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Há uma relação umbilical entre o DIP e o Estado. O DIP afirma-se quando se separaram os
Estados do poder papal e da Igreja.
Atualmente, além do Estado, temos organizações internacionais como sujeito.
Este período em que o DIP está num limbo entre o que será direito e uma espécie de
convenções que os Estados deveriam seguir.
Numa segunda fase, surge a Idade Média, em que havia um direito centrado na
Europa.
Neste período há a noção de que os Estados cristãos formariam a república cristã
onde emergia o papel do Papa. Era este que determinava o que era uma guerra justa
e uma guerra injusta, resolvia questões religiosas, reconhecia os territórios
descobertos, etc.
Numa primeira fase, da Idade Contemporânea até ao fim da 1ª guerra, surge a noção
de DIP, reafirma-se a ideia de Estado soberano, dá-se a ideia da autodeterminação
dos povos, surge a comunidade das nações civilizadas.
Este período foi caracterizado pela habituação à guerra, dando origem à 1ª Guerra
Mundial.
Criou-se a Sociedade das Nações, que visava prevenir uma futura guerra e garantir a
paz. Contudo, não se conseguiu evitar a 2ª Guerra Mundial.
Numa segunda fase, cria-se a Organização das Nações Unidas, que substituiu a
Sociedade das Nações. Esta englobava as nações vencedoras da guerra, mas foi
estendida a todos os outros Estados, posteriormente. O objetivo principal era a
garantia da paz internacional.
Nos anos 50, 60 e 70 segue-se um período de autodeterminação das colónias.
Durante este período o DIP tem um grande desenvolvimento, aumentando os seus
sujeitos. Passam a existir escolas do mesmo, uma francesa e outra anglo-saxónica.
Hoje em dia, o DIP envolve mais que Estados, não podendo ser assim definido.
- critério do objeto: conjunto de normas jurídicas que regulam matérias internacionais por
natureza
Este conceito não foi aceite, pois é impossível encontrar uma fronteira nítida entre as
questões de competência nacional e aquelas que interessam à Comunidade
Internacional.
- critério das fontes: conjunto de normas jurídicas produzidas e reveladas pelo direito
internacional
Esta vê o DIP como uma cobertura daquilo que são as relações de força
internacional.
As potências dominantes constroem as regras de Direito à sua medida, evoluindo o
DIP vai evoluindo de acordo com as forças políticas dominantes.
É verdade que as regras de DIP são ditadas pelas potências dominantes, mas isto não
serve para negar a existência do Direito.
Assim, esta escola serve para compreender as relações internacionais e a influencia
destas na formação do Direito.
- escolas positivistas
Estes dizem que o DIP não é direito, porque não há um único legislador, nem um
único tribunal.
Esta argumentação não faz muito sentido, pois o DIP é uma realidade
descentralizada.
- conceções jusnaturalistas
Para estas há muito tempo que o Direito das gentes se baseia no que é Direito
natural, logo a ordem internacional implica, tal como os outros ramos de Direito,
uma subordinação a grandes valores jusnaturalistas (ex.: dignidade humana,
coexistência pacífica entre os Estados).
Podemos concluir que o DIP é um direito incompleto, pois faltam alguns atributos do direito
nos sistemas jurídicos internos, como a coercibilidade. No DIP não se pode dizer que existem
mecanismos de imposição de regras jurídicas, mas estes são, muitas vezes, políticos.
Temos um DIP caracterizado pela descentralização das fontes e do modo de produção das
normas.
Há também descentralização e pluralidade das relações jurídicas que são produzidas por
essas fontes.
O DIP é reconhecido como Direito pelas Constituições dos Estados, pois estes referem-se às
várias fontes de DIP e à sua aplicabilidade interna.
Fontes materiais- aludem aos valores que fundamentam mesmas normas jurídicas;
são os princípios de DIP, ou seja, enunciados jurídicos de valor internacional que
podem ter origem e ser comum aos Estados (ex.: boa-fé) e outros são princípios
típicos, próprios e específicos das relações internacionais