúde, reuniões emergenciais,
etc. A negligência às coisas importantes conduz nossa ro-
tina a um frequente regime de urgência.

Note que adiamos o importante e resolvemos o urgente.


Vivemos em um frequente regime de urgências: carro que
estragou, dente que inflamou, médico de emergência.

CIRCUNSTANCIAL

- Atividades desnecessárias ou excessivas;

Gastos inúteis de tempo feitos por comodidade ou por


serem socialmente apropriados. É a esfera da estrada que
não leva a lugar nenhum, que não traz nenhum resultado, e
sim frustrações. É o uso exagerado da internet, certas festas

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I M E R S Ã O

e reuniões sem propósitos, mensagens de tantos grupos de


WhatsApp que roubam nosso tempo, horas perdidas diante
da TV e conversas fúteis.

Espero que após essa leitura possamos otimizar melhor o


nosso tempo para desfrutarmos de um futuro precioso.

“Não temos como refazer o passado, mas o futuro está à


nossa disposição para ganharmos ou perdermos.”
(Lyndon Johnson)

Antes de continuarmos, pense sobre o que você fez no últi-


mo bimestre, mês, semana ou dia. Pense nas coisas que você
deixou de fazer ancorado por algum mecanismo de defesa; re-
flita a respeito das coisas que você fez, mas que não te trouxe-
ram um resultado positivo, ou ainda nas coisas que você não
deveria ter feito.

Quantas coisas você realizou que realmente fizeram a dife-


rença? Pense sobre quais coisas você fez que trouxeram resulta-
dos positivos para sua vida pessoal, espiritual, familiar e profis-
sional. Quanto tempo você dedicou a resolver problemas que
você mesmo causou? E quanto tempo você usou para “apagar
fogo”? Refiro-me àqueles problemas que surgem e são urgentes
e estressantes de se resolver. Quanto tempo você utilizou em
atividades triviais, que não têm nada a ver com seus objetivos
de vida? Quanto tempo você jogou fora em conversas sem sen-
tido, assistindo a um programa, lendo uma revista ou olhando
aleatoriamente as redes sociais, desperdiçando tempo precioso
que poderia ser gasto em coisas mais importantes? Já deu para
refletir, né?! Então vamos ao teste:

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A N G E L A S I R I N O

E aí, o que achou do seu resultado? A tríade do tempo


equilibrado é em média: URGENTE, 20%; IMPORTANTE,
70%; CIRCUNSTANCIAL, 10%.

Existem algumas composições da tríade que merecem


uma análise mais criteriosa. As mais perigosas surgem
quando a esfera da importância é menor em relação à esfera
da urgência ou das circunstâncias. O objetivo da metodolo-
gia é aumentar seu tempo dedicado às coisas importantes,
de forma a levar a sua tríade pessoal a um padrão próximo
do ideal. As composições nefastas deixam as coisas impor-
tantes de lado. Vejamos o que diz Christian Barbosa em seu
livro “Tríade do Tempo”.

1. O Super-Homem

A tríade do Super-Homem tem a esfera da urgência com


a maior porcentagem. A segunda maior é a esfera das cir-
cunstâncias. O gráfico da tríade é parecido com o modelo
a seguir:

Chamam essa composição de Super-Homem, pois


quem tem esse tipo de tríade tem a tendência de viver sal-
vando a humanidade. Vive resolvendo crises, problemas
urgentes que aparecem no dia a dia. Gosta de ajudar os
outros com tudo. Apagar incêndios já é tão comum que
ele acredita que isso seja o normal. Esse é o problema. Ele
está tão preso na urgência, sufocado com os problemas,
que raramente sobra tempo para atividades importantes.
Tudo é imediato, para ontem!

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I M E R S Ã O

Nesse modelo, a esfera das circunstâncias é a segunda


maior, pois é a fuga da rotina da urgência. É a forma de se
desligar da rotina estressante. Nesse caso, considera rela-
xantes as horas que dorme em excesso, as rodas de conver-
sas prolongadas com os amigos, o tempo gasto em ativida-
des fúteis. Essas atividades, que podem ser muito prazerosas
no tempo certo e na hora oportuna, são usadas, nesse caso,
como uma válvula de escape do estresse diário.

Essa tem sido uma composição recorrente nas tríades


analisadas. É a tendência mundial da vida na urgência.
Os resultados são estresse, cansaço, depressão, insegu-
rança e doenças.

2. Homer Simpson

A tríade do Homer Simpson tem a esfera das circuns-


tâncias com a maior porcentagem. A segunda maior é a
esfera da urgência. O gráfico da tríade é parecido com o
modelo a seguir:

Lembra o personagem Homer, o pai do Bart, da família


Simpson; cai como uma luva nesse papel. Se você recordar
alguns episódios da série, pode identificar que o Homer tem
uma vida de circunstâncias. Faz o que é socialmente aceitá-
vel, trabalha na fábrica porque nunca conseguiu um empre-
go melhor – mas também não tenta sair de lá. Vive seu papel
de pai de acordo com o que o Bart decide e é um boneco
como marido. O Homer é um escravo do destino, vive o que
surge e não busca algo melhor para si.

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A N G E L A S I R I N O

Assim são as pessoas que têm a esfera das circunstâncias


maior. Elas vivem o momento que surge, a roda viva do mais
fácil. A ausência de sonhos ou da coragem de lutar por eles
deixa as circunstâncias dominarem. Como não sabe o que
quer, qualquer coisa que surge é sempre aceitável.

Vivem casamentos de aparência. Nunca têm tempo de


ouvir as pessoas, pois dividem suas horas entre coisas e
eventos que apareciam.

Muitas pessoas vivem dessa forma. Deixam a vida passar,


submetendo-se ao acaso. Se sua tríade é assim, está mais do
que na hora de mudar, de assumir sua posição de piloto e
lutar pelos seus sonhos.

3. O equilibrista

A última composição perigosa é a tríade do equilibrista.


Ela possui porcentagens muito semelhantes das esferas da
circunstâncias e da urgência. O gráfico dessa tríade é pare-
cido com o modelo a seguir:

A imagem do equilibrista de pratos é perfeita para essa


composição, sustentando em uma das mãos as tarefas ur-
gentes e, na outra, as circunstanciais.

Muitos passam a vida entre as urgências e as circuns-


tâncias. Aqui se encontram os maiores casos de estresse,
pois essas pessoas absorvem, além das urgências, todas as
circunstâncias que aparecem. Geralmente, dizem poucos

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I M E R S Ã O

“não” e quase não têm hábito de planejamento. Saem do tra-


balho, igreja ou colégio esgotadas, sentindo dores nos olhos,
na cabeça, nas costas. Chegam em casa sem energia para
estudar, para ficar com a família ou fazer exercícios. Perdem
boa parte do tempo tentando recuperar suas energias para
fazer algo produtivo.

A vida passa rápido demais para o equilibrista. Cada dia


é um grande agito. Está sempre ocupado e preocupado.
São pessoas maravilhosas, sempre disponíveis. Há alguém
assim ao seu redor? Você já reparou que equilibristas sem-
pre aceitam novas tarefas? É bem comum que as pessoas se
sintam mais confortáveis com as urgências e circunstân-
cias do que ao ter controle sobre seus processos, organi-
zar seu tempo, seu trabalho, reavaliar sua vida. É fácil ficar
sempre ocupado quando você tem um mundo desconhe-
cido para enfrentar.

“Se não decides tuas prioridades e quanto tempo dedicarás


a elas, alguém decidirá por si”
(Harvey Mackay)

“Você nunca encontrará tempo para nada. Se precisar de


tempo, terá que criá-lo”
(Charles Buxton)

Após ver seu resultado no teste, quero te convidar a assu-


mir sua responsabilidade. Passe a identificar em qual esfera
de atividade você se encontra:

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IMPORTANTE, URGENTE OU CIRCUNSTANCIAL?


PRIORIZE A ESPERA DA IMPORTÂNCIA

1 - Tarefas importantes têm prazo (horas, dias, semanas,


meses, anos, etc.) para serem feitas. Do contrário, elas seriam
urgentes.

2 - Essas atividades são pessoais, têm importância para


você, nem sempre para os outros.

3 - Proporcionam prazer ao serem executadas.

4 - Trazem algum tipo de resultado positivo a curto, médio


ou longo prazo.

5 - Em geral, são espontâneas.

DIMINUA A ESPERA DA URGÊNCIA

Reflita sobre a razão do aparecimento de uma ativida-


de urgente.

1 - Eu poderia ter prevenido, planejado para evitar a urgência?

2 - É possível pedir ajuda a alguém em relação a essas


atividades?

3 - Planeje, faça previsões, delegue, aja imediatamente


diante da urgência.

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I M E R S Ã O

DIMINUA A ESPERA DA CIRCUNSTÂNCIA

1 - Defina objetivos;

2 - Mantenha o foco;

3 - Diga não: “Desculpe, não posso fazer isso, não vou


poder me dedicar a essa tarefa neste momento”.

“A coisa mais divina que há no mundo é viver cada


segundo como nunca mais.”
Vinícius de Moraes

A aplicação da tríade do tempo, testada e aprovada por


milhares de pessoas, permitirá que você realize pequenas
pausas entre as tarefas e, ainda assim, consiga ser mais pro-
dutivo e se dedicar ao que é realmente importante para sua
vida. Ao aplicar a tríade em sua vida, você conseguirá:

• Aprender efetivamente a equilibrar vida pessoal, fa-


miliar, espiritual, social e profissional;

• Identificar as atividades que estão roubando seu tempo;

• Aprender a definir metas efetivas e executá-las;

• Evitar reuniões desnecessárias e outros compromissos


inúteis;

• Gerenciar seu e-mail e redes sociais sem que te escra-


vizem.

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A N G E L A S I R I N O

• Aprender a delegar e a gerenciar pessoas de forma eficaz.

Vamos finalizar fazendo uma avaliação a fim de oti-


mizar nosso tempo? Coloque como meta em oração o
pedido para que Deus nos ensine a contar os nossos dias
sabiamente, que Ele nos ajude a termos atitudes coeren-
tes, prudentes e inteligentes, recheadas de muita sabedo-
ria do alto.

OTIMIZANDO MEU TEMPO.

1 - O que você não mais aceitaria em sua vida?


____________________________________________________
____________________________________________________

2 - O que realmente é importante em sua agenda hoje?


(Daqui para frente)
____________________________________________________
____________________________________________________

3 - O que você pode fazer para ter coisas mais importantes


em sua agenda? Sugira algumas.
____________________________________________________
____________________________________________________

4 - Como será feito, a partir de agora, o planejamento do


seu dia?
____________________________________________________
____________________________________________________

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I M E R S Ã O

5 - Quais atividades em sua vida são sempre urgentes?

Vida pessoal : ________________________________________


________________________________________________________

Família: _____________________________________________
________________________________________________________

Ministério ou profissão: _____________________________


__________________________________________________________

6 - Como você pode prevenir a urgência dessas atividades?


____________________________________________________
____________________________________________________

7 - Que atividade você pode planejar para evitar essa


urgência?
____________________________________________________
____________________________________________________

8 - É possível pedir a alguém que te ajude com algumas


atividades?
____________________________________________________
____________________________________________________

9 - Você é preocupado em conseguir a aprovação das pessoas?


____________________________________________________
____________________________________________________

10 - Você precisa aprender a dizer não para algo ou alguém?


____________________________________________________
____________________________________________________

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A N G E L A S I R I N O

11 - O que você ganha tendo um bom planejamento?


____________________________________________________
____________________________________________________

Isso mesmo. Parabéns! Você já começou a fazer um mer-


gulho mais profundo dentro de você.

Agora vamos fechar os vazamentos de nossas energias.


Vamos fazer uma lista de insatisfações, observando tudo
que nos incomoda e que podemos melhorar. Que tal co-
meçarmos com a aparência física? Podemos refletir so-
bre o que podemos mudar, por exemplo, fazer um regi-
me, cuidar dos cabelos, mudar o estilo de roupa. Depois,
observe sua casa, conserte o que é preciso, jogue fora o
que é lixo, dê de presente para outra pessoa aquilo que
não te serve mais, mas que para ela seja importante.

Depois, organize seu ambiente de trabalho, e assim por


diante, como se você estivesse passando um pente fino
em todas as áreas de sua vida, inclusive em suas emo-
ções. Feche principalmente os vazamentos relacionados
a pessoas e hábitos. Por exemplo, afaste-se dos pessimis-
tas, aprenda a dizer não para algumas pessoas, deixe de
seguir outras em sua rede sociais. Para que querer saber
sobre o que as pessoas diariamente postam? Preocupe-se
realmente com o que é de fato mais importante.

Depois determine o tempo que você precisa para solucio-


nar os problemas, jogar coisas fora e consertar vazamentos,

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sejam eles físicos ou ligados às suas emoções. Crie um plano


de ação e cumpra-o! Estabeleça um tempo.

Sugestões:

- Limpe a casa de cima a baixo. Jogue fora tudo o que não


serve mais;

- Faça o mesmo com o escritório, a mesa de trabalho,


gavetas, arquivos, rascunhos. Se você não respondeu
aqueles e-mails do ano passado, esqueça. Eles não têm
mais importância.

- Conserte o carro, lanternas quebradas, arranhões e vi-


dros trincados. Dê uma lavagem geral.

- Doe todas as roupas e sapatos que você não vai usar


mais e que estão ocupando espaço.

- Doe livros que você não vai ler mais.

- Coloque em dia sua correspondência, seus e-mails,


mensagens de WhatsApp.

- Se desculpe e saia dos grupos de WhatsApp que sugam


sua energia.

- Conserte tudo o que não está funcionando bem na sua


casa, no seu escritório, os equipamentos, torneiras, etc.

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- Devolva o que foi emprestado, peça de volta o que em-


prestou ou se esqueça do assunto.

- Mantenha suas finanças controladas. Se for o caso, faça


um plano para sair do cheque especial. O mesmo vale
para dívidas de cartão de crédito. Aprenda a viver com o
que você tem.

- Organize todos os seus documentos pessoais. Veja se a car-


teira de motorista está vencida, assim como o passaporte.

- Atualize todos os exames de saúde e vacinas.

- Vá ao médico regularmente para fazer um check-up. O


mesmo vale para o seu dentista.

- Mantenha o seu corpo em forma, pratique esportes.

- Resolva as questões pendentes com outras pessoas. Se


não puder fazer isso pessoalmente, faça dentro de você.

- Peça ajuda quando você precisar, lembre-se de que você


não precisa ser um super-homem ou uma super-mulher.

- Não fique magoado com as pessoas que um dia te feriram e te


fizeram sofrer, pois o rancor drena a sua energia.

- Mantenha uma vida conectada com Deus, potencialize


o seu lado espiritual, envolva-se em atividades na igreja,

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seja servindo ou auxiliando. Isso te dará mais forças para


enfrentar os desafios do dia a dia.

- Encontre espaço para o lazer.

- Tenha tempo de qualidade com a sua família.

- Durma a quantidade de horas necessárias para se sentir


bem disposto.

- Alimente-se bem e com equilíbrio.

- Pare por alguns momentos do seu dia para perceber


como você se sente .

- Busque adquirir conhecimentos em áreas importante


para sua vida emocional, ministerial e profissional.

- Mantenha contato com as pessoas que você gosta, nem


que seja por telefone.

Trate-se com carinho, afinal de contas “você é muito es-


pecial”. Você só conseguirá amar plenamente as pessoas
quando amar a si mesmo.

“Amarás teu próximo como a ti mesmo.”


(Mateus 22:39)

Amar a si mesmo inclui cuidar do corpo, da alma e do


espirito; isso incluiu otimizar nosso tempo e, consequente-
mente, nossos resultados na vida.

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O QUE PARALISA
NOSSAS ATITUDES?
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C A P Í T U L O 5

O QUE PARALISA
NOSSAS ATITUDES?

“Embora preferíssemos acreditar que é o intelecto que nos


guia, são nossas emoções – as sensações que vinculamos aos
pensamentos – que realmente nos guiam.”
(Anthony Robbins)

“Nossas emoções podem mover ou paralisar


nossas atitudes.”
(Angela Sirino)

D eixe-me usar o texto que está em (João 5:1-9): “De-


pois disso, houve uma festa dos judeus, e Jesus foi até
Jerusalém. Ali existe um tanque que tem cinco entradas e que
fica perto do Portão das Ovelhas. Em hebraico, esse tanque se
chama Betesda. Perto das entradas estavam deitados muitos
doentes: cegos, aleijados e paralíticos. Esperavam o movimen-
to da água, porque de vez em quando um anjo do Senhor
descia e agitava a água. O primeiro doente que entrava

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no tanque depois disso sarava de qualquer doença. Entre


eles havia um homem que era doente fazia trinta e oito
anos. Jesus viu o homem deitado e, sabendo que fazia todo
esse tempo que ele era doente, perguntou: “Você quer ficar
curado?”. Ele respondeu: “Senhor, eu não tenho ninguém
para me pôr no tanque quando a água se mexe. Cada vez
que eu tento entrar, outro doente entra antes de mim. En-
tão Jesus disse: “Levante-se, pegue a sua cama e ande! No
mesmo instante, o homem ficou curado, pegou a cama e
começou a andar. Isso aconteceu no sábado”.

Muitas vezes nos comportamos como paralíticos emo-


cionais. Ficamos paralisados diante da vida pela depressão,
medos, insegurança, angústias, maus pressentimentos, frus-
trações, mágoas, sentimento de inferioridade, rejeição, ca-
rência afetiva, culpas e tantas outras emoções tóxicas.

Ficamos deitados sobre a maca do conformismo, da aco-


modação, da desesperança, dos sentimentos de inutilida-
de e de impotência. Ficamos cheios de autocomiseração,
rejeição e dependência emocional, esperando por alguém
ou por algo, assim como o paralítico esperava pelo anjo.
Ficamos esperando que a situação ou as pessoas à nossa
volta mudem ou que façam alguma coisa por nós. Quando
alguém, assim como Jesus, nos oferece apoio, não aproveita-
mos a oportunidade, preferindo nos lamentar e nos queixar,
focados nas dificuldades e no quanto somos injustiçados,
desprezados, rejeitados ou ignorados.

O que precisamos fazer é decidir, tomar uma atitude,


tomar nossa maca, crendo que Deus tem o poder que nós

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A N G E L A S I R I N O

não temos de restaurar nossa sanidade perdida. Ele restaura


nosso físico e também nossas emoções, nossa forças, nossa
esperança, nossa alegria, nossa paz, nossa coragem, nossa
autoestima, nosso valor, nosso sentimento de significado e,
por fim, restaura nossos sonhos. Ele nos põe de pé, nos põe
para andar, nos dá um novo coração, uma nova vida, uma
nova chance.

Mas você sabe o que te paralisa? Qual é a maca sobre a


qual você tem se deixado ficar entregue? Em que ou no que
você está colocando suas expectativas e esperanças? Que
atitude ou decisão você precisa tomar para mudar sua vida?
O que tem feito com que o jardim da sua vida não floresça?

Embora não seja regra absoluta, não podemos negar que


o que aconteceu em nossa infância e as primeiras experi-
ências afetivas podem influenciar na maneira com a qual
lidamos com os relacionamos posteriores e na leitura que
temos das coisas que acontecem ao nosso redor.

As boas e más experiências infantis afetam, sim, nossa


qualidade de vida quando adultos. Posteriormente, tam-
bém influenciam na maneira como trataremos nossos
filhos, tanto do ponto de vista do afeto quanto do en-
frentamento de adversidades. Agiremos reproduzindo os
comportamentos que conhecemos ou seremos diferentes,
a fim de protegermos nossas emoções?

Funciona mais ou menos assim: cada pessoa reage de


forma diferente a uma pisada nos pés. Um grita e automa-
ticamente empurra quem pisou no seu pé. O outro arre-

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I M E R S Ã O

gala os olhos, segura o corpo para não agredir o outro de


imediato e ainda reprime o choro. Mesma situação, atitu-
des diferentes.

Passar por situações nas quais a raiva é acionada dentro


de nós é natural e acontece com todos. O problema não é o
sentimento, e sim o que fazemos após ele. O salmista escre-
veu: “Irai-vos e não pequeis; consultai no travesseiro o cora-
ção e sossegai” (Salmo 4:4). Paulo reforça esse ensinamento
dizendo: “Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a
vossa ira” (Efésios 4:26). O problema não é a emoção negati-
va da raiva, e sim o que fazemos depois de senti-la.

Em João 16:33 está escrito: “Tenho-vos dito isto, para que


em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom
ânimo, eu venci o mundo”. Não fomos enganados pelo Cria-
dor. Ele nos avisou por diversas vezes sobre o fato de que en-
frentaríamos problemas durante nossas vidas. Ele também
nos ensinou caminhos para a superação, nos aconselhou a
ter fé, coragem e esperança em vários versos. Nota-se que
Ele nos ensinou os caminhos da resiliência.

Entretanto, as adversidades vivenciadas no dia a dia po-


dem gerar em nós traumas emocionais e psicológicos que
são resultado de eventos extremamente estressantes, even-
tos estes que quebram a nossa sensação de segurança, fazen-
do com que nos sintamos impotentes. Esses traumas podem
ser causados por situações repentinas, como um acidente,
uma lesão corporal, um desastre natural ou ataques violen-
tos; ou por estresse contínuo, como viver em um bairro de
alta criminalidade ou lutar contra uma doença altamente

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A N G E L A S I R I N O

fatal. Pode ser a súbita morte de alguém próximo, o rom-


pimento de um relacionamento significativo ou uma expe-
riência humilhante e profundamente decepcionante. Pode
ser a traição de uma amiga, do cônjuge, a indiferença de um
filho... Enfim, são muitas as atribulações que vivenciamos
no dia a dia.

Vale lembrar que um trauma da infância pode ter um


efeito grave e de longa duração. Quando o trauma de infân-
cia não é resolvido, uma sensação de medo e impotência se
transfere para a idade adulta.

Vejamos alguns fatores que aumentam a probabilidade de


trauma.

Marque SIM ou NÃO nos campos a seguir, de acordo


com suas experiências.

Ambiente familiar instável ou inseguro ______

Separação dos pais ______

Doença grave ______

Procedimentos médicos invasivos ______

Abuso verbal, físico ou sexual _____

Violência doméstica ______

Negligência ______

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I M E R S Ã O

Assédio moral ______

Resultado:

Até 3 respostas NÃO = Alta probabilidade de trauma

De 4 a 6 respostas NÃO = Média probabilidade de trauma

De 7 a 9 respostas NÃO = Pouca probabilidade de trauma

Maioria de respostas NÃO = Trauma quase improvável.

As pessoas reagem de maneiras diferentes ao trauma,


passando por uma ampla gama de reações físicas e emocio-
nais. Não há maneira certa ou errada de pensar, sentir ou
responder, por isso não julguemos nossas próprias reações
ou as de outras pessoas. Vamos abordar alguns dos sintomas
mais comuns do trauma:

Sintomas emocionais

Marque SIM ou NÃO nos campos a seguir, de acordo


com suas experiências.

Negação ou descrença ______

Raiva, irritabilidade e alterações de humor ______

Culpa e vergonha ______

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A N G E L A S I R I N O

Sentir-se triste ou desesperado ______

Confusão e dificuldade de concentração ______

Ansiedade e medo ______

Afastar-se dos outros ______

Sentir-se desligado ______

Depressão e desejo de suicídio ______

Resultado:

Até 3 respostas NÃO = Muitos sintomas emocionais

De 4 a 6 respostas NÃO = Sintomas emocionais médios

De 7 a 9 respostas NÃO = Poucos sintomas emocionais

Maioria de respostas NÃO = Sintomas emocionais nulos

Os sintomas físicos

Marque SIM ou NÃO nos campos a seguir de acordo com


suas experiências.

Insônia ou pesadelos ______

Assusta-se facilmente ______

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I M E R S Ã O

Aceleração dos batimentos cardíacos ______

Dores ______

Fadiga e sensação de aperto no coração ______

Dificuldade de concentração ______

Nervosismo e agitação ______

Tensão muscular ______

Resultado:

Até 3 respostas NÃO = Muitos sintomas físicos

De 4 a 6 respostas NÃO = Sintomas físicos médios

De 7 a 9 respostas NÃO = Poucos sintomas físicos

Maioria de respostas NÃO = Sintomas físicos nulos

Os sintomas geralmente duram alguns dias ou meses,


no entanto, em alguns casos, podem durar anos. Eles vão
gradualmente desaparecendo à medida que você processa
o trauma.

Mesmo quando você está se sentindo melhor, pode ser


perturbado de vez em quando por memórias dolorosas ou
emoções ruins, como o aniversário do evento traumático ou
algo que o lembre.

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A N G E L A S I R I N O

Por exemplo, uma pessoa que viveu algo traumático


durante as festas de fim de ano pode apresentar um es-
tresse súbito nesse período. Como se livrar de tudo isso?
O salmista diz assim: “Só Ele cura os de coração que-
brantado e cuida das suas feridas”. Em Deus podemos
superar tudo isso.

Vamos ver as principais emoções que podem gerar pro-


fundas feridas emocionais. Observaremos detalhes impor-
tantes para que possamos restaurar o jardim de nossa vida,
a fim de que possamos florescer. Ao final de cada emoção,
pedimos para você compartilhar alguma lembrança sobre o
assunto. Esse passo será de suma importância para o pro-
cesso de florescimento em nossa vida.

1 - Dor e sofrimento.

“A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional. O que não


te mata te fortalece.”
(Tim Hansel)

A dor é algo que acontece na vida de todos. Ela pode ser


física, moral, emocional ou psíquica. Ela se caracteriza por
ser derivada de algo concreto que aconteceu conosco em
qualquer um desses aspectos mencionados. Por exemplo:
uma agressão física, um comentário maldizente que feriu
nossa moral, uma desilusão amorosa, etc.

A dor deve ser vivida, porém não deve ser eternizada.


Tudo tem um tempo para ser vivenciado, até mesmo a dor.

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I M E R S Ã O

“Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo


de dançar.” (Eclesiastes 3:4).

A dor e o sofrimento geralmente caminham juntos, mas


não deveria ser assim. O sofrimento decorre de como nós
lidamos com a situação de dor. É a manutenção da dor, fazer
dela nosso bichinho de estimação, dar alimento emocional
a ela diariamente. Daqui a pouco, a dor fica tão grande que
toma conta da nossa mente, do nosso coração e afeta até o
corpo.

Você consegue se lembrar de alguma época da sua vida


em que viveu uma situação de dor?

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Você consegue se lembrar de alguma época de sua vida que


está remoendo dentro de si e que tem lhe gerado sofrimento?

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A N G E L A S I R I N O

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CONSELHO:

Deus nos advertiu que, enquanto estivéssemos passando


por esta vida aqui, teríamos dias difíceis, tendenciosos à dor
e ao sofrimento. No entanto, Ele nos deu um conselho para
vencê-los: “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais
paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci
o mundo.” (João 16:33).

Ele nos mostra que as lutas e dores pelas quais passamos


enquanto estivermos aqui podem produzir a perseverança,
que é uma qualidade daquele que persiste e que tem cons-
tância nas suas ações, que não desiste diante das dificulda-
des. Não permita que as dores sejam mantidas e alimenta-
das, gerando um posicionamento de sofrimento.

“Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato


de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a
prova da sua fé produz perseverança.” (Tiago 1:2-3)

2 - A humilhação

Essa ferida é gerada no momento em que sentimos que


os outros nos desaprovam e criticam. Ouvimos frases tais
como: “Você não sabe de nada, é um desastre em tudo que
faz, nasceu para ser um ninguém”. Por incrível que pareça,
se não tratarmos isso em nós, podemos criar esses mesmos

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I M E R S Ã O

problemas em nossos filhos, dizendo-lhes que eles são estú-


pidos, maus ou mesmo exagerando em comparações. Isso
destrói a criança e a sua autoestima.

Uma pessoa criada em um ambiente assim pode desen-


volver uma personalidade exageradamente dependente.
Outra possibilidade é o desenvolvimento da tirania, um
mecanismo de defesa em que a pessoa passa a humilhar os
outros para se sentir mais valorizada.

Somos humilhados quando alguém ataca nossa dignida-


de como pessoa de diversas maneiras. É uma forma de nos
difamar, seja de forma privada ou de forma pública, sendo
esta última a mais dura.

As consequências de se sentir humilhado repercutem di-


retamente na autoestima, na confiança nos outros e na espe-
rança no que você faz e espera do mundo. Quando alguém
te humilha, você sente como se tivessem te arrebatado da
forma mais cruel possível.

A humilhação pode acontecer pela sua aparência física,


por conta de seu nível econômico, sexo, raça, nível intelec-
tual, doença, etc. Pode ser um ataque claramente identifi-
cável, ou até mesmo um tratamento vexatório ao longo de
determinado tempo. É uma das situações mais difíceis de
superar devido às implicações psicológicas que gera em nós.

Você consegue se lembrar de alguma época de sua vida


em que viveu uma situação de humilhação?

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CONSELHO:

Como Jesus disse: “Quem a si mesmo se exaltar será hu-


milhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado.” (Ma-
teus 23.12).

Ele já passou por humilhações e nos dá um conselho de


como devemos agir. Observe a diferença: não é quando al-
guém te humilha que você é exaltado, e sim quando você
mesmo SE humilha!

A palavra humilhar significa se rebaixar, ou ser rebaixa-


do. Jesus hoje é o mais exaltado de todos, pois Ele poderia
impedir que o humilhassem. Contudo, naquele momento,
ele estava se humilhando em favor de um povo que não o
amava!

“E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo,


tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz.” (Filipenses
2:8).

Se em algum momento de sua vida você se sentir humilhado


e diminuído diante de alguém, ou até mesmo de você mesmo,
erga sua cabeça. Não se deixe envolver por esse sentimento. Va-

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I M E R S Ã O

lorize-se como pessoa. Se alguém nos humilhou, é necessário


que façamos o contrário, pois nunca devemos pagar na mesma
moeda. Devemos utilizar a coragem e a força interior que te-
mos para superar esses momentos.

Precisamos procurar não nos revoltarmos pela humilha-


ção sofrida, mas sim encará-la como mais uma prova que
a vida nos coloca e que, com certeza, iremos transpor com
muito sucesso, pois firmados em Cristo somos capazes de
superar qualquer dificuldade, até mesmo a humilhação.

3 - Tristeza

A tristeza é uma das emoções mais básicas do ser huma-


no. É uma sensação que nos trava por infinitos motivos, que
nos desliga e nos obriga a olhar na direção da nossa própria
introspecção em busca de razões e explicações.

A tristeza é um sentimento momentâneo, considerado


saudável e até importante pelos médicos. Ajuda na elabo-
ração das perdas ou sofrimentos ocasionais. No entanto, se
ela se tornar crônica, irá se instalar um problema que pode
levar à depressão.

Você consegue se lembrar de alguma época da sua vida


em que viveu uma situação de tristeza?

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CONSELHO:

Só podemos combater a tristeza com a alegria. Ainda que


a vida de ninguém seja um mar de rosas, podemos passar
por todas as atribulações sem perder a fé, a paz e a espe-
rança. A alegria divina não é sinônimo do fim dos nossos
problemas, mas representa a esperança de um final feliz. O
Espírito Santo nos traz a verdadeira e eterna alegria. Por isso
Paulo diz: “Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi:
Alegrem-se!” (Filipenses 4:4).

Tire o foco do que te traz tristeza, enumere pelo menos


10 motivos para agradecer a Deus. A gratidão gera alegria e
contentamento.

Gosto muito de uma história. Ela vai te inspirar muito:

Conta-se que certo homem encontrou-se com um amigo,


que era um grande e reconhecido poeta, e pediu-lhe:
– Olá, meu amigo... Que bom encontrá-lo. Estava pen-
sando justamente em você. Vou vender o meu sítio, que
você conhece tão bem. Poderia redigir para mim o anúncio
do jornal?

O poeta, prontamente, apanhou o papel e escreveu:

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I M E R S Ã O

“Vende-se encantadora propriedade, na qual cantam os


pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por
cristalinas águas de um ribeiro. A casa banhada pelo sol
nascente oferece a sombra tranquila das tardes na varanda”.
– Ficou ótimo, meu amigo. Eu sabia que ninguém pode-
ria fazer um anúncio melhor que você. Obrigado.

Meses depois os dois se reencontraram, e o poeta pergun-


tou ao homem se ele já havia conseguido vender o sítio.
– Nem pense mais nisso, meu amigo. Quando cheguei em
casa e li o anúncio para a minha esposa, descobrimos que
somos donos de um pequeno paraíso!

Às vezes somos felizes e não sabemos. Agradeça!

“Eu te louvarei, Senhor, com todo o meu coração; contarei


todas as tuas maravilhas.”
(Salmo 9.1)

4 - Rejeição

É uma ferida profunda que se forma quando a criança


não se sentiu suficientemente amada e acolhida pelas figuras
de referência que estavam ao seu redor. As pessoas formam
suas identidades a partir da maneira como são tratadas. Se
forem desvalorizadas e depreciadas constantemente, podem
internalizar em si uma autoimagem de que não são merece-
doras de afeto e de que não possuem atributos suficientes
para serem aceitas em sociedade.

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A N G E L A S I R I N O

O rejeitado passa então a rejeitar-se. Na idade adulta,


muitas vezes, mesmo frente ao sucesso e obtendo bons re-
sultados, essa pessoa pode apresentar grande fragilidade
diante de qualquer crítica que exponha seus medos internos
de insucesso.

Você consegue se lembrar de alguma época da sua vida


em que viveu uma situação de rejeição?

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CONSELHO:

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu


Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça,
mas tenha a vida eterna.” (João 3:16). Amar o mundo não
significa escolher todas as pessoas do mundo? Não! Veja o
que Jesus falou sobre seus discípulos: “Se vocês fossem do
mundo, o mundo os amaria por vocês serem dele. Mas eu os
escolhi entre as pessoas do mundo, e vocês não são mais dele.
Por isso o mundo odeia vocês.” (João 15:19 NTLH).

Você é uma pessoa privilegiada. Ele te escolheu dentre


milhares. Substitua da sua mente a rejeição pela aceitação.

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I M E R S Ã O

5 - Traição

Uma criança que se sentiu repetidamente traída por um de


seus pais, principalmente quando este não cumpria as suas
promessas, pode nutrir uma desconfiança que, mais tarde, se
transforma em inveja. Quem não recebe o que foi prometido
pode não se sentir digno de ter o que os outros têm.

Pessoas que passaram por isso desenvolvem uma ten-


dência maior de tentar controlar tudo e todos ao redor em
uma tentativa de trazer para si o comando de variáveis que,
antigamente, faziam com que se sentissem preteridas e in-
justiçadas. Quando perdem o controle, ficam nervosas e se
sentem perdidas.

Quando uma pessoa nos trai, geralmente sentimos que


o que ela disse em relação a seus sentimentos por nós era
mentiroso. Quem foi traído anteriormente depositava sua
confiança no traidor, acreditava em sua palavra e nas suas
ações, e confiava que as atitudes dessa pessoa para com ela
eram honestas e sinceras; no entanto, descobriu que era jus-
tamente o contrário.

A primeira sensação é a incredulidade. Em seguida, po-


dem surgir a ira, o pranto e o sentimento de ter feito papel
de bobo. No entanto, não devemos nos esquecer de que a
pessoa traída sentirá o acontecido no momento e se lem-
brará algumas outras vezes dessa traição, enquanto que a
pessoa que cometeu a traição carregará esse peso em sua
consciência, e sua reputação será influenciada por isso.

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A N G E L A S I R I N O

Às vezes esse fato não consola, mas temos que pensar que
a bondade normalmente é recompensada, e a falsidade, cas-
tigada. Essa é a lei da semeadura.

Você consegue se lembrar de alguma época da sua vida


em que viveu uma situação de traição?

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CONSELHO:

Certa vez, ouvi uma mensagem que me marcou pro-


fundamente. O preletor estava falando sobre as traições
que acabamos vivenciando em nossa jornada aqui na
Terra, e ele disse que era inevitável não carregarmos al-
gumas marcas desagradáveis. Ele dizia: “Quem nunca foi
traído por um amigo, um colega de trabalho, um chefe,
um funcionário, um namorado, o cônjuge, ou até mesmo
por um líder? Podemos sofrer dessa decepção em diver-
sos contextos. Se isso acontecer conosco, enfrentaremos
de um lado o orgulho, a raiva, a revolta; do outro, o man-
damento não opcional do perdão”.

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I M E R S Ã O

O que mais me chamou a atenção na mensagem foi esta


frase: “Se na jornada de sua vida você tiver que passar pela
dor da traição, não seja aquele que trai”.

Existe uma diferença entre trair e ser traído: um carrega


a culpa e a semente que um dia vai germinar e trazer fru-
tos ruins; já o outro pode até carregar a dor, a decepção e o
ressentimento, mas o tempo e a presença de Deus se encar-
regarão de curar esses sentimentos. A sua consciência não
irá martirizá-lo. Ou seja, entre trair e ser traído, a segunda
opção ainda é a menos dolorosa. Uma forma de mostrar que
você superou é perdoar. Isso não necessariamente vai signi-
ficar que você esqueceu, mas também não guardará ressen-
timentos. Pense nisso.

6 - Abandono

Um dos medos frequentes das crianças é a ausência de


seus pais, o medo do abandono. A criança ainda não con-
segue separar fantasia de realidade e, por não conseguir
quantificar o tempo, entende que as ausências podem ser
sinônimos do abandono absoluto.

No caso de pessoas que tiveram experiências de negligên-


cia na infância, é fácil perceber que as marcas deixadas podem
acarretar no medo da solidão e da rejeição todas as vezes que a
pessoa não tiver perto de si (fisicamente) a pessoa amada.

A ferida causada pelo abandono não é fácil de curar. A


pessoa saberá que está curada quando os momentos de soli-

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A N G E L A S I R I N O

dão não forem vistos como desamor e rejeição. Dentro de si,


devem existir diálogos positivos e esperançosos.

Você consegue se lembrar de alguma época em que viveu


uma situação de abandono?

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CONSELHO:

Ainda que todos à sua volta te abandonem e não te deem


socorro quando você precisar, lembre-se de que existe um
alguém que nunca, jamais te abandonará.

“Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu fi-


lho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ven-
tre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me
esquecerei de ti.” (Isaías 49:15).

Mesmo que os pais abandonem um filho, Deus jamais fa-


ria o mesmo. Todos os que estão à nossa volta podem nos
esquecer, mas o Pai Celestial nunca se esquece.

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I M E R S Ã O

“Porque, quando meu pai e minha mãe me desampararem,


o Senhor me recolherá.” (Salmo 27:10). Esse é um versículo
confortante, que garante que sempre seremos acolhidos por
Deus quando formos desamparados pelos nossos pais.

Para que sempre tenhamos o amor de Deus à nossa dis-


posição, basta entregarmos o nosso caminho ao Senhor,
confiar Nele, e Ele tudo fará.

7 - Raiva

O termo ira denota um sentimento de inconformidade,


indignação por alguma injustiça ou coisa semelhante. Essa
ira não é pecaminosa, pois a atitude seguinte é a de tentar
fazer justiça, acertar as contas no sentido de buscar um en-
tendimento, um acordo ou uma reconciliação, mas de for-
ma cristã, com base no amor. Isso envolve diálogo, brandu-
ra, perdão, etc.

A ira também se relaciona com os sentimentos de raiva


e ódio, que também podem ser oriundos de uma injustiça
ou desentendimento. A ira ligada ao ódio tem por conse-
quência uma atitude hostil, que busca fazer justiça com as
próprias mãos (algum tipo de vingança). Esse tipo de reação
caracteriza-se como uma reação pecaminosa:

“Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à


ira; porque está escrito: a mim me pertence a vingança; eu é
que retribuirei, diz o Senhor.” (Romanos 12:19).

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A N G E L A S I R I N O

Você consegue se lembrar de alguma época de sua vida


em que viveu uma situação de raiva?

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CONSELHO:

O salmista escreveu: “Irai-vos e não pequeis; consultai no


travesseiro o coração e sossegai.” (Salmo 4:4). Paulo reforça
esse ensinamento dizendo: “Irai-vos e não pequeis; não se
ponha o sol sobre a vossa ira.” (Efésios 4:26).

É possível irar-se e não pecar. Contudo, devido à natureza


humana pecaminosa, é muito mais fácil irar-se e pecar. Vamos
entender um pouco mais sobre a ira. O salmista diz: “Consultai
no travesseiro o coração e sossegai”. Isso significa fazer uma lei-
tura dos fatos, refletir e buscar o sossego e a paz!

É por isso que Paulo complementa aconselhando que o


cristão não deve deixar o sol se pôr sem que haja uma re-
conciliação. Portanto, é possível dizer que Deus deseja que
Seus filhos vivam em harmonia e em paz.

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I M E R S Ã O

O poder do amor possui uma força maravilhosa, pois é


divino. A resposta branda desvia o furor (a raiva), mas o
amor é sofredor e benigno. O amor vence uma multidão
de pecados, falhas, erros e defeitos. Se aprendermos essas
lições, veremos que nossas emoções podem ser restaura-
das. Assim, teremos paz e alcançaremos uma vida feliz,
com contentamento.

8 - Culpa e vergonha

Culpa é a sensação de remorso por algo que fizemos ou


nos sentimos responsáveis por ter acontecido. A culpa sem-
pre vem por conta de um acontecimento do passado. O in-
divíduo que sofre com ela possui pensamentos incômodos
originados de alguma coisa que já aconteceu.

Muitos de nós, quando éramos crianças, fomos cobrados


por não nos comportarmos como adultos. Era uma cobran-
ça errada por parte de quem a fazia, e ela refletiu na fase
adulta, ainda que no subconsciente.

Na infância, ouvimos que fazemos nossos pais passarem


vergonha, que perguntamos demais ou que nos sujamos.
Essas frases tem motivos pequenos, desde uma criança que
derrubou comida no chão, que pediu mais docinhos ou que
perguntou algo que não sabia ser assunto de adulto.

Quantas vezes fomos reprimidos por correções carrega-


das de cobranças? O que acontece é que, após a repressão,

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A N G E L A S I R I N O

algumas palavras geraram em nós o sentimento de culpa,


pois sentimos que cometemos erros terríveis.

Quantos filhos carregam um sentimento de culpa porque


foram gerados quando os pais ainda eram solteiros? Por
causa da gravidez precoce, os pais foram obrigados a se ca-
sar, a parar de estudar e consideram que suas juventudes
foram interrompidas. Esses pais culpam os filhos pelos pro-
blemas em suas vidas.

Certa vez, ouvi um adolescente que foi concebido nes-


se contexto responder a uma mãe que o culpava pelo seu
“atraso nos estudos”. Ele disse: “Mãe, quem dormiu com
meu pai não fui eu. Na verdade, eu nem existia. A culpada
é você. Eu não passo de uma vitima maltratada, condena-
da e agredida diariamente”.

Esse mesmo filho se afastou de sua mãe, e até hoje ele


carrega um sentimento de culpa quando pensa que pode-
ria ter feito algo melhor. Na mente dele, existe uma frase
gravada, que sempre o lembra de que ele foi considerado
culpado injustamente. Ele se considera culpado e errado
em tudo o que faz.

Parece que não existe nada mais angustiante do que saber


que erramos, que falhamos, que decepcionamos ou até mes-
mo que prejudicamos outra pessoa. O sentimento de culpa
nos atinge como uma pequena dor que está sempre presente,
nos impedindo de esquecer a nossa falha. Vergonha, remorso,
medo e desejo pela punição fazem parte desse problema.

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I M E R S Ã O

Você consegue se lembrar de alguma época de sua vida em


que esteve numa situação na qual sentiu culpa e vergonha?

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CONSELHO:

Entenda que a culpa não serve para nada.

De que vai adiantar você ficar se remoendo por algo


que já passou? Pesar e arrependimento não alteram o
passado e não te libertam da sua responsabilidade. O ex-
cesso de lembranças do passado gera culpa e nos depri-
me. Quando o presente não é tão agradável e o futuro
parece desesperador, a solução pode ser refugiar-se no
passado e alimentar a culpa.

Verifique se pensar tanto nos seus erros do passado não


está servindo para que você não precise enfrentar o seu pre-
sente ou não se prepare para as coisas que estão por vir. Te-
nha o cuidado de não permitir que a culpa seja muleta para
não querer mudar. Não adianta se arrepender das falhas do
passado se continuamos repetindo os mesmos erros.

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A N G E L A S I R I N O

Outra coisa muito importante é aceitar quem você é. Em


muitos casos, o sentimento de culpa surge porque não conse-
guimos ser aquilo que os outros desejam que sejamos. Aceite
em você aquilo que não pode ser mudado, ainda que os outros
não aprovem. Se suas escolhas e decisões te fizerem feliz, saiba
que elas estão certas, mesmo que o resto do mundo acredite
que estão erradas. Não se sinta culpado por ser quem você é.

Não se deixe manipular pela culpa. Entenda que, geral-


mente, as pessoas que mais despertam esse sentimento em
nós são exatamente aquelas que mais amamos: nossos pais,
o cônjuge, os filhos, o namorado, os amigos, professores, lí-
deres religiosos, etc.

Isso acontece com todos nós. Não podemos nos esque-


cer de que nós também geramos esse sentimento em ou-
tras pessoas que amamos. O que precisamos entender para
termos um ponto de equilíbrio é que, mesmo amando es-
sas pessoas, é necessário que tomemos as rédeas das nossas
vidas. Não nos deixemos levar pela culpa, ainda que isso
magoe o próximo!

Precisamos entender que...

não somos perfeitos. Todavia, não há um só justo na Ter-


ra, ninguém que faça o bem inteiramente.

todos cometem erros, e precisamos ser tolerantes para


entender isso. “Aquele que de entre vós está sem pecado seja o
primeiro que atire a pedra” (João 8:7b).

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I M E R S Ã O

Deus nos perdoa e nos dá uma segunda chance. Ele nos


deixou Seu exemplo para seguirmos e agirmos, para conos-
co e com os outros. “Nem eu tampouco te condeno; vai e não
peques mais” (João 8:11).

Se errarmos de novo, temos o perdão de Deus. Podemos


oferecê-lo a nós mesmos e aos outros. “Não te digo até sete,
mas até setenta vezes sete vezes” (Mt 18:32).

9 - Injustiça

A ferida da injustiça surge a partir de um ambiente no qual


os cuidadores primários (pais, avós, babás, etc) são frios e au-
toritários. É resultado de uma cobrança de responsabilidade e
comportamentos impostos sobre a criança além da capacida-
de real que ela tem. Essas cobranças podem gerar sentimen-
tos de impotência e inutilidade, os quais a pessoa pode car-
regar ao longo dos anos. Em ambientes assim, a criança pode
desenvolver um fanatismo pela ordem e pelo perfeccionismo
como tentativa de minimizar os erros e as cobranças. Soma-
-se a isso a incapacidade de tomar decisões com confiança.

Você consegue se lembrar de alguma época da sua vida


em que viveu uma situação de muita cobrança sobre suas
atitudes, na qual você se sentiu injustiçado?

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CONSELHO:

Não se cobre tanto.

10 - Decepção

Quando uma pessoa nos decepciona, todas as esperanças


e expectativas que tínhamos depositado nela e em nossa rela-
ção caem por terra. É uma mistura de choque, raiva, surpresa
e dor. Talvez seja alguém da nossa família, nosso cônjuge, uma
amiga, um colega de trabalho, um líder espiritual ou simples-
mente alguém que considerávamos uma boa pessoa, incapaz
de trair certos princípios. Podemos nos sentir frustrados por
essa decepção, e até mesmo deprimidos. Nossa capacidade
de confiar nessa pessoa novamente é reduzida, ou mesmo
completamente eliminada. Quando vivenciamos decepções
na infância, temos a tendência de sermos do tipo de pessoa
que desconfia de tudo e de todos. Reagimos negativamente
até com elogios, pois eles soam como falsidade.

Você consegue se lembrar de alguma época da sua vida


em que você sofreu uma forte decepção?

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CONSELHO:

Não fique desconfiado de tudo e de todos. Lembre-se:

“Nossos melhores sucessos vêm depois de nossas


maiores decepções.”
(Henry Ward Beeche)

11 - Ansiedade

A ansiedade está relacionada ao estresse, à tensão e ao


desconforto psicológico. É um sentimento desagradável
que experimentamos quando estamos nervosos, inseguros
e preocupados. É muito constante nas emoções dos adultos
que tiveram uma infância insegura e cheia de críticas e co-
branças, na qual havia falta de cuidado e amor.

A ansiedade pode ser tolerada e aceitável por alguns ins-


tantes, mas quando se torna constante e vira hábito, traz
muitos desajustes emocionais, incluindo irritabilidade, de-
pressão e crise de pânico. A ansiedade gera infelicidade.

O fato de sermos cristãos não nos isenta da ansiedade.


Entretanto, Deus nos ajuda a conviver com ela e nos de-

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A N G E L A S I R I N O

volve a felicidade. Deus não nos pede para deixarmos de


ficar ansiosos, mas nos oferece um recurso para que possa-
mos lidar com essa emoção, que é apresentar tudo a Ele em
oração (Fl 4:6). A ansiedade precisa ser controlada. Sem
controle, ela pode nos levar à angústia.

Você consegue se lembrar de alguma época da sua vida


em que sofreu uma forte decepção?

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CONSELHO:

Descanse e confie em Deus. “Não andeis ansiosos por coi-


sa alguma, mas apresentai a Deus todas as vossas necessida-
des pela oração e súplica, em ações de graça.” (Filipenses 4:6).
“Quem dentre vós com suas preocupações pode prolongar por
um pouco a duração de sua vida?” (Lucas 12:25).

Entenda que o estresse e a ansiedade não matam, mas a


angústia, sim, mata. Controle a ansiedade antes que ela evo-
lua. Faça exercícios físicos, pois eles ajudam a diminui-la. Se
envolva em atividades na igreja, em família e com amigos.

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Isso ajuda a desviar nosso pensamento daquilo que gera


ansiedade.

Evite tudo que a aguce, como redes sociais, noticiários,


pessoas tóxicas, ambientes ruins, etc. Cada um de nós sabe
o que gera nossa ansiedade.

Você consegue se lembrar de alguma época da sua vida na


qual viveu fortes ansiedades?

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“Ser resiliente é a capacidade de possuir uma conduta sã


num ambiente insano. É ter a capacidade de sobrepor-se e
construir-se positivamente frente às adversidades da vida”.

(Autor desconhecido)
DESENVOLVENDO
A RESILIÊNCIA
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C A P Í T U L O 6

DESENVOLVENDO
A RESILIÊNCIA
“Quando se machucar, lembre-se que ninguém alcança su-
cesso e vitórias sem carregar algumas cicatrizes.”

N ão se preocupe com quantas vezes você já caiu e se ma-


chucou, e sim com quantas vezes você, apesar de tudo,
conseguiu se colocar de pé após a queda. Vencer significa se
levantar quantas vezes forem necessárias. É na resiliência que
desfrutamos das maiores vitórias. Ser resiliente é possuir a ca-
pacidade de lidar com seus próprios problemas. É ser hábil
para conseguir vencer os obstáculos que atravessamos e con-
seguir não ceder à pressão. Ser resiliente é conseguir funcionar
sob pressão. É superar adversidades e seguir em frente. É ter a
capacidade de enfrentar os obstáculos e sobreviver.

Quero também falar com você sobre o significado da pala-


vra “reciclagem”, que é o processo de transformar coisas, rou-
pas, objetos usados, velhos, acabados, destinados ao lixo em
coisas novas para serem “reutilizadas”. Isso mesmo, é revirar
o guarda-roupa, o baú, a dispensa e as gavetas a fim de pegar
o velho e renová-lo. Lembrei-me de um versículo: “Eis que

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I M E R S Ã O

realizo uma nova obra que está para acontecer” (Isaías 43:19).
É justamente isso que Deus quer fazer dentro de nós: um pro-
cesso com dois ingredientes espetaculares: reciclagem e re-
siliência. Toda obra feita no âmbito físico tem que se rasgar,
furar, quebrar. Furamos a terra para fazer os alicerces de uma
casa, rasgamos o solo para fazer asfalto. Para fazer uma ome-
lete, temos que quebrar os ovos. Semelhantemente, para fazer
uma nova obra em nós, há sempre um preço!

Há momentos em que nossa alma geme. Outras vezes, nos-


sa alma grita, buscando socorro em Deus, querendo entender
por que Ele está mexendo no baú da nossa vida, no guarda-
-volumes da nossa alma. Isso é porque Ele está fazendo uma
limpeza. Parecia que estava tudo no devido lugar, e é nesses
momentos que Ele encontra uma maneira linda de fazer em
nós uma reciclagem, pegando o que era destinado ao lixo e nos
mostrando que, apesar de tudo, esses sentimentos podem se
transformar em bálsamo na vida de outras pessoas.

Esse processo de Deus parece desagradável, não é? Afi-


nal de contas, não gostamos muito de alguns versos, tais
como: “Sei estar abatido, e passar necessidade” (Fl. 4:11-
13). Esse verso fala de duas situações ruins, de abatimento
e necessidade. Porém, quando somos confrontados com
esses dois problemas, aprendemos a depender de Deus.
Veja que Paulo conclui o versículo dizendo: “Aprendi a vi-
ver contente em toda e qualquer situação, seja alimentado,
com fome, passando necessidade; tudo posso naquele que me
fortalece”. O abatimento e a necessidade desenvolveram a
resiliência, e ele aprendeu a viver sob a dependência de
Deus. Deus gosta de mexer no baú da nossa vida, Ele tem
prazer em reciclar e ressignificar a nossa história a fim de
moldar em nós a resiliência.

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A N G E L A S I R I N O

É interessante que um dos versos mais citados nas minis-


trações pastorais, nas mensagens colocadas nas portas de
casas, em chaveiros, para-choques de caminhão, camisetas
gospel e imãs de geladeira é: “Tudo posso naquele que me
fortalece”. Tornou-se uma espécie de amuleto de autoafir-
mação, de brado de conquista. Isso não é ruim, pois estimu-
la a fé e a coragem, além de que declaramos a Palavra. No
entanto, alguns detalhes precisam ser entendidos: não estamos
simplesmente dizendo que “podemos fazer todas as coisas”,
colocando foco em que “podemos” ter uma bela casa, muito
dinheiro, podemos passar em qualquer concurso, conquistar
todos os meus sonhos, etc. Está escrito que posso todas as coi-
sas naquele que me fortalece, mas contexto do verso é outro.

Precisamos entender que a vida cristã é um desafio. Coi-


sas boas e más acontecem para justos e injustos, e a graça de
Deus se estende a todos. Os acontecimentos bons e maus se
sucederão, mas Deus está muito mais interessado em desco-
brir como reagimos diante desses acontecimentos.

Antes de ser um brado de conquista e triunfalismo, Fili-


penses 4:13 é um brado de resiliência, fé e perseverança.

“Posso todas as coisas” significa que posso passar pelos altos e


baixos da vida. Posso ter emprego ou estar desempregado, posso
estar saudável ou enfermo, posso ter fartura ou estar em dificul-
dade. Mesmo assim, vou superar, vou experimentar o cuidado
extraordinário de Deus, pois quem está em Cristo não permane-
ce em crises, problemas e aflições, tudo isso é passageiro.

“Ainda que a terra se mude, ainda que os montes se trans-


portem para o meio dos mares, ainda que as águas rujam e se

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I M E R S Ã O

perturbem, ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte,


a minha fé permanecerá firme, porque posso todas as coisas
naquele que me fortalece”.

Esse é o contexto do versículo. Essa interpretação errônea


nos mostra que fazemos parte de uma geração que tem difi-
culdades em lidar com as adversidades. Vemos uma geração
que não tolera derrotas e vive num estado assustador de an-
siedade. Uma geração que quer dar ordens a Deus. Estamos
frente a uma geração com pessoas que parecem daltônicas
verbais, que só conseguem ler as palavras que reforçam a
sua ótica de evangelho triunfalista, em que o mais impor-
tante é o bem-estar aqui, nesta terra. Problemas forjam o
nosso caráter, independentemente das circunstâncias. O
fundamental é travar o bom combate e guardar a fé, porque
tudo podemos naquele que nos fortalece.

Não se esqueça de que Deus muda histórias insignificantes e


sem valor. Ele quer falar diretamente comigo e com você! Vale
a pena ressaltar algo: Deus, através da sua Palavra, nos avi-
sou que no mundo “teríamos aflições”. Essa é uma notícia
ruim, mas não para por aí. Também diz: “Tende bom ânimo,
pois eu venci o mundo” (João 16:33b). Portanto, te desperto a
sempre focar na notícia inspiradora, que gera fé e esperança,
na certeza de que em Cristo existe vitória para os que têm
bom ânimo. Redobre a força e a coragem!

Em Provérbios 23:18, Deus nos diz: “Anima-te, haverá


bom futuro; não será frustrada a tua esperança”.

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CONCLUSÃO

Q uais foram as aflições pelas quais você já passou?


Tem alguma caixinha guardada aí, no baú da sua
memória, que até hoje te atrapalha de alguma maneira?
Atualmente, você tem passado por algo que aflige sua alma?
Há algo traspassando seu coração? Você tem sofrido em fa-
mília? Tem passado por problemas financeiros, decepções
com alguém que você ama muito? Tem vivido a dor de uma
traição? Foi roubado, difamado? Existem tantas coisas que
afligem nossa alma! Pode ser um pecado escondido, culpa,
ansiedade, lembranças amargas, síndrome do pânico...

Lembre-se: “Cair faz parte da vida, aprenda a se levantar


sempre que for necessário!”. Seja um exemplo de superação,
e lembre-se que “superar” significa ir além, passar por cima,
dominar, ultrapassar limites, exceder.

Ter a dádiva da vida é algo maravilhoso. Embora saiba-


mos que nossa jornada não é nada fácil, também sabemos

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I M E R S Ã O

que Ele nos prometeu algo incrível, e deixou registrado em


Sua Palavra:

“Estou convosco todos os dias, até a consumação do século.”


(Mt. 28:20)

“Tudo vai cooperar para o bem daqueles que me amam.”


(Rm 8:28)

Com a graça de Cristo em nós, quando pensamos ter che-


gado ao limite, ainda produzimos um pouco mais. Quando
pensamos que acabou, descobrimos que estamos apenas
começando. Quando pensamos que não tem mais jeito, Ele
abre portas e muda o capítulo da nossa história. Quando
pensamos que não aguentamos mais, Ele nos toma pelas
mãos e diz: “Não temas, suporte”.

Você vai vencer! Quando achamos que estamos fracos,


Ele diz: “Meu poder se aperfeiçoa na sua fraqueza”.

Ele dá força ao cansado e multiplica a daquele que não


tem nenhum vigor!

Esse Deus não é gente! Parece estranha essa afirmação,


não é? Ela serve para te lembrar que ele é Deus, e ninguém
pode explicá-lo. Até me lembrei, entusiasmada, de uma das
canções mais profundas e poéticas que já ouvi sobre Deus.
Vale a pena compartilhar a letra com você:

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A N G E L A S I R I N O

Nada é igual ao seu redor


Tudo se faz no seu olhar
Todo o universo se formou no seu falar
Teologia para explicar, ou Big Bang para disfarçar
Pode alguém até duvidar
Sei que há um Deus a me guardar

E eu, tão pequeno e frágil, querendo sua atenção


No silêncio encontro resposta certa, então
Dono de toda ciência, sabedoria e poder
Oh, dá-me de beber da água da fonte da vida
Antes que o haja houvesse, ele já era Deus
Se revelou ao seus, do crente ao ateu
Ninguém explica Deus

Nada é igual ao seu redor


Tudo se faz no seu olhar
O universo se formou no seu falar
Teologia para explicar, ou Big Bang para disfarçar
Pode alguém até duvidar
Sei que há um Deus a me guardar

E eu, tão pequeno e frágil, querendo sua atenção


No silêncio encontro resposta certa, então
Dono de toda ciência, sabedoria e poder
Oh, dá-me de beber da água da fonte da vida
Antes que o haja houvesse, ele já era Deus
Se revelou ao seus, do gentio ao judeu
Ninguém explica Deus

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I M E R S Ã O

Ninguém explica
Ninguém explica Deus
Ninguém explica
Ninguém explica Deus
E se dúvida ou se acredita
Ninguém explica
Ninguém explica Deus

Ninguém explica
Ninguém explica Deus
Ninguém explica
Ninguém explica Deus
E se dúvida ou se acredita
Ninguém explica
Ninguém explica Deus

Dono de toda ciência, sabedoria e poder


Oh, dá-me de beber da água da fonte da vida
Antes que o haja houvesse, ele já era Deus
Se revelou ao seus, do crente ao ateu
Ninguém explica Deus
Ninguém explica Deus

Música “Preto no Branco”, com participação Gabriela Rocha.

Se analisarmos um pouquinho, temos muitos exemplos


práticos de superação em nosso dia a dia. Por exemplo,
aquela mãe cansada, exausta, já deitada, escuta a voz do fi-
lho dizendo: “Mãe, estou com fome”. Ela se levanta e faz com

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A N G E L A S I R I N O

tanto amor! Muitas vezes seu corpo está esgotado de tan-


to cansaço, sem falar as inúmeras vezes em que ela dorme
muito pouco e acorda ainda bem cedo, se apronta e sai para
trabalhar a fim de ajudar nas despesas da família.

Vale ressaltar aquelas que dão à luz a filhos através de par-


to normal, que quase morrem de tanto chorar e, depois de
verem aquele rostinho belo, recebem visitas que perguntam
se terão mais filhos. Para surpresa geral, respondem: “Daqui
um ano quero mais uns dois”.

Supere seus momentos difíceis. Ressignifique cada um


deles, programe sua mente para pensar que poderia ter sido
pior, pergunte a si mesmo que lição você pode extrair de
tudo isso. Lembro-me de um fato que ocorreu comigo: es-
tava ministrando para uma mera plateia de jovens, que não
se prendiam a nada que eu tentasse ministrar ao coração
deles. Tentei brincar, mudar o discurso, e tudo foi em vão.
De repente, meu salto do sapato se enfiou em uma fenda
no piso e eu literalmente levei aquele tombo. Pensa numa
vergonha! Eu ouvi uma baita gargalhada daqueles jovens,
então rapidamente pensei: ou choro, ou paro de ministrar,
ou desmaio, ou morro. Decidi superar, levantei sorrindo e
disse: “Hahahaha, consegui prender a atenção de vocês”.

E continuei a ministrar, como se aquilo fizesse parte da


mensagem. Ao terminar, uns adolescentes vieram até mim
e perguntaram como eu havia feito aquela técnica de cair
de salto sem me machucar e levantar com tanta elegância
(risos).

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Imagine que seu filho caiu da escada. Naquele momento,


você se depara com a cena e seu corpo quer desmaiar, mas
sua mente grita para que você arrume forças, pois precisa
administrar essa situação. Agora é hora de pegar o carro,
manter o equilíbrio e correr para o médico. Depois você
desmaia. Eu vivi isso algumas vezes.

Atendi uma mulher que queria ajuda para saber o me-


lhor jeito de contar sua própria história. Ela era nascida
e criada na igreja, filha de pastor, mas infelizmente foi
raptada por um caminhoneiro quando era bem jovem.
Ficou em seu poder por mais ou menos uns 30 dias, foi
abusada várias vezes, sofreu muito e questionava onde
estava o Deus de seus pais. Foram dias extremamente
traumáticos. Ela foi resgatada e, dias depois, descobriu
que estava grávida. O seu mundo desabou. Os sonhos de
encontrar um grande amor e construir uma história já
estavam muito abalados em função do fato acontecido.
Para piorar a situação, ela descobre que estava grávida.
O mundo de seus pais também desabou! Imagine: grávi-
da de um abusador! O médico da família aconselhou um
aborto, mas a família crista não aceitou.

Ela passou a viver trancada, envergonhada e deprimida.


A notícia se espalhou, e ela sentia vergonha. Muitos senti-
mentos negativos cobriam sua alma abatida. Foi quando um
rapaz, paixão da sua mocidade, que estava morando muito
distante por causa de estudos teológicos, ficou sabendo do
fato ocorrido.

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Deus disse a ele em oração: “Volte para a sua cidade e


tome aquela mulher como sua esposa. Ame-a com toda a
sua força, assuma a criança como se fosse sua e seja o resga-
tador da história dela”.

O rapaz volta para a cidade e procura pela moça. Enver-


gonhada, ela não queria vê-lo, muito menos conversar.

Ele insistiu. Tocava na barriga da moça, conversava com


o bebê que estava sendo gerado, e logo ela foi constrangida
pelo amor de Deus expressado através daquele rapaz, sua
paixãozinha da adolescência. Eles conversaram, se acerta-
ram e decidiram se casar assim que o neném nascesse.

Se casaram na igreja. Ele registrou a filha em seu nome,


amou-a como se fosse sua, e tiveram outros filhos. Quando
aquela menina se tornou adulta, ela se formou em Direito e
foi uma grande defensora da frente contra o aborto no es-
tado da Bahia. Ela não defendia baseada em ideologia, pois
era a prova real de que Deus pode mudar uma história que
começou com um grande fracasso.

Ela falava com autoridade, porque era fruto de uma famí-


lia que desejou não abortá-la. Eu ouvia essa história e não
conseguia evitar de chorar. Que exemplo de resiliência, que
história de sucesso, digna de filme de superação!

Outro caso que atendi foi o de uma jovem mulher que foi
traída pelo marido com a própria mãe. Ela superou a dor da
gigantesca decepção. Uma colega minha perdeu o marido

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I M E R S Ã O

em um acidente de carro e, logo em seguida, perdeu a única


filha em um procedimento cirúrgico.

Não quero te contar histórias aparentemente tão tristes


no fim deste livro. Essas são apenas algumas das muitas
histórias de superação que eu ouço, mas quero te tirar da
vitimização e te dizer que “tem sempre uma história mais
traumática do que a nossa”. Há milhares de histórias de su-
peração, exemplos vivos de pessoas que poderiam morrer,
deprimidas por tanta angústia, ou poderiam superar tudo
e, graças a Deus, fortalecidas nele, resolveram ser exemplo
de superação.

Por trás de um conhecido hino cristão há uma história


comovente. Você com certeza conhece a letra:

Se paz, a mais doce me deres gozar,


Se dor, a mais forte sofrer,
Oh! Seja o que for, tu me fazes saber
Que feliz com Jesus sempre sou!

Sou feliz (Sou feliz)


Com Jesus (Com Jesus)
Sou feliz com Jesus, meu Senhor!

Embora me assalte o cruel Tentador


E ataque com vis tentações:
Oh! Certo estou, apesar de aflições,
Que feliz eu serei com Jesus!

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Meu triste pecado, por meu Salvador,


Foi pago de um modo cabal;
Valeu-me o Senhor, Oh! Mercê sem igual!
Sou feliz! Graças dou a Jesus!

A vinda eu anseio do meu Salvador;


Em breve virá me levar,
Ao céu, onde vou para sempre morar
Com remidos na luz do Senhor!

Seu texto foi escrito por um homem de Chicago, chama-


do Horatio Spafford. Ele era um advogado bem-sucedido,
até que um grande incêndio devastou Chicago. Para essa
cidade, a catástrofe do fogo representou o mesmo que a
queda das Torres Gêmeas para Nova Iorque, apesar de ter
tido causa natural, e não ter sido provocada por terroristas.
O escritório de advocacia de Spafford também sucumbiu às
chamas. Nos dois anos seguintes, outros investimentos de
Spafford deram errado, e sua riqueza pessoal acabou.

Spafford havia prometido à sua família uma viagem à Eu-


ropa. Mandou que sua esposa e suas quatro filhas viajassem
enquanto ele tentava salvar alguns de seus investimentos.
No dia em que o navio delas zarpou de Nova Iorque, o negó-
cio que queria fechar não deu certo. Ele poderia ter viajado
com elas, mas naquele momento não sabia disso. O Villedu
Havre, navio em que viajava sua família, foi abalroado por
outro navio no Oceano Atlântico e afundou em doze minu-

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tos. A senhora Spafford correu ao convés com suas filhas,


mas enquanto o navio afundava, as crianças foram arranca-
das de seus braços e se afogaram. Ela perdeu a consciência
e acordou em um barco de salvamento. Foi uma das poucas
resgatadas das águas geladas. Quando o navio de socorro
chegou à Europa, ela enviou ao seu marido um telegrama
em que descrevia a tragédia com duas palavras muito ex-
pressivas: “Salva sozinha”.

Compare os problemas que você enfrenta com os de Ho-


ratio Spafford. Seus prejuízos financeiros não eram nada se
comparados à sensação de perda que deve ter sentido quan-
do ficou sabendo da morte de suas filhas. Spafford foi ime-
diatamente a Nova Iorque e tomou o primeiro navio para
encontrar sua esposa. Certa noite, o capitão dirigiu-se a ele e
disse que se encontravam perto do local onde o “Ville” nau-
fragara. Como você teria reagido no meio de tanta dor? A
reação de Horatio Spafford foi realmente admirável, e duas
fontes históricas preservaram o registro do que se passou
em seu coração nesse momento.

Em uma carta à sua irmã, Rachel, ele descreveu seus sen-


timentos: “Na quinta-feira passamos perto do local onde (o
navio) naufragou: no meio do oceano, a água tem 3 milhas
de profundidade. Mas quando penso nas nossas pequenas
queridas, não as vejo ali. Elas estão seguras e abrigadas, as
queridas ovelhinhas, e em breve também estaremos lá. Nes-
se meio tempo, graças a Deus, temos a oportunidade de lou-
vá-lo e de agradecer por Seu amor e Sua misericórdia por

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A N G E L A S I R I N O

nós e pelos que amamos. Eu o louvarei enquanto viver. Que


todos nos ergamos, deixando tudo e seguindo-o”.

A mim impressiona sua profunda fé. A reação de Ho-


ratio Spafford também está descrita em um hino escrito
nessa época. Na parede de meu escritório tenho uma có-
pia litográfica desse poema. A melodia que o acompanha
foi composta mais tarde por Philip Bliss. O texto foi escrito
em papel de carta do hotel Brevoort House. Infelizmente,
esse prédio não existe mais. Há marcas de dobras na folha,
pelo visto muito manuseada e manipulada, pois as marcas
aparecem nitidamente, tanto na cópia litográfica como no
original, exposto no American Colony Hotel, em Jerusalém
(Spafford foi um dos fundadores da American Colony).

Quando li essa biografia, eu estava me lembrando da per-


da de minha filha, Letícia, que caiu do braço da enfermeira.
Eu chorei horrores, fiquei sem palavras por horas, depois eu
pedi a Deus que não me permitisse mais ter a experiência
de enterrar um filho. Pedi que eu fosse entrada por todos
eles na minha velhice, mas extrai uma grande lição de tudo
isso. Aprendi que, de fato, cada um tem uma história, que
precisamos levantar sempre, e que nossas trajetórias podem
ajudar outros a superarem os seus desafios.

Nunca mais reclamei do que passei, parei de me vitimi-


zar e comecei a contar a minha história, não para chorar,
mas para ajudar outras pessoas. Ou eu me deprimia e mor-
ria de tristeza, ou eu decidia ajudar outras pessoas a cura-

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rem suas feridas. Essa opção é nossa. O que você prefere,


superar ou deprimir?

Calma, não se assuste. Deus não nos permite levar fardos


maiores do que podemos carregar. Superação é uma força
que está dentro de mim e de você.

Eu não sei por quais lutas você está passando neste mo-
mento, mas ministro sobre sua vida uma unção de supera-
ção! Lembre-se, tudo é possível ao que crê!

Foi difícil, ou quem sabe ainda está difícil, né! Quem dis-
se que seria fácil? Mas você já chegou até aqui. Está próximo
do título de campeão e vencedor. Não pare, prossiga!

Feridas, lutas e problemas são caminhos para realizarmos


os sonhos de Deus para nós. Eu sou prova real disso.

Acho inspirador o texto que está em Isaias 40: 29-31: “Ele


dá força ao cansado, e multiplica as forças daquele que não
tem nenhum vigor. Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os
moços certamente cairão, mas os que esperam no Senhor re-
novam suas forças, sobem com asas como águia, correm e não
se cansam, caminham e não se fadigam”.

“Quando há uma tempestade, os passarinhos se escon-


dem, mas as águias voam mais alto”.

Mahatma Gandhi

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A N G E L A S I R I N O

Resiliência é a capacidade e habilidade de enfrentar e


aprender a lidar com as dificuldades e conflitos que a vida
nos impõe. É saber ser flexível e ter controle em momentos
de estresse elevado. É conseguir enxergar algo positivo nas
dificuldades, aprendendo com elas e se fortalecendo. Nada
nem ninguém melhor do que o Criador para nos inspirar e
fortalecer para que possamos conseguir tal virtude.

Nos dias em que vivemos, temos presenciado cada vez mais


situações que nos levam a um pico de estresse extremamente
elevado, causando frustração, tristeza e desmotivação.

Você pode estar se perguntando se ser resiliente é uma ca-


pacidade nata ou que pode ser aprendida. Muitas pessoas já
nascem com essa virtude, faz parte do temperamento dado
pelo próprio Deus, mas a resiliência é uma habilidade que
pode ser aprendida, sim. Ela nos ajuda a ver a vida de outra
maneira. É a capacidade de continuar sonhando e seguir em
direção aos nossos objetivos. É não perder sua autoestima
e confiança. É conseguir seguir com sua vida sem perder o
controle e saber recomeçar.

Mas isso não é uma tarefa fácil. No mundo atual, onde


as cobranças estão cada vez maiores e as metas estão mais
desafiadoras, com pressão externa da economia e da política
do país, desemprego, etc., essa habilidade torna-se essencial.

Mas o que podemos fazer para nos tornarmos resilientes?


Abaixo, seguem algumas dicas que podem te ajudar:

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I M E R S Ã O

• Encare as mudanças como oportunidades: não há


evolução sem processos de mudança. Encare-as de
forma positiva e aprenda com elas, mesmo que seja
difícil. Você consegue.

• Paciência: não se desespere, não vá com muita sede


ao pote e nem espere que tudo se resolva da noite para
o dia. Trace seus objetivos, tenha metas realistas e siga
seu caminho. Com isso definido, você já estará com
meio caminho andado.

• Cuide de você: tente focar em coisas de que gosta e


dedique tempo para aquilo que lhe faz bem, como
ir à igreja, se envolver nas atividades desenvolvidas
na denominação que você congrega. Leia, pratique
esportes, aproveite o tempo com sua família e con-
verse com amigos. Mente ocupada te afasta dos pen-
samentos negativos. Caso esteja muito frágil, abalado
ou confuso, procure ajuda de profissionais na área te-
rapêutica. Eles poderão te ajudar a se encontrar, ou
traçar um plano B, C, D, e quantos outros precisar.

• Autoconfiança: acredite em sua capacidade, conhe-


cimento e competência. Nunca permita que pessoas
negativas o façam desacreditar de você mesmo. Sinta-
-se confiante. Você consegue!

• Bom humor e empatia: levante a cabeça, tente encarar


que tudo é apenas uma fase e enfrente os problemas
com bom humor. É difícil, sim, mas isso tornará seu

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A N G E L A S I R I N O

ambiente e a situação mais leves. Tente se colocar no


lugar do outro no momento de conflito. Ambientes
pesados mexem com as relações e o emocional de to-
dos ao seu redor.

• Autocontrole: não perca o foco. Perda de controle


emocional só irá lhe prejudicar.

• Capacidade de análise e reflexão: tente entender o


momento e os fatores que podem estar te levando
para essa situação em que se encontra. Pessoas com
essa capacidade de análise geralmente conseguem
achar a melhor atitude ou ação para o momento.

• Relacionamentos: crie um bom relacionamento inter-


pessoal com as pessoas que vivem ao seu redor, bus-
que sempre as pessoas positivas. Se depender de você,
tenha paz com todos.

• Valores: tenha valores positivos e zele para que eles


sejam percebidos. Não ajuda em nada guardá-los
para você. Você sabe que tem suas qualidades. Per-
mita que elas sejam percebidas por aqueles que vivem
ao seu redor.

Acredite, confie e você chegará lá!

Descubra a pessoa extraordinária que existe dentro de


você, acredite no que Deus diz, que ele te escolheu, te sepa-
rou e te deu de presente à humanidade (Jr. 1:5).

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I M E R S Ã O

Você não é perfeito, tem vários pontos fracos, mas tam-


bém tem inúmeras virtudes. E lembre-se que Aquele que
começou uma grande obra em você irá completá-la (Fl. 1:6).

Você é incrível...

Você é especial...

Você é capaz...

Descubra inúmeras qualidades que você tem, mergulhe


na pessoa extraordinária que você é. Aprenda a ressignificar
os momentos mais difíceis da sua vida. Supere!

Finalizando, gostaria de fazer algo especial com você.


Vamos vasculhar as caixinhas guardadas no baú das nos-
sas emoções. Pense bem e responda. Se desejar, prepare um
som instrumental baixinho, que traz um clima todo especial
para mexer com as coisas do coração.

1 - Quais foram os 3 momentos mais maravilhosos da sua


vida? Enumere-os e escreva:

a ) _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

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A N G E L A S I R I N O

b ) _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

c ) _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

2 - Quais foram os 3 momentos mais difíceis da sua vida?


Enumere-os e escreva:

a ) _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

b ) _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
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I M E R S Ã O

c ) _____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

3 - Escreva quais as lições de vida mais importantes


você aprendeu em cada um desses seis momentos. Podem
ser expressadas em uma frase ou uma palavra. Tente dar
um novo significado.

Momentos mais maravilhosos; principal emoção ou


aprendizado:

1 - _____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

2 - _____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

3 - ______________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

Quer escrever algo importante que você aprendeu? Use


este espaço.
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A N G E L A S I R I N O

Momentos mais difíceis - Principal emoção ou aprendizado:

1 - _____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

2 - _____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

3 - ______________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

Quer escrever algo importante que você aprendeu? Use


este espaço.

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_______________________________________________
________________________________________________
_______________________________________________
_______________________________________________
_______________________________________________

Certamente você vai se lembrar de momentos bons, tão


bons que você até gostaria de voltar no tempo para celebrá-
-los com mais intensidade. Pode ser um dia de aniversário
especial, quando você passou no vestibular, quando se for-
mou, a compra do primeiro carro, a cerimônia de casamen-
to, o nascimento de um filho, de um neto. Enfim, cada um
tem sua história. Lembrar desses bons momentos traz uma
sensação de alegria. Contudo, ao lembrar dos momentos di-
fíceis, procure ressignificar cada um deles. Perceba o quanto

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I M E R S Ã O

você cresceu com esses fatos, o quanto tudo te trouxe ma-


turidade e evolução. Compartilhe a maior lição que você
aprendeu em cada momento.

Não temos como mudar o nosso passado, mas podemos


ressignificar cada momento vivido.

“Trabalhar as perdas e frustrações é superar as dores da


existência e usá-las para amadurecermos, não para nos
destruirmos”
(Augusto Cury)

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INFORMAÇÕES IMPORTANTES

Angela Sirino é idealizadora de vários projetos.

UM CONVITE

No currículo da escritora Angela Sirino, você pode notar


que ela é psicanalista clínica, sexóloga, master coach, pales-
trante, pastora e idealizadora de alguns cursos. Este livro tam-
bém é usado como curso. Uma turma reduzida é devidamente
formada e fica três dias estudando este material. Juntos, eles
participam de atividades terapêuticas. São momentos extraor-
dinários!

Além disso, líderes são treinados para ministrar, recebem


instrução e uma apostila de ferramentas poderosas para
ajudar no processo da cura emocional.

Também há o curso Mulheres, que é um projeto incrível


para impactar nossa geração.
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Treine sua equipe de mulheres para impactar e inspirar


mulheres para fazer a diferença. Esses dois projetos são
muito mais do que leituras, são chaves que impulsionam
uma mudança de vida transformadora, que alcança milha-
res de pessoas.

Se você desejar participar de uma turma ou ser treinada


como líder, estamos à sua disposição para responder qual-
quer dúvida!

@angelasirinooficial
www.angelasirino.com.br
WhatsApp (62) 98212-3029
contatoangelasirino@gmail.com
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impressões de leitura escrevendo para:
contato@autordafe.com.br

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